História Time passed - Resgate

Pov. Sofia Carson

- Trouxe comida para você,tudo do bom e do melhor, okay? Afinal não quero que o nossos bebezinhos fique doente. - fala ele me jogando um pouco de comida e vindo tirar as cordas que prendiam minha mão.

- Como assim? Nossos bebezinhos? Os meus filhos são somente do Leo e meu, nunca que eu vou querer ter um filho com você, apesar de uma criança não ter culpa de nada. Por tanto para de se machucar se iludindo com isso, seu babaca! - falo brava pegando a sacola que ele jogou. Mesmo estando com muita, muita, raiva também tenho fome, alem de estar gravida e ter que me alimentar bem.

- Oh, ela ficou bravinha foi? Só um aviso, você está nas minhas mãos então me faça o favor de me respeitar e saiba que se eu quiser chamar esses pirralhos de filhos eu posso. - fala na minha cara. - Agora come antes que eu me arrependa e deixe esse seu pentelho morrer de fome e apodrecer na sua barriga.

Só de ouvir essas palavras surge um nó na minha garganta e eu só me deixo levar por lagrimas me deitando no chão sujo.

Não sabendo de onde vem mais lagrimas e forças para chorar.

1 semana depois

Já faz duas semanas que eu estou aqui e ninguém veio me ajudar ou sequer procurar.

Até que o Henrique esta me alimentando bem, minha barriga cresceu mais e ontem meus bebezinhos deram o primeiro chute me fazendo chorar e rir de emoção, mesmo estando neste lugar.

Henrique falou ontem que vai me tirar daqui, um pingo de esperança cresceu em mim mas quando ele falou que era para me tirar do país junto com ele desmoronou igual um castelo de cartas.

Estou até hoje com aquele vestido e pode ter certeza que ficar sem tomar banho esse tempo todo não é bom. Ele já está todo rasgado, perdeu o branco, o brilho, os enfeites estão pelo chão e eu não estou mais presa no canto do chão, pois supliquei demais para o Henrique deixar eu andar pelo lugar que ele deixou.

Agora tenho livre liberdade para andar num cômodo minúsculo.

- Vou sair agora, meu amor. - diz ele entrando e indo até o balcão velho que tem ali.

- Okay. - falo. De tanto ouvir ele me chamar de "meu amor" desistir de reclamar e só ignoro agora deixando ele me chamar do que quiser. Depois de mexer no balcão ele sai e fico novamente...

Espera! Meu Deus!

A sorte decidiu olhar para mim agora. Vejo l celular dele em cima daquele balcão e como ver água doce no deserto, nem dá pra acreditar. Dou uma última olhada pela janela e comprovo que ele já se afastou com o carro.

- Se eu fosse o Henrique, qual senha colocaria? - pergunto olhando pela o celular bloqueado diante de mim. - S? - desenho um "s" e logo o celular desbloqueia me dando livre acesso a ele. - Que senha mais boba. - falo e digito o numero do celular do Leo.

- Alô? - fala a voz do meu Leo, a voz que eu queria ouvir a tempo demais. Sorrio ao ver que lagrimas descem dos meus olhos. Quero poder tocá-lo, beijá-lo mas não posos agora, o que me conforta e saber que com essa ligação poderei ir mais rápido para casa. - Alô? - fala de novo diante da minha demora para responder.

- Leo, sou eu. Quanta saudade eu estava de ouvir a sua voz. - digo chorando e com a voz um pouco rouca.

- SOFIA? Meu amor, como você está? Onde você tá? - pergunta ele chorando também.

- O Henrique me levou pra um lugar muito longe acredito eu, parece uma fazenda, ou coisa assim. É muito velho e está abandonado. - falo e Leo bate em alguma coisa.

- Sabia que aquele desgraçado está com você, mas pode ficar tranquila que eu vou arrumar um jeito de te tirar daí okay? Como está você? Ele tá te tratando bem? Se ele fizer alguma coisa com você ou nossos bebês eu mato esse desgraçado! - promete com raiva.

- Não, está tudo bem comigo, meu lindo. Nossos bebês estão ótimos, inclusive eles deram o primeiro chute ontem. - digo feliz por estar falando com ele e acaricio minha barriga.

- Que bom, mas não acredito que aquele filho da puta tirou o direito de mim que é este presente em cada avanço que nossos bebês fizerem. - diz ele e vejo um barulho do outro lado.

- Leonardo, com quem você tá falando? - pergunta a voz chata da Sky.

- A Sofia conseguiu ligar para mim. - diz e ouço um pulo e grito. Amanda.

-MEU DEUS COMO ESTÁ MEUS SOBRINHOS? AQUELE FILHO DE UMA ÉGUA NÃO FEZ NADA COM ELES NÉ? - grita Amanda no meu ouvido.

- Calma, eu e ele estamos bem. Agora eu preciso ir, estou muito feliz em ouvir suas vozes, principalmente a sua meu amor. Por favor, não demora muito, estou com tanta saudade de dar um abraço em cada um de vocês e um beijo no meu noivo. - falo e vejo um soluço que me parece da Sky. - Tu tá chorando também, Sky? - pergunto rindo.

- Tenho novidades pra você prima, por tanto fica bem e volta logo. - diz ela e eu agradeço mentalmente de novo por poder ouvir essas vozes que são como oxigênio pra mim.

- Ficarei bem. Amo vocês demais! - falo e desligo. - Agora tenho que apagar a ligação. - começo a fazer os procedimentos para apagar de vez a ligação e não deixar rastro da chamada.

- O que você ta fazendo com meu celular sua, vagabunda? - grita Henrique, olho assustada para a porta e logo vejo ele vindo em minha direção.

Ele sem mais nem menos, dá um tapa forte no meu rosto me fazendo ir parar no chão.

- Você é maluco! - falo vendo que uma fina camada de sangue escorre do canto da minha boca, onde doi.

- Sou, e farei mais se descobrir que você fez merda. - diz e pega o celular do chão saindo em seguida.
- EU TE ODEIO! - grito jogando outro vaso na parede, o que virou um hábito comum pra mim. - Merda.

Pov. Leonardo Torres

Com o telefonema que a Sofia fez conseguiremos a localização da Sofia e do Henrique mas rápido do que eu pensei e eu, finalmente, vou poder arrancar o couro daquele filho da puta, resto de aborto que está com minha mulher e filhos.

Juro que quando eu por as mãos naquele filho da puta arranco a cabeça dele com a mão mesmo!

- Como está indo, Sky? - pergunto para Sky que estava concentrada na tela do computador digitando alguma coisa muito rápido e depois um mapa aparece na tela do computador.

- YES! Ela está aqui. - aponta para um ponto no mapa onde tinha um bonequinho com um telefone. - E uma fazenda abandonada pelo que está aqui. - fala ela olhando para mim.

- O Henrique acabou de comprar uma fazenda, pelo que o policial disse semana passada, quando estava investigando o paradeiro e viu as ultimas movimentações dele. - fala Amanda chegando do meu lado.

- Meninas, não falem nada, completamente nada com os policiais. Tenho certeza que quando chegamos lá eles vão querer fazer besteira que pode ferir a Sofia. Amanda, ligue para os meninos pois eu preciso da ajuda deles para resgatar minha mulher. - falo.

- Eu também vou! - fala ela levantando a mão.

- Não, você esta gravida e na última etapa da gravidez. Vai ficar aqui em casa. - respondo ela com cara de bravo.

- Eu tenho que ir para ajudar com o lugar. - fala Sky rindo.

- Não, você também tem que ficar pois está... - ela me interrompe.

- Isso não é doença e ainda estou no comecinho. - explica ela sorrindo e se levantando. - Leo, vai arrumar as coisas que eu vou arrumar as minhas e as do Ben. Amanda, você liga pros meninos rápido. Vamos resgatar minha prima! - fala ela determinada.

Nem posso esperar para ver o sorriso da Sofia de novo. E ver o barrigão dela com nossos bebês!