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História Ties - Park HyunJun


Escrita por: WOF

Notas do Autor


Oi pessoas!
Lembra que eu disse que só teríamos capítulo novo ano que vem? Eu menti!
Decidi voltar antes! Weeeeee
Então, espero que gostem... Boa leitura

Capítulo 19 - Park HyunJun


Na sala de cirurgia 

-Os batimentos cardíacos dele estão caindo Doutor. – uma enfermeira alertava. 

-Eu sei, temos que controlar essa hemorragia, ele está perdendo muito sangue, se não o fizermos vamos o perder. – o médico disse calmamente enquanto tentava tirar a criança da barriga de Baekhyun. – Quase lá. 

Fez se silêncio na sala nos minutos seguintes, sendo quebrado pelo choro estridente de HyunJun. 

-É um milagre nascer tão antes do tempo e conseguir respirar por conta própria. – observou a enfermeira, enquanto limpava a criança. 

-Sim. – o médico confirmou. – Agora tenho que me concentrar, para não perder meu paciente. 

Manobras foram feitas para terminar logo o parto complicado que Baekhyun havia tido, e depois com muito esforço dos profissionais ali presentes parar a hemorragia, salvando a vida de Baekhyun. 

-Ele vai precisar de sangue. – o médico dizia enquanto tentava se recompor. – Senhorita Park, por gentileza. – o médico pediu se dirigindo a uma das enfermeiras. 

-Volto logo Senhor Kim. – a moça disse saindo rápido da sala. 

Ao estabilizar o paciente, e ter a confirmação que mesmo tendo nascido antes do tempo HyunJun conseguia respirar sozinho e havia nascido saudável, a junta respirou aliviada, mesmo que aquela criança tivesse que passar algum tempo na incubadora logo estaria bem, e nos braços de seus pais.

• 

-Park Chanyeol. – um homem jovem, vestido de jaleco me chamou assim que entrou na sala de espera. 

Eu não fazia ideia de quanto tempo eu estava ali, não sabia se eram horas, ou apenas minutos, para mim aquele tempo sem informações parecia uma eternidade, meus pais e Luhan já estavam a caminho, o último que dissera que avisaria aos pais de Baekhyun. Liguei para eles na tentativa de acalmar todo meu desespero, não adiantou muito. 

-Sim. – respondi me levantando. 

-Sou o Doutor Kim Junmyeon, responsável pelo caso do seu marido. – se apresentou ajeitando seus óculos. - Baekhyun entrou em trabalho de parto, não foi nada fácil. – revelou calmamente, eu detesto essa frieza que pertence a alguns médicos. – Seu quadro é instável, ele perdeu muito sangue, precisará de transfusão, quase o perdemos com isso. – ao ouvir essa frase meu coração falhou algumas batidas. 

-E meu filho? Como está meu filho? – indaguei nervoso. 

-Está na incubadora, ele já consegue respirar por conta própria. – revelou como se fosse nada, enquanto eu sentia meus olhos se encheram de água novamente. – Não se preocupe com isso. 

-Como não se preocupar? – perguntei irritado, era a vida do meu filho e do Baekhyun, ele simplesmente ignorou minha pergunta é continuou. 

-Você logo poderá ver os dois, alguém virá o avisar. – disse e saiu da sala, me deixando sozinho atormentado com as novas notícias.
Eu já não sabia mais o que fazer, me encontrava totalmente desnorteado, só voltei a mim quando sentia uma mão segurar meu ombro. 

-Pai. – o reconheci assim que levantei meu rosto. 

-Como ele está? – indagou com uma expressão preocupada, minha mãe vinha logo atrás. 

-O médico disse que está instável. – respondi, relembrando das palavras daquele médico. 

-Ele vai sair dessa. – se mostrou otimista, tentando me passar confiança. 

-Cadê meu neto? – minha mãe perguntava exasperada, se sentando do meu lado, se ela me abraçasse eu com certeza cairia no choro, e foi o que ela fez, chorei a plenos pulmões, meu medo havia voltado todo de novo, e saber que Baekhyun se encontrava instável não me ajudou em nada, assim como saber que meu filho estava em uma incubadora. Ela não disse nada, me deu o tempo necessário para meu pranto cessar. 

-Desculpa mãe. – pedi assim que me acalmei. 

-Não há nada para se desculpar. – ela revelou com um sorriso compreensivo. – Como eles estão? 

-Eu já volto. – meu pai disse se levantando. – Vou pegar um pouco de água para o Chanyeol. 

-Baekhyun perdeu muito sangue mãe, quando nós chegamos ele estava muito pálido. – respondi me lembrando do rosto delicado e sem cor. – E nosso pequeno está na incubadora, mesmo respirando sozinho. – expliquei a ela, meu pai havia voltado com minha água, só percebi que eu estava tremendo quando peguei o copo. – Obrigado Pai. 

Eles tentavam me distrair, mas não conseguiam muito, no fim eles tiveram que voltar a minha casa, para pegar a mala de HyunJun, eu não havia lembrado disso na hora do desespero, quando eles saíram Luhan chegou, tive que explicar tudo a ele, dessa vez sem choro, acho que já não haviam mais lágrimas. 

-O HyunJun é muito forte Chanyeol, logo ele vai estar correndo pela casa de vocês, deixando vocês dois de cabelos em pé. –dizia sorrindo fraco, ele devia estar bem abalado, ao saber do estado do Baekhyun. – Me dá licença. – pediu se levantando com os olhos cheios de lágrimas, ele sabia que se eu o visse chorando, eu choraria também. 

Luhan voltou depois de alguns minutos com a cara enxada, com o sorriso mais triste do mundo, como se nada houvesse acontecido. 

-Park Chanyeol. – uma mulher de meia idade veio me chamar para ver meu filho.   

Eu ainda me encontrava com a camisa social que eu havia ido trabalhar, meu blazer e gravata eu já havia tirado a muito tempo, era muito nervosismo para tantas roupas desconfortáveis. A mulher me fez lavar as mãos de uma forma estranha, dizendo que só assim eu poderia tocar na minha criança. 

-Ele foi amamentado assim que nasceu, mas para fortalecer o vínculo entre vocês, você pode o fazer de novo, se houver necessidade. – me explicou enquanto andávamos em direção ao meu HyunJun. 

-Claro! – respondi a ela. 

-Aqui. – a mulher disse parando ao lado de uma daquelas caixas de plástico. 

Ele era lindo, tão pequeno, e magro, meus olhos se encheram de lágrimas novamente, mas dessa vez acompanhado de um sorriso sem tamanho. Cheguei mais perto, ele não tinha cabelos, cílios, unhas ou sobrancelhas, isso era um alerta de que ele ainda não estava pronto para nascer, dormia sereno. 

-Oi filho. – disse baixo, perto dele. – Eu posso tocar? – perguntei a mulher que estava parada a meu lado. 

-Sim. – confirmou sorridente.   

Assim que o toquei ele abriu os olhinhos, minhas lágrimas já escorriam pelo meu rosto, não dava para saber ainda com que ele seria parecido, mas aqueles olhos grandes não eram de Baekhyun. 

-Eu posso pegá-lo? – perguntei.   

-Pode. – a enfermeira disse, se aproximando da caixa, a abrindo, tirando meu pequeno de lá. 

-Oi. – eu disse de novo, todo bobo. 

Era difícil o segurar, ele era muito pequeno e frágil, parecia que iria quebrar, ele ficava me encarando, mas depois de alguns minutos ele abriu o berreiro, me fazendo ficar desesperado, era um choro fofo de bebê. 

-Calma. – a enfermeira pediu rindo. – Ele deve estar com fome. 

-Eu posso o alimentar? – perguntei ouvindo o choro do meu filho. 

-Claro. – a mulher disse. – Eu já volto. – ela saiu me deixando com um HyunJun chorão nos braços, ela voltou com um copinho. Um copo?   

-Um copo? – perguntei curioso. 

-É, a mamadeira atrapalhar a amamentação mais tarde. 

-Certo. – respondi. 

-Se sente aqui. – ela me apontou um poltrona, sentei, e assim que o fiz ela me deu o copo. 

-Como eu faço isso? – perguntei preocupado. 

-De a ele, com cautela. – me respondeu, e eu o fiz. 

Fiquei observando o pequeno beber ao leite, nos meus braços. Esse é com certeza, o melhor presente que já ganhei. Depois disso a enfermeira, informou que HyunJun deveria voltar a incubadora, e que ela me chamaria novamente, para o alimentar o resto do dia, meu coração se apertou por saber que eu teria que deixa-lo, porém já estava feliz só de ter tido a oportunidade de ter o conhecido, e saber que ele havia nascido saudável. 

 • 

Quando eu ia me aproximando da sala de espera novamente, eu ouvi um gritaria, era uma mulher histérica, sem dúvidas. Quando cheguei por fim na sala, era uma senhora, que aparentava ter a idade da minha mãe, sendo contida por dois seguranças. 

-Eu quero ver meu filho. – ela berrava. 

-Se acalma Senhora Byun. – Luhan pedia. 

-É meu filho! Vocês não tem o direito de me privar de vê-lo. – respondeu alterada.   

-Se acalme Senhora. – um dos homens pediu.   

-Não! – a mulher respondeu histérica. Céus! Os dois homens trocaram um olhar cúmplice. 

-Nós vamos ter que retira-la daqui. – um dos homens disse, a arrastando para fora sem muita dificuldade. 

Quando ela saiu tudo se acalmou, meus pais já haviam voltado, Luhan conversava com um senhor no canto da sala. 

-Quem era? – perguntei me aproximando dos meus pais.

-A mãe do Baekhyun. – meu pai me respondeu. 

-Ah. – agora eu entendo a razão de Baekhyun se referir a ela daquela forma. – Coitada. 

-Chanyeol. – Luhan me chamou se aproximando. – Esse é o pai do Baekhyun. – disse se referindo a um senhor bem sério do seu lado. 

Naquele mesmo instante, lembrei dos motivos que Baekhyun havia me dado para não me apresentar a sua família, era engraçado como o destino brincava conosco, e acabei os conhecendo de qualquer forma, em uma situação bem complicada. 

-É um prazer conhece-lo. – o cumprimentei de forma respeitosa. 

-Como ele está? – perguntou de forma dura. Lhe expliquei a situação de Baekhyun, ele ouvia tudo, como se fosse nada, se mostrando totalmente insensível. – Entendo, e a criança? 

-HyuJun nasceu bem, só está na incubadora, por ser prematuro. – expliquei ao senhor. 

-Quando poderemos o ver? – indagou frio. 

-Eu não sei, alguém deve vir nos avisar. – me expliquei. 

Me sentei novamente em uma daquelas poltronas, meus pais chegaram, me entregaram a mala de HyunJun, permanecemos ali, até uma mulher vir me chamar para ver Baekhyun. Eu estava muito nervoso, não tinha ideia se ele estaria acordado ou não, não sabia o estado dele. 

-Como você é o marido, poderá ficar com ele no quarto, até ele acordar. – me explicou enquanto nós aproximávamos do quarto. 

-Tudo bem. – foi o que consegui responder. 

O quarto era claro, tudo branco demais como era de esperar de quarto hospitalares, havia os bips do monitorador cardíaco, e o corpo desfalecido de Baekhyun deitado na cama. A enfermeira me deixou a sós com ele, me sentei na poltrona ao lado do seu corpo, e o fitei durante longos minutos, enquanto acariciava seus cabelos, ele estava tão pálido, tão sem vida, era muito duro o ver daquela forma, as lágrimas escorriam pelo meu rosto sem ao menos eu perceber. 

-Volta logo para mim Baek. – pedi, mesmo sem saber se ele me ouviria ou não. – O nosso filho é tão lindo, tenho certeza que ele está ansioso para conhece-lo. – relatei passando a segurar sua mão com cuidado, já que ele tinha agulhas ali. Eu não obteria respostas e sabia disso, mas era tão difícil, ver o rosto dele desfalecido e pálido. 

Permaneci ao lado dele zelando pelo seu sono durante muito tempo, só o deixei quando a enfermeira veio me chamar para amamentar e dar banho em HyunJun, pouco antes do horário de visitas, onde seus pais, Luhan e meus pais foram o ver, não sei como reagiram, uma vez que eu estava ocupado com meu filho, mas espero que tenham dado o apoio que Baekhyun precisava naquele momento. 

 


Notas Finais


Irei tentar voltar antes de domingo que vem, mas não sei se vou conseguir...
Feliz Ano Novo para todos vocês.
Até semana que vem.


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