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História Through Me - Nothing lasts forever


Escrita por: wtftaylorhill e AmIlost

Notas do Autor


Voltamos!!!
Pensaram que não ia ter capítulo novo hoje? Haha
Uma fotinho do Dominick da capa do capítulo para ilustrar algo que ira acontecer, o que será????
Boa leitura.

Capítulo 4 - Nothing lasts forever


Fanfic / Fanfiction Through Me - Nothing lasts forever

"Mas a saudade é isto mesmo; é o passar e repassar das memórias antigas." Dom Casmurro

Chegamos no Hubrugs, entreguei o dinheiro para o taxista, e cruzei a rua tomada por uma sensação estranha. Meus olhos já tentavam procurar aquele rosto novamente, mas minha cabeça dóia, e meus olhos demoram para focar. Não me lembro muito bem como ele era, naquele momento eu estava muito nervosa. Então vejo alguém encostado fumando, deve ser ele. Não preciso fazer muito, assim que nossos olhos se encontram ele vem em minha direção.

- Eu pensei que não ia te ver tão cedo. - Ele diz com um sorriso estampado.

- E eu não pensei que voltaria tão cedo. - Ri também, mas continuei:

- Por acaso você viu se deixei meu celular cair?

- Não, não vi. - O desespero me tomou, ele era minha única esperança. Eu travei, agora encarava o chão sem reação.

- Na verdade não sei. - Ele corta o silêncio.

- Como assim? - Perguntei, ele estava brincando com a minha cara?

- Quem sabe se você entrar no bar comigo, seu celular não esteja no meu bolso. 

- Sério? Você tá com ele? - Um sorriso aparece no meu rosto.

- Sim estou. - Ele ri da minha felicidade.

- Por que você fez isso comigo? Sabia que você era minha única esperança? - Agora eu estava com a cara fechada, ele brincou comigo.

- Me perdoe. Mas então, eu só vou te entregar se você entrar comigo. O que você me diz? - Pilantra.

- Okay mas, não sei se você se lembra que não me deixaram entrar, e você mesmo me disse que só pessoas que podem e convidados delas entram. Não lembra?

- Eu posso. - Ele sorriu e depois continuou: - E você é minha convidada. - Ele não parecia ser um cara ruim, então fiz que sim com a cabeça.

Os seguranças não eram os mesmos daquela noite. O lugar era ainda mais lindo de perto, as luzes o bar, os bancos, mesas, era tudo muito bonito. O que mais me chamou a atenção foi a escadaria preta, me lembrava a da minha antiga casa, senti uma nostalgia, que foi interrompida pelo garoto.

- Gostou do lugar?

- Sim, é incrível. - Disse admirada olhando para os quadros na parede.

- As bebidas daqui são ótimas também. Você quer uma?

- Não, obrigada, eu estou com dor de cabeça. 

- Desculpa, eu acabei nem perguntando seu nome. O meu é Isaac.

- O meu é Erin. Então você pode me dar meu celular? Preciso tocar nele novamente. - Digo rindo. Parece bobo mas eu realmente não vivo sem ele.

- Já ouvi em algum lugar, bonito nome. Claro que pode, mas ta sem bateria. - Ele diz me entregando, não consigo descrever minha felicidade, eu poderia abraçar Isaac se tivessemos alguma intimidade.

- Muito obrigada, nem sei como te agradecer.

- Eu sei. Dança comigo. - Eu não sei se deveria, a musica está alta minha cabeça latejando, me pergunto como podemos conversar em meio a tanto barulho. Mas é o mínimo que posso fazer, ele salvou meu celular.

Começamos a dançar, a música que toca é uma das minhas preferidas, sou apaixonada pelos toques das músicas. Por um momento esqueço que minha cabeça está tão pesada.
Vejo uma porta se abrindo no fundo, este lugar é realmente gigantesco. Muitas pessoas saem de lá. Quando volto meus olhos para Isaac, ele está muito próximo. Próximo demais, pois sinto sua respiração quente. Tento recuar mas sinto seus lábios tocarem os meus.

- Isaac, não. - Digo o afastando de mim.

- Desculpa eu, realmente peço desculpas. - Ele diz passando a mão em seu cabelo.

- Eu preciso sair daqui. 

Já estou sonza, minha cabeça pesada, preciso dormir. Então saio correndo, mas há tanta gente que fico perdida. Vejo uma porta, e sigo por lá, mas noto que é o banheiro.

Entro mesmo assim, eu preciso de um lugar mais calmo e jogar um pouco de água no meu rosto. Mas em vez de paz eu escuto gritos e um tipo de discussão, minha curiosidade fala mais alto, e dou uma espiada em uma porta entreaberta perto do banheiro masculino. Solto um grito não muito alto, mas levo minha mão a boca, o que eu vejo me deixa horrorizada e imóvel, tento correr mas minhas pernas não me obdecem como se estivessem presas ao chão. 

Minha cabeça fica mais pesada. Um homem de roupas brancas acompanhado de mais dois homens de preto está com uma faca na mão, e assim que olhei ele passou na garganta de um jovem alto e loiro. Sinto alguém pegar no meu braço é Isaac. Ele me puxa dali antes que alguém fosse capaz de me ver.

- Erin você não pode contar sobre isso para ninguém. Ta me escutando? - Eu não sei o que dizer, só fiz que sim com a cabeça.- Você veio com o seu carro? - Mais uma vez só faço um gesto com a cabeça.

- Vem, vou te levar para casa. - Ele me guia até a porta e seu carro.

Tudo está muito confuso na minha mente, a bebida dessa tarde ainda estava no meu organismo, as únicas palavras que sairam da minha boca, foi a localização da minha casa. Agradeci Isaac e fui direto para minha cama. Minha cabeça estava tão pesada que estava dificil pensar. Apesar de tudo não demorou muito para que eu adormecesse.

                                    […]

- FILHA ACORDA. - Era minha mãe.

- Erin o que está acontecendo com você? Cade seu despertador? - Ela disse preocupada.

- Mãe eu não estou bem, vou ficar hoje. - Minha cabeça agora pensava toneladas.

- Okay, volte a dormir que eu aviso a Poppy.

Eu dormi por mais um periodo, minha barriga vazia implorava por comida. E eu precisava de um remédio urgente. Tive colapsos de memórias em minha mente. Pensei por um segundo que tudo que aconteceu no bar era um pesadelo, mas era a mais pura realidade.
Eu sou incapaz de lembrar de mais alguma coisa daquele dia, talvez seja porque acabei de acordar, ou pelas grandes emoçoes e o pânico daquela noite.

Já na cozinha como o que está em cima da mesa, minha mãe deixou para mim. Já me sinto um pouco melhor mas, aquela cena dificilmente será esquecida. Eu ainda me sinto em choque como se não fosse real.
Tento manter minha mente ocupada, coloco meu celular para carregar e tento me distrair arrumando meu quarto.
Desde que cheguei não arrumei as coisas exatamente onde deveriam estar.
Escolhi ver um filme, depois que acabasse eu arrumaria minhas gavetas, estava muito cansada para arrumar tudo de uma vez só.

O filme não era muito bom, mas também não era ruim. Mais um daqueles romances bobos, que me lembravam Dominick. Já devia ter superado, assim como ele fez. Mas sou incapaz de esquecer algo assim, algo que deixei me consumir.
Estava quase na hora do almoço, meu celular começa a tocar, era minha mãe dizendo que não viria para a casa almoçar. 
"Meu celular" que saudade que eu estava de usar essa frase. E ele estava completamente lotado de mensagens, respondi a maioria e fui preparar um macarrão, não sou muito boa na cozinha, mas fome eu não passo.
Logo depois dormi, mas fui acordada com um telefonema, era Poppy.

- Olá. - Minha voz de sono estava muito óbvia.

- Por que você não foi para Universidade? O que aconteceu? Perdeu a hora?

- Calma Poppy, eu só faltei hoje. - Digo rindo.

- Pensei que era algo grave, enfim vou passar ai umas 19:30, tudo bem? 

- Sim, traz algo bom para comer.

- Pode deixar, mas não vou levar nada muito calórico dona Erin, sem expectativas. - Tive que rir, só Poppy para me fazer rir mesmo.

Conversamos por mais alguns minutos e desliguei, tinha esquecido de arrumar minhas gavetas, e precisava achar uma pasta para levar para Universidade.

Enquanto procurava a minha pasta, fiquei pensando sobre o dia de hoje. Minha mente estava confusa, mas de uma coisa não conseguia esquecer: o meu beijo e do Justin. A sensação de ter sua boca na minha, suas mãos firmes em minha cintura e as minhas em seu cabelo, era inesquecível.

Só ontem fugi de dois homens. Isso é o que eu sei fazer de melhor, quando tudo dá errado eu fujo. Fugir de mim mesma seria um boa opção, não ter que lidar com problemas, com as dores e pincipalmente com a saudade. Pra ser sincera, eu queria pode fugir para os braços do Dominick.

Tento me desligar desse pensamento, porque definitivamente me destrói, a sensação de precisar de algo que você nunca mais vai ter é a pior coisa que eu já senti em toda minha vida.

Começo a retirar as folhas da gaveta, a maioria são coisas bobas que escrevi. Sempre gostei de escrever, também me ajuda a desabafar e me sentir menos perdida no meio da minha confusão.

Vejo folhas que nem lembrava que existiam, textos, frases, algumas até rio. Finalmente achei uma pasta e já separo ela em um canto para não esquecer. Algumas folhas acabam caindo e se depositam sobre meu colo, peguei um desses papéis que caiu no meu colo e no meio dele encontrei uma foto de Dominick, uma sensação estranha tomou conta de mim e me fez recordar daquele dia.

Flashback on

-Amor, olha que lindinho. - Dominick veio em minha direção com Bruce, o passarinho da sua vó, no dedo.

-Amor, não vem com ele por aqui por favor, você sabe que eu tenho medo. - Eu pedi suplicando, enquanto olhava para seus olhos verdes que eram minha paisagem favorita.

-Ele é muito dócil, não vai fazer nada. - Ele insistia.

-Eu sei, apenas não quero.

-Ok, então tire uma foto minha com ele. - Enquanto eu pegava meu celular Dominick fazia várias poses engraçadas o que me tirava risos muito fácil.

- Pare quieto, se não não vou conseguir tirar. - Assim que ele parou olhando para mim eu tirei a foto, o passarinho se assustou com o barulho que meu celular fez e saiu voando em minha direção. 

-DOMINICK SEGURA ELE! PEGA! - Eu gritava desesperadamente enquanto ele ria da minha cara, porém fui salva por seu avó que pegou Bruce.

-Erin… - Ele tentava falar mas não conseguia por conta da risada. - Você é ridícula, olha o tamanho do passarinho. - Logo nós dois estávamos rindo por conta do meu show.

Flashback off

Após esse dia eu resolvi que revelaria a foto, pois ela tinha se tornado a minha foto favorita, porém eu tinha esquecido que ainda tinha ela. Assim que as lembranças desse dia me deixaram em paz eu voltei a atenção para o papel que estava em minha mão, eu sabia do que se tratava e era isso que me deixava mais nervosa, eu escrevi esse texto logo quando cheguei em Nova Iorque, foi um desabafo sobre estar sozinha. Uma parte de mim queria ler, outra queria que eu deixasse isso para atrás. Mas não aguentei, eu precisava ler.


“A verdade é que eu sou incapaz de te esquecer. Tudo que eu penso e faço tem você.
Tento pegar mais leve comigo mesma, mas então lembro que eu te deixei. Não foi minha escolha, mas quem teve que dizer adeus fui eu.

Quando lembro dos seus braços em volta de mim sou invadida por uma sensação inexplicável. Você me erguia e rodava, eu me sentia livre, como se pudesse fazer de tudo, e nada no mundo fosse capaz de acabar com meu sorriso. Mas então eu sou destruída pelo pensamento de que nunca vou ter isso de novo, de que nunca vou ter você de volta.
Essa saudade é como um pedaço de vidro, quando aperta eu me corto. Quando lembro dos nossos momentos de como eu me sentia única do seu lado, sinto surgir um sorriso em meus lábios. Mas em segundos quando lembro que nada será igual a única coisa que sinto são lagrimas enevoar meu olhar e molhar meu rosto, sinto como se queimassem.
Eu te amo Dominick, e agora cada vez que escuto seu nome, mesmo não sendo você, é como se eu levasse uma martelada nas costas. Eu só queria poder correr até você e me jogar nos seus braços pelo menos mais uma vez. Mais uma única vez.
Você tem algo especial nos olhos, vejo um universo em você. Seu olhar é diferente de tudo que eu já vi. Sua boca macia, não posso e não vou me esquecer dos seus beijos. 
Queria que você soubesse que quando estava com você o tempo era uma ilusão, nada importava. E você não me deixava completa, era muito mais que isso, me fazia transbordar, e agora sinto que meu completo não é o suficiente, esta longe de ser o suficiente. Porque tudo que você é, é tudo o que eu sempre precisarei.”

Minhas lagrimas cairam sobre a folha, doía pensar em seguir em frente, doía mais ainda pensar que ele já seguiu. E provavelmente está tão feliz quanto era comigo. Está sendo para ela tudo que era para mim. Quem sabe ela não tenha medo do Bruce, talvez ela seja melhor do que eu. Limpei meus olhos, como se pudesse limpar esses pensamentos da minha mente também. Coloquei as folhas de volta na gaveta e guardei a pasta. Eu precisava distrair minha mente, aquilo estava me corroendo de dentro por fora, e passar uma imagem contrária disso só fazia com que doesse muito mais. 

Resolvi tomar um banho demorado, a água quente relaxava meu corpo, ao mesmo tempo que me sentia sem chão. Eu tenho que arrumar um jeito de melhorar as coisas, parar de me torturar, parar de fugir, aproveitar mais, sair mais, me divertir mais. Mas os dias ultimamente estão fazendo minha cabeça pesar ainda mais.

Tenho tempo antes de Poppy chegar, tenho medo do que ela vai lembrar quando chegar aqui. Provavelmente vai falar do meu beijo com o Justin. O que eu faço? Finjo que eu esqueci?
Estou mais perdida do que eu imaginava, Justin não passa de um tremendo canalha. Tudo esta me fazendo me sentir em um labirinto sem uma única saida.

Olho pela janela tentando me distrair e vejo que é um belo dia lá fora, decido ir andar um pouco, quem sabe meus pensamentos não se tornam mais claros. 

Voltei para casa meia hora antes de Poppy chegar, e terminei de arrumar o quarto, se não ela me xingaria quando visse.
Não demorou muito e ela chegou.

Quando a Poppy chega essa sensação ruim que pensar em Dominick me trás vai embora, ela tem esse dom. Sempre me anima com seu jeito espalhafatoso, com seus comentários irônicos, suas piadas…

-Estou tão feliz por estarmos só nós duas aqui, ultimamente sempre tem algo atrapalhando nossos momentos. -Eu disse.

-Eu também, apesar de gostar dos garotos e ter simpatizado com Amber, nada é como nós duas.

-Você deveria dormir aqui, nãos fazemos isso a um tempo.

-Ainda bem que você me convidou, já estava achando que ia ter que me convidar.

-Você é tão folgada que nem sei descrever. 

-Sou o que sou, e você ama isso.

-Menos né, bem menos.

-Aí meu Deus, chegou uma mensagem do Ryan. -Ela deu um gritinho.

-Vocês estão saindo? Como você não me contou nada sobre isso?

-Não teve como né, estamos sempre com os meninos e você fez o favor parar de usar o celular. 

-Tá, mas conta logo, quero todos os detalhes.

-Não tem detalhes, só estamos conversando, não é nada demais, é só mais um para a minha lista.

-Você não perde uma.

-Você achou mesmo que eu iria perder? Você já viu aqueles olhos? Parecem o oceano. E aqueles braços então… será que ele tem tudo grande?

-Sua ridícula. - Não conseguia parar de rir. - Você esta louca para se afogar nesse oceano né?

-Claro, oportunidades como essa não temos duas vezes na vida. Quero mais que me afundar naquele oceano.

-Você não perdoa nenhum mesmo em Poppy.

- Não sou sonsa, igual alguém aqui, não disse quem.

- Você está me chamando de sonsa?

- Olha ela acordou. - Ela mal conseguia falar de tanto que ria. - Você pegou aquele gosto do Justin e sai correndo. Qual é o seu problema?

- Do que você está falando? - Me esforcei o máximo para que comentário parecesse verdadeiro.

- Ué, dos beijos que ele tascou em você ontem.

- Eu não sei do que você tá falando. Na verdade, não lembro de muita coisa que aconteceu ontem.

- Como assim Erin? Você é mais sonsa do que eu imaginava. Como alguém é capaz de esquecer um beijão daqueles? - Realmente, eu tinha que concordar com ela.

- Eu tenho certeza que você está inventando, nossa estava quase caindo.

- Eu estou falando sério, eu juro.


- Erin chega dessa ladainha.

Conversamos sobre assuntos variados e comemos as comidas sem gosto que Poppy trouxe. E ficamos vendo nossas fotos durante esse ano de amizade.

Foi um ano muito intenso, com muito acontecimentos. Tiramos milhares de fotos, algumas que me davam até vergonha e que nem dava para acreditar que não fazem tanto tempo que foram tiradas. Rimos tanto que minha barriga e minha bochechas doíam.

Pegamos no sono enquanto conversávamos sobre assuntos variados. Meu último pensamento antes de dormir foi sobre o homem que teve a garganta cortada, tentei esquecer isso durante o dia todo, mas essa era com certeza uma cena que jamais iria esquecer.


Notas Finais


Gostaram??? Comentem o que estão achando, vocês gostam do Dominick?


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