História Time passed - Meu Deus!

​Sofia Carson

Tudo o que eu mais quero neste momento é sair de perto deste homem que não me traz boas lembranças e me dá medo. Mas eu só posso sair daqui quando eu ver se tudo está ocorrendo na mais perfeita ordem, como eu posso fazer isso se eu estou abalada com esse ser perto de mim?

Que raiva!

-Senhorita, você está bem?- pergunta um dos supervisores da obra. Ele deve ter visto o meu estado de agonia, que está bem visível desde que ele se revelou como Henrique Lewis o maldito.

-Não, não estou me sentindo muito bem. Podemos fazer logo essa avaliação pra eu ir embora de uma vez?- pergunto rapidamente. Henrique sorri de lado, se divertindo com meu medo e agonia para sair dali, eu quero sair correndo. Entrar no meu carro e ir para os braços do meu namorado para que ele possa me deixar segura.

-Podemos sim.- diz Henrique ainda rindo.- Poderíamos tomar um café antes de começar a averiguar, assim você pode ficar mais tranquila e relaxada.- diz ele. No mesmo instante eu balanço a cabeça atômica, indicando que isso nunca vai acontecer, nem por cima do meu cadáver eu iria tomar um "café" com esse idiota.

-Não! Eu já falei que eu quero sair daqui rápido e tomar um café só vai demorar para isso acontecer, então por favor ande rápido com isso!- digo e viro de costas. Começo a andar a passos largos até um dos trabalhadores e os outros me seguem.

1h torturante depois eu já havia terminado minha avaliação e acredito que a obra termine antes mesmo do esperado o que vai ser um super alivio pra mim ja que eu vou parar de ter que encontrar com esse monstro.

-Bom senhores, eu já vou embora. Tenham um bom trabalho!- digo me despedindo. Eu vou até meu carro, caminhando a passos rápidos. Nem sei como não caí com esses saltos. Quando estava abrindo a porta do carro, um braço me segura e meu coração vai até a boca sabendo bem de quem é aquela mão e que isso não é bom pra mim. Me viro temendo, e me deparo com Henrique com a boca entreaberta e bem colado em mim, a ponto de encostar sua cintura em mim eu fico debruçada sobre o carro tentando manter a distância.

-Me desculpe se te assustei, Sof!- diz ele. O sorriso dele é zombeteiro, e maldoso, o medo percorre mais uma vez meu corpo. E estou vulnerável.

-Henrique, eu tenho realmente que ir pra casa e se você ficar me impedindo eu não vou poder fazer isso.- falo. E isso foi a única coisa que meu cérebro afetado conseguiu pensar e minha boca falar.

-Eu sei. Mas eu só quero falar com você se você me permitir e claro.- diz. Ele aproxima mais o rosto do meu e encosta o nariz no meu pescoço.- Ah Sofia! Como eu amo sentir seu cheiro.- diz ele. Planta um beijo indesejado no meu pescoço, e meu estômago se contorce em nojo.

-Saí de perto de mim!- empurro ele. Mas tudo em vão.

-Você ainda está com aquele playboy do Leonardo? O babaca ainda esta com você é?- pergunta. Zomba de mim, eu estou com medo e não tem ninguém por perto e se ele tentar algo contra mim.- Eu ainda lamento não ter ido pra cama com você quando tive a chance, teria sido agradável e delicioso.- fala ele. De maneira indesejada eu sinto sua ereção na minha perna, oi??? Ele está excitado?? Oh meu Deus! Eu estou totalmente desprotegida. O que ele vai fazer comigo? Em outros casos (se fosse o Leo ) eu também ficaria excitada, mas agora só sinto nojo dele repugnância, ódio, tudo de ruim.

-E melhor você me deixar me paz! Você já provou ser um monstro, que eu odeio infinitamente. Se você não me soltar eu vou gritar.- ameaço. Ele gargalha e se afasta por fim, eu rapidamente (tremendo muitooooo) abro a porta do carro e me ponho dentro do mesmo.

-Cuidado, Sofia! Eu não vou te deixar em paz baby e não vai ser seu namoradinho que vai me impedir de te possuir de todas as formas. Até breve, senhorita Carson!- fala. Eu sou partida e saio atordoada daquele lugar.

Quero me perguntar como ele tem coragem de querer me fazer mal outra vez, mas a única coisa que penso é em ir pro meu apartamento e rezar para que o Leonardo já esteja em casa para poder me abrigar no seus braços. Lágrimas de medo, frustação, ódio, nojo, tristeza, lembranças dolorosas lavam meu rosto.

Chego em casa, e abro a porta. Ele estava no sofá vendo alguma coisa. Eu me aproximo e pulo em cima dele em um abraço, ele retribui e pega meu rosto para si me beijando.

-Sof, o que você tem? E por que está chorando, meu amor?- pergunta preocupado.