Meu coração estava dilacerado, tentaram de todas as maneiras possíveis revivela, mas tudo foi em vão. Seu corpo estáva debilitado e sua saúde frágil demais, tudo que podiam fazer tentaram mas nada adiantou. As 13 horas e 15 minutos foi decretado a morte de Rose Dawson, após uma parada cardiorrespiratório. O mundo talvez não soubesse o valor de Rose, mas com a toda certeza mesmo sem esse reconhecimento, ela fez o meu mundo valer a pena.
No funeral as lagrimas brotavam do fundo de minha alma, todos a minha volta conheciam apenas aquela velha senhora simpática, mas por trás do tempo em que ficamos afastados existiu alguém que me fez querer ser melhor. Aquele navio me deu o grande amor da minha vida, mas o mesmo a arrancou de mim e roubou os meus melhores anos, ao lado da única mulher que amarei nessa existência. Hoje, Rose se foi e junto dela um pedaço de mim, que um dia se unirá novamente longe daqui.
As vezes só conseguimos enxergar a nossa dor, e nesse exato momento esquecemos que tudo tem um porque, e que talvez algo bom possa surgir em meio a tragedias irreversíveis. Naquele dia, Jonh meu enfermeiro e segurança decidiu me dar carta branca após o enterro. Seguimos para um bar em uma das avenidas principais, agora minha vida seria assim, sem nenhum tipo de privacidade. Seria tratado como um achado histórico, e pertencia mesmo sem querer ao governo!
- Boa tarde senhores, no que posso ajuda-los? Se vira atentamente o jovem rapaz, observando dois homens adentrarem o bar.
- Duas doses da sua melhor bebida, meu jovem! Responde Jonh, se sentando no balcão.- Venha Jack, sente-se! Sorri de canto, segurando seu ombro.
- O que estamos fazendo aqui ? Indaga o mesmo, observando o ambiente.
- Você precisa se destrair, e a melhor forma de se fazer isso nessa cidade é tomando uma! Afrouxa a gravata, apanhando uma das doses no balcão.
Não havia opção a se fazer, John queria me ajudar e não pude recusar. Meu dedo indicador contornava o copo de bebida por diversas vezes , em meus pensamentos lembranças raras e reconfortantes. Viajei por alguns instantes naquele balcão, até uma foto pendurada na parede a minha frente, me fazer estremecer...
Senti um nó na garganta quando fixei meus olhos naquele retrato...
- Fabrício?
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