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História Through Me - Própria Companhia


Escrita por: wtftaylorhill e AmIlost

Notas do Autor


Estamos muito felizes que vocês estejam gostando!!! Escrevemos essa fanfic desde o ano passado, paramos por não achar que estava boa o suficiente e agora recomeçamos e tivemos coragem para postar.

Enfim, sobre o capítulo de hoje: ELE VAI SER MUITO IMPORTANTE PARA O DESENVOLVIMENTO DA FANFIC. Conforme vocês forem lendo vão pensar "Meu Deus, como eu não liguei as coisas antes??". Só podemos dizer isso mesmo haha

Beijos e boa leitura.

Capítulo 2 - Própria Companhia


Fanfic / Fanfiction Through Me - Própria Companhia

"A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente" Albert Einstein

Fui acordada pelo toque do meu celular, minha cabeça pesava toneladas e meus olhos estavam inchados do choro de algumas horas atrás. Quando finalmente consegui abrir os olhos vi que era a Poppy que me ligava, por mais que não quisesse me lembrar, fui pega por suas palavras de algumas horas atrás.

Antes que eu me desse conta, tinha rejeitado sua ligação, de uma coisa eu sabia: Eu precisava de um tempo comigo mesma.

Olhei para meu relógio e era quase 18:00 horas, quando olhei para data foi como se sentisse uma martelada em minhas costas. Daqui a exatamente um mês eu e Dominick completariamos 2 anos de namoro.

Me lembro de quando completamos um ano, foi completamente inesquecível. Fomos em uma casa na praia, passamos o dia inteiro juntos, a noite resolvemos ficar na areia e aproveitar as estrelas e o barulho profundo do mar, enquanto sentia seu corpo quente no meu, ele é tudo o que sempre quis para mim.

Tentei limpar minha mente e as lagrimas que cobriram meu rosto, precisava me distrair, comer alguma coisa seria uma boa, estava sentindo um imenso vazio, então me dei conta que não era só no meu estomago. Enquanto preparava um sanduiche meu celular tirou minha atenção, era uma mensagem. 

“Me desculpa Erin
Agora para de ser boba e vem aqui em casa
Precisamos nos arrumar p festa na Republica
Você sabe que precisa disso mais do que eu”

As vezes Poppy tem o dom de me irritar, não acredito que ela confirmou que eu iria sem ao menos me consultar. Eu sei que disse que ia aproveitar mais minha vida, mas sei que o clima vai estar estranho, e não estou bem para ir, não depois de tudo o que já aconteceu. 

Minha mãe que causou tudo isso, me afastou da vida maravilhosa que eu tinha. Fez da vida do meu pai e da minha um inferno, dizendo que não suportava mais morar no México e o obrigou a dar a separação para vir comigo para os EUA. Eu não tive muita escolha, ela e meu pai me obrigaram a vir para cá. Nunca trabalhei e nem Dominick, não teríamos como nos sustentar. Não sei se algum dia serei capaz de perdoar minha mãe. Nós não nos falamos muito desde que chegamos aqui, eu olho para ela e sinto que ela criou uma barreira entre tudo que eu amava.

- Oi querida, decidi sair antes do trabalho e fazer compras para casa, será que você pode me ajudar a descarregar do carro?

- Sim. - Respondi me direcionando para o carro, realmente ela tinha feito muitas compras.

- Eu estava pensando em jantar naquele novo restaurante. O que você acha? - Ela sempre tenta achar um jeito de me aproximar, mas eu não consigo esquecer o que ela fez.

- Desculpa, eu já combinei com a Poppy de sair hoje, estavamos pensando em ir em uma festa da Republica. Tudo bem para você? - Antes que eu pudesse me dar conta, as palavras já tinham saído da minha boca.

- Tudo bem, fica para outro dia então, okay? - Disse ela sem jeito. Eu sei que um dia vou ter que passar um grande tempo com ela mas, preciso de mais tempo.

- Aham. - Respondi sem olhar para ela, apenas continuei guardando as compras.

Lembrei que não tinha respondido a Poppy, ela odeia quando eu demoro muito, decidi pegar meu celular e dizer o que seria certo para mim.

“Poppy eu não disse que iria
Aliás hoje não vai dar mesmo
Sabe como minha mãe é 
Já está tentando me arrastar para algum lugar
E dessa vez é melhor eu ir”

Que bela confusão que eu fiz, quer saber estou me sentindo extremamente perdida, não quero ser encontrada, só não quero me sentir assim.  

Eu vou ter que sair para algum lugar, “sozinha” foi somente o que veio na minha mente. Apesar de sempre achar minha companhia insuficiente, eu precisava me entender, e pensar no que eu realmente quero. Quem eu quero enganar, pensar no que eu quero? Eu não compreendo meus pensamentos.

Eu não consigo parar de pensar no Dominick, eu sei que a Poppy sabe, mas eu tento esconder esse sentimento profundo por ele, tento esconder de mim. Perda de tempo, eu tenho colapsos das nossas melhores memórias. Eu virei uma dependente dele como Poppy disse, preciso mudar meus pensamentos, mesmo não sabendo como os controlar.

Por que me torno dependente das pessoas? Tenho somente memórias que me tiram sorrisos… e choros logo em seguida, e Poppy do meu lado, e agora nem ela está aqui comigo. Eu deveria sair mais, gostar de companhias, conhecer as pessoas e novos lugares, o que eu estou fazendo com a minha vida? Só temos uma, e eu pretendo aproveitar. Óbvio que não vou estalar os dedos e ser uma pessoa nova, mas com certeza vou tentar me divertir mais. Estava tão envolvida com meus pensamentos que não percebi meu nome sendo chamado.

- Erin? - Era minha mãe.

-Aqui no quarto. - Respondi, aguardando o que ela iria dizer.

- Você não vai na Poppy filha? Já são 20:00 - Ela disse apoiada no marco da porta.

- Eu vou daqui a pouco. - Ótimo, ela nunca veio conferir, logo hoje…

Resolvi procurar uma roupa, eu nem sei para onde vou. Hoje de manhã ouvi uns garotos falarem do Hubrugs, um bar não muito longe daqui, esse nome não era estranho, quem sabe a Poppy já não tenha falado para mim. Eles diziam que era cheio, mas eram seletivos, talvez tenha pessoas legais por lá.

- Mãe eu to saindo - Disse mesmo não vendo ela por alí.

- Erin, não ouvi a buzina da Poppy como você vai? - Agora ela se importa comigo? E quando tirou tudo que eu amava, será que ela não pensou como eu ficaria?

- Ela ta no salão mãe, não é tão longe mas vou pegar um táxi e esperar ela por lá. - Ela cruzou a sala e pegou sua bolsa.

- Você pode usar meu carro, não precisa pegar um táxi para voltar é perigoso ficar esperando. - Ela nem sequer esperou eu responder e colocou a chave nas minhas mãos. O que eu ia dizer? Se eu realmente fosse na Poppy não iria precisar, mas sozinha, eu tive que aceitar.

- Obrigada - Disse saindo.

Fazia um tempo que eu não dirigia, mas fui bem até chegar lá. Realmente era bem cheio, pelo menos por fora. Há um painel gigantesco escrito “Hubrugs” em luzes verdes. É um lugar muito bonito de dois andares, o de cima é totalmente de vidro, esta com várias pessoas e tem mesas de sinuca. Já a entrada não é muito grande, e três seguranças estão lá fora, um deles segura um tablet onde olha constantemente.

Respirei fundo e fui para lá, eu nem sei o que estou fazendo, nunca vim em um lugar desses sozinha. Quando me direcionei para a entrada dois seguranças me fecharam, senti meu coração bater cada vez mais forte. O que eu fiz de errado dessa vez?

- Desculpa senhorita, você está sozinha? - O segurança que segurava o tablet perguntou me olhando de cima a baixo.

- Sim. - Já estava arrependida de ter ido, o que está acontecendo? 

- Seu nome completo, por favor. - Ele disse, agora sem tirar os olhos do tablet.

-  Erin Nuestra. - Ele continuou com os olhos fixos onde estava. Como se procurasse algo em uma lista. Sim meu nome. O que obviamente não teria.

Então um homem apareceu, com trajes normais, e começou a conversar com o segurança. Provavelmente algo sério pela reação dos dois. Ótimo, agora vou ficar igual uma palhaça aqui parada.

Conforme olhava para o curioso homem, meus olhos foram mais fundos e correram por todo o ambiente, encontraram alguém que não esperava ver, saindo de uma porta no fundo. O lugar era realmente inexplicável, a iluminação azul escuro, mesas e bancos bem aconchegantes, bastante gente, não sei como meus olhos o encontraram. Era o Justin. Mas o que ele está fazendo ali? E a festa na Republica? Antes que eu pudesse montar possíveis respostas na minha cabeça, ouvi uma voz que me tirou dos meus pensamentos.

- Senhorita? - Seus olhos estavam fixos em mim.

- Sim? - Respondi colocando meu cabelo no rosto, se Justin passasse por alí e me visse eu estava ferrada.

- Desculpe mas aqui não é lugar para você, seu nome não está na lista, e você não é daqui. Eu preciso pedir que se retire.

Eu estava pasma, porque não seria lugar para mim? Agora entendi porque o lugar era tão seletivo, que burra, eu não acredito que estava ali. Eu nunca saio, e decidi vir sozinha, o que eu estava querendo provar?

- Okay. - Eu só queria sair correndo dali, não consegui segurar meu choro, estava tudo muito errado comigo, se eu me sentia perdida e sozinha, agora eu definitivamente estava.

- Calma, eles são assim mesmo. Só entra quem pode, e convidados deles. - Me virei, e vi que ele me encarava. Eu nunca o vi na minha vida. Estava falando mesmo comigo?

- Eu não sabia. - Foi só o que saiu da minha boca, meus olhos já deviam estar muito vermelhos, e minha respiração pesada. Continuei andando.

- Eu tenho um amigo que pode entrar a hora que desejar, quando você quiser é só falar comigo. Estou sempre aqui - A voz estava me acompanhando, então parei.

- Obrigada, eu preciso ir agora. - Precisava realmente ir. Ele disse algo, fui incapaz de ouvir, pois meu único objetivo era chegar até o carro.

A unica coisa que consigo fazer agora é chorar. Fecho os olhos, quanto mais tento resolver mais me sinto deslocada de tudo. É como se quisesse correr sem parada mas meus pés não tocassem o chão.

Meus pensamentos estão desalinhados, passam em minha mente tudo aquilo que me causa dor. Muitos esquecem que coração não sente, uma imensidão de sentimentos, um cérebro para tanta confusão.

Agora eu só queria tomar um banho, e me deitar. Liguei o carro e fui direto para casa. Fiz o máximo de silêncio possível, não queria um interrogatório da minha mãe. Tomei um banho e me deitei na cama. 

Meus pensamentos me atormentavam ainda, mas tentei me distrair. Então lembrei do homem que me parou, ele era gentil, mas eu realmente não estava em um bom momento, e não sou boa em conhecer novas pessoas, mas vou tentar melhorar.

A imagem de Justin veio em minha mente. Eu realmente espero que ele não tenha me visto mas, o que ele estava fazendo lá? Naquele lugar tão seletivo. Ele parece ser muito idiota, deve ter ido procurar alguma garota para levar para festa da Republica.


A festa, Poppy, meu celular? Com certeza ela me mandou alguma mensagem, guardar rancor da Poppy não era certo, ela só estava querendo me ajudar, mesmo do jeito doloroso dela. 

Aposto que deve ter aproveitado muito a festa. Amanhã vou perguntar tudo para ela. Eu ia responder a mensagem dela, que provavelmente teria no meu celular, mas estava tão cansada, e meu celular devia estar na bolsa, eu não teria forças para levantar. Meus olhos estavam tão pesados que não pude segurar. Adormeci.


Notas Finais


Gostaram?? Esperamos que sim!
Quando as coisas começarem a ser reveladas vocês vão surtar tanto quanto nós surtamos escrevendo!!!
Comentem o que estão achando, o que mais gosta, o querem na fanfic e etc.
Beijinhos e até o próximo capítulo!


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