História Time to Change - Visita

Yugyeom

Eu estava irritado com Jackson porque ele ficou dando em cima do garçom à noite toda, eu era muito trouxa por gostar de um idiota como ele.

            - Yugyeom volta aqui. – Jackson diz quando me alcança depois que larguei ele sozinho no restaurante

Paro no meio da rua e encaro Jackson:

            - Fala logo, quero voltar para a escola. – digo irritado.

Jackson suspira:

            - Yugyeom, desculpa eu não queria te deixa irritado.

Arregalo os olhos, eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo, perco minha paciência:

            - VOCÊ NUNCA TEM INTENÇÃO DE NADA, NÃO É JACKSON ? VOCÊ NÃO TINHA INTENÇÃO DE TRAIR O MARK COM A TAL DA SANA, VOCÊ TAMBÉM NÃO TINHA INTENÇÃO DE ME LEVAR PARA CAMA JÁ QUE VOCÊ ESTAVA CARENTE QUE O MARK TINHA TERMINADO COM VOCÊ, VOCÊ NÃO TINHA INTENÇÃO DE FERRAR A VIDA DO JB MAS FERROU JACKSON O GAROTO NEM TE FEZ NADA E VOCÊ FEZ AQUILO POR DINHEIRO, ESSE É O SEU PROBLEMA JACKSON VOCÊ NUNCA TEM INTENÇÃO DE NADA.  – ponho para toda fora toda a raiva que tinha de Jackson.

Jackson fica me olhando sem reação e viro as costas e continuo o caminho até a escola, Jackson volta a correr atrás de mim; me segura pelo braço e me beija, dou um tapa em seu rosto:

            - EU CANSEI DE SER TROUXA. – grito na cara dele.

No impulso empurro Jackson na calçada e ele cai de cara em uma poça d’água, acho que finalmente tinha superado minha primeira ilusão amorosa.

Youngjae

Estava mostrando para Mark e Jin minha parte da coreografia que iria apresentar no show de talentos no fim do semestre junto com um grupo da minha sala; iríamos performar Monster do Exo; meu grupo ultimate.

            - Está ótimo Youngjae. – Junior diz.

Mark revira os olhos e fala em um tom brincalhão:

            - Acho que eu danço melhor que você.

Jogo uma almofada nele:

            - Você sempre se acha melhor. – digo rindo.

Pego uma garrafa de água e ouço uma batida na porta:

            - Eu atendo. – Junior diz.

Hani

            - Você é o Youngjae ? – pergunto para o garoto parado na porta.

            - Não, eu sou o Junior. – o garoto diz. – Youngjae, tem uma garota querendo falar com você. – ele diz.

Um garoto de 1,77 cm, pele branca, cabelo bagunçado vestindo uma camiseta branca, jeans e bota aparece na porta:

            - Olá, você é quem ? – ele pergunta.

Sorrio:

            - Sou Hani, a noiva de JB. – digo com toda confiança que possuo.

Junior e Youngjae arregalam os olhos|:

            - Noiva ? – Youngjae pergunta.

            - Isso mesmo garoto, vim de Seul até aqui para falar com você, posso entrar ? – pergunto educadamente.

Ele me olha desconfiado mas deixa eu entrar, coloco minha pasta em cima da cama que está vazia, deduzo que era aqui que Jaebum dormia, o senhor Im foi cruel em mandar o filho para esse fim de mundo.

Junior olha para o garoto sentado na cama e diz:

            - Mark... vamos esperar ali fora.

Mark levanta e arregala os olhos para Youngjae:

            - Youngjae, vamos estar ali fora... se precisar de ajuda é só chamar. – Mark fala.

Junior suspira e diz:

            - Não acho que é o Youngjae que vai precisar de ajuda.

Os dois saem; Youngjae fecha a porta e me encara:

            - Me diz o que você está fazendo aqui garota e por que você ressurgiu do passado do JB hyung ? – Youngjae pergunta.

Sorrio, levanto e ando até ele:

            - Primeiro Youngjae, ele não é seu hyung ele é meu oppa, segundo nós vamos nos casar porque nós, nos amamos e terceiro... – pego a pasta em cima da cama e entrego para ele. – Isso é um presentinho para você sumir da vida do Jaebum e nunca mais procura-lo.

Youngjae fica de boca aberta ao ver o dinheiro dentro da pasta:

            - Quanto tem aqui ele pergunta ?

Sorrio e respondo:

            - O equivalente a 10 milhões de dólares em won sul-coreano.

Youngjae suspira e diz:

            - Acho que nunca vi tanto dinheiro na minha vida.

            - Esse dinheiro pode ser todo seu se você sumir da vida do MEU noivo. – digo.

Youngjae fecha a pasta, sorri e a joga na minha direção, me abaixo e por pouco não sou atingida:

            - SOME DAQUI SUA VADIA, VOCÊ E O SEU DINHEIRO SUJO, E UM AVISO PARA VOCÊ E PRO IDIOTA DO PAI DO  JB, EU VOU POR VOCÊS DOIS ATRÁS DAS GRADES POR QUE VOCÊS SÃO PODRE. – Youngjae grita.

Youngjae me puxa pelos cabelos e me empurra para do quarto:

            - VOCÊ PEGA ESSE DINHEIRO TODO E ENFIA NO MEIO DO TEU CU SUA PUTIANE DE QUINTA CATEGORIA VOCÊ NUNCA VAI CONSEGUIR CONQUISTAR O MEU JB. – Youngjae continua a gritar.

Pego a pasta com o dinheiro e vejo que Mark e Junior estão me olhando:

            - Você me deve 50.000 wons Mark, eu falei que quem ia se dar mal era a Hani e não o Youngjae. – Junior diz.

Mark tenta segurar o riso e tira o dinheiro da carteira e o entrega a Junior:

            - Pois é... Youngjae sabe defender o território dele.

Vou embora irritada e grito dentro de minha cabeça: “ EU NÃO ACREDITO, EU APANHEI DE UM PIRRALHO”.

JB

Desde que voltei para Seul com meu pai eu não tinha mais noção de tempo, vivia a base de drogas e remédios para dormir e muita bebida; se meu pai sabia disso, claro que não ele estava cagando para minha existência, pego mais um comprimido de tarja preta na minha gaveta era o terceiro que eu tomava; eu não dormia desde que Hani foi viajar a dois dias; minha intuição dizia que algo de ruim ia acontecer nessa viagem.

Ouço uma batida na porta, atendo:

            - Posso entrar ? – Jaeyoon pergunta.

            - Vai bancar a boadrasta ? – pergunto.

Ela suspira e diz:

            - Eu só quero tentar me dar bem com você Jaebum. – ela diz.

Faço um gesto para ela entrar e digo:

            - Pode tentar mas não garanto que você vá conseguir algo.

Ela entra e se senta na cadeira de frente para minha escrivaninha, fecho a porta e me sento em minha cama:

            - Diga o que você quer ? – pergunto.

Ela suspira e diz:

            - Eu ouvi a versão do seu pai sobre o relacionamento de vocês, agora eu quero ouvir a sua.

Começo a rir, óbvio que de nervoso:

            - Acho que as versões dos fatos não vão bater. – digo ironicamente.

Ela sorri e diz tranquilamente:

            - Só me conte a história Jaebum ou JB como preferir.

Me pego sorrindo quando ela diz meu apelido, ela me lembrava Youngjae com aquele jeito delicado e ao mesmo tempo ousado, pego a garrafa de whisky do chão e dou um gole:

            - Bem, você deve saber que minha mãe morreu no meu parto, meu pai nunca me deu atenção eu fui criado por babás e quando eu tinha uns quatro anos foi quando Maria começou a trabalhar nessa casa ela foi a pessoa que mais me deu atenção e carinho... acho que ela foi o mais perto que cheguei de ter uma mãe. Quando comecei a frequentar a escola e fomos  fazer um desenho de dia das mães eu falei para a professora que não tinha e ela me perguntou o por quê; e eu não soube explicar; ao chegar em casa perguntei para o meu pai por que eu não tinha mãe e ele disse que a culpa era minha por ela ter morrido que eu não tinha mãe porque eu existia que se eu não tivesse nascido minha mãe ainda existiria; a partir desse dia meu pai passou a me ignorar ainda mais do que me ignorava, não importava o quanto eu me esforçava para tirar boas notas na escola não importava os presentes que eu fizesse para ele; ele simplesmente não ligava e não liga para minha existência, no meu aniversário de dez anos foi que meu inferno astral começou a piorar meu pai me bateu pela primeira vez ele disse que nem dez anos eram capaz dele esquecer o que eu tinha feito à minha mãe e a partir dai só piorou, todo aniversário eu ganhava algo, um tapa no rosto, um soco no maxilar... acho que operei aos quatorze por ele ter quebrado minha boca, até que no começo do ano ele me mandou para Mokpo para se livrar do fardo que sou na vida dele e eu estava feliz em Mokpo, estava feliz por algo que meu pai fez por mim ai ele me trouxe para Seul novamente e meu inferno astral começou, ai conheci você e o Chan Hee e reencontrei a Hani. – quando termino de falar percebo que estou chorando compulsivamente e coloco o capuz do meu moletom para esconder meu rosto de Jaeyoon.

Jaeyoon levanta, senta do meu lado e me abraça:

            - Eu só queria que ele me amasse como ele ama o Chan Hee, eu invejo uma criança de cinco anos por que ela teve tudo o que eu não tive o amor do meu pai. – digo baixinho.

Jaeyoon tira o capuz do meu moletom, levanta o meu rosto e faz eu encarar ela:

            - Aceita ter uma amiga nessa casa ? Para esse inferno se tornar um pouco mais suportável ? – Jaeyoon me pergunta.

Pisco algumas vezes para secar as lágrimas de meus olhos:

            - Eu não sei o que dizer, parece o que eu ouvi não foi verdade.  – digo. – Você está querendo ficar contra meu pai ? Para me ajudar ?

Jaeyoon sorri e responde:

            - Diz que aceita ser meu amigo e você terá uma aliada nessa casa contra seu pai.

            - Aceito ser seu amigo. – digo tentando assimilar o que ela disse.

Ela passa a mão em meu rosto, aquele carinho que só uma mãe poderia fazer:

            - Amanhã é sua vez de saber a minha versão da história, minha historia com seu pai não são só flores... o que menos é, é flores. – ela diz.

Jaeyoon beija minha testa e me deixa sozinho em meu quarto, eu ainda não acreditava que estava me dando bem com a minha madrasta.