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História Tipo, ficar vermelho. - O Pasquim


Escrita por: fuckflowr

Notas do Autor


Voltei ♥
Foi meio rápido, né?
Até as notas finais

Capítulo 6 - O Pasquim


Capítulo seis: O Pasquim

 

      Voldemort achava que talvez fosse melhor esperar até o final do ano, embora não soubesse mais porque esperar. Lucius vivia dizendo maneiras diferentes de atrair Harry Potter até o ministério. E o Lord não podia negar que algumas das suas muitas idéias eram, de fato, muito boas. Como a que dissera no dia anterior.

      — Poderíamos fazer o garoto acreditar que alguém de quem ele goste está em perigo, lá. Sem dúvidas, ele aparecerá em poucos minutos

      — E como iremos fazer ele acreditar nisso? Não aceito planos incompletos, Malfoy.

      Mas Voldemort sabia muito bem como fazer o menino acreditar.

      ×××

      — Harry? – Chamou Cho Chang, assim que ele saiu da sala de Transfiguração. Harry suspirou. Como iria dizer a garota que não teria nada com ela? Quando gostava dela desde o seu terceiro ano? E, agora, que ela finalmente parecia interessada nele, ele simplesmente não gostava mais dela? – Oi. Como foi o seu natal?

      — Nada mau – Respondeu Harry

      — É. O meu foi bem tranquilo, também – Sorriu Cho – Vai ter um passeio para Hogsmeade. No dia dos namorados.

      — Quê? Ah, eu não vi o quadro de avisos desde que cheguei. – Os dois ficaram em um silêncio incômodo. Harry sabia o que precisava dizer - Hermione lhe avisara que Cho provavelmente estaria esperando que ele a chamasse para sair.

      — Harry? Quando será o próximo encontro da AD? – Gina apareceu de repente. Cho deu uma olhada de esguelha para Gina. Parecia irritada.

      — Eu não sei. Tenho que ver. Aviso – Harry suspirou. O dia todo os membros da Armada de Dumbledore estavam atrás dele, perguntando sobre o próximo encontro. – Bem. Vou indo, tchau pra vocês.

      Harry saiu andando dali, rapidamente. Era errado estar agradecido por ter se livrado de Cho?

 

       — Bem. Sorte dessa garota que não sou ciumento – Draco disse. Ele e Harry estavam deitados na grande cama da Sala Precisa, havia meia hora.

      — Ela não fez nada demais, Draco.

      — Pansy também não havia feito. E você ficou com ciúmes do mesmo jeito. Não defenda ela – Draco deu um tapa de leve no braço do moreno.

      — Ela te deu um beijo. Foi na bochecha, mas isso não quer dizer que ela não quisesse que fosse em outro lugar. E ela se agarrou em você. Uma coisa não tem comparação a outra, Draco – Retrucou Harry.

      — Tá. Como se a Cho não estivesse atrás de outra coisa, também. Se você tem ciúmes da Pansy, tenho todo o direito do mundo de ter ciúmes dessa menina, a Cho – esbravejou Draco.

      Harry sorriu. Ele podia ter falado que não fora nada demais, mas estava adorando ver Draco com ciúmes. Afinal, ele já estava se sentindo incomodado de ser o único na relação a demonstrar isso. Harry fechou os olhos, se sentindo muito mal, de repente. Sentiu uma dor tão forte que parecia que alguém havia cortado o topo de sua cabeça fora. Não sabia onde estava. Se estava de pé, ou deitado. Sequer sabia o próprio nome. Uma gargalhada maníaca ecoava em seus ouvidos. Muito tempo havia se passado desde que se sentira tão feliz. Uma coisa maravilhosa acontecera.

      — Harry? Harry! – Alguém lhe batia no rosto.

      A felicidade estava se esvaindo, mas a gargalhada continuava. Assim que abriu os olhos, Harry notou que a gargalhada saia de sua boca. Assim que percebeu isso, ela parou. Draco estava curvado sobre ele, com os olhos preocupados.

      — Estou bem.

      — Não está, não. Quer que eu vá pedir algo a Madame Promfey?

      — Não. Eu preciso ir. Tenho que... Nos vemos amanhã?

      — Harry. Tem certeza que está tudo bem?

     O moreno assentiu, e saiu andando dalí rapidamente. Precisava urgentemente falar com Mione e Rony. Se o ruivo tivesse o perdoado. “Coragem” disse ao quadro da Mulher Gorda, que abriu, deixando ele entrar. Hermione estava brigando com Fred e Jorge (para variar). Ele se aproximou com pressa, e a pegou delicadamente pelo braço, a levando até uma área vazia, onde poderiam conversar.

      — Cadê Rony? Ele ainda está bravo com a gente? – Perguntou o grifinorio. Mione deu de ombros.

      — Mal o vi o dia todo – Respondeu ela – Não pude tirar nenhuma conclusão. Harry, o que houve?

      — Voldemort. Não sei o que aconteceu, mas algo o deixou muito feliz. E sabemos que, o que for que cause felicidade nele, não é boa coisa – Soltou. Hermione arregalou os olhos.

      — Ah, Harry. Precisamos falar com Dumbledore. Ele vai saber o que fazer – Mione disse, convicta.

      — Não. Não quero perturbar ele com isso – Harry franziu o cenho, se sentindo meio idiota por ainda estar ressentido com a falta de atenção de Dumbledore com ele durante todo o ano. – Acho... Eu vou dormir. Nos vemos amanhã, OK? Boa noite.

     Harry correu para o dormitório masculino da Grifinória, e se deitou, dormindo imediatamente.

 

       Problemas relacionados a Cho Chang, Draco Malfoy e Rony Weasley sumiram da mente de Harry na manhã seguinte. Ele estava sentado ao lado de Hermione na mesa da Grifinória - Rony se sentara quatro cadeiras mais perto. Já era um avanço, certo? -, e a garota acabara de pegar sua nova edição do Profeta Diário, quando um gritinho escapou de sua boca. Harry, que estava preocupado em comer seu scone de cereja azeda, levantou os olhos.

      — O que foi? – Perguntou o menino, percebendo que alguns dos colegas olhavam para eles. Hermione estendeu o Profeta Diário para Harry.

      A primeira página estava cheia de fotos, com o nome e crime. Os olhos de Harry imediatamente se desviaram para “Belatriz Lestrange, condenada Pela tortura e incapacitação permanente de Franco e Alice Longbottom. Em seguida, ele olhou para o título da matéria:

                  FUGA EM MASSA DE AZKABAN

     MINISTÉRIO TEME QUE BLACK SEJA O PONTO DE REUNIÃO PARA ANTIGOS COMENSAIS DA MORTE

       — Estão culpando Sirius pelo o que aconteceu? – Harry questionou, irritado.

       — É claro, Harry. O que mais eles poderiam dizer? Que Dumbledore havia o avisado que isto poderia acontecer, mas que ele preferiu não dar ouvidos? Quando ele passou o ano todo dizendo a quem quisesse ouvir que vocês estavam mentindo? – Mione falou. Harry se encostou na cadeira, deixando de lado o seu scone.

 

         Nos dias que se seguiram, os corredores de Hogwarts estavam lotados de comentários sobre a fuga. A morte de Bode, no st. Mungus, nem havia durado dois segundos. Todos os que um dia sofreram pelas mãos dos Comensais da Morte agora eram rodeados nas aulas, onde todos queriam saber sobre como acontecera. Uma garota, Susana Bones, admitira a Harry que não sabia como ele aguentava.

      — Rony ainda não voltou a falar com a gente – Hermione dizia, durante a aula de Herbologia. Eles estavam afastados da professora, aos sussurros. – Essa manhã, eu estava indo para a minha aula de Aritmancia, e ai tentei falar com ele sobre o que está acontecendo, e ele me ignorou total. Não sei o que fazer, Harry. Ele é nosso amigos, e eu quero voltar a falar com ele... Eu sinto falta dele, entende?

      — Eu sei. Também sinto – Concordou Harry, olhando para o ruivo do outro lado da sala, que trabalhava com Neville. – Vou falar com ele essa noite, tudo bem?

      Hermione sorriu. Às vezes, Harry sentia que tudo valia a pena por poder ver aquele sorriso.

      ×××

      Rony apenas não havia voltado a falar com Harry e Hermione porque estava magoado por esconderem dele que estavam juntos. E apenas por isso. Mas isso não explicava certas coisas.

      Por exemplo, quando eles ficavam aos cochichos, Rony sentia uma vontade louca de ir até lá e gritar com eles. Mas isso era apenas aquilo de novo, não é mesmo? A certeza de que estavam escondendo algo dele - e ainda se diziam amigos. E quando via os dois abraçados (eles andavam se abraçando bastante ultimamente) queria se meter no meio deles. Porém, isso era a saudade, não? A vontade de ir falar com eles.

      Rony os olhou durante a aula de Herbologia. Eles conversavam, e Hermione deu um sorriso enorme. Um que nunca dirigira a Rony.

      ×××

      — Rony? – Harry chamou o amigo naquela noite.

      Eles estavam no dormitório masculino da Grifinória, cada um em sua cama. Simas, Dino e Neville estavam distantes, tentando acertar um feitiço para a aula do professor Flitwick.

      — Quê? – Resmungou, de mal humor.

      — A gente pode conversar?

      — Já não estamos? – Rony retrucou. Harry sorriu. Então, se sentou na cama do amigo. Rony estava esparramado, com os braços atrás da cabeça.

      — É. Bom, Hermione disse a você sobre nós, não disse? – Perguntou ele. Rony fechou ainda mais a cara – Eu sei que você gosta dele. E não venha dizer que não gosta. Então, para você saber não estamos juntos de verdade. Ela apenas disse isso pra você não ficar bravo com a gente. Como você continuou bravo... Bem, eu acho que é melhor contar a verdade.

      — Mas como vou saber que agora você vai dizer a verdade?

      — Eu juro que vou. É que Rony, a verdade é que eu estou apaixonado – Harry admitiu. Rony franziu o cenho, parecendo confusa. Harry fechou as mãos em punhos, com medo de revelar – Por um garoto.

      O silêncio que se instalou entre eles era desconfortável. Rony suspirou.

      — Tudo bem. O que tem demais nisso? É OK ser gay, sabe?

      — O fato não é eu ser gay, Rony – Harry mordeu o lábio inferior, e passou as mãos no cabelo – É por quem estou apaixonado. De quem gosto, entende?

      — Não importa. Bem. Desde que não seja por mim. Se não você está fodidamente fodido – Rony soltou. Harry riu.

      — Não é por você, não se preocupe – Ele esfregou as mãos, sem saber como continuar – É por... Bem, por Draco Malfoy.

      Um misto de sentimentos se passaram no rosto de Rony em poucos segundos. A principal foi a surpresa.

     — Tantos garotos na escola, e você se apaixona logo por esse idiota? – Rony questiona. Então bufa – Tudo Bem. Você é o meu melhor amigo, Harry, e qualquer pessoa que possa te fazer feliz, vai ser bem tratada por mim. Mesmo que seja Draco Malfoy.

      — Obrigado, Rony. Eu fiquei tão nervoso sobre como você iria reagir. Por isso que a Mione e eu guardamos segredos – Harry disse – Agora voltamos ao normal?

     — Claro.

 

     — Adivinha só quem voltou a falar com a gente – Sorriu Harry para uma Hermione irritada. Ela olhava para Fred e Jorge que mostravam seus novos projetos para primeiranistas.

     — Quem? O Rony? Até que fim, já não era sem tempo. – Resmungou a garota, olhando ainda mais irritada para Rony, que sorria envergonhado.

      — Ele me contou sobre Draco. Vocês podiam ter me dito antes, sabe? É mais confortável do que pensar em vocês juntos.

       Hermione sorriu, e Harry desviou os olhos, tendo certeza de que estava sendo deixado de vela.

 

       Fevereiro chegou mais rápido do que Harry achou ser possível. Primeiro que ele estava feliz com Draco (a relação deles parecia estar a cada dia melhor), e agora tinha Rony também ao seu lado. Mesmo que o fato de Hagrid estar em observação tenha acabado um pouco com a felicidade. Harry estava certo de nunca ter odiado tanto Umbridge. Nem mesmo quando ela o proibiu de jogar Quadribol.

      — Precisamos ir ao Três Vassouras – Hermione falou. Eles estavam na Dedosdemel, enchendo os bolsos de doces – Tipo, agora.

      — Fazer? –Harry arqueou uma sobrancelha. Hermione bufou.

      — Você sabe que ela não vai falar, não sabe? – Rony resmungou. Hermione começou a andar com pressa. Sem escolha, os dois começaram a andar atrás dela.

       Quando eles entraram no Três Vassouras, Hermione se dirigiu até uma mesa onde Luna Lovegood estava sentada ao lado de... Rita Skeeter? Hermione se sentou, e Rony e Harry se sentaram.

      — O que está acontecendo? – Harry franziu o cenho, confuso. Afinal, o que Hermione queria com Rita Skeeter? O ser humano que ela mais odiava?

      — A srta. Perfeição ainda não disse – Rita resmungou, olhando ressentida para Hermione.

      — Eu quero que você faça uma entrevista. – Respondeu Hermione, olhando para Rita. – Com o Harry. Mas apenas falando sobre a noite do torneio, quando Voldemort retornou.

      — O Profeta Diário jamais publicaria isso. – Rita negou, perdendo o brilho que adquirira no olhar com a primeira frase de Hermione.

      — Ah, claro. Me esqueci que o Profeta Diário está ai para dizer o que os outros querem ouvir, mas não a verdade. – Resmungou a grifinoria. – Mas, é ai que a Luna entra. O pai dela é editor d'O Pasquim, e ela disse que a matéria poderia ser publicada lá. Não é, Luna?

      — Ah, sim. Só não sei quando vai sair, pois papai está esperando uma matéria muito importante sobre aparições de Bufadores de Chifre Enrugado – Respondeu a loiro, meio vaga.

      — Vocês realmente acham que vão levar Harry a sério se ele aparecer no Pasquim? – Rita Skeeter questionou, com uma grande cara de desdém.

      — Tanto faz. O seu trabalho aqui não é opinar, apenas fazer a droga da entrevista, então a faça! – Ordenou Hermione, excessivamente irritada. Rita arregalou os olhos, e logo pegou a sua Pena de Repetição Rápida.

 

      — Em uma coisa tenho que concordar com a Skeeter, Harry. – Draco falava, deitado na cama ao lado do moreno. – O Pasquim não é exatamente levado a sério, sabe? Quer dizer, já viu os artigos que são publicados lá?

      — Luna disse que o seu pai está esperando uma importante matéria sobre os Bufadores de Chifre Enrugado. – Harry disse, dando um pequeno sorriso de lado.

      — Viu só? Quer dizer, esses negócios realmente existem? – Draco questionou, exasperado. Harry soltou uma risada pelo nariz.

      — É a melhor chance que temos, Draco. É isso ou nada. – O moreno deu de ombros, suspirando. – Mas não vamos falar disso, né?

      O loiro sorriu quando Harry ficou por cima dele, lhe dando um beijo leve nos lábios. Tinha como Draco estar mais feliz? Ali, deitado nos braços daquele que amara por tanto tempo em silêncio? 


Notas Finais


Aos que queriam que Rony voltasse a falar com eles ♥
Até o próximo


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