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História Tigers Players - You're almost there!


Escrita por: jikookings

Notas do Autor


Boa tarde!!!!! Ou dia ou noite, não sei >.<
Como estão? Como passaram a semana?

Não vou falar muito aqui hoje não, então vamos direto para o capítulo novo!
Boa leitura ~desculpem qualquer erro~ e espero que gostem!! <3

Capítulo 9 - You're almost there!


Jimin e Jeongguk dormiram abraçados a noite inteira, sentindo calor dos braços um do outro. Não havia acontecido nada mais que beijos, mas foi o suficiente para ambos adormecessem, no amanhecer do domingo, com um sorriso de orelha a orelha nos lábios inchados e com algumas feridas devido às mordidas que foram desferidas entre um ósculo ou outro. O treinador nunca pensou que estaria em uma situação como aquela com um ex-aluno, mas teria que admitir que não se arrependera de ter seguindo seu coração.

Como adormeceram tarde demais, acabaram por dormir até o fim da tarde. Pularam o café-da-manhã e o almoço, decidindo por ficar na cama espaçosa e quentinha descansando. E teriam ficado por mais algumas horas se não fossem acordados por batidas na porta do quarto ao lado – o quarto de Jeongguk – seguida de alguns gritos e xingamentos em coreano. O capitão se levantou rapidamente ao ouvir a voz de um colega de classe quase quebrando a porta do cômodo enquanto chamava por seu melhor amigo, e o treinador, assustado, se levantou junto para ver o que estava acontecendo.

– Ei, cara, que isso? – Perguntou Jeon, segurando o aluno mais velho e o afastando da porta. – Está ficando louco?!

– Louco?! O seu amigo faz o meu melhor amigo chorar a noite inteira e eu que sou o louco? Vai se foder! – Jimin arregalou os olhos, já tendo uma ideia do que poderia ter acontecido. Kim havia avisado, no dia anterior, para que Jung não se aproximasse do amigo em hipótese alguma. – Abre essa porra, eu vou socar esse desgraçado! – Namjoon diz se remexendo e conseguindo se soltar do aperto do capitão. O treinador se assustou ao vê-lo bravo daquela maneira, mas, de certa forma, o entendia. Jung fez o oposto do que foi pedido e ainda fez o seu melhor amigo chorar quando não tinha ninguém para se apoiar.

– Calma, cara, eu vou conversar com ele. – Jeongguk diz, também estava surpreso com a atitude do outro. Nunca tinha visto Namjoon dizer tanto palavrão daquele jeito. – Brigar com ele não vai adiantar em nada.

– Ah, mas lógico que vai. – Respondeu. – Vai adiantar muito para eu me acalmar, socando aquele rostinho que meu amigo tanto gosta.

– Namjoon-ah... – Jimin lhe chama cautelosamente. Estava apenas observando a pequena discussão entre os colegas, mas decidiu que seria melhor intervir antes que ficasse pior. – Eu acho melhor você ir acalmar o Yoongi enquanto Jeongguk fala com o Hoseok, uh? – Sugeriu, sorrindo pequeno. Entendia que estava sendo difícil para o outro ver o melhor amigo sofrendo, mas, após uma conversa com o capitão, ele viu que Min não era o único a sofrer na história. Hoseok chorou a semana inteira nos braços do amigo. – Yoongi precisa de você mais que qualquer coisa no momento, então vá cuidar dele. – Pediu e Namjoon suspirou, assentindo. Sabia que o professor estava certo. – Eu vou passar no seu quarto mais tarde para conversar com ele também, mas, por enquanto, apenas fique com ele.

– Tudo bem. – Rendeu-se, suspirando novamente. – Mas eu acho melhor você, Jeongguk, conversar com o seu amiguinho. Se ele fizer o Yoongi chorar mais uma vez, eu juro que eu acabo com ele. – Avisa entredentes. Jeongguk assente minimamente, engolindo à seco.

“O que Hoseok fez?”, perguntava-se.

Namjoon se retirou em passos duros e rápidos, estava desesperado pelo melhor amigo. Já teve que presenciar muitos momentos de tristeza e sofridos por causa do Jung, e não aguentava mais. Ver Min despedaçado daquela forma fazia com que ele mesmo chorasse às escondidas por não saber o que fazer, como ajudar. Só podia abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem, mesmo não tendo certeza se realmente tudo se ajeitaria. Ele só queria ver o melhor amigo sorrindo, feliz e sem nenhum coração partido.

O capitão suspirou alto e olhou de soslaio para o treinador, que lhe assentiu minimamente, antes de abrir da porta de seu quarto. Não sabia ao certo o que esperar ao encontrar o amigo e isso lhe deixava um pouco nervoso. O mais velho segurou suas mãos, tentando passar-lhe algum tipo de conforto ou confiança, andando cautelosamente ao seu lado até a cama do Jung.

Jimin se assustou ao ver o homem, que sempre trazia um sorriso do rosto, todo encolhido sobre a cama, soluçando em meio ao choro. Jeongguk estava acostumado com aquela cena que se repetia praticamente todo mês em seu dormitório, era dolorido ver o melhor amigo com o coração partido e por isso entendia Namjoon tão bem. Não era fácil ter o amigo com lágrimas saindo em demasia dos olhos antes alegres e não saber o que fazer ou dizer para ajudar, aquele sentimento de inutilidade voltava com tudo.

– Hyung...? – Jeongguk chamou, aproximando-se do melhor amigo e tocando-lhe no cabelo. O Jung não respondeu nada, apenas se encolheu sobre os lençóis, murmurando palavras desconexas. – Hyung, o que houve? – Perguntou, sentando-se ao lado do corpo trêmulo do amigo. Sentia seus olhos marejarem ao vê-lo tão desolado.

– Eu sou um idiota, Jeonggukie. – Respondeu com a voz falhada. Seu coração doía ao lembrar de como foi tratado na noite anterior pelo garoto por quem se apaixonou imensamente.

– Por que, hyung? O que aconteceu? – Perguntou novamente, exasperado. Já estava debruçado sobre o melhor amigo, lhe abraçando e tentando lhe acalmar. O treinador se sentou na cadeira em frente à mesa do quarto, observando e ouvindo tudo atentamente. Também queria ajudar. – Me diz o que aconteceu, hyung...

– Eu... – Hoseok fungou e se ajeitou no abraço do mais novo.

 

Hoseok estava há horas no quarto, pensando no quão idiota tinha sido por deixar que Min Yoongi escapasse de suas mãos. Não havia comido nada o dia inteiro, sequer saiu do quarto com medo de encontrar o outro nos corredores do hotel. Ele sabia que tinha prometido ao Namjoon que não chegaria perto do Yoongi, mas ele também sabia que se o encontrasse, acabaria indo atrás para conversar com o mais velho, ou pelo menos tentar se desculpar.

Mas acabou indo ao restaurante do hotel quando sentiu seu estômago doer de tanta fome. Não queria pedir serviço de quarto, pois teria que pagar à parte e ele não teria o dinheiro para tal. Jung se vestiu rapidamente e desceu até o saguão, virando na segunda porta e entrando no restaurante. Passou os olhos pelas mesas e suspirou aliviado ao não ver Yoongi, estava com medo de qual seria a reação do mais velho se o visse por ali.

Falou com um garçom e pediu uma lasanha à bolonhesa, dizendo que se sentaria na mesa do canto direito, afastada das outras. Ficou esperando sua janta por alguns minutos, mexendo no celular para tentar – e apenas tentar – se distrair um pouco. Nunca pensou que em plena viagem de formatura, estaria na situação que se encontrava. Certamente, não era aquilo que ele, nem Yoongi, esperavam.

Sorriu amarelo para o garçom, agradecendo-o com um sussurro, ao ter seu prato principal posicionado em sua frente. Pegou o refrigerante e colocou uma quantidade no copo de vidro, bebendo um gole do líquido refrescante antes de começar a jantar. Estava morrendo de fome, poderia comer mais duas daquela lasanha depois de quase vinte e quatro horas sem nada, além de bebidas, no estômago.

A comida lhe distraiu tanto que ao menos notou o garoto de cabelos pretos e pele branca, com os olhos levemente avermelhados devido à noite de insônia, entrando no restaurante e sentando-se em uma mesa perto da porta. O garoto também não notou sua presença, já que estava ocupado conversando com o melhor amigo preocupado pelo celular. Mas se Yoongi soubesse o que sua ida ao restaurante faria, ah, com certeza não sairia do seu quarto.

Quando Hoseok terminou de jantar, deixando o prato de lasanha e da sobremesa que havia pedido de lado, agradeceu ao garçom novamente e se retirou da mesa. Guardou seu celular no bolso e caminhou em direção a porta. Ele só não esperava ver ele sentando em sua frente, com os olhos marejados arregalados e a boca entreaberta. Era óbvio que o branquelo não estava pronto para vê-lo tão cedo.

– Yoongi... – Murmurou desconcertado. O mais velho engoliu em seco e desviou os olhos, deixando que uma lágrima solitária escorresse por sua bochecha corada. – N-Nós podemos conversar? – Perguntou receoso.

Namjoon havia o feito prometer que não procuraria por Yoongi. Mas ele não o procurou, não poderia fazer nada se o destino tratou de os juntar. Só que, no momento, talvez não para se acertarem.

– Não. – Yoongi respondeu após alguns segundos em silêncio. Não estava pronto para olhar para ele, muito menos conversar.

– Por favor, Yoongie... – Pediu choroso. Não queria e podia perdê-lo, ele o amava tanto. Seu coração quebrou ao vê-lo negar e limpar outra lágrima, odiava vê-lo chorar. E se odiava ainda mais por fazê-lo chorar. – Por favor, me desculpe, hyung, por favor.

– Vai embora, Hoseok. – Murmurou em um sussurro que foi ouvido pelo mais novo. Se ele soubesse o quanto estava piorando a situação de Yoongi, não teria nem parado para tentar conversar.

– Por favor, hyung, me desculpe. Eu não quis-

– Yoongi? Quem é ele? – Perguntou um americano, interrompendo Hoseok, que se virou imediatamente para a figura não tão nova assim. Era o mesmo menino que o branquelo havia beijado na primeira festa que foram, no jogo verdade e desafio. – Atrapalhei algo?

– Não. – O mais velho respondeu, sorrindo amarelo, ao mesmo tempo que o mais novo respondeu o oposto. – Pode se sentar, Kihyun-ah.

– Quem é esse? – Perguntou Hoseok amargurado. Sua voz saiu tão baixa e sofrida que Yoongi chegou a se sentir mal por fazê-lo passar por aquilo. Mas então ele se lembrou do que viu na festa do terraço, se lembrou de que o mais novo, em sua cabeça, nunca iria gostar de si da mesma forma. Seria melhor esquecê-lo, como seu melhor amigo havia sugerido. – Quem é, Yoongi?

– Não te interessa. – Respondeu seco. – Agora, por favor, vá embora. – Pediu e Hoseok negou, engolindo em seco, deixando que algumas lágrimas molhassem seu rosto. O coração de ambos doía, nenhum dos dois aguentava aquela situação. – Pensei que tinha sido claro semana passada.

Hoseok soluçou baixo ao lembrar das palavras duras do outro. E o vendo com outro homem no restaurante do hotel, apenas lhe deixava ainda mais desesperado, sem chão. A única coisa que se passava em sua mente era que Yoongi estava levando à sério aquele “término”; só conseguia pensar que o branquelo já estava esquecendo-se de si. E, droga, como aquilo doía.

– Quem é ele, hyung? – O tal Kihyun perguntou curioso, com um sotaque pesado, intercalando o olhar entre os dois. Hoseok encarou o mais velho com os olhos marejados, deixando que as lágrimas saíssem em demasia do canto de seus olhos ao ouvir a resposta.

– Não sei. – Respondeu, encarando o jogador enquanto prendia o próprio choro. – Não o conheço.

 

Jimin e Jeongguk se entreolharam após ouvir a história. Não sabiam como reagir àquilo ou à Hoseok chorando ainda mais alto, como uma criança que havia se perdido da mãe. Era desesperador para o capitão ver o melhor amigo daquela forma, doía em si. Ele sabia que Hoseok, querendo ou não, estava errado. O próprio Jung sabia que estava completamente errado desde o começo, mas isso não fazia seu coração doer menos.

O seu coração estava despedaçado, ele jurava poder ouvi-lo se quebrar toda vez que repassava o momento em sua cabeça. Se perguntava como pode ser tão estúpido em não dar valor ao mais velho, em não o amar como ele merecia. Como pode fazê-lo chorar e sofrer tanto? Como pode ser tão covarde? O que mais lhe destruía era saber que estava errado, que havia feito a maior e pior merda de sua vida ao não se declarar quando podia.

E agora tudo o que ele menos queria estava acontecendo. Não tinha mais Yoongi ao seu lado, não tinha mais seus beijos, seus abraços, suas palavras doces, seus sorrisos gengivais e suas risadas mais sinceras. Não tinha mais o homem que tanto ama em seus braços por sua causa. Ele perdeu seu primeiro amor por estupidez e covardia sua e isso lhe atormentava. Agora, para Yoongi, ele havia deixado de existir. Agora...

– Ele me odeia. – Completou seu pensamento, em um tom sôfrego entre os soluços dolorosos. – E eu me odeio por isso.

[...]

No quarto de Namjoon e Yoongi, o mais baixo estava encolhido sobre o peito do melhor amigo, agarrando a camisa do maior e chorando baixinho suas lamúrias. Ele se sentia tão idiota por estar, novamente, despejando lágrimas por alguém que nem ao menos se importa. Pelo menos era isso que pensava, antes de ver a dor nos olhos de sua paixão ao dizer que não o conhecia para o novo amigo. Aquele olhar quebrado foi o que fez com que ele inventasse uma desculpa qualquer após a janta para voltar ao seu quarto e se desmanchar em lágrimas.

Por que Hoseok tinha que o confundir tanto?

Era tão injusto, ele pensava. Já sofreu tanto pelo mais novo nesses últimos dois anos e mesmo assim se sentiu péssimo por fazê-lo sofrer uma única vez. Como podia ser tão idiota? Toda vez que acabava dessa mesma forma, desejava não ter conhecido Jung Hoseok, muito menos ter aceitado aquela amizade colorida que só os desgastavam. Mas, acima de tudo, desejava não ter se apaixonado por ele, desejava não ter caído pelo mais novo com todo seu coração quebrado. Mas agora já era tarde demais.

Tarde demais para se arrepender de ter se apaixonado e se envolvido tanto – apesar de não conseguir se arrepender nenhum pouco de todos os momentos bons ao lado do outro. Era tarde demais para se sentir culpado por ter dito que não o conhecia. Tarde demais para tudo. Já estava chorando há horas e sabia que Hoseok não estava diferente, julgando pelo modo que saiu do restaurante após sua resposta. E isso o devastava.

Saber que tinha colocado lágrimas nos olhos de quem ama o feria ainda mais, mesmo já estando ferido demais pelo mesmo. E era por isso que se sentia um idiota. Quantas vezes já perdeu o sono por estar com o coração machucado ao vê-lo com outras pessoas? Quantas vezes já sofreu por discussões e palavras duras que lhe eram dirigidas sem pensar? Muitas e muitas vezes. Aquela amizade coloria só fodeu com a amizade deles, pensou Yoongi.

No início do primeiro ano estava tudo tão bom e amigável entre eles. Min queria poder voltar no tempo e mudar o rumo das coisas. Poderia ter se declarado na primeira briga por ciúmes ou poderia ter acabado com isso antes que se envolvesse demais. Talvez, se ele não tivesse puxado conversa com o Jung no primeiro dia aula, ou se não tivesse lhe chamado para uma boate comemorar seu aniversário no segundo ano do curso, ou se não tivesse correspondido ao beijo em uma das festas universitárias, tudo tivesse sido diferente.

Ele poderia ter feito tudo diferente, mas não o fez. Porque ele sabia que não se arrependeria completamente de ter conhecido o jogador, ou de ter se tornado amigo dele, ou de ter o chamado para sua festa, muito menos de beijá-lo. Por mais que tentasse e negasse, ele não conseguia e nunca poderia se arrepender de sentir os lábios quentes e macios do mais novo contra os seus. Não poderia se esquecer dos toques firmes, porém ainda gentis, em seu corpo na primeira vez que transaram. Não poderia deixar para trás os sorrisos que ele lhe arrancou.

A única coisa que conseguiria se arrepender de verdade, seria de esquecê-lo.

E pensando nisso que ele apertou os dedos na camisa velha do melhor amigo, que lhe abraçou ainda mais apertado, deixando que mais lágrimas saíssem dos seus olhos, se sentindo ainda mais idiota por saber que nunca seria capaz de se arrepender de ter conhecido ou se envolvido com Hoseok.

[...]

Por volta das oito da noite, Jimin saiu do quarto do capitão, deixando-o cuidar do amigo mais velho. Ele se sentia incapaz de ajudá-lo a superar aquele momento, sabia que o único que poderia conseguir algum sucesso naquela tarefa, era Jeongguk. Por isso deixou um beijo nos lábios do mais novo e um na testa do jogador, desejando um boa noite e saindo do quarto, deixando-os às sós para que conversassem melhor.

Decidiu passar no quarto do outro aluno, ver se estava tudo bem e se poderia ajudá-lo em algo como na semana anterior. Pegou o elevador e desceu ao quarto do Kim e do Min, mordendo o inferior enquanto pensava no que poderia dizer para confortá-lo. Pensava, no caminho, que talvez a melhor solução fosse deixar que ambos conversassem e se entendessem sozinhos. Interferir no assunto não ajudaria em nada, talvez só os deixariam mais confusos e inquietos.

Bateu na porta de madeira que alguns minutos depois foi aberta por Namjoon. O treinador percebeu a camisa molhada de lágrimas e o olhar distante do aluno, mas não disse nada. O mais novo deu espaço para que o professor entrasse no quarto antes de fechar a porta e acompanhá-lo até a cama. Jimin se sentiu péssimo ao ver o Min devastado na cama desarrumada, quebrava-lhe o coração saber que dois de seus alunos não estavam curtindo a viagem como deveriam e mereciam.

– Yoongi-ah? – Chamou o mais novo, a voz baixa e os passos mansos em direção à cama. O estudante lhe encarou, engolindo um soluço. – Quer conversar, meu anjo?

Yoongi negou e se encolheu no colchão, fazendo Jimin e Namjoon sentirem o peito apertar. Os olhos felinos estavam inchados e avermelhados, úmidos pelas lágrimas que não pararam de sair; as bochechas vermelhas e molhadas, assim como os lábios. Era horrível para qualquer um ver aquela cena, era simplesmente triste demais.

– Hyung... – Namjoon começou chamando pelo melhor amigo. – Nós só queremos te ajudar, por favor... – Ele implora. Odiava vê-lo daquela forma.

– Por que o amor dói tanto? – Perguntou sôfrego, deixando os outros dois surpresos pela pergunta repentina. – Por que dói amar? – Repetiu, escondendo-se no edredom branco da cama. – Todo mundo diz que o amor é algo lindo, que só nos traz felicidade. Por que ele me traz tristeza? Eu não mereço ser feliz, não mereço amar ou ser amado? – As palavras saíam roucas e falhas, mas pelo menos conseguia dizer exatamente o que pensava no momento. – Por que ele não me ama? – Terminou com um sussurro.

– Hyung, não diz isso! – Namjoon responde, sentando-se sobre o corpo do melhor amigo, fazendo-o lhe encarar. – É claro que você merece amar e ser amado, e você vai conseguir isso. – Falou, sentindo os próprios olhos marejarem por ter seu amigo inseguro. – Um dia você vai encontrar alguém e tudo vai dar certo, hyung. Essa pessoa vai te amar todos os dias e vai cuidar de você, vai te fazer feliz sempre.

Namjoon estava desesperado para fazer seu amigo entender o quão especial era. Ele merecia todo o amor e carinho do mundo, não todo esse sofrimento que vem sentindo. Queria poder tirar todos aqueles pensamentos ruins da mente do melhor amigo e substituí-los por coisas boas e alegres, queria poder tirar toda aquela tristeza do amigo. Só queria vê-lo feliz.

Já o treinador apenas observava de longe, ouvindo as lamurias do aluno branquelo. Quanto mais ouvia, mais pensava que deveria colocar Min e Jung para conversarem e colocarem os sentimentos para fora. Hoseok amava Yoongi tanto quanto Yoongi o amava, mas nenhum dos dois conseguiam ver aquilo que estava óbvio para quem era espectador. Eles não acreditavam, nem passavam pela mente, que estavam ambos apaixonados.

Aquela hesitação em se declarar era o que dificultava o relacionamento dos dois, era isso que estava entre eles. Jimin ouviu Hoseok dizer o quanto ama o mais velho diversas vezes – apenas naquela tarde – enquanto chorava dizendo que Yoongi o odiava, quando, na verdade, Yoongi estava se lamentando por amar alguém e não ser correspondido da mesma forma. Mas ele era; Jung o amava com todas as forças, só nunca teve coragem para dizer em voz alta diante de si.

Jimin pensava no que fazer, se deveria dizer tudo que ouviu do jogador mais novo ou se deveria simplesmente não dizer nada. Estava indeciso, pois sabia que eles só poderiam se entender com uma conversa sincera. Precisavam conversar e tirar essa história à limpo, isso era fato. Não podiam se confessar para os melhores amigos, quando o assunto era entre eles.

– Yoongi-ah... – O professor lhe chamou, sentando-se ao seu lado na cama. Os alunos lhe olharam, ambos com os olhos marejados. – Talvez o destino esteja apenas brincando com vocês. – Pensou alto. – O Hoseok... ele te ama. – Falou, vendo os olhos pequenos se encherem de lágrimas novamente. – Sabe, às vezes não é a hora certa para vocês ficarem juntos, mas não diga que ele não te ama de volta. Eu tenho certeza que o que sente é recíproco.

– Mas ele só me faz chorar, eu não aguento mais, hyung. – Respondeu choroso, sentindo os dedos compridos do melhor amigo secando o líquido transparente de suas bochechas. – Como ele pode me amar se só me faz chorar?

– Eu não sei.... Talvez ele não esteja preparado, ou talvez realmente não é a hora certa para que vocês fiquem juntos em um relacionamento. – Respondeu cauteloso. Colocou a destra sobre os fios negros do mais novo, os acariciando enquanto falava. – Mas um dia vai acontecer, vai chegar a hora certa. Pode não ser hoje, ou nessa viagem; pode demorar anos. – Admitiu. – Mas vai acontecer. Vocês precisam se resolver como amigos antes de qualquer coisa. Precisam conversar e deixar claro o que sentem antes de tomarem qualquer decisão precipitada.

– Hyung, eu acho que... – Namjoon começou. Respirou fundo, fechando os olhos antes de continuar. – Eu acho que o treinador está certo. Vocês precisam conversar sobre o que sentem. E se for para acontecer, o destino vai tomar conta disso. – Sorriu, mostrando suas covinhas. – Se for para acontecer, vai acontecer e nada, nem ninguém, vai poder impedir.

– Pensei que você odiasse ele. – Yoongi murmurou após alguns segundos em silêncio pensando. Seu melhor amigo riu baixo, saindo de cima do seu corpo e sentando-se ao seu lado. Algumas lágrimas grossas ainda escorriam pela bochecha corada do aluno, mas ele as secou rapidamente. – E-Eu... eu vou conversar com ele.

Os dois em sua volta sorriram com sua decisão, sabiam que isso os ajudaria muito. Ficar reprimindo os sentimentos acabou com o que tinham e isso magoava os dois envolvidos. Yoongi não tinha ouvido as desculpas de Hoseok dessa vez, e nem queria; precisava ouvir a verdade e precisava dizer a verdade. Eles estavam certos, não podia ignorar tudo aquilo, não podia evitar o mais novo pelo resto da viagem – esta que já estava no fim.

– Agora pare de chorar, uh? – Pediu o melhor amigo, limpando as lágrimas que ainda escorriam vez ou outra. – Vamos comer que eu estou morrendo de fome, e eu sei que você também está. – Yoongi sorriu pequeno e se levantou da cama, com os outros dois, indo ao banheiro lavar o rosto.

Namjoon ficou satisfeito ao ver o sorriso nos lábios do melhor amigo, acabando por sorrir junto. Os colegas de quarto se arrumaram rapidamente na presença do treinador, que iria juntar-se no jantar com eles, e foram a um restaurante na rua do hotel comer comida japonesa. Enquanto esperava, Jimin mandou mensagem ao capitão avisando que tudo se ajeitaria em poucos dias, para que ele não se preocupasse tanto com o amigo.

No caminho ao restaurante, o qual não era muito longe, Namjoon e Jimin conseguiram arrancar algumas risadas do branquelo enquanto conversavam sobre o que aconteceu no festival. O professor não contou em detalhes, na verdade, ocultou a parte que ele e Jeongguk se beijaram atrás da caixa de som e praticamente transaram ali mesmo. Já Namjoon falou abertamente sobre quantas beijou e até confessou que ficou com um ou outro homem, e que gostou.

Quando chegaram no restaurante japonês, pegaram uma mesa qualquer e sentaram. Escolheram o que iriam pedir e Namjoon, que é fluente em inglês, foi fazer o pedido, deixando o treinador e o aluno conversando na mesa. Se sentia melhor em saber que o melhor amigo não estava chorando e sim dando alguns dos seus típicos sorrisos gengivais, apesar de saber que continuava sofrendo em silêncio. Agradeceu mentalmente ao professor por ter dado a ideia de Min e Jung conversarem; por mais que não gostasse do segundo – depois de tudo que já fez ao seu amigo –, estava ciente que aquela conversa era necessária para que as coisas melhorassem.

– Hyung. – Yoongi chamou seu ex-professor. Jimin lhe encarou, sorrindo doce e pedindo para que ele continuasse. – Obrigado. – Falou, sorrindo pequeno.  O treinador negou de leve com a cabeça, estalando a língua no céu-da-boca, sorrindo sem graça. Yoongi riu baixo e divertido, sorrindo ao ver o melhor amigo voltar para a mesa. Virou-se para o professor novamente e se debruçou sobre a madeira da mesa. – Hyung, você acredita que o Namjoonie levou uma caixa de camisinha inteira e voltou ontem sem nenhuma?!

- Yoongi!


Notas Finais


SUGAMON EU TE AMO
O que acharam, gente? Estão gostando? No que acham que vai dar essa conversa de yoonseok, hein? Me digam!!!!

Eu espero que vocês tenham entendido melhor os sentimentos de ambos, mas, principalmente, o do Hoseok. Sabe, os dois se amam e sempre se amaram, mas nunca se declararam. E por isso toda essa confusão! Concordam com o Jimin, que eles precisam de uma conversa séria....? Eu sim hihi >.<

POSTEI OUTRA ONESHOT JIKOOK SOCORRO!!!!!! Dessa vez é algo mais de leve, apesar de ter beijos e lemons, mas é sobre almas-gêmeas. Basicamente como jikook se conheceu em cada nova encarnação de suas almas <3
*** VINTAGE
https://spiritfanfics.com/historia/vintage-10040436

GENTE OBRIGADA PELOS 419 FAVORITOS AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA OBRIGADA MESMO, EU FICO MUITO FELIZ COM CADA NOTIFICAÇÃO VINDA DE VOCÊS <3<3

ATÉ SÁBADO QUE VEM <3


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