História Three Steps - Baby face/ Dorothy

 03/01/16 SEGUNDA-FEIRA 10:14H NEW YORK (ESTADOS  UNIDOS. 

ANGELINNE MARIE WHITE P.O.V

Sim, faz quase cinco anos que eu moro em New York. E até hoje eu me pergunto, como aceitei tão rápido essa mudança, pois eu sempre fui péssima com adaptações. Mas eu não me arrependo nem um pouco disso. Talvez tenha sido realmente uma escolha precipitada, mas que me fez muito bem, hoje eu tenho o prazer de dizer que sou     parcialmente feliz. Ter saido de Stratford realmente me fez muito bem, apesar de ainda sentir falta dos meus "pertences" que deixei para trás. Eu me sinto incrivelmente leve. Quando pisei meus pés em New York a primeira coisa que senti foi liberdade. Eu me libertei, me libertei da solidão, me liberitei da dor, me libertei do peso que era viver em um lugar que me trazia tantas lembranças, algumas boas outras nem tanto.

Minha vida mudou bastante durante esses quatro anos, nove meses e vinte quatro dias. Terminei o ensino médio, agora faço faculdade de gastronomia, minha grade paixão. Amava ver mamãe cortando tempeiros e mexendo massas. Ela fazia com tanto gosto que me pergunto que, se ela tivesse tido a oportunidade de fazer uma faculdade, seria relacionado a cozinhar. 

Eu também trabalho como gerente em uma lanchonete. Não é uma grande coisa, mas eu gosto de trabalhar lá. Ainda moro com Justin e somos literalmente melhores amigos. Eu contei toda minha vida e sentimentos pra ele, e ele fez o mesmo comigo, por que apesar de sermos "amigos" antes, não sabíamos quase nada sobre o outro. Apenas nos falávamos as vezes por telefone para passar o tempo, mas bem de vez em nunca. Ele tem sido ótimo para mim como um verdadeiro irmão mais velho. As vezes ele leva esse papo de irmão mais velho a sério demais. Ele é um pouco controlador mais eu consigo lidar com isso. Mesmo sendo um idiota, sarcástico, egocêntrico, mesquinho, mulherengo... Eu o amo, por que acima de tudo ele é meu melhor amigo. Justim é completamente diferente do que eu pensava. Apesar de ter todos esses adjetivos negativos citados acima, ele também tem muitos positivos como carinhoso, divertido, sentimental (o que nem sempre e tão bom assim) e muitos outros. Agora eu posso dizer que minha espada foi selada novamente, ganhei um novo escudo e novamente montei minha armadura, mas eu não a montei sozinha Justin me ajudou a montar ela. Bieber tem um ego tamanho GG mas oque tem de todo poderoso tem de humildade, ele é fascinante. Foi ele que me tirou do poço, foi ele que não me deixou afundar na solidão, ele me ensinou a ser uma pessoa melhor, me ensinou a esvaziar tudo meu "balde" de tristeza, me ensinou que mesmo quando tudo parece estar contra você Deus coloca pessoas no caminho para te ajudar a se reerguer.

Além de Justin, tenho Samantha como amiga. Ela e outra que faz meu dia melhor. Nós estudamos na mesma universidade NYU, só que ela faz faculdade de jornalismo. Também "trabalhamos" juntos . Ela é filha do dono da lanchonete mas sempre o ajuda com os serviços. Também tem Ryan e Chaz que também são amigos de Justin. Ryan é o mais sério de nós cinco, Chaz é o palhaço, Samantha é a doida, Justin o pegador... e eu? A mais "normal" entre eles. Se Justin, Ryan e Chaz não trabalhassem na grande empresa, renomada que é a Bieber's World (Empresa do pai de Justin) eu diria que eles eram uns daqueles trios de bad boys motoqueiros tirados a rei do pedaço. Ri do meu próprio pensamento ridículo.

Olhei para o pequeno relógio que ficava em cima do meu criado-mudo vendo que já se passava das 11h. Bufei por ter de sair do aconchego da minha cama. Estou exausta. Passei a noite em claro por um motivo que nem eu mesma sei. 

Se hoje fosse minha folga eu poderia passar a tarde toda dormindo. Mas eu preciso ir trabalhar mesmo meu turno começando um pouco mais tarde hoje, e se não tivesse que ir Justin não me deixaria ficar deitada. Revirei os olhos por isso.

Levantei da cama indo literalmente me arrastando para o banheiro. Me despi abrindo o box e "fiscalizei" a água para ver se estava do jeito que eu gosto, de quente pra morno, é a temperatura ideal para relaxar. Após tomar banho e fazer minhas higienes matinais. Sai do banheiro com uma toalha enrolada ao corpo indo em direção ao pequeno closet. Decidi vestir algo simples por enquanto. 

Sai do quarto seguindo o maravilhoso cheiro de bacon que estava no ar, cheiro esse que  me levou até a cozinha. Justin estava lá, de costas para onde eu estava enquanto parecia fritar algo, deduzi ser bacon já que o cheiro denuciou.

Sentei-me em um dos bancos que haviam perto do balcão, apoiando os braços em cima do mesmo

— Hraa... —pigarreio, tentando chama sua atenção e obtendo sucesso, pois ele rapidamente vira-se para mim dando um largo sorriso.

 — A quanto tempo está ai? 

— Não muito —Sorri—O que ta fazendo? — perguntei mesmo já sabendo a resposta.

— Fritando bacon. Fiz o seu suco de cereja olha —Mostrou-me uma pequena jarra de vidro com o líquido vermelho e algumas pedrinhas de gelo dentro. Cereja é minha fruta preferida, gosto tanto que tenho uma tatuagem de duas cerejas presas por um galhinho no quadril. Justin quase me matou quando descobriu que eu havia feito uma tatuagem, mesmo ele tendo boa parte do seu tronco e braços cobertos por elas.

— Ah, que ótimo! estou morrendo de sede obrigada —Beijei sua bochecha, pegado a jarra de Suas mão.

Caminhei em direção ao armário tentando alcançar um dos os copos. Sem sucesso. Os armários era um tanto quanto altos, o que dificultou o processo. Sinto um corpo atrás de mim e logo um braço fechado em tatuagens alcançar um dos copos e me entregar.

— Você e tão pequena que chega a ser engraçado — Riu.

— Não seja idiota — resmunguei.

— Não estou sendo little woman— zombou novamente — Mas me diga porque acordou tão tarde?

— Eu nem sequer consegui dormir — lamentei. Voltei a escorar-me sobre o balcão enquanto babericava meu suco vendo Justin Colocar as tiras de bacom em um prato. 

— Sebe, eu também não — Pegou uma das tiras dando uma mordida. 

— Porquê?

— Fiquei a noite inteira pensando em alguma ideia para o novo lançamento da BW — Suspirou. 

 — Conseguiu alguma coisa? 

Justin negou balançando a cabeça.

— Oque pretende fazer hoje White?

 — Trabalhar ué — falei como se fosse óbvio. Realmente era. Era sempre a mesma coisa, casa, trabalho, trabalho, casa. 

— Você deveria se dar um descanso sabia? Relaxar, sair para dançar, beber ou sei lá. 

— Justin, sabe que eu não sou uma pessoa "socializavel" porque ainda insiste? 

— Ainda tenho esperanças de você sair dessa sua vida monótona. 

— Pois então deixe de ter, estou muito bem assim, querido — Levantei-me do banco indo em direção a pia e colocando o copo vazio e a jarra em mesmo estado dentro dela. 

— Tudo bem, mas não pense que desisti senhorita White — Revirei os olhos.

— Você não vai trabalhar hoje não heim? 

— Sim, é que eu vou um pouquinho mais tarde já que eu não consegui dormir— Deu de ombros. 

— Você sabe que Jeremy irá querer arrancar seus miolos sim? 

— Sei, mas foi por uma boa causa. 

— Se você diz. Por falar em trabalho estou atrasada para o meu, e como eu sei que você me ama vai me dar carona não é mesmo? É mesmo! — Sorri largo. 

— Você é bastante abusada quando quer. 

— Já deveria ter se acostumado — falei pondo-me a caminhar até meu quarto. 

Escovei os dentes logo depois troquei de roupa colocando, uma calça jeans, uma regata branca e uma bota de cano baixo. Pasei uma base no rosto para tirar a cara de sono e um gloss de cereja só para dar uma luz. Borrifei um perfume e penteiei minhas madeixas as predendendo em um rabo de cavalo e 'voiolá! Estou pronta. 

Peguei minha bolsa colocando nela alguns itens de uso pessoal, meu celular, o gloss, carregador e meus fones.

Sai do quarto atravessando o corredor e chegando na sala. Corri meus olhos pelo ambiente a procura de Justim, não o encontrando. Bufei enquanto revirava os olhos. Era sempre assim quando vamos sair, a princesa demora horas para se arrumar. Mas precisamente arrumando o cabelo. 

— Justin, vamos logo, já estou atrasada! Ninguém vai ficar analisando seu cabelo para ver se tem fio fora do lugar! — gritei para que ele pudesse ouvir de seu quarto, onde ele provavelmente estava. 

— Quem garante? Tenho que estar sempre impecável minha querida. As gatinhas gostam dos cheirosos e arrumados — Apareceu na sala tentando arrumar a gravata com o braço esquerdo, enquanto no direito ele trazia consigo uma maleta com provavelmente documentos. 

— Não meu amigo — falei enquanto ia em sua direção começando a ajuda-lo a arrumar a gravata — As "gatinhas" — Fiz aspas com os dedos — Gostam de caras que não roubam os secadores e que não demoram mas para se arrumar do que elas. Então seja menos metrossexual que talvez assim você consiga algo com uma mulher além de uma noite.— Terminei de arrumar sua gravata ficando na ponta dos pés dando-lhe um beijo na ponta do nariz arrebitado. 

— Já falei que você é abusada? 

— Muitas vezes. 

— Mas o que seria de mim sem você não é? — disse olhando para a gravata recém ajustada. 

— Tudo o que é hoje, só que um pouco mais insuportável — Sorri lhe beijado a bochecha. 

— Sabe Angelinne se você parasse  de me lambusar com essa porra de gloss, que eu não sei pra quê diabos você passou eu iria agradecer. 

— Já falei que você é insuportável? 

— Muitas vezes — imitou-me

Sorri me virando de costas para sair do apartamento sentindo seus olhos quimar minhas costas. Virei-me novamente para ele. Quem olhava-me atentamente enquanto mordia o lábio inferior. 

— Porque tá me olhando assim? — Sem resposta — Justin! — exclamei com a minha voz algumas oitavas mais alta. Ele balançou a cabeça enquanto resmungava alguma coisa. 

— Quê? — Bufei. 

— Nada Justin, nada. Vamos logo.

Me pus a caminhar novamente agora sentido seus passos atrás de mim. Já fora do apartamento Bieber o feichou, enquanto eu ia ao elevador o esperando terminar de trancá-lo. Quando já estávamos os dois no cubículo claustrofóbico apertei o botão para o estacionamento do prédio saindo logo dele quando chegamos. Aguardei Justin encontrar as chaves de sua Ferrari pelos bolsos de seu terno. Quando a encontrou abriu a porta de passageiro para mim. Entrei no carro colocando minha bolsa sobre minhas pernas. Bieber ligou o carro pondo-se a dirigir para a saida do prédio. 

— No próximo final de semana minha mãe nos convidou a um almoço em família no Canadá o que acha? — Justin perguntou quando já estávamos a caminho da lanchonete. 

— Almoço em família? Com vovô Bruce, vovó Diane, Jasmyn e Jaxon? Não perco por nada — exclamei empolgada. 

— Ótimo, então sem outros planos para o final de semana. 

— Com certeza. 

— Você já sabe que meus avós vão encher nossos sacos com a idéia de que devíamos sair da friendzone né? — perguntou me olhando. Senti meu rosto esquentar ao ser tomado por um rubor. Abaixei a cabeça tentando esconder as bochechas coradas. 

— Sei — Minha voz saiu um tanto quanto baixa e engasgada. Pigarreei tentando disfarçar a vergonha. Justin com certeza percebeu pois, deu um risinho idiota em seguida — Eles parecem que nunca vão entender que nós nunca vamos ficar juntos de outra forma a não ser como amigos? Nós dois não combinamos nada, você não faz meu tipo e eu não faço o seu né? — Pude jurar que ele pareceu exitar por um instante, mas logo suspirou fundo me respondendo um simples e direto:

— Não! 

Talvez escutar isso tenha me causado certo incomodo mas apenas ignorei pois não havia motivo para tal desconforto. 

Olhei pela janela do carro já avistando a lanchonete a alguns metros de distância. Justin estacionou o carro logo destravando a porta para mim. Coloquei minha bolsa sobre meus ombros e dei um beijo melecado de propósito na bochecha do meu melhor amigo, o vendo bufar e revirar os olhos pelo meu ato infantil. Sorri piscando para o mesmo. 

Sai do carro olhando para os lados me certificando de que não seria atropelada e atravessei a rua. Me virei mandando um beijo no ar e um tchauzinho para Justin que fingiu pegar o beijo e guardá-lo no coração. Sorri vendo sua Ferrari diminuir aos meus olhos a cada kilômetro percorrido. 

Adentrei o estabelecimento pela entrada dos funcionários ( fundos) sendo recebida por um olhar mortal de Tycha uma das garçonetes que por algum motivo que eu não sei qual simplismente me odeia. Sorri gentil para ela indo para a cozinha e dando bom dia assim que cheguei para os funcionarios ali presentes ( Frizon o Cozinheiro, Henry o confeitero Amanda e Blair as duas ajudantes e Mari a senhora que cuida da limpeza) Todos pareciam um tanto quanto apressados. Deduzi que a lanchonete estivesse cheia hoje. Sorri um tanto confusa ao encontrar uma Samantha completamente  aflita. 

— Céus, amiga , ainda bem que você chegou eu estava começando a elouquecer! — exclamou a morena assim que me viu. 

— Bom dia para você também Samantha. Acalme-se já estou aqui — peguei a pequena prancheta em suas mão e analisando para ver se as entregas de hoje já havia sido feitas e se ouve algum tipo de reclamação de algum clientes. Três reclamações por atraso de pedido e faltava 2 entregas para serem feitas. Bufei, odiava ver meu trabalho mal feito. Eu sou extremamente perfeccionista devido ao meu toc. 

— Eu estava quase a ter um filho, de tão desesperada não sei como você consegue arganizar isso tudo. E olha que nem terminou a faculdade apesar desse ser o seu último ano. 

 — Basta ter uma coisa chamada foco querida amiga — falei começando a checar para ver se todos estavam em seu devidos postos — Cadê a nova garçonete? — Arqueei uma de minhas sombracelhas parando de anotar algumas observações. Uma das quatro garçonetes havia pedido demissão semana passada e hoje entraria uma nova. 

— É impossível ter foco no meio desse fuzuê todo, você deve ter algum tipo de super poder só pode. Dorothy é o nome da nova garçonete ela está no vestiário trocando de roupa. 

Ignorei seu comentário sobre eu ter super poderes — Que ótimo, vou colocar o uniforme e aproveito para conhece-la. 

Dei as costas a minha amiga seguindo para o vestiário. A "Homemade teste" não era uma lanchonete de grife, mas bastante movimentada pelo fato de ser bastante conhecida. Além de servir lanches também servimos refeições como café da manhã, almoço e jantar. Também fazemos entregas a domicílio. Eu realmente amo trabalhar aqui, mesmo que apesar de fazer faculdade de gastronomia eu não cozinhe aqui. Meu trabalho se resume em verificar se as entregas estão sendo feitas, avaliar o atendimento do local, ver se a dispensa está sempre cheia e as vezes quando me permitem ajudar Frizon. "Ah mas porque você não cozinha? " Simplismente porque antes de eu chegar eles já tinham um cozinheiro sendo esse Frizon, que trabalha na Homemade taste há exatos seis anos. Não seria muito justo se eu simplesmente chegasse e tirasse o lugar dele sendo que faz um trabalho impecável, ele é ótimo no que faz. Sempre que eu tenho tempo gosto de ficar o observando cozinhar e preparar os diversos sabores de lanches que ele sabe fazer. É um dos meus passa-tempos favoritos. 

Desde pequena sempre sonhei em ser chefe de cozinha ter meu próprio restaurante. E saber que tudo o que eu sonhei está se realizando me faz querer voltar no tempo e avisar para aquela garotinha adolescente triste e insegura, do passado que tudo ficaria bem, bastava ela seguir em frente. 

Adentrei o vestiário encontrado uma mulher de perfeitos cabelos escuros e olhos em mesmo tom. Eu não sou lésbica ou bissexual, nada contra, mas eu realmente tenho que admitir o quanto essa mulher é bonita. Ela já estava vestida com o uniforme das garçonetes que se baseava em uma calça flare preta um tanto apertada , uma blusa branca com a logo da lanchonete e um colete vermelho por cima. Nos pés uma sapatilha também vermelha. Seus cabelos estava preso em um coque perfeitamente firme. Seu corpo era um tanto alto e ela parecia ter saido de uma das revistas de moda que Sam adora ler. Me senti um tanto acuada pelo seu porte e beleza. Adimito que fiquei com um pouquinho de inveja. Mas não uma inveja ruim. Não me julguem essa mulher é linda. 

— Olá, eu sou Angelinne White a gerente— me apresentei chamado sua atenção que estava voltada para o grande espelho em uma das paredes do vestiário. A mulher sorriu largo estendendo-me sua mão peguei a mesma a apertando levemente. 

— Dorothy Parker, a garçonete — Rimos. Soltei sua mão vendo que já a segurava a um tempo. 

— Muito prazer senhorita Parker. Bom eu vou ajuda-la com seus afazeres e lhe informar o sistema de "descanço" — Fiz aspas com os dedos. 

— Me chame somente de Dorothy não sou tão velha. Talvez pra você sim — Riu — quantos anos tem? 16? — Meus olhos se arregalaram levemente e minhas bochechas pareciam em chamas. Oh céus, de novo não! 

— Hm, na verdade tenho 21 — murmurei de cabeça baixa pela vergonha. Maldita timidez. Ter 21 anos com carinha de bebê e corpo de adolescente não é nada legal. Odeio que me tratem como adolescente. Estou prestes a andar com meu registro de nascimento colado na testa pra ver se param de achar que eu sou uma criança. 

— Oh querida me desculpe pela inconveniência mas... E que... Sabe... Você... 

— Tudo bem é normal isso sempre acontece já me acostumei com minha cara de criança — suspirei. 

— Não foi isso que eu quis dizer — explicou-se — mas tudo bem. Bom como ia dizendo eu te agradeço se me ajudar, a me organizar porque sabe, apesar de já ter trabalhado com isso creio que os costumes sejam diferentes. 

— É, talvez nem tanto. Espere uma pouco vou vestir meu uniforme e já podemos ir. 

Fui em direção a minha cabine pegando meu uniforme dentro do meu pequeno armário começando a me despir e vestir o uniforme em seguida. Coloquei a calça skinny na cor preta primeiro, depois a regata branca e o colete vermelho por cima. Optei por deixar meu cabelo do jeito que estava. Sai da cabine, parando em frente ao grande espelho para verificar como eu estava. Estava bom, apesar de me incomodar o fato de que aquela  calça deixava minha bunda um pouco apertada. Resmungei por isso. 

— Você tem um belo traseiro querida — disse Dorothy — se eu tivesse uma bunda dessa sairia rebolando bastante por ai. 

Ergui uma de minhas sombrancelhas confusa. Ela tá de brincadeira com a minha cara né? Ela parece uma modelo! Certo que não tem uma bunda grande ou seios enormes, mas são perfeitamente proporcionais ao seu belo e esguio corpo. 

— Não brinque comigo assim Parker .

— Não estou. 

— Tá vou ignorar isso va... 

— Como quiser — me interrompeu. 

— Como eu ia dizendo vamos logo porque daqui a pouco o Senhor Tremel chega e temos muitas coisas a fazer, vamos — Peguei em sua mão a arrastando para fora do vestiário.

                        (…)

— Proto. Agora quando o pedido for posto aqui em cima do balcão, você deve pega-lo e levar até a mesa que pediu — terminei minha explicação e tuor de longos 58 minutos. 

— Muito obrigada. Eu acho que entendi tudo — Dorothy sorriu. Ela é uma boa garota, prestou atenção maravilhosamente bem em tudo que eu lhe falava e pareceu pegar o pique da "Homemade taste" bem rápido. 

— Não há de que. Se precisar de algo é só me chamar vou estar a sua disposição — Sorri. 

— Obrigada novamente. Ah antes que me esqueça tenho 25 — Frazi o cenho confusa — 25 anos Angelinne. 

Arregalei os olhos. 25? Ela tem cara de ser bem mais nova. Eu diria uns 19 no máximo .

— Oh — fingi não estar abalada pela revelação, o que era uma grande mentira — Já estou indo para o meu posto, como eu disse estou a sua disposição. 

Me pus a caminhar em direção ao balcão onde era meu lugar e foquei meu olha na prancheta riscando dali o dever " adapitar a nova garçonete" abaixei um pouco mais meu olhar, riscando também as entregas atrasadas que já haviam sido feitas. Sorri. 

  E que comece o meu cansativo porém Amado dia.