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História Tipo, ficar vermelho. - Daquele que amamos


Escrita por: fuckflowr

Notas do Autor


Hey, povo ♥
Tudo bem?
Bom, esse capítulo tá mais focado na Hermione e em Romione e Semione (o Simon com a Hermione). Mas logo o foco volta para Drarry, ok?

Capítulo 5 - Daquele que amamos


 

 

Capítulo cinco: Daquele que amamos

 

      Lucius Malfoy estava certo sobre haver outras formas de levar Harry Potter ao Ministério da Magia, sem que Draco estivesse envolvido, sem que o garoto se magoasse.

       Ele estava ciente sobre os sentimentos do filho pelo jovem Potter, desde o ano anterior. Depois do final do ano letivo, quando Draco não parava de falar sobre o garoto, e sobre quão ridículo fora ele tirar Rony Weasley do lago. Não que Draco tivesse admitido, é claro. Quando Lucius perguntou ao filho sobre isso, o menino simplesmente dissera “Claro que não, pai. De onde tirou isso? Eu, apaixonado por aquele testa rachada idiota”

      Mas, Lucius conhecia o filho melhor do que a si mesmo. Ele percebia como a voz do garoto mudava ao mencionar Potter, como ele simplesmente não conseguia deixar Harry em paz, como parecia não poder parar de falar nele. Como Draco, durante o seu segundo ano, ficara toda hora olhando ao redor, tentando ver Harry, na plataforma 9 e ¾. (embora o garoto tenha afirmado ter feito isso apenas porque, se Potter não estaria na escola, quem ele iria irritar?).

      Agora, Draco havia conseguido. Seguira as ordens do Lord, fizera Harry confiar nele, mas o problema era: e depois? O que aconteceria depois, quando Harry descobrisse toda a verdade? A verdadeira razão para Draco se aproximar dele? Sem dúvida, se sentiria traído, e jamais voltaria a olhar para Draco, o que acabaria fazendo Draco se sentir pior do que já se sentia.

      Lucius jamais sentira tanta raiva do Lord das Trevas. Lucius queria poder voltar no tempo, e sugerir outra maneira de atrair Harry até o ministério. Uma que manteria o coração de seu filho intacto.

       ×××

      Harry estava cansado de esperar por Draco. Chegara na biblioteca quinze minutos antes, e Malfoy ainda não havia aparecido. O tempo sozinho levou os pensamentos de Harry a Rony.

      Como faria para o amigo não ficar bravo com ele e Mione? Precisava de uma maneira que não envolvesse dizer a Rony a verdade. Afinal, Hermione e ele sabiam muito bem do ódio que o ruivo sentia pelo sonserino. E com razão. Quantas vezes, afinal, Draco provocara Rony, falando sobre sua família e condição financeira?

      — É ele – Sussurrou Mione, que acompanhara Harry. Ele olhou para onde ela apontara. Na entrada da biblioteca, o loiro estava andando até ele. Harry percebeu que gostava até disso nele. Malfoy andava como alguém da realeza, lento, e com os ombros e queixo erguidos.

      — Demorou – Disse Harry, se levantando quando Draco se aproximou. O loiro deu de ombros – Vem, vamos. Mione combinou de ir nos avisar perto do horário do toque de recolher.

      — Obrigada, Granger – Falou Draco, e Hermione sorriu em resposta. O trio começou a andar em direção ao sétimo andar, para a Sala Precisa, onde Hermione se despediu. Harry fechou os olhos. Quando voltou a abri-los, entrou na sala precisa, agora um espaçoso quarto com uma cama de casal enorme, uma mesa cheia de comida, banheiro e um guarda roupa enorme com uniformes da Sonserina e Grifinória – Pensando em passar a noite aqui, Potter?

      Harry sentiu o rosto esquentar. Afinal, ele não pensara em passar a noite ali. Vendo o menino envergonhado, Draco sorriu. Quer dizer, Harry se divertira bastante no natal, deixando Draco constrangido, não? Então, porque Draco não podia de divertir um pouco, também?

      — Deixa isso pra lá – Respondeu Harry, se sentando na cama. Draco se sentou ao seu lado, totalmente sem jeito.

      Imaginara aquele momento mil vezes desde o ano anterior. Pensara mil formas diferentes de dizer como se sentia. Fantasiara mil vezes eles se beijando. Mas, porque ali, com tudo realmente acontecendo, Draco se sentia tão sem jeito? Pensou ser a culpa. Merda. Ele não conseguiria ficar totalmente bem com Harry até dizer a verdade. Mas, como seria feliz com Harry se quando contasse a verdade a ele, provavelmente, o moreno nem iria mais querer olhar em sua cara?

      — Harry...

      — Eu queria contar a Rony. Sobre nós, sabe? Ele é o meu melhor amigo. Me sinto mal por estar escondendo algo dele, mas sei que ele não vai entender – O moreno interrompeu. Draco se deitou na cama, e Harry ficou do seu lado, mexendo no cabelo do loiro.

      — Provavelmente, não – Concordou Draco – Mas, Harry, você não tem certeza. Por que não tenta?

      — Não sei. Você acha que eu deveria? – Pergunta o grifinorio, se perguntando o que Draco usava no cabelo para deixar eles sempre tão macios.

      — Se vai fazer você se sentir melhor – O loiro deu de ombro. Harry sorriu, antes de beijá-lo.

      ×××

      Hermione se sentou sozinha durante o jantar. Esse era o problema de se acostumar demais com únicos amigos. Agora que Rony não estava falando com ela e Harry, e Harry estava com Draco, ela acabaria ficando sozinha, sempre.

       Ela olhou para Rony, do outro lado da mesa, sentado entre Dino Thomas e Simas Fanning. O novo trio conversava animadamente. E ela sozinha ali. Seus olhos vagaram até a mesa da Sonserina.

      Simon Fellinx olhava para ela. E sorria. Hermione sorriu de volta, desejando ter tido mais tempo de conversar com o menino, que parecia ser bem legal, apesar de pertencer a casa verde. Quando voltou a olhar em volta, percebeu que Rony a encarava, abismado. Hermione desviou o olhar, envergonhada.

      Gostava de Rony desde o ano anterior, e percebera que o sentimento era correspondido na mesma época. Mas, por que Rony não admitia os próprios sentimentos? Talvez, é claro, o garoto ainda não tivesse percebido. Era bem “Rony Weasley” ser lerdo àquele ponto.

      Comeu o mais rápido que conseguiu, querendo sair dalí. Ainda precisava ir atrás de Harry e Draco, e pegar um livro na biblioteca. Sem falar que estava desconfortável alí sozinha. Se levantou ainda mastigando, e andou rapidamente. Estava quase na escada quando sentiu uma mão envolver o seu pulso. Se virou, assustada.

      — Você sabe que Harry vai ficar sabendo, não é? – Rony disse, vermelho e irritado. Hermione abriu a boca, e voltou a fechar ela. Saber de quê? – Não faça essa cara de desentendida! Eu sei muito bem que está namorando com o Harry. Como você namora uma pessoa, e fica toda sorrisos para outra?

      Hermione olhou espantada para Rony. Logo, porém, o espanto se tornou diversão, e em poucos segundos a garota estava quase caindo no chão de tanto rir. Rony a olhou, sem entender.

      — Espera. É isso que você acha que estamos escondendo de você? Por que não iríamos te dizer caso algo acontecesse entre nós? – Questionou a garota, entre risos. Rony franziu o cenho.

      — E não é isso? – Perguntou o garoto. – Quer dizer, vocês andam cheios de segredos, vivem saindo sozinhos e me deixando de lado, se abraçando mais que o comum... Todo o mundo já percebeu, Mione.

      — Nossa. Que estranho – Sussurrou Mione. Mas, logo uma idéia lhe ocorreu. Talvez, se Rony pensasse que ela estava com Harry... Poderia perceber os seus sentimentos por ela, e ainda salvaria Harry de ter que dizer a verdade para Rony, e o garoto ainda voltaria a falar com eles – Achei que estávamos disfarçando bem.

       — É. Bem. Não estão – Rony vociferou – Então era isso mesmo? O que estavam escondendo de mim? Vocês estão namorando?

      — É, isso mesmo, Rony. Não queríamos contar porque, bem, não tínhamos a mínima idéia de como dizer e como você iria reagir – Hermione disse – Espero que tudo bem.

      — Por que não estaria tudo bem? – Retrucou Rony, voltando para o Salão Principal.

      Hermione encarou a porta por algum tempo. Certo, ele ficara sim com ciúmes. Embora o menino tivesse tentado disfarçar, é claro. Sorriu um pouco, antes de voltar a subir as escadas. Afinal, ainda precisava passar na biblioteca, e ir atrás de Draco e Harry.

      ×××

      O Lord das Trevas tinha Nagini recostada sobre os seus pés. Lucius Malfoy estava a sua frente, com um olhar suplicante. Voldemort sorriu, o que era assustador.

       — Me deixe ver se entendi direito, Malfoy. Você quer que eu atrapalhe todo o plano, totalmente elaborado, e prestes a ser posto em ação, para algo que você ao menos tem total certeza de que irá funcionar, apenas por que o seu filho pode acabar se magoando? – Disse Voldemort, cruzando as mãos. Encarou Lucius, que engoliu em seco.

      — Não, miLord. Não é exatamente isso. Na verdade, acho que meu plano será mais eficaz do que o outro. Não há relação alguma com Draco – Lucius tentou contornar a situação. Voldemort suspirou. Até isso era assustador, vindo dele.

      — Está dizendo, Malfoy, que o seu plano é melhor do que o meu?

      Lucius tentou pensar em algo. Mas como conseguiria convencer Voldemort a aceitar o seu plano, sem acabar fazendo o Lord lançar um “avada kedavra” nele?

      — Não foi o que eu disse, miLord – retorquiu Lucius – Apenas estou sugerindo uma outra forma de atrair Harry ao Ministério. Uma forma que provavelmente atrairá mais rapidamente o garoto. Segundo Draco, ele faz o tipo herói. Então...

      — Continuaremos com o plano original, Lucius – Vociferou Voldemort – Agora, saia. Tenho coisas mais importantes para resolver.

      ×××

      Harry levou a mão até a sua cicatriz, que começara a doer de repente.

      — Tudo bem, Harry? – Perguntou Draco, saindo de cima do moreno e se sentando na cama e olhando preocupado para o namorado. Harry sorriu e assentiu com a cabeça. Cinco minutos depois, Hermione entrou no quarto.

      — Já deram amassos o suficiente? – Questionou a morena, se jogando em uma poltrona – Harry, falei com Rony. Acredita que ele estava achando que a gente, você e eu, estávamos namorando? Maluco, não?

      — Nossa, gente. Que estranho – Harry falou. Era esquisito pensar nele e Mione tendo algo – De qualquer forma, Draco e eu conversamos. Talvez, eu devesse dizer a ele a verdade. Não teremos certeza da reação dele até estarmos vendo ela.

      — Hum, mas, Harry, eu confirmei a história do namoro pro Rony. Não me olhem com essa cara! Eu fiquei meio perdida, OK? Não sabia o que dizer. Ai, simplesmente confirmei a suspeita dele – Deu de ombros a grifinoria.

      — Ótimo. Acho melhor continuar com isso, então. – Harry falou, passando as mãos pelos cabelos rebeldes – Vamos, então. Tchau, Draco.

      Com um beijo de despedida, Harry seguiu Hermione para fora.

 

      Draco esperou até que a Sala Comunal da Sonserina estivesse vazia para falar com o pai. Pegou em suas vestes a caixinha com Pó de Flu, e se aproximou da lareira, quando jogou o conteúdo da caixa no fogo, ele se tornou verde esmeralda. Draco sentiu a cabeça rodopiando, e então parou. Via, agora, Lucius e Narcisa Malfoy deitados na cama. A mulher lia um livro, enquanto o homem estava imóvel, parecendo já estar adormecido.

      — Mãe? Pai? – Chamou o loiro, fazendo o casal prestar atenção nele.

      — Draco! Querido, como está? – Sorriu Narcisa. Draco sorriu para a mãe. Era sempre tão carinhosa.

      — Estou ótimo, mamãe. Eu só... Queria saber o que fazer agora. Sabem? Que Harry confia em mim – O loiro engoliu em seco. Só de pensar em perder Harry, quando enfim o tinha, o seu coração se apertava.

      — Fique calmo, Draco – Falou Lucius – Estou tentando convencer Voldemort a aceitar outro plano. Um que não te envolva.

      Draco sorriu agradecido ao pai. O homem já sabia dos sentimentos de Draco antes mesmo dele ter coragem de admiti-los a si mesmo. E não o julgara. Não lhe repreendera por estar apaixonado por um inimigo declarado de quem os pais serviam.

      — Obrigado. Qualquer coisa me informem, OK? Já está tarde, e passou da hora do toque de recolher. Vou me deitar. Até mais.

      Lucius e Narcisa Malfoy acenaram para o filho. Draco tirou a cabeça da lareira, e foi se trocar para ir dormir.

      ×××

      Hermione precisava admitir que não estava sendo uma monitora muito boa. Primeiro que nunca conseguia controlar os gêmeos Weasley. E, agora, ela estava fora da sala comunal da Grifinória depois do toque de recolher, porque inventara de esquecer de devolver um livro à biblioteca.

      Ela andou lentamente, a todo momento preocupada em topar com Filch ou Madame Nor-r-r-a. Se escondeu atrás de uma armadura quando ouviu passos. Droga! Estava tão ferrada.

      — Hermione? – Ouviu. Com os olhos fechados e o coração saindo pela boca, Hermione se virou. Então, suspirou de alívio. Não era Filch, nem a gata, e muito menos algum professor (gente. Imagina se fosse Umbridge? Ela sem dúvidas seria expulsa!). Era apenas Simon Fellinx.

      — Ah. É você. Nossa. Quase tive um treco – Sorriu a menina. Simon sorriu de volta, se aproximando dela.

      — Desculpe. Não queria te assustar. O que está fazendo andando por ai depois do toque de recolher?

      — Eu me atrasei sem querer. Fui devolver um livro na biblioteca. E você? Está fazendo o quê?

      — Nada. Apenas gosto de bular regras – O moreno deu de ombros. Hermione sorriu, pensando em como Simon e Harry se tornariam ótimos amigos – Posso te ensinar a de esgueirar por ai, se quiser.

      — Hum. Eu adoraria. Mas, tem que ser outro dia. Preciso correr até o dormitório – Sorriu a morena. Simon assentiu, e ela saiu andando mais rapidamente. 


Notas Finais


É isso.
Não matem pelo Draco, ok?
Até o próximo ♥


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