Capítulo sete: Bruxos também amam
Quando a coruja deixou o exemplar do Pasquim na mesa, Hermione imediatamente passou a folhear o jornal, procurando a entrevista de Harry.
HARRY POTTER FINALMENTE REVELA A VERDADE SOBRE AQUELE QUE NÃO DEVE SER NOMEADO E A NOITE DE SEU RETORNO.
— Bem, parece interessante – Disse Rony, dando uma olhando para a matéria. Hermione revirou os olhos.
Quando as muitas corujas entraram no Salão Principal e voaram em direção a mesa da Grifinória, Harry não deu muita atenção. Mas, quando elas pousaram na sua frente, o garoto não pôde evitar olhar curioso para elas.
— Olha só, Harry. São todas pra você. – disse Mione, parecendo contente, enquanto pegava um envelope e abria – Tendo lido a sua versão da história, sou forçado a concluir que o Profeta Diário tem sido injusto com você... por menos que eu queira pensar que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou, sou forçado a aceitar que você está falando a verdade... Ai, Harry, isso é incrível.
— A maioria passou a acreditar em você, embora alguns ainda achem que você só está falando merda. – Concordou Rony. Harry sorriu para os amigos. Não via a hora de contar a novidade para Draco.
×××
Voldemort tinha que concordar com Malfoy, embora tivesse louco para ver a cara de Potter ao descobrir ter sido traído pelo garoto Draco.
Eles podiam dizer que o “amor” era o mais poderoso poder, mas esqueciam que ele também podia ser a maior fraqueza. Por amor, Harry iria de deixar levar, e acabaria indo atrás do garoto Malfoy, sem saber que estava indo de encontro a Voldemort.
Mas e se as coisas realmente ainda não estivessem nesse nível, como Lucius sugerira? E se Harry ainda não tivesse chegado ao ponto de amar Draco? E se esse sentimento não fosse capaz de atrair o jovem Potter até o Ministério?
Voldemort odiava aquela sensação de ter feito algo errado. De não ter tido pensado em tudo, sem deixar uma brecha sequer para o plano dar errado. E, agora, dependia dos bobos planos que Malfoy vivia sugerindo, na tentativa de tirar o mais jovem da artimanha.
Ele só precisava achar uma forma de colocar os planos em ação. E foi então que Belatriz Lestrange apareceu com a resolução de todos os seus problemas.
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Hermione se sentiu em êxtase quando viu o quadro de avisos.
POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS
O estudante que for encontrado de posse da revista O Pasquim será expulso.
A ordem acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Sete.
Assinado: Dolores Joana Umbridge, Alta Inquisidora.
— Uma pergunta, Mione. Por que você está tão feliz? – Questionou Harry, olhando para ela. Hermione mordeu o lábio inferior, olhando as expressões confusas do moreno e do ruivo. Será que eles realmente não entendiam?
— Vocês não percebem? – Sussurrou Mione, não querendo que Umbridge os ouvisse. – Se tinha algo que faria todos quererem ler O Pasquim, era a leitura ser proibida. A Umbridge não fez nada, além de nos ajudar, Harry.
— Ah. – Fizeram os amigos. A morena revirou os olhos, achando um pouco de graça na lerdeza dos amigos.
— Meninos, nos vemos daqui a pouco, OK? – Sorriu ela para eles, ao notar Simon Fellinx por alí.
Os amigos acenaram para ela, e Hermione correu na direção do moreno. O garoto estava usando o cabelo preso, e Hermione achou o estilo lindo nele. Em um certo ponto, o menino se virou, e parou de andar quando viu Hermione.
— Hermione, você nem me procurou para as nossas aulas. – Disse o menino, com falso ar de tristeza e mágoa. A grifinoria riu.
— Estive ocupada, estudando para os N.O.M's. – Respondeu a menina. E não era de tudo mentira. Ela, de fato, estava bastante preocupada com as provas, que se aproximavam. Mas, também gastara bastante tempo ajudando Harry a provar a volta de Voldemort. – Mas, quem sabe, durante as férias?
Hermione se sentiu corar no mesmo instante em que as palavras foram ditas. Ela acabara mesmo de praticamente chamar o garoto para, tipo, um encontro? Simon sorriu abertamente, como se aquela fosse uma das melhores coisas que acontecera em seu dia.
— Sim. Pode ser. – Responde ele. E Hermione soltou um suspiro, tentando esconder o alívio.
×××
Rony não acreditava. Como se já não bastasse Harry confraternizando com o inimigo, agora Hermione também estava?
Tudo bem que o ruivo desconfiara existir algo entre a amiga e o sonserino de cabelo cumprido, mas comprovar o fato era outra coisa totalmente diferente. Por isso ao ver a menina toda vermelha aos sorrisos com o outro, ele se sentiu incomodado.
— Quem é aquele menino? – Perguntou a Harry, que olhava de forma discreta um certo loiro pálido no final do corredor. – O que a Mione está conversando?
— O que? Ah, ele. É Simon Fellinx. – Respondeu o outro. Logo deu o horário da primeira aula que seria Trato de Criaturas Mágicas.
Hagrid os esperava com alguns animais nada fofinhos, diferente do que o meio gigante garantia. A maioria dos alunos apenas olhava com desdém para as caixas, e se afastava. Hermione foi a primeira a ter coragem de pegar o animal, que nem era tão esquisito assim.
Era pequeno, a cabia na palma da mão. Era marrom, e tinha espinhos desde acima dos olhos, até o rabo. Os olhos pareciam duas fendas minúsculas e vermelhas, e a boca tinha destes que provavelmente eram muito perigosos.
— Esses são os Tikifies. – Disse o professor, em seguida dando uma longa explicação sobre os animais, e acrescentando, é claro, que eles eram muito injustiçados, pois não tinham culpa de seus espinhos serem venenosos. – Para a aula de hoje, quero que façam um relatório de trinta centímetros sobre eles. Os trabalhos serão em duplas.
— Eu vou com você. – Rony falou imediatamente para Hermione. Harry fez uma careta para os amigos, antes de se juntar a Neville. – Então... Você e aquele garoto da Sonserina, Simon, estão juntos?
— Não. – Respondeu a amiga, lendo uma página de seu livro, e em seguida anotando algo em seu pergaminho. – Mas combinamos de nos encontrar durante as férias, então ano que vem você provavelmente será o único encalhado entre nós.
— Você está um amor de pessoa hoje. – Ironizou o ruivo, recebendo uma cotovelada em resposta. – O que esses sonserinos tem? Primeiro o Harry. Agora você.
— Por que não descobre com um? – A amiga lhe lançou uma piscadela, e Rony desviou os olhos, envergonhado.
×××
— Essa Granger até que é bem inteligente, não é? – Comentou Draco, quando ele e Harry finalmente estavam sozinhos na Sala Precisa. O moreno concordou, se sentindo cansado demais.
Draco e ele se encontraram ali assim que o encontro da AD acabara de acabar, e ele ainda estava com o corpo todo dolorido após ter sido acertado por vários feitiços de Neville.
— Claro que é. – Respondeu Harry, se aproximando no loiro de depositando um leve beijo em seus lábios. – Mas não viemos aqui para ficar falando da Mione, não é?
— Por Merlin, Harry. Você está ficando viciado. – Retrucou o sonserino, sorrindo malicioso para o namorado, que simplesmente deu de ombros.
— Draco... – Murmurou Harry, horas depois. Estava quase dormindo ali, abraçado com o namorado. – Eu te amo.
— Eu também. – Sussurrou de volta, sentindo o coração bater forte em seu peito, e querendo mais que nunca que o pai conseguisse convencer Voldemort a trocar de plano.
Não queria perder Harry. Não podia perdê-lo. Não naquele momento.
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