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História Tipo Ideal Perfeito - Você Não Faz o Menor Sentido


Escrita por: Kesey_ecc

Notas do Autor


Não estou muito segura em relação a esse capitulo =/
sorry

Capítulo 5 - Você Não Faz o Menor Sentido


Fanfic / Fanfiction Tipo Ideal Perfeito - Você Não Faz o Menor Sentido

Não foi difícil manter a palavra e fingir que nada tinha acontecido naquele dia. Cecília não era uma pessoa difícil de conversar depois que a conhecia, ela só era uma pessoa complicada quando se tratava de temperamento. Sua personalidade era muito forte e imponente, estar com ela e com outras garotas era como estar em dois hemisférios diferentes onde um lugar era quente enquanto o outro fazia frio. Eu gostava quando as garotas agarravam meu braço na escola e me chamavam de oppa, rindo de alguma besteira que eu fazia, mas também gostava do desdém da Cecília por assuntos banais e de como ela fingia estar brava o tempo todo. Acima disso tudo eu gostava de imaginar como Cecília reagiria ao lado de algum cara que ela gostasse, como as outras garotas gostavam de mim.

De vez em quando, quase sempre, me pegava pensando no beijo ainda sem entender como aquilo tinha acontecido. Era muito estranho, parecia que tinha que acontecer e pronto. Me apeguei aos detalhes mesmo sem querer. O aperto da sua mão pequena em meu braço, seus lábios finos cobertos pelos meus, sua língua quente e nossos movimentos calmos. Nada nela era somente o que aparentava ser, debaixo daquelas camadas frias Cecília vivia me surpreendendo.

Olho para o relógio do celular e percebo que já estava escovando os dentes a 20 minutos, ia em atrasar para o colégio se não corresse. Quando entrei no carro tive a brilhante ideia de buscar Céci em casa. Esse negócio de não nos falarmos na escola já estava começando a me incomodar.

Faço o caminho conhecido até sua casa tranquilamente e quando chego ela estava saindo pela porta, colocando fones de ouvido e alheia ao mundo ao seu redor. Estaciono rapidamente, descendo do veículo em seguida e correndo para alcançá-la. Quando me aproximo tiro um de seus fones para chamar sua atenção.

- Que ousadia é essa Park Jimin? – pergunta já brava – O que faz aqui essa hora?

- Vim te buscar para irmos pra escola.

- Não, obrigada. Te vejo mais tarde. – falou simplesmente recolocando o fone.

Segurei sua mão com firmeza, a puxando em direção ao meu carro.

- Estamos atrasados, chegamos lá num minuto se formos de carro.

- O que deu em você essa manhã? – despeja sua ironia sendo empurrada por mim para dentro do veículo.

- Um surto psicótico. MEU DEUS! Estou querendo dar carona a uma amiga até a escola – retruco sua ironia antes de contornar o carro e me sentar ao volante.

- Acho que estou te ensinando bem meu padawan.

- Padawan? O que? – franzi o cenho.

- Star wars. Park Jimin você tem que conhecer STAR WARS.

- Eu conheço, só nunca assisti. – falo obviamente.

- Park Jimin isso é inaceitável!!!

- Por que você ainda me chama pelo nome completo? Todos me chamam de Jimin, já está na hora de você aceitar que somos amigos.

- Eu não sou todo mundo, gosto de ser diferente.

Sorrio abertamente, na verdade meu nome completo soava como um apelido quando ela falava. Eu gostava de ouvir.

Parei agora no estacionamento da escola, pego a mochila e desço do carro já acionando o alarme. Cecília demora um pouco mais para sair e bater a porta.

- Vamos, o que está esperando?

- Vá na frente, preciso amarrar o cadarço – diz se abaixando.

Paro ao seu lado, o cadarço estava intacto.

- Eu te espero.

- Vá na frente Park Jimin – responde entre dentes.

- Não quer ser vista comigo?

- Eu não quero ser vista.

- Você é estranha Ásia. Gosta de ser diferente, mas não gosta de ser notada.

Ela me da um soquinho mais forte no braço, por um segundo pareceu envergonhada.

- Não me obrigue a te matar.

Ignorei suas ameaças costumeiras e passei um braço sobre seus ombros, a arrastando comigo até o pátio de entrada. Todos os olhares se dirigiram a nós dois, inclusive o do porteiro. Eu sorri vivendo aquela cena em câmera lenta na minha mente enquanto Céci se encolhia e andava de cabeça baixa. A levei até onde Jin e os outros estavam.

- Bom dia. E ai? – cumprimentei Kook e Tae com nosso costumeiro toque de mãos e esperei pelas primeiras reações.

Hope foi o primeiro a se manifestar.

- Bom dia garota nova – fez aigoo animado e eu ri apertando Cecília contra mim.

Ela poderia estar em choque, eu não saberia. Só balançou a cabeça e não fez contato visual com ninguém.

- Pessoal essa é a Cecília – apresento – O pessoal você já conhece Céci.

- A gótica das trevas – Tae diz e eu o fuzilo com o olhar ouvindo o suspiro sonoro e impaciente dela ao meu lado.

- Cadê as outras meninas? – mudo de assunto.

- Devem ter se afastado quando viram vocês dois chegando – Yoongi responde sincero.

Aquilo estava sendo vergonhoso para mim. Assim que o sinal bate Cecília foge do meu aperto e anda apressada para a aula sem falar nada.

- Achei que vocês se viam só no castigo – Jin comenta confuso.

- Viramos amigos – respondo óbvio – Não fazia mais sentido ignorá-la aqui na escola.

- Abraçadinhos – Hope me zoa afetado como sempre.

- O que tem? Eu vivo abraçado com um monte de garotas.

- Não desse jeito – Tae me pressiona.

- Rolou um beijo uma vez, mas não foi nada demais. Ignoramos e continuamos conversando normal.

Os seis me olham descrentes e eu apenas rolo os olhos rindo. Aquilo era besteira.

Durante o resto das aulas tentei falar com Céci de novo no corredor, pátio, tentei chamá-la no intervalo, mas fui ignorado todas as vezes. Ela parecia estar brava de verdade desta vez.

(...)

Dirigi um tanto ansioso para levar minha mãe e a senhora Prado para casa depois do curso. Queria falar logo com Cecília. Sendo assim em poucos minutos estava estacionando o carro e ajudando minha mãe a levar uma colcha enorme para dentro. Deixo a colcha para umas das famílias em cima do sofá e procuro por ela com os olhos.

- Senhora Prado, posso subir? – pergunto já que não a avistei por ali.

- Fique a vontade querido.

Subo as escadas rapidamente e paro em frente a porta do quarto dela. Bati três vezes e esperei. Cecília não demorou para abrir a porta e se encostar na mesma. Cerrando os olhos ao me ver, já foi disparando:

- Você é um idiota Park Jimin.

Ela não fazia rodeios e não tentava esconder que estava brava quando claramente estava. Aquilo nos poupou meia hora de conversa fiada que eu geralmente enfrentava com as outras garotas. “O que você tem? – NADA, “Está brava comigo? – NÃO, “O que você tem? – NADA. E quando eu desistia era quando a conversa rolava. Era bem mais fácil bater na porta e receber um “elogio”.

- Eu posso entrar? – não espero sua resposta, entrando no quarto e me sentando na cama.

- Por que não podia deixar as coisas como estavam?

- Mas nada mudou.

- Pra você que sempre esteve acostumado a chamar a atenção e ser admirado nada mudou. As pessoas não olham pra mim assim nem quando estou sozinha, imagine do lado do fofo e perfeito Park Jimin.

- Então por que faz tanta questão de ser diferente?

- Porque essa sou eu. Não vou mudar pra agradar ninguém. Só quero ficar quieta no meu canto. E não pense você que não vão te julgar por andar comigo. Já estão falando.

- Eu não me importo – dou de ombros a encarando de braços cruzados.

- Mas eu me importo!- reclama impaciente.

- Você não faz o menor sentido.

Dou risada constatando o fato, ela era muito complexa pelo simples fato de que gostava de ser assim. Acho que nem mesmo ela era capaz de se entender, mas eu queria muito tentar.

- Não preciso que me entenda Park Jimin – empurra meu ombro de leve, aumentando sua carranca ao ouvir minha risada.

- Mas eu gosto.

Pego ela de surpresa com a resposta e percebo que ela tenta esconder um sorriso.

- Foi só hoje e pronto, vou continuar te ignorando o resto dos dias.

- Todo mundo já viu a gente junto. Eles sabem que nos conhecemos. Comentam e nos olham e depois de uns dias todo mundo esquece. Qual é Ásia, você deveria ser a primeira a não ligar pro que os outros falam.

- Para de me chamar assim – rosna.

- Meus amigos querem te conhecer.

- NEM MORTA!

- Qual o problema?? Eles são legais.

- Duvido.

- Do mesmo jeito que você não me achava legal até me conhecer? – puxo ela pela mão, fazendo-a se sentar ao meu lado – Para de ser cabeça dura Céci.

Encosto a cabeça no seu ombro, forçando minha melhor expressão de cão abandonado. Ela me olha de canto algumas vezes.

- Eu não desmancho por fofuras Park Jimin. Isso não funciona comigo.

- Então por que está sorrindo? – pergunto vitorioso.

Sua carranca volta antes de me responder.

- Nada de amigos por enquanto. Vou te falar um Oi quando te ver e pronto.

Rio alto e empurro seu ombro com o meu.

- Por enquanto. Acho que estou ficando bom em te convencer.

- Vai sonhando.

Ela senta no carpete, ligando o vídeo game.

- Não está mais brava comigo então?

- Estamos na minha casa, aqui é legal sermos amigos. – me passa o segundo controle.

- Dramática e estranha – murmuro.

- Hey! Gótica das trevas sim, estranha admito, mas dramática nunca.

Volto a rir sonoramente.

- Você não faz o menor sentido Cecília – me inclino e beijo seu rosto – Mas eu gosto.

 

 


Notas Finais


Desculpem pelo capitulo. Não me abandonem, prometo que o melhor ainda está por vir.

<3


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