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História Time Break - Amanhecer Sísmico


Escrita por: jeanxx12

Notas do Autor


Minha primeira história original. Espero que quem leia goste e perdoe meus erros já que também é a primeira vez que escrevo algo grande.

Capítulo 1 - Amanhecer Sísmico


“A mais pura e simples brisa de um dia pode carregar segredos do mundo atravessando oceanos.”

“Eu, naquela época, não sabia que isso realmente era algo importante.”

 

Capítulo 1

Amanhecer Sísmico


 

    Meu nome é Kurosawa Mirai, 16 anos, estudante, ou ainda acho que sou, nunca esquecerei.

    Tudo começou dia 16 de abril de 2015, quinta-feira. Era uma linda tarde: o sol se pondo atrás de arranha-céus iluminando com um toque único de amarelo a base da Tokyo Tower; o azul do céu se combinando com o vermelho alaranjado do sol, mesclando uma cor indescritível e magnífica, colorindo as nuvens e transformando todas elas em uma obra de arte natural e em direção oposta ao sol, bem ao fundo, um azul escuro recoberto de estrelas indicando uma noite linda pela frente.

    Chegando em casa – moro em um pequeno apartamento com minha mãe. Ela trabalha, por isso sempre chega tarde em casa, mas não me importo porque, entre o final da tarde e até as 20h, tenho um tempo livre, apenas meu, onde faço o que gosto, hobbies simples: ouvir música, me  atualizar sobre as noticias, tomar um longo e refrescante banho e, às vezes, fazer o jantar, eu e minha mãe nos revezamos nessa tarefa.

    Minha mãe, Kurosawa Yuma, é secretária em uma grande empresa de tecnologia, Sonohara Tech Research Facility (STRF). Ela nunca fala muito sobre seu emprego apenas o de sempre, mas fora isso temos uma boa comunicação, algo normal entre mãe e filha.

    20:22 – Ouço a porta se abrir. Eu estava deitada no sofá ouvindo música.

    -Mirai, cheguei, vou preparar o jantar, quer me ajudar?

    -Boa noite mãe, já estou indo. – Deixei meu celular na mesa de centro branca sobre um tapete preto e meus fones sobre o celular.

    -Pegue a panela grande e descasque alguns legumes para mim. - Disse colocando o avental e o amarrando.

    -Okay, vamos comer Curry hoje?

    -Sim, é seu prato favorito não é?

    -Você me conhece tão bem. Vou pegar o molho e os legumes.

    Naquele dia comemos, e assistimos um pouco de TV, compartilhamos nossas novidades e como foi nosso dia, como sempre ela apenas comentou que foi um dia cansativo, cheio de ligações e compromissos importantes agendados com seu chefe e outras companhias.

    21:51

    -Mirai, vá escovar seus dentes e dormir. – Falou num tom alto do banheiro após escovar os dentes.

    -Tudo bem mãe, já vou. Espere só um segundo, eu estou terminando de ler as notícias que não consegui antes do jantar.

    -Não demore, já está tarde e você precisa acordar cedo amanhã!

    -Eu sei mãe, como se eu fosse esquecer de ir pra escola, não é?

    -Não digo por isso, mas você tem um sono muito pesado. Às vezes nem seu despertador a faz acordar, então você tem que descansar bem!

    -Ok, já estou indo. – Escovo os dentes e quando me inclino ao lado do espelho reparo que estamos sem toalha de rosto. Então pergunto...

    -Mãe onde está a toalha?

    -Se não está ao lado do espelho, então olhe dentro do armário.

    -Achei! – Gritei pegando a toalha e levando ao rosto para o enxugar.

    -Se já terminou venha se deitar.

    Temos apenas um quarto na nossa casa, o qual divido com minha mãe. Ele é pintado de um vermelho bem claro quase um salmão. Ele é bem espaçoso, temos um guarda-roupas marrom claro que dividimos, duas camas de solteira, uma penteadeira também marrom claro, uma janela grande de onde temos uma bela vista incluindo a Tokyo Tower e um espelho no canto do quarto o qual reflete a imagem da janela.

22:33 - Já deitada em minha cama.

    -Boa noite Mirai. – Ela me disse, beijando minha testa.

    -Boa noite mãe. – Eu proferi enquanto me ajeitava sob as cobertas

    Neste momento minha mãe se deita e eu coloco meu celular na dock para carregar a bateria que fica sobre a mesa para amanhã ele estar pronto e carregado para usá-lo o dia todo. Fico pensando sobre meu dia e quando percebi, já estava de manhã. Nosso despertador estava tocando. Eu acordei, olhei o relógio, 7:02.

Me olhei no espelho e vi algo em reflexo que jamais poderei esquecer, acima da Tokyo Tower, um estranho e ofuscante clarão de uma luz surreal. Me levantei e corri em direção a janela para olhar com mais nitidez e meus olhos não acreditavam, acordei minha mãe, ela ficou sem palavras, mas não entendi o porquê dela não ter feito uma cara de espanto, apenas ignorei e  foi onde corri para a sala e liguei a TV para ver o que estava acontecendo. No noticiário a apresentadora do jornal começou a esclarecer o que sabiam até o momento.

    -Hoje, exatamente às 5:17 da manhã, 17 de abril, esse fenômeno que vocês estão presenciando se iniciou. As autoridades não sabem do que se trata e o perímetro em um raio de 60 metros em volta da Tokyo Tower foi colocado para garantir a segurança dos cidadãos e o acesso a torre está fechado à população por segurança.

Enquanto os especialistas em astronomia, física, química entre outras áreas estão analisando o ocorrido, as vidas de todos os cidadãos podem continuar tranquilas e suas rotinas normais, pois, pelo pouco que sabemos não se trata de algo letal.

Já que nas leituras feitas até o momento não foi detectado nenhum tipo de radiação sendo emanada da esfera ou algum vírus e nenhum outro mal que possa causar danos e problemas aos cidadãos. – Enquanto era exibida no monitor da TV fotos e vídeos gravados por pessoas e pela emissora de TV.

    -O que você acha que é, Mirai? – Perguntou minha mãe, agora fazendo uma cara de preocupada.

    -Não sei o que dizer, mãe. Embora não possa acreditar que algo assim possa existir.

    -Bom, já que garantiram nossa segurança, vamos seguir nossa rotina diária.

    -É o melhor a se fazer, de qualquer forma. Vou escovar os dentes. Pode preparar o café da manhã enquanto isso?

    -Sim, o que você quer? – Ela me olhou enquanto colocava a água para ferver.

    -Leite, café e torradas está ótimo pra mim.

    -Ok. Se apresse então que já estamos atrasadas. – Ela me apressou com uma das mãos enquanto a outra abria a geladeira para pegar os ingredientes.

E como sempre, naquele dia prossegui normal com minha rotina, peguei o trem na estação perto de casa, que me deixava a poucas quadras da escola, e segui a pé. Quase chegando na escola encontrei com minha importante e única amiga a qual confio plenamente em compartilhar a minha monótona vida escolar, Hiraya Sena.

-Mirai-chan! – Disse ela correndo em minha direção e abanando uma das mãos enquanto segurava a mochila, que mais parecia uma maleta, com a outra mão.

    -Sena-chan, como vai? – Perguntei para ela enquanto ela se aproximava e começava a caminhar ao meu lado.

    -Vou bem e você?

    -Bem, embora um pouco intrigada. Você viu em cima da Tokyo Tower? O que você acha que pode ser?

    Ela é bem agitada e com uma personalidade forte, uma boa garota e com uma grande imaginação, já esperava uma resposta interessante, mas um tanto quanto fora do contexto.

    -É um grande mistério. Eu vi o noticiário hoje cedo, nenhum cientista ou físico, consegue descrever o que é, mas quem sabe não é uma forma de vida alienígena? – Ela me disse encarando-me com um grande brilho nos olhos.

    -Acho pouco provável, mas quem sabe? Talvez realmente seja um OVNI. – Falei para deixar ela mais feliz e com sua imaginação maior ainda. Quando vi, chegamos em frente o portão da escola.

 

7:53 – 17 de abril de 2015 – Sexta-feira

-Então o que você pretende fazer no final de sema...

    Mal pude terminar a frase quando houve um gigante tremor na região de Shiba Park se estendendo até as proximidades de minha escola que ficava por perto. Mais que depressa corremos para dentro da escola para sabermos o que tinha acontecido.

Os professores estavam falando sobre, e começaram a falar que alguns cientistas estavam realizando testes quando aconteceu uma grande variação e a esfera de luz havia crescido liberando uma grande onda de choque, deixando claro que não havia sido um terremoto. Com isso as autoridades haviam dito que iriam tomar mais cuidado e analisar melhor a situação antes de qualquer outro teste e pediram desculpas à população por assustá-los.

    Depois do ocorrido fomos para a aula e até o horário de almoço correu tudo bem e nada mais de estranho aconteceu.

 

    12:31 – Almoço

    -Sena-chan! O que você trouxe hoje de comida? – Ela me perguntou virando-se para mim. Meu assento fica atrás dela na fileira da sala de aula.

    -Nada, e você?

    -Nada também. Vamos comprar algo na cantina?

    -Vamos! Deixe eu pegar o dinheiro, um minuto.

 

    12:50 – No telhado da escola.

    -Que brisa agradável. – Sena proferiu enquanto olhava o vasto céu azul e respirava fundo.

    -Concordo. – Eu disse olhando o céu e logo em seguida desembrulhando meu pão de yakisoba.

    -Quer algo para beber Mirai-chan? – Me perguntou enquanto seguia em direção a máquina de bebidas que ficava ao lado da porta de acesso ao telhado.

    -Quero sim, um suco de uva por favor.

    -Enquanto isso irei juntar as coisas e jogar fora.

    -Okay. – Ela me respondeu enquanto colocava o dinheiro na máquina e escolhia o que ela ia pegar.

    Arrumei as coisas, joguei o lixo em um cesto que ficava ao lado da máquina, e fomos caminhando até um banco perto de uns vasos com flores ao lado grade de proteção do telhado, e sentadas conversando enquanto admirava e pensava sobre o que poderia ser aquela esfera brilhante e comecei a falar com ela sobre isso.

-O que é essa esfera, sinceramente falando? Ela desafiava totalmente qualquer lei de gravidade que possa existir e não acho que seja algo ruim, porque se esse fosse o caso algo pior já teria acontecido. Já no noticiário anunciaram que não é radioativo, nem emana algum tipo de material nocivo à população.

    -Talvez realmente seja algo de origem espacial, digamos, que seja algo que veio de fora da terra em fato, o que você acha? Afinal, ninguém o viu chegar, o que realmente é estranho, nesse caso creio que há algo não divulgado nisso tudo já que nem a TV pode filmar lá dentro.

    Fiquei sem responder…

    -O que foi Mirai-chan?

    -Não esperava uma ideia sensata de você, geralmente você é fantasiosa no que diz.

    -Isso foi maldade – ela proferiu enquanto me encarava e franzia as sobrancelhas  – eu tenho uma imaginação fértil, mas isso realmente está me preocupando.

    -Desculpa, desculpa – ri um pouco enquanto pedia desculpas e ela ficou um pouco mais brava – mas concordo contigo Sena-chan, tem algo errado nessa história e estou intrigada com isso.

    Já era primavera, e estranhamente estava mais quente esse ano. Geralmente quando o inverno acaba ainda permanece um clima frio.

    -Bom, pensar sobre isso agora, sem nem as autoridades saberem, vai apenas nos deixar loucas E falando em coisas estranhas, está quente assim agora em abril isso é estranho. Mas um bom suco gelado é realmente refrescante, não acha? – Logo em seguida, Sena bebeu um pouco do suco que ainda restava em sua lata, era suco de morango. Ela ama morangos.

    -Com certeza, melhor que isso só um bom banho ou um parque aquático. E agora que você mencionou, é muito estranho, faz 15 dias que acabou o inverno e está quente. – Puxei meu celular do bolso da saia e comecei a olhar a previsão do tempo – Olhe, só na região de Tokyo que está quente, ao longo que vai se afastando desta região as temperaturas estão mais amenas, já em Hokkaido, a ilha norte, permanece frio.

    Sena abriu a boca para comentar, mas o sinal tocou.

    -Melhor a gente ir, temos uma aula chata. – Completei antes que ela falasse algo.

    -Nem me fale, odeio matemática! – Proferiu esboçando mais uma vez sua raiva energética.

    Assim passamos o resto da tarde estudando normalmente.

O sinal tocou às 15:50 e como não faço parte de nenhum clube, me despeço de Sena, que vai treinar com seu clube de tênis e vou para a estação esperar meu trem para ir para a casa. Pensando no ocorrido ao longo do dia, nunca vou esquecer aquele tremor de manhã, foi aterrorizante. E assim meu trem chega e o adentro para finalmente ir pra casa.


Notas Finais


Por enquanto é só pessoal, até a próxima!


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