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História Tipo Ideal Perfeito - Cadê minha lagosta?


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


Let the sofrência begin

Capítulo 22 - Cadê minha lagosta?


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - Cadê minha lagosta?

Ela ia embora, ela ia embora e eu ainda tava deitado me virando de um lado pro outro da cama, enfiando minha cara no travesseiro e sentindo o restinho do cheiro de shampoo dela que ainda tava ali. Mas que merda que eu fui fazer? Por que eu tinha que ser tão idiota? Por que eu tinha que ser tão moleque e sem reação? É claro que ela ia se sentir insegura com aquilo tudo. Por que eu tava tão confuso? Ela tava certa afinal de contas? Eu tive vergonha do jeito que a Seulgi tava insinuando as coisas, mas não era assim que eu me sentia... eu não pensava aquilo de verdade e não tava nem ai pra o que qualquer pessoa de fora pensasse, mas quando era alguém próximo, alguém como a Seulgi, tão diferente da Ceci e tão parecida comigo... eu acho que no fundo acabei me importando com o que ela achava.

O que não justifica em nada o fato de eu não ter respondido quando ela disse aquilo. Meu Deus a minha anãzinha me amava. Ela amava a mim e mais ninguém, ela queria ficar comigo, esse idiota. Saber daquilo era melhor do que comer e dormir, as duas melhores coisas do mundo. Saber daquilo me dava vontade de comer e dormir sorrindo. Só não era melhor do que transar com ela, na verdade saber daquilo só podia melhorar ainda mais o que já estava perfeito. Eu fiquei surpreso na hora, mas é claro que eu sentia o mesmo. Eu não dormi a noite inteira pensando naquela carinha pequena e em como ela havia me olhado envergonhada. Aquilo me deixava uma sensação ruim demais e azeda por dentro. Cecília me dava o melhor dela sem hesitar e eu ali, que nem um garotinho que precisava de orientação pra saber que caminho seguir.

Tinha passado a manhã inteira inquieto, provavelmente parecendo um zumbi. Checando o celular de cinco em cinco minutos. Eu não sabia se ela queria falar comigo, tava dando um tempo pra ver se ela se acalmava já que não entendi o que seria aquele “a gente da um jeito”, pra mim ela só queria ficar sozinha. O fato é que a gente não tinha mais tempo pra dar um jeito. Minha mãe notou que tinha alguma coisa errada, Hyun mal agüentou ficar perto de mim durante a tarde. Ceci ia pro aeroporto cedo por que tinha bastante coisas pra despachar e agora já eram cinco da tarde. Era melhor eu correr.

Troquei só a minha camisa de dormir por uma branca larga e permaneci de calça de moletom, lavei o rosto e coloquei um boné escondendo a bagunça do cabelo. Peguei as chaves do carro e sai rapidamente de casa. Dirijo mexendo os dedos impaciente no volante, olhando atentamente pra frente. Depois de vários minutos chego na rua da sua casa e noto que seus pais já arrumavam algumas coisas dentro de um táxi. Cecília estava na porta, sofrendo pra carregar umas três malas relativamente grandes. Estaciono e desço do carro correndo.

- Oi Senhor e Senhora Prado... – cumprimento com um aceno, passando por eles.

- Oi rapaz, achei que não ia aparecer a tempo – o senhor Prado responde amigável.

Eu só tento dar meu melhor sorriso e ando apressado até Ceci, que me encara séria. Pego uma das malas da sua mão e paro na sua frente.

- Tive a pior noite de todas – confesso prontamente.

- Acho que a minha cara também não está tão boa... – coloca a outra mala no chão – Você não deu nenhum sinal de vida, eu não sabia se te ligava ou ...

- Eu achei que você queria ficar sozinha, mas também não quis que você fosse embora sem falarmos nada.

- Agora ta um pouco tarde na verdade, não da pra gente conversar direito.

- Só me diz o que fazer pra dar um jeito nas coisas.

Ela faz uma careta meio sem graça e coloca o cabelo atrás da orelha. Pude perceber que não era aquilo que ela queria ouvir.

- Olha... eu acredito que você sinta alguma coisa por mim, de verdade...

- Cecília, eu te a...

Ela me interrompe prontamente, colocando a mão na minha boca e me impedindo de continuar.

- Não vamos tocar nesse assunto. Eu escolhi o pior momento pra falar aquilo, confessar qualquer coisa, e agora se você falar eu vou achar que é por pena.

Balanço a cabeça em negativa e afasto sua mão.

- Não é. Eu juro!

- Deixa isso pra lá. Você vai ter bastante tempo pra pensar nisso agora.

- Pensar? Você quer um tempo?

- Eu não acredito nessas coisas, mas nós vamos ficar dois meses separados, querendo ou não. É bastante tempo pra pensar.

- Eu sei o que eu sinto por você.

- Então você não tem com o que se preocupar.

Ela tenta sorrir, mas abaixa a cabeça e eu não sei o que aquilo quer dizer. Cecília queria continuar comigo?

- Ásia... a gente vai se atrasar – a senhora prado grita ao lado da porta do táxi.

Eu pego as duas malas maiores e nós caminhamos em silêncio. Assim que terminamos de colocar as coisas no porta malas nos encaramos longamente.

- A gente se fala? – pergunto receoso.

- Com certeza – ela mantinha as mãos unidas em frente ao seu corpo, sem saber o que fazer com elas.

Me inclino lentamente em sua direção e colo nossos lábios ao mesmo tempo que apoio uma das mãos na sua nuca. É um beijo lento e sem língua, onde ela permanecia praticamente imóvel. Estávamos sem jeito, sem saber como agir ou o que fazer direito. Mais ela do que eu. E por mais que fosse bom tê-la assim mesmo que por alguns segundos, aquilo doeu mais do que me satisfez.

- Tchau Park Jimin – se despede mordendo o lábio.

Cecília entra no carro e eu fecho o porta malas. Seus pais acenam pra mim pelo vidro e eu retribuo esperando que ela se virasse também enquanto o carro já se movia para longe. Tudo que ela faz é sentar-se de lado e mexer os dedos num quase “tchau”.

Quando o carro virou a esquina tudo que eu sentia era uma sensação de perda inexplicável. Mas falei para mim mesmo que tudo estava bem.

Cecília Pov

A noite foi de inquietações e angústias, assim como metade do dia esperando que Park Jimin ligasse ou aparecesse antes que eu seguisse viagem. O problema é que nenhum desses sentimentos foi embora quando ele finalmente apareceu. Aquilo era um saco, eu detestava me sentir assim, detestava todo esse drama de relacionamentos ao mesmo tempo em que não conseguia fugir de nenhum deles.

Eu queria ficar bem com ele o mais rápido possível, mas não era assim que eu me sentia e não conseguia disfarçar a dúvida que pairava na minha cabeça. O fato é que não tinha motivos pra ele fingir quando estava comigo, mas isso não mudava o outro fato de que ele tinha vergonha ao lado das suas amiguinhas. No fundo eu era uma daquelas pessoas que não acredita que só gostar resolve tudo. Tinha era que complicar mesmo por causa do meu orgulho.

É uma droga ficar vulnerável daquele jeito. A idiota agora era eu.

Passo o trajeto inteiro até o aeroporto me xingando mentalmente. Assim como todo o processo de check in e despache e espera e blábláblá até entrar no avião. Idiota, idiota, idiota, boba e idiota mais um pouco.

- Eu sinto muito – percebo que meu pai fala alguma coisa sentado na poltrona do meu lado e tiro os fones de ouvido para ouvi-lo – Que você e o Jimin não tenham dado certo.

- A gente não terminou – falo prontamente – Eu acho que não, está tudo bem...

Ele ri discreto e afaga meus cabelos, mais bagunçando do que afagando na verdade.

- Então melhora essa carinha princesa.

Sorri pra ele e me recostei na poltrona recolocando os fones. Como pais tão carinhosos e extrovertidos acabaram com uma filha tão estranha quanto eu?

(...)

Dormi, sonhei com Park Jimin, acordei, assisti filmes, seriados, andei pelo avião, dormi mais um pouco, pensei mais um pouco nele, ouvi música, assisti mais filme, comi pouco, andei mais um pouco. Puta que pariu que vôo de merda! Era bom meus avós serem muito legais e que todo mundo fosse exatamente como era pelo computador ou telefone pra fazer aquilo valer meramente a pena.

Aquele confinamento só me fazia caçar coisas pra não querer me matar pensando em Park Jimin e toda aquela confusão. E agora eu pensava: cadê a minha lagosta? Não coloquei ela na mala decidida a não dramatizar ficando agarrada naquele bichinho de pelúcia por dois meses, pensando que deveria ser ele. Mas surpresaaaa! Aquilo não adiantou nada.

Assim que pisamos em solo brasileiro me senti super estranha. Deveria estar animada em viajar e conhecer meu país de origem, conhecer minha família, mas eu era tão fora da sociedade que sentia falta era da minha casinha e das coisas que eu já conhecia. Sentia falta da minha lagosta. Droga!

 


Notas Finais


então...
foi ótimo ter vocês comigo até aqui, dividimos momentos maravilhosos, comentários mais que lindos que me fizeram surtar, vocês foram lindas, lindas, lindas mais um pouco, divaram me fazendo ficar emocionada até com comentários que pediam pra mim continuar. Vejo vocês numa próxima, onde ninguém queira me matar.
kkkkkkkkkkkkk
já me despeço por que sei que muitas de vocês vão querer me abandonar. Afinal é só o começo de um tempinho que os dois vão ficar sem se ver.
Desculpa.... adianto que a viagem vai durar uns três capítulos de acordo com meus planos. Mas só adianto isso também por que sou dessas kkk.
enfim... amo todas vocês mesmo que queiram me matar agora
<3


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