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História Three Adventure Stories Over the Gravity - After the Fall


Escrita por: Awkward_Owl

Notas do Autor


Saudações queridos e queridas leitores e leitoras
Como vão?
Pois é, dessa vez eu não demorei um mês para postar o capítulo =3 Isso porque eu estou de FÉRIAS! *dancinha da comemoração* Mesmo assim, ainda tenho algumas responsabilidades a cumprir, então, meu sonho de postar capítulos de dois em dois dias não será realizado :v
Pois é, esqueci de contar para vocês, estou com outra ideia de fanfic, também um crossover, mas creio que apenas irei escrevê-lo depois que terminar essa fic, kkkkk.
Esse capítulo ainda é sobre os nossos amiguinhos de OOO, porém o próximo será sobre a festa a la Bipper, então não se preocupem, nunca deixaria de escrever sobre essa festa *-*
Sem mais delongas, eis o capítulo:

Capítulo 28 - After the Fall


 POV Jujuba               

Aproximei-me mais, segurando um soluço. Coloquei minha mão sobre a dele e a outra próxima ao seu nariz. Um alívio: estava respirando. Porém, bem fraquinho. Por um instante tirei suas cobertas para ver a situação em que estava. Apenas faixas e mais faixas, algumas ainda manchadas de sangue. Olhei para o seu rosto, passivo, em profundo sono. Havia uma faixa sobre sua cabeça também.

                Analisei o quarto. Era bastante aconchegante, tinha até uma lareira, entretanto, ao olhar para cima da mesinha que estava ao lado da cama, pude ver uma caixinha com vários pedaços de madeira pontudos dentro.

                - Foi difícil tirar todas, levou um dia inteiro, contando a madrugada. – Disse uma voz que vinha da porta, era a garota abóbora com o penteado camponês. – Felizmente, ele é um verdadeiro guerreiro, embora até mesmo para ele, tenham sido muitos cortes, sem falar da força do impacto...

                - Ele vai ficar bem? – Perguntei antes de qualquer outra coisa. Se pudesse, eu mesma o consultaria, porém, todo o meu equipamento estava no reino doce e parte no navio, mas ele despedaçou inteiro a essa altura, mesmo que eu não soubesse onde exatamente. Odiava ficar sem poder fazer alguma coisa.

                - Ora menina, está falando com a mesma pessoa que remendou você. – Disse ela não escondendo o tom de indignação.

                - Você... Você me remendou? – Perguntei sem entender. Mas, rapidamente, liguei os pontos, era por isso que meu cabelo estava curto. A queda causou sérios problemas em algumas das minhas partes que tiveram de ser restauradas, sem matéria prima disponível, foi necessário usar a já existente: meu cabelo.

                - É evidente que sim, por sorte, identifiquei que sua estrutura era doce, o que, aliás, é bem estranho... Porém fácil de concertar para uma confeiteira de primeira mão como eu. Enfim, além das poucas farpas de madeira, você só perdeu um braço, então cortei seu cabelo e usei para fazer um novo, como uma boneca, claro tive que tingir do tom certo... Enfim, você tem sorte que seu amigo aqui a tenha salvado, se não, seu corpo inteiro estaria despedaçado e impossível de remendar. 

                - Ah, bem, obrigada então, senhora. – Digo um pouco sem graça, quer dizer, nunca em sã consciência imaginaria que alguém fora do Reino Doce saberia fazer uma cirurgia doce com tanta destreza, nem havia sentido diferença entre o braço novo e o antigo.  

— Senhora não, Senhorita Amélia, mas em todo caso, por nada querida. Embora, mesmo que esteja fazendo meu melhor com seu amigo, parece difícil que ele venha a acordar tão cedo, se é que...

— Bem, em todo caso, ele veio ao lugar certo se vier a falecer. – Disse Enoch pela janela, já que seria bem difícil ele entrar na casa graças ao seu tamanho.

                - O QUE?

                - Enoch, não diga isso para ela. – Alegou a abóbora tampando meus ouvidos por um instante. – Ele é forte, mas sua recuperação pode ser bastante demorada. Em todo caso, não se preocupe, ele está em boas mãos.

                - Amélia é curandeira e também cozinheira. – A palavra curandeira não me tranquilizava muito, ela até poderia ter cuidado do meu braço, mas Jake não era um doce, era um cão mágico com uma estrutura totalmente diferente.  

                - Nunca achei que seria necessária para esses tipos de coisa depois que morri, afinal, mortos não precisam de cuidados médicos e nem comer, mas veja.

                - Mortos? – Perguntei.

                - Sim querida, essa é Pottsfield. – E ela se vira para a janela. - Não falou para ela Enoch?

                - É claro que falei. – Disse ele um pouco ofendido.

— Não fazia sentido, Enoch disse que eu estava viva... – Questiono, voltando a ficar preocupada.

— E está. – Replicou ela. – Não é uma abóbora como nós ainda.

— O que a senhorita Amélia está tentando dizer é que por baixo dessas estruturas de abóboras há ossos, ossos de seres que antes eram vivos e agora estão mortos, mais precisamente pós mortos.

Certo, então todas as abóboras ambulantes que eu vi eram pessoas mortas? Em todas as pesquisas de povos já feitos, em nenhum deles constava que mortos se transformavam em abóboras. É estranho, mas lá estava eu, entre eles. Certamente, quando voltasse para ao Reino Doce, escreveria sobre isso, se é que voltaria algum dia.

— Acho bom o deixarmos descansar. Qualquer novidade, serão os primeiros a saber.

— Obrigado Amélia. Temos mesmo outras coisas para resolver. – Eu não gostei muito do tom de “outras coisas para resolver”, mas achei melhor segui-lo, não sem antes verificar mais uma vez o Jake.

Já fora da casa da curandeira Amélia, nas ruas da cidade, Enoch me levava para mais um lugar que eu não fazia a mínima ideia de qual seria.

— Se o Jake está aqui... Onde está a Marceline?

— Marceline? – Pergunta a abóbora gigante e de repente pareceu lembrar-se de algo. – Ah, aquela garota com os dentes afiados. É para lá que estamos indo, Princesa.

— E onde foi que o navio caiu?

— Também é para lá que estamos indo. – Responde ele, parecendo mais concentrado em verificar como a vila estava do que com a conversa em si. Eu entendia sua preocupação, porque passava pela mesma coisa no Reino Doce, a responsabilidade de cuidar de um povo e um território inteiro.

Após certo tempo de caminhada, já estava me sentindo melhor, aquele chá parecia mesmo ter efeitos curativos. À medida que andávamos, as casas iam diminuindo e de longe conseguia ver um aglomerado de pessoas abóboras e destroços no meio de uma ampla terra.

— Eis o nosso destino.

Assim que chegamos, eu não podia acreditar no que via com os meus próprios olhos: um campo de abóboras totalmente destruído pelo SS Pearl Human. Felizmente, não havia mais sinal do leme possuído e das tábuas amaldiçoadas. Era apenas um navio despedaçado, ou melhor vestígios de algo que certamente não parecia mais um navio, apenas madeiras espalhadas para todos os lados junto com equipamentos tecnológicos totalmente quebrados e amaçados, tanto trabalho, para isso acontecer, pelo menos passamos pela barreira do Desconhecido, mas a que custo? 

                - É uma grande lástima, como o meu povo viverá de agora em diante? – Diz Enoch com pesar evidente na fala. Entendia bem o que ele sentia, os cidadãos que tanto queria proteger, sofrerem um ataque, apenas coloquei a mão em uma de suas fitas para dar apoio.

                - Desculpe Enoch. Não foi minha intenção causar todo esse transtorno, as coisas saíram do controle lá em cima. – Digo e ele apenas fica silêncio, apenas observando seus cidadãos se livrando dos destroços. Então era lá que a maioria dos habitantes da vila estava.

                Antes que a abóbora gigante pudesse responder qualquer coisa, ouvi alguém gritando meu nome.

                - Jujubete! – Somente uma pessoa me chamava assim. Rapidamente me virei para a direção da voz e encontrei a Marceline trabalhando junto com as abóboras. Ela parou no mesmo instante e veio andando até mim.

                À medida que se aproximava pude perceber que seus braços estavam cobertos, assim como suas pernas e todo o resto, apenas o rosto que estava descoberto, só que com um grande chapéu na cabeça para evitar que o sol a queimasse. Queria perguntar várias coisas para ela, porém não foi possível, isso porque ela me abraçou e eu não consegui dizer nada, apenas abraça-la também.

                - Acho que já pode me soltar... – Digo com esforço na voz, sufocada.

                - Olha só o seu braço novo!... Nunca mais se atreva a me matar de preocupação desse jeito. – Diz ela me soltando e em seguida olhando para mim, não conseguindo esconder um sorriso. Mas não foi no sorriso que eu reparei e sim na grande mancha que ela tinha em sua bochecha direita, uma grande queimadura com bolhas.

                - Marceline, o que é ISSO na sua bochecha?!!

                - O que? – Diz ela primeiramente sem entender colocando a mão para onde apontei. De repente ela pareceu se lembrar. – Ah, isso. Foi durante a queda do navio, estava amanhecendo, esqueceu?

                - Na verdade bem que gostaria de ter esquecido... – Digo um pouco melancólica. – Quanto ao Jake...

                - Eu sei. – Respondeu ela também cabisbaixa.

                Enoch deu uma pequena tossida intervindo.

                - Bem garotas. Vejo que a conversa está muito interessante, mas preciso que volte ao trabalho vampira.

                Ela não responde nada, aparentemente Marceline não gostou muito do Enoch, mas obedeceu e voltou a recolher os destroços do navio.

                - Princesa, mesmo que não tenha sido proposital a sua queda, gostaria muito que colaborasse em consertar essa plantação, perdemos praticamente todas as abóboras e novos moradores chegam todos os dias, temos algumas reservas, mas a qualquer hora podem acabar. – Explicou Enoch de forma objetiva, mas com uma preocupação bastante evidente na voz.

                - Enoch... Eu, eu gostaria muito mesmo de ajuda-lo, eu entendo sua preocupação. Mas, primeiro, preciso achar o Finn, foi para isso que viemos para começo de conversa. Você disse que conhece alguém que sabe onde ele está, então se pudesse me dizer... Por favor, Enoch, estou preocupada com ele, todos estamos. Assim que encontra-lo, prometo que consertarei os estragos do navio.

                Por um longo tempo não houve nenhuma resposta.

                - Princesa, desculpe, mas terei que inverter a situação. Não posso e não vou lhe dizer agora nada sobre seu amigo, primeiro, cuide da plantação e depois... Depois eu prometo que lhe explicarei e mostrarei tudo o que sei sobre o assunto. – Isso era uma chantagem?

                - Mas...

                - Fui bem paciente até agora, Princesa. – Respondeu ele, mantendo o tom calmo, contudo frio. – Por favor, não me obrigue tomar outras medidas. Faça o que estou pedindo.

                Ele parecia esperar a minha resposta, porém não tive pressa. Olhei novamente para a Marceline que recolha com grande facilidade os destroços maiores do navio, olhei para o outro lado, em direção à vila onde neste momento Jake estaria deitado lutando contra a morte enquanto dormia. Pensei no meu povo e me coloquei no lugar do Enoch, será que eu faria a mesma coisa?

                - Tudo bem, mas você tem que me prometer que vai me mostrar tudo o que sabe depois. – Respondo firmemente, mesmo que bem, eu não tivesse escolha.

                - Como quiser Princesa.

                Assim, ele me conduziu para o aglomerado de abóboras que trabalhavam arrumando a plantação destruída. Elas me deram um par de luvas, botas, um macacão meio sujo e um grande saco de palha para colocar os destroços.

                - É simples, apenas recolher os destroços e depois reiniciar a plantação. – Explicou Enoch enquanto eu vestia o macacão por cima da roupa que estava. – Depois, que tudo isso estiver certo, cumpro a minha parte do acordo.

                Eu não sabia se poderia contar com a parte dele do acordo, Enoch parecia legal, mas uma pontinha de mim dizia que ele estava tentando esconder algo ao adiar meu encontro com o Finn. Assim que cumprimentou as abóboras que trabalhavam, ele voltou para a vila, parecia que ia buscar o lanche ou algo do tipo.

                - Dormiu muito nesses dois dias? – Perguntou Marceline que chegou sorrateiramente ao meu lado.

                - DOIS DIAS?

                - Ei, fala mais baixo Jujubete, não quer que vejam que você é doida logo agora, né? – Disse ela se divertindo com a minha reação.

                - Talvez se você falasse com mais jeito. – Respondo enquanto recolhia os destroços, dentre eles, pedaços de madeira, da mobília de dentro, estava torcendo para encontrar algo do laboratório do navio. – Aliás, o que aconteceu enquanto eu “dormia”?

                - Ah, sabe... – Começou ela recolhendo uma das vigas de sustentação da parte de dentro do navio como se fosse uma pequena farpa e colocando dentro do seu saco, este era bem maior. – Nada de mais, eu só fiquei inconsciente por algumas horas, meus poderes regenerativos ajudaram bastante e quando eu acordei o cabeça de abóbora gigante explicou que cuidaria de você e do Jake, não que eu confiasse muito nele, mas vendo o estado acabado em que vocês dois estavam, eu não tive escolha. Então ele me trouxe para cá, para limpar essa bagunça. Aliás, parece que assim que as coisas caíram, a magia dissipou delas e viraram apenas tábuas despedaçadas comuns, assim como leme e todo o resto...

                - Garota dos dentes afiados! – Gritou uma das abóboras a alguns metros de distância. – Parece que tem uma peça grande ali, pode cuidar disso?

                - Deixa comigo. – Respondeu ela. – Sabe, o Enoch até tentou colocar um daqueles pesos de prisão em mim, só que bem, não é como se fizesse muita diferença, até me surpreendi por ele não ter colocado em você, mas também se colocasse...

                 - Eu acho melhor não irritar ele Marceline. – Recomendei enquanto a seguia.

                Ao chegar ao local, haviam várias abóboras partidas ao meio e seu suco esparramado para todos os lados, no meio desta bagunça, havia uma parte do casco do navio, porém, não poderia ser aproveitada para nada, a madeira estava desgastada, com farpas em toda a parte, provavelmente esses foram os vestígios deixados por aquelas faces surreais que apareceram do nada nas coisas tentando nos matar.

                A rainha vampira apenas olhou com nojo para aquele destroço por um tempo e depois de um suspiro o pegou com grande facilidade.

                - EI! – Gritou uma voz feminina vinda ao que parece de detrás do pedaço de casco. E no mesmo momento a Marceline largou o destroço. – Ai! Um pouco de cuidado seria bom!

                - Quem é você? – Perguntei temendo ser as madeiras amaldiçoadas que voltaram para mais uma rodada.

                - Calma, calma. – Pediu a voz que aos poucos foi saindo detrás das madeiras: era uma garota. Ela usava um belo vestido azul, porém este estava totalmente sujo, sua pele era clara e com várias sardas no nariz, seu cabelo, preso em coque agora totalmente bagunçado, era ruivo. Porém, o mais marcante nela era sua expressão, não de medo nem algo do tipo e sim com um ar questionador e desafiador, pronta para enfrentar qualquer coisa. – Podem me chamar de Beatrice, e gostaria que respondessem algumas perguntas.


Notas Finais


VOCÊS NÃO TEM IDEIA DE COMO EU QUERIA TER CHEGADO NESSA PARTE! ^-^ *cantando celebrate good times*
*se recompondo* Enfim, pois é, Jake em coma, Marceline trabalhando, Beatrice aparecendo, Jujuba com braço novo, quantas novidades. Fiquei surpresa que foram menos de 3000 palavras.
Aliás, o que acharam do capítulo? Algo precisa ser melhorado?

Muito obrigada por todos os comentários e incentivos, vocês não fazem ideia de como isso me deixa feliz e motivada =3 Sério, muito, muito, muito obrigada =3

Aqui mais uma frase para vocês meus amores:
"Hoje eu aprendi que a moral é relativa" Mabel Pines

PS: Sobre o último episódio que lançou de Star Vs The Forces Of Evil, o que acharam? (eu simplesmente estou... na verdade nem eu sei bem, são tantas emoções...)

Até o/


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