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História Three shot dream - Manhã


Escrita por: CahKitsune

Notas do Autor


Yeeeey que saudades de postar aqui <3 <3

Bom, essa história deveria ser uma one shot de um sonho que eu tive, mas acabei estendendo um pouco. Foi a primeira que escrevi algo do tipo, e particularmente, fiquei bem feliz com o resultado.

Se você já leu "a Garota mais fria de Coldtown", com certeza vai notar as referências. Se não leu, pare tudo que está fazendo agora e vá comprar este livro. É MARAVILHOSO.

Enfim, espero que gostem <3

ps: Vou postar os capítulos com um intervalo de um dia entre eles <3

Capítulo 1 - Manhã


7:00 PM.

Ouço o despertador ao fundo. Estico o braço e tento desligá-lo, mas acabo derrubando o copo de água.

Suspiro e levanto.

A pouca luz que entra pela janela, reflete nas paredes verdes de meu quarto.

Faz muito tempo que essa cor está aí, preciso mudar um dia.

7:30 AM.

Me arrumo rapidamente.

Legging preta, blusa larga e jaqueta de couro rasgada. Prendo o cabelo, pego minha identificação, coloco minha mochila nas costas e saio.

Desejo mentalmente que o café da manhã ainda esteja na mesa quando chegar.

8:00 AM.

O sol em Lisban demora a aparecer. Desde aquele dia, as pessoas não saem pela manhã. O Sol guia a cidade, os comércios, a vida em geral. Não que eu não tenho um certo receio, mas minha vida não pode parar por isso.

Gina precisa de mim.

8:40 AM.

O café da manhã ainda estava na mesa. Comi mais do que devia, mas aproveitei para colocar a conversa em dia.

Uma das enfermeiras disse que nessa semana a movimentação na "zona vermelha" tinha aumentado, em compensação os "não transformados" ficaram mais calmos.

  -  Não houve baixas essa semana. -  Comentou com um sorriso.

Balanço a cabeça em concordância.

Não consigo definir se isso é bom ou ruim.

9:10 AM.

  -  Gina, para de brincar e termina de se arrumar logo.

Ela está mais agitada do que o normal.

Suspiro e caminho até a bandeja que está em cima da mesa.  A bebida já estava escura e começava a cheirar estranho.

  -  Porque não tomou seu café?

Ela se vira e me encara, os olhos vermelho vinho vão do copo até meu olhar. Um sorriso travesso se forma em seu rosto e ela mostra a língua.

  -  Esse sangue está velho.

  -  Hmmm, boa desculpa. Mas se você não comer, eles não vão deixar você sair.

O sorriso desaparece e ela se aproxima, pega o copo e toma seu conteúdo de uma vez só.

  -  Você é uma irmã muito malvada sabia?

Sorrio com a pergunta e me jogo na cama.

9:30 AM.

O saguão já está lotado quando chegamos. Todos os "pacientes" já estavam com seus acompanhantes.  Uns pulavam, outros estavam sentados no chão, a maioria conversavam entre si, mas todos estavam felizes.

  -  Atenção todos -  falou a voz robotizada no auto-falante. - Por favor façam uma fila e deixem as identificações a mostra.

O guarda passa nos revistando e conferindo nossos dados. Até hoje não entendo o porquê de tanta enrolação.

  -  Lembrando que qualquer desvio ou mudança deve ser reportada para a diretoria.  Qualquer ocorrência deve ser reportada para a diretoria. Os portões serão fechados as seis pontualmente, atrasos não serão tolerados, todos devem estar de volta ao refúgio até as sete horas. Qualquer interferência entre os horários de trânsito não é de nossa responsabilidade.  Bom passeio.

10:00 AM.

São dez minutos de caminhada entre o "refúgio" e os portões da zona vermelha.  Todos andam de cabeça baixa, olhos fechados, apesar do sol não os machucarem, o incomodo é visível.  Não só a luz, mas todo as pessoas ao redor param o que estão fazendo e direcionam os olhares para nós.  Alguns curiosos, outros indiferentes, a maioria enojados. 

Julgar é mais fácil do que entender.  A cada dia isso sé torna mais evidente.

Ouvimos o rangido estrondoso dos portões abrindo, guardas equipados com fuzis nos encaravam, atentos tanto com o lado de fora quanto com o lado de dentro.

Não havia mais espaço nos muros, as pichações de frases e símbolos religiosos, mensagens de ódio e ameaças, cobriam cada centímetro.  Entre os arames farpados e a cerca elétrica, cruzes foram fixadas. 

Como se isso resolvesse alguma coisa.

A sirene me traz de volta a realidade.

  -  Finalmente.  - Digo.

  -  Kim - Gina cutuca meu braço, mantendo o olhar baixo - Posso correr hoje?

Abro um sorrio e a puxo para um abraço apertado.

  -  É claro que pode, mas tome cuidado e me encontre no "marco três" as duas.

Ela balança a cabeça e amarra os sapatos.  Um segundo depois, estou sozinha.

  -  A cada dia ela fica mais rápida não acha?  - Pergunta o guarda.

  -  Acho que sim. 


Notas Finais


Hehehehe é isso gente.

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de deixar seu comentário <3


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