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História Three Adventure Stories Over the Gravity - Lunatic Party - Part I


Escrita por: Awkward_Owl

Notas do Autor


Saudações meus caros leitores e leitoras! =3

Pois é, 46 dias, acho que não preciso dizer o quão desapontada estou comigo mesma, não é? Mas tenho certeza que devo desculpas à todos vocês, sério, me desculpem mesmo.

Enfim, a história ainda não está perto de acabar se é o que pensam, ainda há vários mistérios e assuntos pendentes a serem resolvidos *deixando um ar de mistério* MUAHAHAHAHAHA
Aliás, dedico esse capítulo à todas as pessoas que comentaram, favoritaram e que estão acompanhando essa história =3

Então, peguem seus chapeizinhos de festa e se preparem para a festa alá Bipper - Parte 1
Espero que gostem =3

Capítulo 29 - Lunatic Party - Part I


POV Beast Wirt

                É verdade que eu posso não ter praticado esse poder de transporte nas sombras o suficiente, mas não foi apenas isso que me fez perder minhas energias, se for essa a tal teoria na qual esteja pensando. Não. A maior causa disso foi o Desconhecido, mais precisamente algo que atingiu ele e como eu estou ligado quase que diretamente ao Desconhecido, assim como um filho se sente conectado ao pai, posso sentir cada árvore, cada gramado, cada folha dele. E naquele momento, quando não consegui impedir a minha inconsciência, senti algo que havia batido em Pottsfield, isso, “havia” no passado, não sei bem explicar e por mais que não queira admitir, se não fosse por aquele cubículo claustrofóbico que absorvia meus poderes, teria sentido algo bem pior: a imediata força do impacto de seja lá o que.

                Assim que fechei meus olhos sendo bem sincero não vi nada. Exatamente, nem se quer nenhum farolzinho minúsculo de luz, apenas preto, escuridão e sombras para todos os lados. Contudo, não é pelo mero fato de não se ver nada que não haja importância na situação, à noite, muitas vezes ouvir é muito mais útil e decisivo do que ver, tanto para as presas quanto para os predadores.  E em meio a toda aquela escuridão, foi exatamente isso que aconteceu: Eu ouvi palavras. Era como se as folhas das árvores do Desconhecido que voavam com o vento me trouxessem algumas mensagens: “Jujuba. Princesa jujuba” veio como um sussurro de um canto, “Estou aqui para encontrar um amigo que se perdeu” soou bem em minha frente, “tudo bem, mas você tem que me prometer que vai me mostrar tudo o que sabe depois” veio como fala final, depois apenas mergulhei na total escuridão de um sono sem sonhos onde a única coisa que conseguia pensar, sem nenhuma palavra a mais, era: “Quem, pelas folhas do sabugueiro, é Jujuba?”.

                - É uma pena que meu convidado de honra não esteja aqui. – Reclama uma voz que acaba por me despertar e sem via de dúvida eu sabia quem era o indivíduo:

                - Bi... Bipper. – Chamei em voz baixa como alguém que tivesse acabado de acordar, e bem, isso era verdade.

                À medida que fui abrindo meus olhos, percebi que estava em um tubo de ventilação, havia metal sólido para todos os lados e uma gradezinha bem em minha frente de onde vinham todos os sons. Sinceramente, eu saí de uma cela claustrofóbica para ficar aqui? Ignorei o pensamento e com cuidado fui me aproximando das gradezinhas para visualizar a cena que ocorria. Da maneira como as grades estavam dispostas seria muito difícil alguém me ver, a não ser, é claro, que já soubessem que eu estava aqui. E quando digo isso, me refiro a um certo garoto de olhos amarelados, ele deu uma rápida olhada para cá, com uma expressão nenhum pouco duvidosa de “não intrometa” e depois voltou a sua atenção para o lugar de antes, sem nem ao menos esperar a minha resposta.

                - Bipper Pines! Essa é sua última chance! Volte para sua cela agora e seremos mais complacentes!

                Olhei de maneira mais ampla a cena e vi quem havia dito estas palavras: a loira temperamental com todo o seu estresse visível. E ela não estava sozinha, ao lado dela se encontravam mais agentes, talvez uns doze, todos portando armas que não havia sombra de dúvida de serem amaldiçoadas, dentre eles haviam mais um agente conhecido: Gregory, aquele que era o meu meio irmão, só de vê-lo sentia algo estranho em minhas raízes... Mas não era hora para pensar no passado. Voltando a cena: todos os agentes bloqueavam a única saída do lugar: uma porta metalizada. O ambiente parecia mais uma sala de educação física avançada: um cômodo grande com pé direito alto, plataformas, cordas penduradas no teto... Na minha humilde opinião, isso não era nada acolhedor, ao menos, eu nunca tive boas lembranças de lugares assim.

                - Veja bem senhorita esquentadinha: eu não tenho intenção alguma de retornar para aquela caixa apertada onde vocês me enfiaram. – Responde o Bipper em um tom sério e até um pouco sombrio que acaba fazendo com que alguns agentes dessem um passo para trás.  Porém, quando se trata de Bipper Pines, ficar sério é questão de poucos segundos. – Mas como sou um ser totalmente elevado...

Que fique claro que ele estava flutuando no ar acima dos agentes e quando percebe isso dá uma risada da própria piada involuntária.

— Entenderam? “Elevado” e eu estou flutuando... – Ao perceber que ninguém riu, ele retoma o assunto com um tossido forçado. – O senso de humor de vocês morreu junto com a animação... Felizmente, como sou tão grandioso, vou permitir com que façam parte da minha “festa” para assim aprenderem o que é diversão. Eu sei, eu sei, sou demais e para começar...

Antes que qualquer agente pudesse contestar algo do tipo “e se eu não quiser participar?” (o que com certeza teria ocorrido, ao menos eu acho, as festas do maluco de plantão tendem a ser explosivas demais), Bipper bate duas palmas, como se fosse um duque refinado que morava em daqueles castelos medievais e, logo, num piscar de olhos a sala inteira se transforma em um espaço de eventos: com balões no teto, serpentinas e confetes caindo, bola de discoteca presa no teto soltando milhares de luzes coloridas de um a vez, uma mesa cheia de doces, com um bolo de quatro andares, garçons que pareciam mais pinguins com suas roupas refinadas, bichinhos de pelúcia gigantes com faces totalmente amigáveis e os agentes, antes com suas roupas totalmente formais de militares e cientistas estavam agora de ternos e vestidos pomposos além dos típicos chapeuzinhos em formato de cone, todos sentados em cadeiras chiques que prendiam seus braços e pernas com algemas coloridas, porém, isso não me surpreendia, o que mais me inquietava era o fato de que Bipper havia sumido.

 Todos pareciam pasmos e sem entender nada e é exatamente nesse momento de mentes confusas que nos apegamos aos nossos sentidos, eles apresentam o que está a nossa frente, os perigos que devemos tomar e os detalhes cruciais, resumindo, são os únicos realmente confiáveis. Contudo o que todos sabem, mas poucos se lembram é que nem tudo que vemos, cheiramos, ouvimos, experimentamos e sentimos com nossa pele é o que realmente é, quando sonhamos que estamos caindo, nem sempre é verdade, é uma sensação falsa. Ilusionismo, esse é o poder curinga de Bipper, que ele tanto usa para as mesas flutuantes com comida quanto para combates como agora, “uma mentira tão boa que parece verdade”...

O único problema é que uma mentira quando contada para tantas pessoas, tende a se revelar.

— Apareça seu idiota! – Ordenou a loira em alto e bom tom, ela estava com um vestido verde marinho e um belo coque no cabelo. A única coisa que não havia mudado era a sua arma amaldiçoada que estava do lado da sua cadeira (fora do seu alcance, assim com a de todos os outros, quer dizer, aparentemente fora de alcance) e a expressão de pura fúria.

Depois de alguns segundos, todos ouviram um som grave, como se fosse uma nota de música, vindo de um dos cantos da sala, esse canto estava pouco iluminado era muito difícil enxergar seja lá o que estivesse lá, isso para quem não estivesse acostumado com escuridão. Mas isso durou pouco, depois que todos voltaram o olhar para lá, luzes especiais se acenderam e apresentaram um piano, um belo espécime preto com cauda. E lá estava Bipper, sentado no banquinho de frente ao piano. Porém, ele estava diferente, no lugar das vestimentas de reverendo estava um smoking, onde com a exceção da gravata borboleta amarela e a blusa de dentro branca, tudo era preto. Mais notas surgiram do piano formando uma melodia, que logo depois seguiu uma risada de seu pianista.

— Estava pensando em fazer uma música sobre vocês, agentes imbecis... Mas não é como se tivesse muita coisa para falar. – Retruca ele dando os ombros com um sorriso provocativo. – Então, fiz uma escolha com certeza muito melhor: essa música é sobre o inigualável maravilhoso eu.

— Eu mereço. – Resmungo baixinho, para que ninguém ouvisse. Bipper realmente era o ser mais imprevisível que eu já conheci, não, imprevisível não, com certeza isso é idiotice mesmo. Dar uma festa enquanto combate seus inimigos quando poderia simplesmente estralar os dedos e voltar para casa?  Sem sombra de dúvida isso é a coisa mais insana, maluca e inconsequente que eu já vi.

Tenho certeza que se não fosse pelo simples fato daqueles agentes acreditarem na ilusão criada pelo garoto de olhos amarelados, o mesmo já haveria recebido milhares de lançamentos de balas, flechas, lanças e seja lá mais o que aquelas pessoas carregassem. Entretanto Bipper parecia pouco preocupado com o que poderia acontecer, aquele era seu momento e da maneira como o conheço, absolutamente sei que ele não gostaria que ninguém o interrompesse.

Cuidado agentes, sejam atentos – Ele começou a cantar acompanhando a melodia que produzia no piano sem deixar de atuar, sua voz ficou suave e ecoante como a de um narrador de filme de terror. – Com seus sorrisos banhados a ouro...

                A loira estava pronta para interromper quando de repente em sua boca surge uma mordaça assim como na de todos os outros agentes e Bipper decidiu contracenar também, deixou o piano tocando sozinho enquanto surgiu bem de frente para a agente estressada.

                - Enganada... – Cantou ele segurando seu queixo e logo o largando com uma risada. –Tão natural.

                 Ela parecia pronta para dar uma pisada na cara do Bipper depois dele a ter provocado dessa forma e com toda certeza teria feito isso, claro, se não fosse impedida graças a corrente.

                - Mas um lobo em pele de cordeiro é mais que um aviso. – Continua o garoto de olhos amarelados dando os ombros e logo estralando os dedos novamente, fazendo sua roupa magicamente se tornar uma fantasia de um lobo, com exceção da mão direita que foi vestida com um fantoche de meia fajuto de uma ovelha. – Baa, baa ovelha negra, você tem alguma alma?

                - Não sir, a propósito, o que diabos é moral? – Ele gesticula com a ovelha fazendo uma voz diferente.

                Sem parar a apresentação, Bipper olha com o canto dos olhos uma tentativa de comunicação entre a loira e um agente que se encontrava amarrado em sua frente.

                - Jack seja rigoroso, Jack seja rápido. – Profere ele surgindo rapidamente com uma suave nuvem de fumaça atrás da cadeira do agente. Quando o ele o revista, encontra um grampo de cabelo entre os dedos, o pega e joga para longe.  Consegui sentir barriga dos agentes gelar naquela hora, todos pareciam completamente presos no truque.

Lize é um pouco estressada, seus álibis são truques chatos. – Ele continua cantando enquanto se aproxima cada vez mais da garota. Isso já não era bom sinal, mas ficou ainda pior quando percebi que ele estava criando uma bola de fogo azul concentrada nas mãos.

Não havia dúvida, aquela bola iria acertar a loira dando um fim definitivo nela, em suas pupilas azuis conseguia sentir medo e desespero, mas acima de tudo consegui sentir algo estranho, como uma luz no fim do túnel ou algo parecido. Quanto a Bipper, seus olhos amarelados exalavam muito mais que loucura, exalavam algo que poucas vezes presenciei...

Ele estrava prestes a fazer o disparo quando um barulho maior que o do piano ecoou pela sala, uma voz definitiva, curta e clara. 

— Deixa ela em paz.

Assim que me virei para a direção de onde o som se originou me deparei com algo surpreendente, um dos agentes havia conseguido escapar das amarras ilusórias de Bipper. 

— Greg. – Sussurrei para mim mesmo, não acreditando no que via com meus próprios olhos. Livre, o garoto conseguiu pegar seu arco e flecha e nesse instante estava mirando em Bipper.

 - Ora, então agora o garotinho quer bancar o herói?! – Diz o maluco de plantão dando uma risada, como se nem notasse a flecha apontada para o próprio corpo.  – Que encantadoramente clichê... Não é só porque conseguiu se livrar da minha armadilha que vai conseguir me vencer garoto. Isso não é um filme com final feliz.

Sem dizer se quer uma palavra em resposta o garoto atira a flecha, aliás, a única flecha que restara no seu estoque, esta deslocava friamente quebrando o ar, pronta para enfrentar o seu destino, atingir Bipper Pines. Foi em questão de segundos, mesmo se eu saísse naquele instante, já seria tarde. Não demorou muito até a flecha atingir o peito dele que caiu no chão dramaticamente.

— Garfina, é você? – Pergunta Bipper colocando uma mão no peito com a flecha que já deixava escapulir sangue e a outra no ar, como se tentasse alcançar o teto e logo a música do piano mudou de intensa para melodramática. – Você está tão linda e pontuda... Isso é o...

Antes mesmo de finalizar a frase a cabeça do garoto virou para o lado, juntamente com a mão. Foi um segundo de puro silêncio, até o piano parou de tocar, provavelmente, as pessoas lá em baixo estariam se perguntando “será que ele morreu?”. Eu sabia a resposta, mas seria bem entediante se contasse, não é mesmo? Todo ato precisa de um momento de suspense e essa era a hora da verdade. Como confirmação para os agentes, um pouco de poeira negra com aura roxa exalou do local acertado, a essência de qualquer criatura sombria, logo depois, todos os agentes suspiraram aliviados, menos Greg que ainda estava na defensiva.

— Ora garoto, devo lhe dar os meus parabéns... – Para quem acredita em zumbis, lá estava o garoto acertado com a flecha ensanguentado vivo. Rapidamente ele levantou,  aproximou as mãos do sobretudo do paletó e o tirou, apresentando nada mais nada menos que um travesseiro onde a estampa era literalmente um burro e no lugar onde deveria estar o rabo, encontrava-se a flecha. – Acertou bem em cheio!

E o que era um suspiro de alívio se tornou um desapontado e triste gemido.

— Bipper seu excêntrico maluco - Resmungo. 

— Acho que agora é a minha vez de jogar.


Notas Finais


Antes de tudo devo dizer que essa música que Bipper estava cantando é Wolf In Sheep Clothing, creio que a maioria de vocês que conhecem o Bipper e vêem amvs, devem ter visto um com essa música do Set It Off =3 Achei que seria uma grande falha se não a colocasse na fic, mesmo que tenha sido apenas uma parte bastante adaptada, kkkk

Ah, e se não deu para acessar com a palavra destacada (melodia) aqui está a url: https://www.youtube.com/watch?v=4M6D_cKIQUw

Agora, o que vocês imaginam que vai acontecer? Dessa vez, não darei nenhuma dica e muito menos um comentário, divirtam-se =3

O próximo capítulo ainda vai continuar esse episódio, e como sei que não consigo me segurar, dizem que a segunda parte é sempre a mais séria...

Obrigada por acompanharem e favoritarem essa fic =3

Até o/


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