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História Tipo Ideal Perfeito - Uma Obsessão Leve


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


Pra compensar rapidamente a notificação meio falsa de ontem kkkk

Capítulo 27 - Uma Obsessão Leve


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - Uma Obsessão Leve

Se eu deveria estar me concentrando mais nos estudos nesses últimos meses antes da formatura? Claro! Mas quem disse que eu conseguia? Desde que Cecília tinha voltado meus dias na escola se resumiam em tentar abordá-la de todas as maneiras, só que ela parecia uma sombra. Uma sombra que todos os dias depois da aula ia embora acompanhada daquele babaca magrelo. Eu sei! Do que eu podia reclamar no final das contas? Meus braços também estavam sobre os ombros de outra pessoa, mas explique isso para o meu ciúme quase doentio. Sério, eu passava horas imaginando formas de machucar aquele cara pra ele nunca mais pensar em chegar perto dela.

De que pântano infernal ele tinha ressurgido de qualquer maneira? Ela falava com ele depois daquela “briga”? Tinha virado amiguinha do cara que me socou, ou tentou né, aquele veado fracote. Desde quando? Eu realmente não sabia mais nada do que acontecia com ela desde aquela viagem, o que só faz meu ciúme aumentar. Eu queria continuar aquela merda de conversa, tirar a limpo toda aquela história de uma vez. Saber daquele brasileiro otário, saber do Min Jun, saber o que tinha acontecido com a sua família. Saber tudo sobre ela de novo, enquanto a gente conversava e transava, depois conversava mais um pouco e transava de novo. 

- Argh, que inferno! Eu não quero ficar louco – esbravejo ao lado de Jungkook, seguindo pra sala de aula.

- Você ta pior do que quando ela estava viajando – Yoongi hyung exclama atrás de mim.

Não diga.

Quando ela estava viajando meus problemas eram receio e saudades. Depois o medo de não vê-la nunca mais e a necessidade de esquecê-la. Agora eu tinha que lhe dar com tudo aquilo e ainda acrescentar ciúmes e uma obsessão leve. Por enquanto, porque eu já estava virando Park Jimin o stalker

- Eu avisei pra você não cagar no pau quando ela voltasse – Jungkook comenta.

E ainda tinha a Seulgi.

- Como eu ia saber que ela ia voltar? Ela praticamente não me deu esperanças.

- Tem uma coisa chamada telefone – responde obvio – Qual a diferença de você encher o saco dela agora ou encher antes? Sério, to ficando com dó da Cecília de ter que te agüentar.

- Jeon Jungkook por incrível que pareça você não está ajudando em nada.

- Você tinha que ter esperado cara, não importa o quanto a Seulgi tenha ficado em cima de você – entra na sala e eu o sigo.

Ficado em cima de mim...

É, acho que ficou mesmo no final das contas. Eu nem tinha reparado na verdade, dei outra mancada pensando só no que eu tava sentindo, sem ligar muito se estava magoando Seulgi ou fazendo ela feliz. Simplesmente estava mal por tudo que estava rolando, ela se aproximou oferecendo o tal do ombro amigo e eu aceitei sem hesitar. Era tudo sobre a Cecília, até a Seulgi admitir que gostava de mim. Mesmo assim eu nunca escondi que ainda sentia alguma coisa pela minha agora ex- namorada, mas ela estava disposta a me ajudar a esquecer a Ceci e estava se empenhando bastante nessa tarefa. Tanto que não hesitou em pedir que eu fosse seu primeiro. Eu não devia ter aceitado e blábláblá, mas faziam quase três meses sem nada e eu já tinha passado 17 anos sem saber o que era aquilo. Ta, não é desculpa... só que garotos serão garotos. Seulgi era linda, Cecília não ia voltar e minha mão já não me satisfazia.

O problema é que com ela não era a mesma coisa. Era bom, mas não tinha a intimidade que rolou com a Cecília desde o começo.

Quanto mais perto eu tentava ficar da Ceci, mais eu me afastava da Seulgi. Era inevitável.

(...)

Quando soou o sinal do intervalo eu sai da sala feito um foguete sem nem pegar meu material, afim de procurar ela pelo corredor e ver onde ela ia parar naquele dia. Geralmente Ceci sempre se cercava de seus amigos que me odiavam ou me dava um perdido bonito, mas eu era um idiota que não desistia e hoje não ia ser diferente.

Consigo ver ela andando rapidamente entre as pessoas em direção ao refeitório, mas ao invés de seguir o fluxo ela sobe as escadas para o segundo andar. Yul e Mae não a acompanharam, mas outra pessoa sim.

 So Yeon não ia dar sossego nunca? A gente nem se falava mais, o que ela ainda queria? Aquilo ia dar merda com certeza, então segui as duas. Cecília andava distraída até a biblioteca com o celular na mão e parecia falar sozinha alguma coisa que eu não conseguia entender. Antes de empurrar uma das grandes portas da biblioteca So Yeon chama a atenção dela. Eu fico parado atrás de um dos armários, ouvindo a conversa.

- Parece que as coisas voltaram ao normal não é? – Yeon pergunta irônica – Agora sim faz sentido.

Eu não podia ver o rosto da Cecília, mas podia imaginar sua expressão de tédio.

- Faz mesmo, todo o sentido. Por que mesmo sem mim ele ainda não quis você – ela ri e tenta entrar na biblioteca de novo.

- Pode ser qualquer uma, menos você. Sua estranha...

Mas que caralha... nunca imaginar que ela fizesse ou falasse essas coisas. Qual era o sentido daquilo?

- Pense como quiser, perdedora.

So Yeon abre a boca pra responder, mas Ceci finge que vai em sua direção, ameaçando bater nela que se encolhe e se afasta automaticamente.

- Você é engraçada garota – Cecília ri e entra na biblioteca em seguida, voltando a prestar atenção no celular.

É a minha gótica das trevas. Eu estava orgulhoso.

Antes de entrar na biblioteca também, passo pela Yeon com um sorriso de canto nos lábios, dando a entender que tinha ouvido tudo. Ela não cansava de se envergonhar, mas eu não estava interessado naquilo. Procuro Cecília com os olhos, aquele lugar tava cheio de nerds sentados nas mesas com as caras enfiadas nos livros. Ando pelas estantes e vou até uma parte mais vazia onde tinham mesas menores, ouvindo um cochicho que não parecia ser na minha língua. Quando a encontro ela estava de costas segurando algumas risadas e encarando o celular, pude ver sobre o seu ombro que estava em uma chamada. Facetime... com o brasileiro.

Ah não!

Sem pensar duas vezes me aproximo dela e tiro o celular da sua mão, encerrando a chamada sem falar nada.

- Ficou maluco Park Jimin? – me encara emburrada e tenta manter o tom de voz baixo.

- Fiquei – guardo o celular no meu bolso – E você agora não desgruda desses caras. Quando não é aquele magrelo é esse brasileiro.

- Não é da sua conta – fica de pé e estende a mão – Me devolve meu celular.

Seguro sua mão, a puxando pro meio das estantes mais afastadas e vazias, no ultimo corredor da biblioteca.

- O que você teve com esse cara durante essa viagem? – pergunto sem soltá-la.

- Já disse que não é dá sua conta.

Ela tentava se afastar, mas nem tanto assim.

- É sim... a gente ainda tava namorando, eu achava que você ainda era minha namorada.

- E não deu nem sinal de vida. Ao contrário de você eu não sai por ai agarrando o Rafa, mesmo tendo a oportunidade – empina o queixo, me desafiando.

Aquela boca...

- Rafa?? É assim então?? Com essa intimidade??

- É assim Park Jimin.

- Para de brincar comigo – falo entre dentes a empurrando contra a estante e a prendendo entre meus braços.

Ela fica em silêncio me olhando nos olhos. Sua respiração é pesada, eu podia ver seu peito subir e descer rapidamente pela camisa do uniforme. As mãos dela estavam fechadas em punho e suas pernas pressionadas uma contra a outra. Eu já tava ficando excitado só de pensar em transar com ela ali mesmo.

- Por que eu não consigo te tirar da minha cabeça? – inclino minha cabeça em sua direção, mas ela vira o rosto. Então eu roço o nariz na sua bochecha.

Levo uma das mãos até sua coxa, alisando levemente e subindo a saia de seu uniforme.

- Me larga seu idiota – esbraveja baixinho e segura minha mão com firmeza, me impedindo de subir mais.

Eu simplesmente não conseguia me segurar.

- Vai dizer que você já esqueceu? – pergunto sugestivo.

Cecília tentava não me encarar ou denunciar qualquer resquício de que sentia alguma coisa, mas sua pele se arrepiava facilmente onde meus dedos ou meus lábios tocavam. Como eu sentia falta daquilo.

- Sua namorada sabe que você sai por ai colocando a mão debaixo das saias de outras alunas?

- Ceci, me fala o que você quer de verdade – peço, ignorando sua pergunta – Me fala a verdade e eu te deixo em paz.

- Você não sabe como eu quero te odiar agora – abaixa a cabeça e tenta se desvencilhar de mim – Só de pensar que você ta com ela, independente do que aconteceu entre a gente, você ta com ela e provavelmente ela é o tipo de garota que você sempre quis ficar. Eu só fui sua primeira porque simplesmente rolou, mas se você pudesse escolher seria alguém como a Seulgi.

- Da onde você tira essas coisas Cecília? – solto sua mão que ainda segurava meu pulso e me afasto, irritado – Isso não faz o menor sentido.

- Parece que você sempre teve vergonha de gostar de mim Park Jimin. Essa cena toda aqui é só seu ego falando mais alto por que uma garota como eu praticamente te dispensou e você não aceita.

- Você ta paranóica – falo sem pensar – As pessoas enfiam essas coisas na sua cabeça, te dizem esse bando de besteira, você é cercada por dois amiguinhos idiotas que me odeiam e você acredita. Se diminui. Você não tem ideia do que eu sinto ou o que se passa na minha cabeça.

- E você não me mostra o contrario, não tem como não me sentir insegura do seu lado. Com Seulgi ou sem Seulgi nunca ia dar certo. Você não sabe o que quer.

- Não sei o que eu quero? Eu não paro de correr atrás de você. É você que quer demais Ásia, que inventa desculpa pra não passar por cima do seu orgulho de merda.

Agora ela que bufava de raiva, não gostava de ouvir que muito provavelmente estava errada.

- Por que você ta namorando ainda então? Por que me ama? Ta esperando eu falar: “Park Jimin meu amor, larga ela e fica comigo por favor”? Eu não vou fazer isso. – ela se aproxima agora, parando bem próxima com seu corpo quase encostando no meu.

Meus olhos ficam indecisos entre os olhos dela e sua boca. Tava vermelhinha e convidativa, e quando ela ficava bravinha assim é quando eu mais queria calá-la. Podia notar que seus olhos também encaravam meus lábios, a gente tava a centímetros de distancia, mas aquele espacinho na verdade era um grand canyon na nossa cabeça. Mais que merda!

Quando eu respiro fundo pra responder o sinal avisando o fim do intervalo soa. Cecília rapidamente pega seu celular no bolso do meu casaco e corre pra longe de mim mais uma vez. 

(...)

- Jiminie, não esquece que você e o Yoongi tão encarregados das bebidas – Jin hyung fala assim que nos encontramos no corredor na hora da saída.

- Beleza! A gente passa no mercado e chega algumas horas antes na sua casa.

- Eu tava pensando... você se importa se eu chamar a Ceci? – pergunta com receio – Já vai ta quase a escola inteira lá. Ela é legal, o ano ta acabando e provavelmente vai ser minha ultima festa, queria que ela fosse e curtisse um pouco com a gente.

- Não me importo nem um pouco hyung. Pelo contrario – sorrio abertamente enquanto ele já se afastava a procura da anãzinha.

Muito pelo contrario.

 


Notas Finais


Tem sofrência, mas tem momentos MinSia. ;)

Queria pedir desculpas pela demora em responder os comentários. Sabe aquelas pessoas que deitam na cama e dormem rapidinho? Então, não sou uma delas... mas esses dias eu to tão cansada que to chegando em casa e capotando, daí dou prioridade pra escrever e postar quando acordo ao invés de encher vocês com meus comentários kkk. Mas me aguardem que eu vou faço questão de responder um por um. Desculpa mesmo.

MUITO OBRIGADA pelas respostas no feedback, sério... ajudaram muito e eu adorei saber o que vocês estão pensando, sentindo, querendo da história. Me faz sentir que estou no caminho certo e me dá várias ideias também. Não tenho como agradecer, adorei muito *-*
Achei super legal que a história abre espaço pra algumas discussões também, traição é traição e um lance é um lance hauhauahua, zerei a vida por causa de vocês <3

essa nota já está enorme então vou me calar. Espero que gostem desse pov do Park Jimin


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