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História Three shot dream - Tarde


Escrita por: CahKitsune

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde, boa noite! Espero que você esteja bem <3

E hoje eu estou muito kawaii hahahaha

Capítulo 2 - Tarde


12:00 PM.

As zonas vermelhas são, na maioria das vezes, desertas durante o dia. A única regra que humanos e não transformados devem seguir é: não entrar nas casas. Quase todas têm janelas, claraboias e portas tampadas por tapumes pretos.

É a hora que eles estão dormindo, mas também é quando sabem que estamos distraídos.

Áreas verdes foram desmatadas para diminuir sombras em locais abertos, alguns locais permaneceram intactos, como a usina e a estação ferroviária.  Particularmente meu local favorito para passar o tempo quando estou sozinha.

Lisban é uma cidade gigantesca, a zona vermelha pega 2/3 do território.  A maioria da população foi embora, a alguns meses atrás, um grupo de radicais invadiram a zona e massacraram mais da metade dos transformados. 

Foi o segundo momento mais difícil da minha vida, só de pensar que naquele dia minha irmã podia ter sido morta já começo a suar frio.

O " refúgio " foi criando logo depois.  Uma maneira de resgatar a humanidade que foi trancada e esquecida desde o surto.

14:00 PM.

  - To com fome.

  - Mas você acabou de comer?!

  - Mas eu ainda to com fome.

Reviro os olhos e a entrego outra garrafa.

  -  Então, cadê ele?

Me espreguiço e encosto no muro.

  -  Deve estar andando pelo subsolo ou dormindo.

  -  Ou ta procurando você.

Sorrio com o pensamento. 

Com certeza ele estava me procurando.

15:00 PM.

Os fins de semana são os únicos momentos que Gina pode ser ela mesma. Apesar de ter só 16 anos, sua força e velocidade são impressionantes, mas mesmo com todo esse poder, ela continua com medo do escuro e de janelas abertas. E claro, continua sendo minha irmãzinha, e necessitando de minha proteção.

  - Kim posso te perguntar uma coisa? - Respondo que sim com a cabeça - É.. bem... sei que já falamos sobre isso mas eu ainda não consigo entender como você não tem raiva de nós?

Encaro Gina por um momento. De uns tempos para cá essas perguntas estão ficando bem frequentes. Só não consigo identificar se é por pura curiosidade ou se tem algo por trás.

  - Já te falei sobre isso Gina. O normal deveria eu odiar eles, odiar você.  A mamãe morreu por culpa deles, minha irmã mudou e passou por momentos horríveis por culpa deles. A minha vida e da minha família se tornou um inferno por causa deles. - Abro a bolsa térmica e coloco as garrafas dentro. Uma acaba abrindo e suja meus dedos. O vermelho se torna mais vivo em contraste com minha pele. - Mas foi também eles que me ensinaram a viver de novo, que ajudaram você a se controlar, que me mostraram que não a só coisas ruins em períodos difíceis. As pessoas podem ser boas, mesmo quando tudo parece perdido. E é por isso que eu não os odeio, não odeio você.

Quando terminei de falar Gina estava abraçando as pernas e chorava baixinho.

A força é sobrenatural, mas os sentimentos são sempre os mesmos.

16:00 PM.

  - Quer brincar de pega-pega? - Faço que não com a cabeça - Por que não?

  - Porque você sempre ganha e não tem graça. - Ela abre a boca para falar, mas logo a interrompo - E não vou brincar de esconde-esconde, nem de tiro ao alvo, muito menos de arremessar as coisas.

Ela fecha a cara e anda na minha frente.

Passamos por diversas casas, mas nenhuma estava "aberta". Já tínhamos explorado quase todas e agora as únicas opções eram a prefeitura e a igreja. Nenhuma muito divertida.

Decidimos seguir para a igreja, pois ficava no caminho dos portões da saída. Todos os vitrais que antes enfeitavam as janelas, estavam espalhados pelo chão, formando um enorme quebra-cabeça. As imagens dos santos, ou melhor, os restos delas estavam empilhadas no canto, de resto, até que estava tudo no lugar. Caminhamos para lá e para cá, admirando a imensidão do local e aproveitando o silêncio que fazia qualquer estalo mais alto do que deveria.

  - Eu gostaria de cantar no coral. - Resmungo como resposta.

Em minha frente estava a mesa de cerimônia.

Algo estava errado. A mesa estava torta, a toalha muito limpa. Com cuidado, empurro o móvel para o lado, produzindo um barulho muito alto, e fazendo também a toalha escorregar para o chão. Como eu suspeitava, havia um alçapão escondido, com certeza levava para os túneis. - Mas que porra é essa? - Viro para repreender Gina por causa do palavrão, mas engulo seco quando vejo a superfície da mesa. A madeira já não tinha mais sua cor original, agora ela era vinho escuro quase preto.

Ouço um estalo vindo de algum lugar, sinto algo pegar no meu pé e me arrastar para dentro do alçapão.

Só havia escuridão.


Notas Finais


Eeeeeita......

Espero que tenham gostado <3

ps: eu particularmente não gosto de tardes, prefiro manhãs e noites.


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