1. Spirit Fanfics >
  2. Ties >
  3. Persuação

História Ties - Persuação


Escrita por: WOF

Notas do Autor


Olá pessoas, como vão?
Bem aqui estamos com mais um capitulo, espero que gostem...
Podem haver erros

Capítulo 5 - Persuação


 

Assistir Chanyeol literalmente transbordando felicidade me deixou desesperado, ele sem dúvidas queria aquele filho, isso significa que meu plano de aborto tinha grandes possibilidades de falhar, mas eu não desisto das coisas tão facilmente, iria usar minha toda a persuasão para convencê-lo de que essa seria a melhor solução. Ele não parava de beijar meu rosto e alisar minha barriga que ainda permanecia quase reta, quase né... estava começando a ficar enxada, adeus projeto de músculos abdominais definidos.

-Channie. – chamei fazendo ele me olhar com aquela cara de bobo apaixonado que ele adquiriu depois da notícia fatídica. – Eu tenho mais uma coisa para falar.

-Tudo bem. – arrumou a postura e voltou a me fitar com um sorriso enorme, depois de me roubar um beijo, ele estava literalmente transbordando de felicidade.

-Eu não quero essa criança Channie. – disse sério, observando ele mudar de expressão novamente. – Não quero.

-Como assim Baekhyun? – ele perguntou incrédulo. – Como não quer Baekhyun? É nosso filho, nosso primeiro filho. – talvez persuadi-lo não fosse tão fácil.

-Eu não quero Chanyeol, não posso tê-la agora. – fui direto, agora a merda já tinha sido jogada no ventilador. – Eu tenho minha carreira para me preocupar agora.

-Você considera a sua carreira mais importante que nosso filho? – indagou ainda incrédulo. – Considera isso mais importante que a formação da nossa família? Mais importante que a nossa felicidade? – merda, eu não sabia o que responder. Chanyeol não parecia nem um pouco feliz com aquilo que havia acabado de ouvir, era como se ele estivesse ouvido a pior coisa do mundo.

- É complicado. – eu não conseguia mais manter meus olhos nos dele, eu não conseguia identificar se o que ele sentia era raiva ou decepção. – Eu estou em ascensão profissional, e ter um filho agora só complicaria tudo. – fui sincero. – Nós podemos começar a formar nossa família mais tarde. – eu disse o fazendo rir sem vontade.

-É mesmo Baekhyun? É o que você pretende fazer com essa criança que já está em seu ventre? – ele me perguntou parecendo que já esperava o que eu iria responder.

-Aborto? – não fazia ideia de como ele reagiria, ele respirou fundo, e eu pude perceber ele mudando sua postura, era intimidador.

-Aborto? – suspirou passando às mãos nos cabelos. – Você não vai matar meu filho por irresponsabilidade nossa, entendeu? – indagou me olhando no fundo dos meus olhos com cenho enrugado. Nossa, ele estava puto. – Que se foda o período que você está vivenciando na sua carreira. – ele bufava, não gostei de como ele falou da minha carreira. – Você sabe que isso não vai interferir em nada, e que você só vai ficar um tempo afastado. – falou se levantando, agora sim ele estava com raiva de mim, e definitivamente era para valer.

-Você não sabe de nada Chanyeol, você não sabe o quanto dei duro para chegar onde estou. – respondi bufando. – Essa criança só vai atrapalhar tudo, eu não posso continuar a gerando, eu não posso cuidar dela depois que ela nascer, não posso e não quero! Tenho uma carreira para zelar. Eu vou abortar e acabou. – respondi alterando minha voz.

-Baekhyun não vou deixar você matar meu filho! Ele não é só seu sabia? Não vou deixar você fazer isso com nossa criança. – ele estava irritado, mas claramente tentava se controlar. – Não fala dela assim como se fosse nada, um objeto que pode ser descartado, é nosso filho! Não vou permitir que você o assassine.

-Que Droga Chanyeol! Você está sendo egoísta! – que raiva, quem sofreria todas as consequências seria eu, enquanto ele permaneceria trabalhando, permaneceria magro, e sem correr risco de engordar 20 quilos depois da criança nascer.

-Eu estou sendo egoísta? – indagou rindo ironicamente. - Você está sendo egoísta Baekhyun, você está pondo suas prioridades acima do seu próprio filho. – falava enquanto apontava para mim. – Quer mata-lo antes mesmo dele começar a ter uma vida. – minha persuasão falhou, me fudi.

-Chanyeol, por favor. – pedi olhando em seus olhos, onde estava nítida a raiva que ele sentia de mim naquele momento. – Eu sei que esse filho é de nós dois, e não posso tomar essa decisão sozinho, então por favor, me deixa abortar.

-NÃO BAEKHYUN! VOCE NÃO VAI ABORTAR ESSA CRIANÇA. – nunca havia o visto tão irritado, ele nunca havia alterado a voz para mim, o que eu fiz? Chorei, comecei a chorar e nem havia percebido. – Droga. – ele disse respirando fundo enquanto passava as mãos nos cabelos, tentando se acalmar novamente. – Merda, me desculpa. – pediu ao perceber meu estado, eu permaneci calado, não havia mais o que ser dito, ele não deixaria eu abortar essa criança.

-Não se aproxime de mim. – eu pedi quando percebi a intenção dele de se aproximar de mim, sai do quarto e me tranquei no banheiro, onde continuei chorando e refletindo, precisava ficar sozinho e detesto mostrar minha fraqueza aos outros.

De fato a idéia de abortar uma criança era totalmente egoísta e cruel, mas eu não queria esse filho, não agora, e Chanyeol não tinha o direito de falar comigo daquela forma.

-Baekhyun. – ele chamava do lado de fora, depois de um tempo de total silêncio no quarto. – Por favor, abre a porta. – eu permaneci calado, naquele banheiro só havia o ruído dos meus soluços, minhas emoções estavam uma bagunça. – Abre, por favor. Me desculpa. – ele pediu

parecendo arrependido. – Eu perdi o controle, me desculpa, por favor. – só sairia dali quando estivesse um pouco o mais calmo.

Me levantei mas não era para abrir a porta e correr para os braços dele, eu iria embora, lavei meu rosto na água gelada, que estava vermelho e inchado, ótimo! Não da para melhorar. Abri a porta de supetão, encontrei um Chanyeol surpreso com minha ação.

-Me perdoa. – ele pediu mais uma vez, e eu o ignorei, eu estava com raiva, quem ele acha que é para gritar comigo e falar da minha carreira daquela forma, agora ele iria sofrer as consequências. – Agora você decidiu me ignorar? – ele perguntou me seguindo. – Que ótimo Baekhyun, ótimo! É assim que se resolve as coisas como adulto, parabéns para sua infantilidade. – Infantil? Eu queria dar na cara dele, mas sou contra a violência, então apenas parei no meio da sala dele é lancei um olhar mortal.

-Eu vou embora Chanyeol. – eu disse indo em direção a porta, felizmente na noite anterior, tinha trago apenas meu celular é minha carteira, então nem tinha que me preocupar em procurar meus pertences pela casa.

-Calma Baekhyun. – ele pediu preocupado. – Me deixa te levar até em casa, você não está em estado para andar sozinho, ainda mais na sua condição. – disse se referindo a gravidez, ele deveria ter pensado nisso antes de gritar comigo.

- Chanyeol, eu sei o caminho, posso ir sozinho, não precisa se preocupar. É nós ainda temos que trabalhar hoje. – respondi deixando transparecer toda a minha irritação.

-Baekhyun. – ele me chamou preocupado, eu detesto quanto ele faz isso, por que ele me amolece tão facilmente? Mas eu tinha que permanecer firme.

-Está tudo bem Chanyeol. – disse já em frente à porta. – Não vou abortar essa criança, pode ficar tranquilo, vou marcar o médico e começar o pré-natal, quando tiver consulta eu te ligo. – o filho não era só meu, e se eu continuaria a gestação então tinha que cuidar da minha saúde e do meu bebê, no final minha mãe ficaria feliz ao saber que seria avó e que o pai da criança seria rico, isso era triste.

-Tudo bem. – ele disse suspirando cabisbaixo. – Me desculpa, eu não devia gritar com você. – sem duvidas aquilo era arrependimento.

-OK. – foi o que respondi, queria deixar ele com peso no consciência, para ele nunca mais fazer isso. -Tchau. – me despedi enquanto ele vinha em minha direção.

-Tchau. – se despediu de mim triste, segurando minha mão de forma carinhosa, enquanto a outra estava na maçaneta, mas a soltando assim que percebeu que eu estava me afastando.

Cheguei aquele lugar querendo consertar as coisas e estava indo embora com as coisas entre nós ruins de novo, mesmo que estivesse esperando um filho do Chanyeol isso não era garantia que ficaríamos juntos, mesmo que eu queira muito ficar junto dele, já não sabia mais como as coisas prosseguiriam depois daquela discussão, espero que a raiva seja momentânea e que nós façamos as pazes logo, isso obviamente depois de fazer Chanyeol se desculpar mais algumas vezes por gritar comigo. Seguiria com a gestação, bem contrariado, mas talvez fosse até divertido, e depois quando a criança nascesse poderíamos ver com quem ela se pareceria mais.

♡♡♡♡ 

Se eu estava arrependido por ter gritado com Baekhyun? De certa forma sim, foi algo inevitável, eu perdi o controle, sei que não deveria ter feito aquilo, mas acabei fazendo, vê-lo chorando foi a pior parte, nunca imaginei que faria Baekhyun chorar, e ver aquilo me fez sentir certo desespero.

Mas não entendo como ele tem coragem de pensar em abortar uma criança, não é como se nós fôssemos dois adolescentes imaturos e irresponsáveis, sabíamos o que estávamos fazendo no momento que nosso bebê foi concebido, sabíamos das possíveis consequências, e ele vem com essa ideia maluca de mata-lo por conta de carreira, eu nunca permitiria que ele fizesse algo assim.

Ao mesmo tempo eu a preocupação me corroía, deveria ter o levado de volta para casa, ele não estava em estado para andar por aí sozinho, mas Baekhyun é orgulhoso, e como complemento teimoso, nada o faz mudar de ideia agora teria que dar um jeito de fazer as pazes com ele, não queria que meu filho fosse gerado e nascesse com seus pais brigados, eu queria fazer parte disso tudo, e para isso teria que dar um jeito de fazer Baekhyun me perdoar, mesmo que eu não estivesse totalmente errado.

♡♡♡♡ 

Voltei para casa de táxi, ninguém merecia me ver por aí com minha cara de choro, e eu também nem queria ser visto assim, chegando em casa troquei de roupa e tentei esconder minha cara de choro com maquiagem, o que super funcionou, agradeço aos tutoriais de make do YouTube, mesmo que aquelas garotas sejam meio chatas e tenham a voz um pouco irritante, mas esses são pontos a ser relevados, e sai correndo para não me atrasar para o trabalho.

Mais um dia de trabalho com o Kyungsoo radiante ao meu lado, foi até um pouco engraçado quando Jongin chegou para o estágio, e eles tentavam disfarçar os olhares que lançavam um para o outro, vendo pelo lado bom, aquilo estava até sendo bom, aquela espécie de relacionamento que os dois vinham mantendo e acreditavam ser algo secreto para mim, era tão óbvio, ficava nítido só pelo jeito que os dois se olhavam, Kyungsoo deixou de ser um pouco, bem pouco mesmo, detestável e meu estágio buscava meu café e fazia xerox para mim com mais gosto, alguém tinha que se dar bem nessa história toda não é mesmo? Quem sabe assim o Kyungsoo não passa a ser um pouco mais sociável e menos triste e passa a deixar de querer estar um pouco morto.

Liguei para o médico, que a partir dali seria responsável pelo acompanhamento de minha gestação, e nossa essas coisas não eram tão rápidas quanto eu imaginada, mas já haveria consulta em duas semanas, depois tive que ligar para meu médico, informando que havia deixado a ideia do aborto de lado, ele era um velhinho tão fofinho, merecia saber disso, quem sabe ele não ficaria mais feliz, e ainda teria que comunicar a empresa sobre meu novo estado, e sem dúvidas a partir disso eu me tornaria motivo de fofocas, que beleza. E aí vinha a parte difícil, falar com Chanyeol.

-Alô. – ele atendeu depois de um toque. – Baekhyun? Aconteceu alguma coisa.

-Não Chanyeol, temos consulta em duas semanas, quinta-feira as três da tarde. – fui direto e o mais seco que conseguia. – Eu te encontro no consultório. – disse passando o endereço, e o explicando como se chegava.

-Tudo bem, eu estarei lá. – ele falou e depois suspirou. – Você ainda está bravo comigo? – eu estava adorando aquele arrependimento, sou mesmo uma pessoa horrível.

-É... -respondi suspirando impaciente.

-Me perdoa Baekhyun. – tanto arrependimento. – Eu quero que as coisas entre nós fiquem bem, eu quero que dê certo. – ai meu coração, ele ficava tão mole quando se tratava de Chanyeol. – Ainda mais agora que teremos uma criança, eu já até pensei onde vai ficar o quarto dela no apartamento, e já tive várias idéias para a organização. – essa era a parte boa de ter um design de interiores como pai de seus filhos, esse ele era o título dele até agora.

-Ah que legal. – disse pensando como faríamos quando aquela criança nascesse, se continuarmos morando separados ou passaríamos a viver juntos, o que eu acho difícil depois do início da manhã, deve ser difícil cuidar de uma criança sozinho, o Sehun não consegue cuidar da Mei até hoje e ela já tem quase dois anos, apesar que era o Sehun, ele fazia quase nada sozinho.

-É. – Chanyeol confirmou animado, ele estava tão feliz com aquela criança.

-Tenho que desligar. – ainda estava trabalhando afinal. – Te vejo na quinta.

-Não. – mas que porra, o que ele queria? – Baekhyun vamos jantar juntos, por favor, a gente precisa conversar direito. E eu preciso me desculpar. – ele tinha razão, tínhamos muito a conversar, principalmente agora que teríamos um filho.

-Esse fim de semana não dá, e nem no próximo. – respondi mentindo, ouvindo-o suspirar do outro lado da linha. – Só se for no domingo da semana que vem, pode ser? Podemos almoçar no domingo? – perguntei, queria visitar o Luhan, preciso conversar com ele pessoalmente. – Tenho que visitar meus pais. – menti, não queria ficar dando satisfações, mas haveria de ter alguma desculpa para não vê-lo.

-Tudo bem Baekhyun. – ele confirmou. - Eu passo no seu apartamento. Mas não acho bom você ir visitar meus pais, não acho seguro você viajar sozinho, e eles moram no interior. – ah não, agora quem ele acha que é para ficar decidindo o que eu posso ou não fazer.

-Mas eu vou Chanyeol, se eu quiser vou até Marte. – mais um suspiro do outro lado da linha, as vezes sou grosso e nem me importo com isso.

-Não entendo porque você não pode me ver antes do domingo da semana que vem. – confessou. Ah que ótimo.

-Nem é tanto tempo assim Chanyeol, vai passar rápido. – solucionei o problema, quando na verdade eu sabia que só estava deixando meu orgulho falar mais alto e sentiria muito a falta dele naquele meio tempo.

-Tudo bem Baekhyun, se você quer assim. – Chanyeol disse parecendo meio chateado.

-Então daqui a duas semanas. – disse reafirmando a informação, mas para mim mesmo do que para ele. -Tchau Chanyeol.

-Tchau Baekhyunnie. – ah! Quem deu o direito de me chamar assim? E desligou.

♡♡♡♡ 

O resto da semana foi igualmente ruim, mais enjoos, foi tudo ruim, o agravo era a falta que Chanyeol me fazia, nem ligações nós fazíamos um para o outro, nem mensagens nada, isso era claramente minha culpa, mas eu nunca admitirá em voz alta. Talvez nós só devemos fazer as pazes e fazer as coisas darem certo. Estava indo para a casa do Luhan, eu sentia saudades dele e queria muito ver como a filha dele estava. Toquei a campainha e a porta logo foi aberta, por outra porta, inexpressiva e com cabelos platinados, até que não ficou tão ruim.

-Oi Baekhyun. – Sehun me cumprimentou. – Entra.

-Oi Sehun. Como está? – perguntei sem realmente me preocupar.

-Ah está tudo indo. – como se ele tivesse muitas preocupações além de passar de level ou quantos kills ele dava em cada partida.

-Que bom. – respondi já no meio da sala. – Cadê o Lu?

-Ele está pondo a Sohee no quarto, ela acabou de dormir. – ele chamava a filha pelo nome, e não de Mei, traidor. Isso já gerou muitas discussões entre os dois, mas acho que o Luhan cansou de debater isso.

-Ah que peninha, queria tanto vê-la. – disse realmente chateado, enquanto Sehun permanecia inexpressivo.

-É. – nossa, até hoje não consigo entender o que meu amigo viu nesse garoto, Luhan poderia ter o cara que quisesse, era lindo, delicado, inteligente, se eu não fosse tão passivo até pensaria nele como pretendente, mas como nem sou ele é só um bom amigo.

-Baek! – Luhan me chamou entrando na sala, com seus cabelos escuros e um pouco compridos demais, fazia mesmo muito tempo que não o via.

-Lu! – que saudades dele, fazia tanto tempo que não o via.

-Aí que saudades. -ele disse vindo em minha direção e depois me abraçando.

-Eu também estava morrendo de saudades. – disse o abraçando de volta.

Quando o soltei Sehun já havia sumido, deve ter voltado para o computador ou para o vídeo game, normal, já me acostumei com isso, ele é sempre muito sociável.

-Vem aqui na cozinha. – me chamou indo em direção a cozinha. – Eu fiz bolo. – adoro bolo.

-Que delícia.

Nos sentamos na mesa que ele tinha na cozinha e começamos a comer, aquilo estava muito bom, era chocolate, com cobertura de chocolate.

-Então. – já sabia o que ele me perguntaria. – Conversou com o Chanyeol?

-Sim. – disse pegando mais uma fatia do bolo.

-Ele aceitou? – perguntou receoso, acho que até o Luhan queria mais aquela criança que eu.

-Não. – Luhan suspirou aliviado, e eu comecei a comer.

-Sério? E você? O que vai fazer a respeito?

-Muito sério, nós tivemos uma discussão horrível, ainda estamos sem se falar direito. Agora eu vou ser pai, e ter que por minha carreira um pouco como segunda opção, estou arrasado Lu, nunca me arrependi tanto em fazer sexo sem camisinha.

-Você sabia que isso podia acontecer Baek. – ah vá.

-Foi o calor do momento Lu, todas as vezes que isso aconteceu. – era a mais pura verdade.

-Sei bem como é, como você acha que veio a Mei? – não acredito que ele admitiu, ele nunca tinha admitido que foi um acidente. – O Sehun ainda é muito novo, mesmo que eu já tenha emprego e seja formado, ele ainda está na faculdade, e ainda não trabalha, mas a gente nunca chegou a pensar em aborto. – tão certinho. – Foi bem cedo para ele, ele quase entrou em pânico quando nós descobrimos e depois ficou neurótico por que achava que nós não conseguiríamos sustenta-la.

-É verdade ele ainda é novo. – suspirei. – Mas você não acha que ela tendo nascido agora não atrapalhou na sua vida profissional? – era isso que me preocupava, isso que queria perguntar.

-Não. – respondeu simplista. – Continuei trabalhando até perto dela nascer e depois entrei de licença, e agora fui promovido. – ele falava enquanto lambia os dedos. Ele fazia parecer tão simples.

-Ah sim. – disse como se não importante.

-Você se preocupa muito Baekhyun, foi bom seu filho vir agora sabe? Ser pai mais velho não deve ser legal. – nisso ele tinha razão. – Você vai sentir como é mágico ver o rosto do seu filho pela a primeira vez mesmo que ele esteja todo sujo de sangue e quando ele mexe dentro de você pela primeira vez. – não tenho certeza se quero sentir algo mexendo dentro de mim. – Até quando você ouvir o chorinho dele de madrugada é bom, mesmo que você esteja morrendo de cansaço. – não, isso não iria ser legal nunca, acho que esse negócio de amor paterno estava mexendo com o juízo do Luhan.

-Não tenho muita certeza disso não Lu. – fui sincero.

-Quando você passar por essas coisas vai entender. - disse sorridente. – Acho que você deveria fazer as pazes com o Chanyeol.

-Lu, ele gritou comigo, ele nunca fez isso antes, eu nunca havia o visto tão irritado. – desabafei. – Quem ele acha que é? É ainda teve a audácia de dizer “que se foda a fase que está na sua carreira”.

- Por que ele gritou com você? – lá vem, ele vai dar razão para o Chanyeol.

-Porque eu disse que queria abortar, e ele começou a ficar irritado dizendo que eu não mataria o filho dele, e aí ele ficou muito irritado quando eu insisti e gritou comigo. – relatei.

-Ok, ele não tem direito de gritar com você, mas entenda Baekhyun, ele quer esse filho, ele não deixaria você fazer isso. – parece minha mãe falando isso. – Façam as pazes, vocês ficarem brigados agora vai complicar tudo, vocês vão ter um filho juntos, terão que montar o quarto, você vai ter que ir ao médico, e duvido que ele vá abrir a mão de ir com você, e depois vocês vão decidir o nome juntos. – disse a última parte um pouco frustrado. – E só vão chegar ao acordo quando os dois entrarem em consenso, e você nem tem uma sogra chata e intrometida para dar a opinião sem importância dela e te obrigar a por o nome que ela decidir. – a expressão dele era a melhor enquanto falava a última parte. – Não vai ser fácil fazer essas coisas brigado com ele.

-Você é tão otimista Lu, às vezes você me inspira. – e era mesmo, essa era a qualidade que eu mais admirava nele.

-Obrigado Baek. – respondeu voltando a sorrir. Continuamos à jogar conversa fora durante um bom tempo, adorava conversar com ele, ele me distraia, parecia que fazia o tempo passar mais rápido e eu meio que esquecia meus problemas.

-Lu. – era Sehun, nem tinha percebido ele entrando na cozinha. - A Sohee acordou. – ele anunciava com aquela coisa fofa nos braços, com carinha de sono.

-Oi meu amor. – ele disse esticando os braços para pegar a pequena. – Dormiu bem? – ela não sabia falar direito então só abraçou o pescoço do pai quando já estava no colo deste.

Sehun sentou e comeu o resto do bolo em silencio enquanto a gente mantinha uma conversa paralela, parecia uma estátua, Mei decidiu que era mais legal correr pela casa, mas o Luhan nem parecia ligar.

-Mei. – eu chamei, e ela veio até mim. – Você nem me deu um abraço e um beijo. – fingi estar triste.

-Desculpa. – ela pediu falando meio errado, no jeito de criança, e me abraçou e beijou enquanto dava gargalhadas, graças ao bom Deus, ela era bem expressiva.

-Você é uma bonequinha, sabia? – perguntei e ela assentiu, tão filha do Luhan. – Ela é tão sua filha Lu. – comentei.

-Ela se parece mesmo muito comigo, até a personalidade, quando cria magoa ou está triste com alguma coisa, nada resolve até ela achar que está tudo certo. – o Luhan era assim mesmo, nós nunca brigamos, mas ele sempre me relatava as coisas desagradáveis que aconteciam na vida dele. –Ao contrário do Sehun, que parece não se importar com nada.

-Ah que bom que ela puxou tanto de você. – comentei, mesmo nem me importava que a porta estava do meu lado.

-É. – Luhan concordou sorrindo.

-Já está tarde, eu vou embora. – e estava mesmo, quando eu ia para a casa do Luhan, eu esquecia do tempo, já era noite.

-Ah não Baek, fica mais um pouco. – ele sempre fazia isso.

-Luhan, eu fiquei aqui a tarde inteira, ainda tenho que por minha casa em ordem. – não estava mentindo , minha casa estava meio bagunçada mesmo.

-Tá bem então, se você quer ir. – respondeu cabisbaixo. – Mei, vem dar tchau para o tio Baekhyun. – ela veio correndo, balançando suas Maria Chiquinha.

-Tchau Lu. – abracei meu amigo, me despedindo e depois me abaixei até a altura da Mei. – Tchau Mei, você esta a cada dia mais linda. – me despedi e ela beijou minha bochecha.

-Tchau Baek, se cuida. – parecia minha mãe.

-Vou me cuidar. – me virei para a mesa onde Sehun ainda permanecia inexpressivo observando nossa despedida. - Tchau Sehun.

-Tchau. – respondeu sem vontade, para variar.

Voltei para minha casa, eu adoro meu lar, tem muito minha cara, tudo no lugar e do jeito que eu gostava, se tivesse que morar com o Chanyeol, ele que viesse para cá.


Notas Finais


Bem isso é só, até semana que vem...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...