Um ano depois, Kris sentou na mesma sacada. Não suspirou, não acendeu um cigarro. A ambulância e a polícia estavam lá novamente. Mas seus sentimentos, ao invés de azuis, eram negros. Negros como o universo nos olhos de Suho, como as pedras preciosas nos olhos de Tao.
Uma risada. Kris finalmente faria com que fossem três novamente, seu número favorito. Ele já poderia escutar o que seus amigos iam pensar e dizer.
Um toque. Kyungsoo atendeu o celular, e Kris estava em paz.
— Alô? Yifan?
— Oi, Soo. Você está bem, amigo?
— Estou ótimo, por que?
— Ótimo mesmo? Você está feliz com o que você tem? E o seu filho?
— O Baekhyun está ótimo. E você, meu amigo?
— Estou em paz, pela primeira vez. Kyungsoo, promete uma coisa?
— O que quer que eu prometa?
— Não seja como nós. Como eu, Baekhyun, e Chanyeol. Não seja como nós três. Nunca. Eu amo você.
— Pode deixar, Kris. Mas do que você está falando exatamente? — Kyungsoo estava chorando, ele sabia.
— Sobre suicídio. Adeus, querido amigo, e diga ao Jongin que eu o amo também.
Um impulso.
Um segundo.
Um sorriso.
Uma queda. Tão simples a fraqueza humana. Tão leigos são aqueles que não sabem o que é a tristeza, em sua mais pura forma. Ela é bela de qualquer jeito, mas assim tão grande, é melhor ainda, pensava Kris. Sentiu muita dor. Os bombeiros haviam chegado, ele lembra de ter chamado também. Mas já era tarde.
— Agora sim. Tudo em três. Como deve ser sempre.
Em seu terceiro e último suspiro, Kris pensou escutar seu nome ser chamado por Junmyeon.
Agora, para ele eram três. Ele, Junmyeon, e Tao.
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