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História Tipo Ideal Perfeito - Dia Nacional dos Idiotas


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


São 3:44 .. tem alguém ai?? huahauhau

Boa Leitura *-*
<3

Capítulo 13 - Dia Nacional dos Idiotas


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - Dia Nacional dos Idiotas

Assim que piso na calçada me encolho, fechando melhor o casaco do uniforme. A manhã estava ensolarada, mas o vento frio da estação não ia embora. Aumento o volume da minha playlist e começo minha caminhada apressada até o colégio. Quanto antes pudesse me abrigar contra o frio melhor, sangue brasileiro.

Após cinco minutos de caminhada, sinto uma mão segurar a minha e entrelaçar nossos dedos. No próximo segundo um dos meus fones é arrancado da minha orelha. Ao me virar Park Jimin sorria pra mim, andando ao meu lado e colocando o fone no próprio ouvido. Sua ousadia não tinha mais limites, não que eu achasse ruim de qualquer maneira.

- Beatles! – ele exclama animado.

- Você gosta?

- Todo mundo gosta de Beatles. E é Something... todo mundo gosta de Something. – rio baixo sem tirar os olhos dele, podia sentir meus olhos brilhando mais uma vez – Eu ainda não acredito que você fica feliz com essas coisinhas bobas jahgi.

Ele parece me repreender e achar bobo, mas seu sorrio dizia que ele adorava esses detalhes. Eu não me envergonhava de me senti assim, e era inevitável.

- Aprecie as pequenas coisas Park Jimin – acaricio sua mão discretamente – O que faz aqui?

- O carro está no concerto desde ontem. Acordei mais cedo já que precisava vir a pé hoje, resolvi te acompanhar – da de ombros.

A música ainda tocava alta em meus fones divididos entre nós dois. Quando o silêncio se instalou não era mais incomodo ficar assim com ele. Era confortável e até relaxante. Em dado momento ele murmurava a música olhando as riscas do chão.

Assim que chegamos nos dirigimos até onde o grupinho Seokjin e Cia sempre se encontravam. A maioria deles estavam ali, inclusive algumas amigas populares que eu nunca tinha visto. Cumprimento Yul e Mae ao longe e fito o chão até a hora de bater o sinal. Acho que nunca me acostumaria com essa situação na frente da escola inteira, assim como a escola inteira também parecia ter problemas em aceitar.

(...)

Três aulas entediantes e enfim o intervalo. Park Jimin e eu nem sempre passávamos o intervalo juntos, não queria viver grudada com ele na frente de todo mundo. Era um pouco incomodo e devia ser justamente o contrario. Fora que Yul e Mae nunca iam se misturar com os amigos populares e eu não queria deixar meus amigos de lado. Apesar das minhas considerações, meu esforço parecia não estar sendo reconhecido. Ao me sentar ao lado de Yul, Mae dispara:

- Vai se juntar com a gente hoje? Tem certeza?

- Como assim? Me sentei com vocês ontem, anti ontem e a  semana passada inteira praticamente – franzi o cenho.

- Você está diferente – me olha acusatória.

Quando olho dela para Yul sem entender nada, ele simplesmente se levanta e se afasta. Não querendo se envolver em nada que o comprometesse. Típico.

- Do que está falando?

- Desde que você começou a sair com esse garoto está completamente diferente. Boba, com uns papos meio idiotas, sorrindo a toa, totalmente sem graça. Tá ficando igualzinha essas garotas da escola. – Mae falava ríspida, como se estivesse com raiva – Mal anda direito com a gente.

- Isso não é verdade! – deixo transparecer a indignação em minha voz – Ao contrario de você quando estava namorando o Choi, eu ainda passo a maioria dos intervalos sentada aqui escutando suas reclamações. Isso quando você não está que nem uma stalker fazendo papel de palhaça atrás dele.

- Nem tente mudar de assunto – cruza os braços como uma criança emburrada – Sabe que esse lance de vocês nunca vai durar. Ele é muito diferente, não importa o quanto você mude pra se adaptar.

- Não é um lance Mae, ele é meu namorado. – falo com firmeza e seriedade – Você está sendo a pessoa mais idiota desse colégio, e deveria deixar esse papel pras outras meninas. Se acha mesmo que eu tentaria mudar é por que nunca me conheceu de verdade.

- É... acho que nunca conheci mesmo. Não tenho idéia de quem é você ou essa garota que você está se fazendo.

Me levanto bruscamente, já cheia daquela conversa. Era tudo que eu menos precisava ouvir da minha melhor amiga. Antes de me retirar, a encaro de cima pra baixo e quando abro a boca novamente minha voz sai fria:

- Se você vai ser mais uma dessas pessoas a me olhar com desdém e dizer que não vai dar certo, está mais do que convidada a sair da minha vida. Se não vai ajudar, então também não vou deixar que atrapalhe.

- Você está trocando suas amizades por esse moleque.

- Essa escolha foi sua. A minha escolha é não deixar ninguém se meter na minha vida, isso inclui você e esses seus pensamentos de ameba.

Com meu lanche intocado em mãos, deixo Mae gaguejando sozinha. Minha sorte foi que nossa discussão não atraiu olhares, bem ali no pátio do refeitório. Aquilo seria assunto para o resto do ano inteiro na boca das garotas e garotos desse colégio.

Não busquei o olhar de Park Jimin ao longe daquela vez, eu estava com raiva e ele ia perceber, não queria falar daquilo com ele por enquanto. Mesmo assim no corredor dos armários ele vem até mim, parando ao meu lado enquanto pego alguns livros pra próxima aula depois do intervalo.

- Você sumiu hoje - passa a mão pelo cabelo, jogando charme – Onde estava?

- Preferi comer sozinha hoje – dou de ombros, procurando o livro de biologia.

Eu ainda estava com raiva pela discussão. Park Jimin coloca uma mão nas minhas costas, afim de que eu o dê atenção, obviamente percebendo que alguma coisa estava errada.

- Está tudo bem?

- A gente conversa sobre isso mais tarde – suspiro pesadamente – Não foi nada de mais, não precisa ficar preocupado.

O corredor começa a encher de gente assim que o sinal anuncia o recomeço das aulas. O movimento de pessoas nos atrapalha.

- Tem certeza? – respondo que sim com um sinal de cabeça – Eu te levo até sua sala então.

- Não precisa, tenho que achar um livro ainda. Vai você, não se atrasa por minha causa.

Relutante ele afaga minhas costas sobre o casaco do uniforme e me da um selinho demorado, antes de ir ele pede que eu o chame se precisar de qualquer coisa. Não consigo evitar uma risadinha boba, nós estávamos a uma sala de distancia. Pra que eu o chamaria?

Quando finalmente encontro meu livro o corredor já estava vazio, ou pensei que estivesse. Ao fechar a porta do armário percebo a presença da amiga popular número 1 recostada a duas portas de distancia.

- O Jimin ta realmente enfeitiçado...

A cara, qual é? Ta falando sério que eu vou ter que aturar mais essa? Reviro os olhos e decidida a ignorá-la começo a caminhar em direção a minha sala. Ao contrario do que a minha aparência pode transparecer, eu não era uma pessoa que gosta de qualquer tipo de conflito.

- Não vai dizer mesmo que tipo de voodu andou fazendo?

Balanço a cabeça negativamente, mantendo a calma.

- Você queria era ficar popular? Ou ser que nem uma de nós? ...

Aperto o livro de biologia contra meu peito. Que porra era aquela? O dia nacional dos idiotas?

- De que outro jeito Jiminie sequer olharia pra você?

Só mais uns três passos...

- Sabe que não importa o que aconteça eu e ele vamos acabar juntos não é? É biologia, genética... vocês nem são da mesma espécie.

Paro e me viro rapidamente, a sola do meu all star fazendo um barulho alto no piso da escola. Tento manter minha expressão neutra o máximo que posso, diante do seu sorriso irônico e maldoso. Típico, tão típico. Várias coisas me passam pela cabeça e eu tinha uma lista enorme de xingamentos e adjetivos que lhe cairiam bem em três línguas, mas ao me dirigir a ela me dou conta de uma coisa.

- Cara, eu nem sei seu nome...

Seu sorriso morre de imediato, sua expressão é de surpresa agora.

- Tá brincando com a minha cara né? – pergunta de braços cruzados. De novo não... – É claro que você sabe que meu nome é...

Ergo a mão livre a interrompendo.

- Eu não quero saber, você fala agora e daqui a cinco segundos eu vou esquecer de novo – entorto a boca, numa expressão inocente – Sugiro que você faça o mesmo em relação a mim. Sério, vai poupar seu tempo e vai poupar o meu também.

Dou as costas mais uma vez e ela volta a tagarelar.

- Gótica vooduzeira...

É a única coisa que eu consigo entender antes de encará-la novamente pra falar:

- Enquanto você gasta sua saliva com essas provocações inúteis, eu gasto a minha com Park Jimin – sorrio antes de finalmente pedir desculpas pelo atraso e entrar na minha sala.

(...)

Sou uma das ultimas a deixar a sala na ultima aula, aquilo estava se tornando um hábito agora que Yul e Mae não me esperavam mais. Em contrapartida Park Jimin estava de prontidão na porta, esperando por mim. Assim que passo por ele com a mochila nas costas ele apóia seu braço sobre meus ombros e eu entrelaço nossos dedos.

- Tá melhor? – pergunta dando um beijo no topo da minha cabeça.

E por incrível que pareça eu estava. Com uma satisfação na boca do estômago depois de ter deixado aquela garota esbravejando sozinha. Mae nem era mais um problema.

- Está tudo bem.

- Ainda vai ter que me contar o que aconteceu.

- Eu sei que não vai me deixar em paz com isso – rio, caminhando com ele pelo pátio de entrada.

Assim que me avista Yul gesticula freneticamente, pedindo que eu vá ao seu encontro. Ao seu lado estava Min Jun. Puta que pariu...

- Não vai lá não – Park Jimin pede.

- Fica com seus amigos que eu dispenso eles rapidinho – faço uma contraproposta.

- Eu vou com você. - era o que eu temia.

- Fica – peço, tentando meu melhor pra jogar todo meu charme. Mas eu era péssima nisso.

Bom, Park Jimin sabia se controlar. Que mal poderia acontecer? Contrariada e emanando pensamentos positivos, paro com ele em frente a Yul e Min Jun.

- E ai Cecília – Min Jun fala animado – Yul ainda não me passou seu telefone, tenho que vir aqui pra conversar com você. O que achou do cd?

Park Jimin aperta minha mão com firmeza. Aquele cara tava pedindo meu telefone? E estava ignorando completamente o fato de que eu estava abraçada com outro garoto.

- Min Jun.. esse aqui é o Park Jimin, meu namorado – apresento apontando pra ele e ignorando a pergunta.

O garoto mais velho estende a mão surpreso num segundo e quando Park Jimin a aperta ele adquiri um sorriso debochado em seguida.

- Seu namorado? Sério? – ri arqueando a sobrancelha.

- Algum problema? – Park Jimin pergunta já com a cara fechada, impaciente.

- Nada, é que eu nunca ia imaginar que ela curte caras do seu tipo. – sorria abertamente.

- Pois é, você não me conhece nem um pouco – interfiro, tentando acabar logo com aquilo. Só ia de mal a pior – Estamos indo, até qualquer outra hora.

Tento puxar Park Jimin com um braço enlaçando sua cintura, mas ele quase não se move. Min Jun o encarava e ele não queria dar o braço a torcer e engolir os comentários.

- O que te fez pensar que ela curte caras do seu tipo? – Jimin questiona impassível.

- Park Jimin vamos embora, por favor... – imploro baixinho pra que só ele me ouvisse, mas ele só me olha de soslaio sem se mover.

- Se ela fosse inteligente ficaria com caras do meu tamanho pelo menos – cruza os braços. O terceiro aquele dia, mas que merda!

Vejo as bochechas de Jimin ficarem vermelhas, ele tava fervendo de ódio. Mas ainda assim estava se controlando, seu braço ainda sobre meus ombros me mantendo perto.

- Ela é inteligente, por isso não ta nem ai não importa o quanto você fique em cima. Será que ainda não percebeu que já levou um fora assim que se apresentou?

Park Jimin era controlado, mas Min Jun não. Praticamente no mesmo instante em que ouviu aquelas palavras o mais velho partiu pra cima de Jimin sem se importar com quem estava no caminho. Park Jimin só teve tempo de me empurrar para que eu não me machucasse e logo em seguida foi atingido no canto da boca.

Naquela altura tinha muita gente ao redor, mas eu não me importava pela primeira vez. Park Jimin estava machucado. E seria mais se ninguém fizesse nada. Aparentemente ninguém o faria. Yul era um fracote. Quando Park Jimin se prepara para revidar eu mesma me meti entre os dois, empurrando Min Jun usando toda minha força, conseguindo afastá-lo uns dois passos antes que pudesse tentar dar outro soco ou receber um.

- VOCÊ É MALUCO? – grito fuzilando Min Jun com os olhos – O que ta fazendo aqui ainda cara? Eu mal te conheço. Some...

Min Jun apenas me olha com ar de decepção, como se eu me importasse minimamente. Outro idiota no dia nacional dos idiotas, daquela vez pra fechar com chave de ouro. Me viro rapidamente para me certificar de que Park Jimin estava bem, e ele já estava cercado do grupo Seokjin e algumas garotas. Nossos olhares se cruzam e meu peito pesa. Ele não estava sangrando nem nada, mas aquilo tudo era culpa minha.


Notas Finais


Tretas tretas e mais tretas... tipo literalmente kkk
Peguei pesado com a Ásia, mas acho que ela se saiu bem huaauhau

só o começo das tretas? Quem sabe kkk
Quem queria treta levanta a mão e me fala o que achou

amo vocês <3


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