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História Titanium - Everything and nothing always haunts me


Escrita por: SageStyles

Notas do Autor


Carai galero, demorei mas voltei. Vo deixar claro q esse cap. tá bem badzudo e fica melhor ainda(ou pior) se vcs escutarem as msc que eu deixo as letras espalhadas pelo texto(q?). Tá meio curto mas o proximo vai ser gigantão, juro.
Espero q gostem pq me usei muito como referencia p Kris e p Harry pq eu so loka.
bejo nos labio

Capítulo 20 - Everything and nothing always haunts me


Fanfic / Fanfiction Titanium - Everything and nothing always haunts me

-Sou! -uma voz alegre soou aos meus ouvidos mas ela não saiu da boca do garoto ao meu lado. -Achei que você já soubesse, mana… -Levantei da posição desconfortável que estava com Harry e vi Hayley secando seus cabelos platinados com a toalha azul do banheiro de Styles.

-Hayley! Como você entrou aqui? -perguntei aflita, rezando pra todos os deuses não terem deixado Hay escutar qualquer coisa que saíra da boca de Harry há minutos atras.

-Olha, existe uma coisa que se chama porta. -ela disse ironica apontando pra porta escancarada no final do quarto.

-Não tinham toalhas no banheiro que você tomou banho, não?- Harry perguntou ao que andava até a janela e pegava uma bebida em cima duma mesa de vidro.

-Tinham. Mas o Niall tirou elas de lá pra me zoar. Aí eu vim pra cá peladona porque foi o lugar mais perto que achei.

Eu e Harry nos entreolhamos pensando que aquilo tudo era estranho demais, e que realmente, naquela casa, não se dava pra contar segredos em voz alta.

“Você acha que ela ouviu alguma coisa?”, Styles perguntou. “Não sei. Ela é louca.”, respondi mentalmente, e como se Hayley estivesse lendo nossos pensamentos, ouvimos ela dizer enquanto saia do recinto levando o roupão de Harry com ela.

-E caso vocês estejam se perguntando… Não. Não ouvi a fofoquinha do casal. Cheguei aqui na parte do “Gay”. -a loira piscou pra nós. Respirei fundo. -Ou talvez eu tenha escutado tudo mesmo. Mas acho que nunca saberemos… -ela mandou um beijo e fechou a porta gritando “Adios!”, e eu e Harry quase gritamos um “Puta que pariu” ali mesmo naquele quarto mal iluminado pela luz do corredor.

 

              ~

Eu e meu mais novo amigo de lindos olhos verdes já perdíamos a conta de quantas vezes procuramos por um bom filme pra vermos na Netflix, mas é óbvio que demoramos mais tempo escolhendo o que assistir do que de fato assistindo.

-Você quer passar o resto da noite vendo essa porra de filme ao invés de ficar bebendo com a galera? -Harry me olhou incrédulo tomando o controle remoto de sua TV -de pelo menos 100000000 polegadas- de minhas mãos.

-Eu não gosto muito de beber, mana.

-Pois não era o que parecia lá no Grove… jurei ter visto sua calcinha umas dez vezes quando você apareceu dançando em cima da mesa do Trevor. -Harry ria de mim mas eu apenas sentia vergonha por nem lembrar que eu tinha feito aquilo.

-Poupe-me desses detalhes sórdidos. Eu não me lembro, nem quero me lembrar do que fiz naquele dia.

-Nem sobre você ter participado de uma surubona que incluía Zayn e uns caras sob efeito de cocaína?

-O QUE? -gritei. Eu não podia acreditar naquilo e imaginei quais outras coisas eu poderia ter feito depois daquelas mil doses de tequila.

-Relaxa. Tô te zoando…

-Babaca. -dei um tapa em seu peitoral definido e cheio de tatuagens que me pareciam meio peculiares.

-A gente podia fazer um trato de não beber nada amanhã… -eu sugeri mesmo sabendo que Harry discordaria. Ele estava sentado em uma posição estranha e eu ri da cara de tristeza que ele fez.

-Você tá me chamando pra uma festa de uma família milionária, onde terão pessoas e bebidas gostosas pra caralho, e espera que eu não fique bêbado? -ele estava realmente chocado. -Nem fodendo!

Eu ri da intensidade de Harry ao negar meu pedido, mas isso não o impediu de continuar me convencendo a me entregar ao álcool.

-E note que disse “pessoas”, porque respondendo a sua antiga pergunta… Não, não sou gay. Não completamente. -ele disse arqueando as sobrancelhas e bebendo o líquido roxo no copo de cristal em suas mãos.

-Então somos dois, querido amigo sem rótulos. -levantei meu copo cheio de Dalmore 62 em direção à Styles, que me lançou um sorriso em meio a uma cara de surpresa.

-Quer dizer que eu não sou o único confuso sexualmente por aqui? Bom saber. -ele me lançou um olhar malicioso e se levantou da cama que nós bagunçamos.

-Talvez a gente devesse sair por aí numa jornada de autodescoberta da nossa sexualidade… o que acha?

-Só se você dividir garotas E garotos comigo.- ele falou sério, mas eu ri.

-Só se você dividir garotas E garotos comigo. -revidei.

-Parece que temos um trato. -ele bateu seu copo no meu e sorriu de lado. Caminhamos para fora do quarto e logo pudemos escutar os gritos vindo do andar de baixo, onde Niall e Hayley tentavam vencer Liam e Louis numa corrida de carros do Xbox.

Hayley xingava todos os palavrões existentes mais os que ela inventara de 5 em 5 segundos, ao que Niall parecia chorar por dentro com sua cara depressiva. Liam estava calmo demais pro meu gosto e talvez nem quisesse estar ali, na verdade. E Louis… bom, ele também xingava, mas alternava entre gritar “Porra” na cara de Liam, e tacar almofadas na cara de seus concorrentes.

Meus ouvidos estavam morrendo devido ao som alto de Kanye West cantando Monster e me dizendo algo sobre querer me ver em seus shows. Suas músicas com sentidos duplos sempre me assustavam, então decidi sair dali pra me manter segura das letras satanistas daquele geminiano estranho. Resolvi me sentar a beira da piscina num puff de couro branco que estava cheio de respingos de água, mas continuava confortável.

~

-Por que você tá sempre sozinha quando te encontro? -ouvi a voz doce de Liam e me virei para vê-lo se recostar na churrasqueira de tijolos brancos atrás de mim. Ele usava um suéter roxo que o fazia parecer uma berinjela, mas mesmo assim continuava com aquele rosto de expressões fortes sendo iluminado pela luz da varanda.

-Eu devo admitir que sou uma alma solitária e livre.

-E como é a sensação? -ele perguntou já se sentando no puff do meu lado. Me encarou com aquele par de olhos caramelados que me deixavam confortável o bastante pra dizer qualquer coisa, e estalou os dedos antes de enfiar as mãos nos bolsos.

-Pra ser sincera… -encarei o teto e bufei. -É horrível.

Ele deu um riso curto e me encarou, com sua cabeça tombando pro lado e os olhos cerrados quase me desafiando a contar meus segredos mais profundos.

-Então por que você não pode ser, sei lá, livre, mas rodeada?

-Talvez eu tenha medo do que pode acontecer se eu me deixar amar as pessoas novamente. -pensei no assunto. -Acontece bastante de eu deixar todo mundo entrar na minha vida, fazer várias coisas pra várias pessoas, e no fim do dia é só eu sozinha no meu quarto decorado com coisas indianas, e minha gata irritante.

-Talvez não seja tão ruim se entregar a todos. É aquela coisa de energia, sabe? -ele aguardou minha resposta mas eu só fiz abraçar meus joelhos devido ao frio que fazia. -A energia que você manda pro mundo volta pra você.  Se você manda amor, você tem amor.

-Eu achei que só eu acreditasse nessas coisas. -sorri e recebi um sorriso caloroso de um Liam calmo ao meu lado. -Você, meu amigo, tem o cérebro feito na mesma fôrma que o meu.

-Pode apostar que tenho. -nós sorrimos e permanecemos quietos por algum tempo, até Liam dizer uma última frase antes de voltar pra dentro da casa. -Não desista das pessoas, Kris. Algumas são ruins e querem seu mal, mas não nós… -ele olhou ao redor querendo sugerir que todos naquela casa fossem confiáveis. -Não eu.

Eu não sabia o que responder depois daquela afirmação, e Liam notou minha timidez, passando a mão em minha cabeça e bagunçando meus cabelos. Ele me lançou um sorrisinho de lado antes de me deixar ali, sozinha, como sempre. Não era ruim estar só, mas eu começava a pensar que Liam talvez estivesse certo, e eu devesse realmente voltar a ser a Kristen de alguns anos atrás, mesmo que eu não me lembrasse direito de como ela era.

Abracei a mim mesma o mais forte que pude, lutando contra qualquer vento gelado que me obrigasse a entrar para aquela casa cheia de adolescentes bêbados e loucos. Eu os adorava, mas naquela hora eu preferia estar sozinha.

Por um minuto até me lembrei da aventura que eu e Zayn tivemos ao desaparecer com o corpo do meu ex. E eu sentia tanto por isso, mas ao mesmo tempo não sentia nada. Esse era meu problema. Eu era tão sensível a tudo e a todos, mas mesmo que meu coração triste e pesado gritasse pra que eu caísse aos prantos todos os dias, minha cabeça não me deixava sentir nem um pouco de remorso ou tristeza por qualquer coisa. Muito menos felicidade, ou amor. Eu desconhecia essas palavras. Ou talvez conhecesse, só não soubesse as usar.

Era como se eu fosse um cubo de gelo impossível de se derreter em cima de uma fogueira. Todas as partes do meu corpo queriam sentir raiva, alegria, tristeza… qualquer coisa!

“Por que você é tão fria, Kris?” “Tão fria mas ao mesmo tempo em combustão.”

As únicas vezes em que eu sentia alguma coisa eram quando eu estava sob efeito de alguma droga ou várias. Elas me faziam alucinar e imaginar que tudo na minha vida era diferente. Não que eu tivesse do que reclamar. Pelo contrário, eu tinha tudo que qualquer pessoa gostaria de ter. Dinheiro, família(se é que éramos mesmo uma), estudo, amigos, sanidade(ou talvez não)… Então por que eu me sentia tão vazia? Eu tinha tudo e ao mesmo tempo nada. Eu era uma eterna incógnita pra mim mesma e pras pessoas ao meu redor, por isso resolvi me afastar. Ninguém quer estar com uma garota confusa e sem graça, de qualquer modo.

Talvez fosse ser pra sempre eu e eu mesma, afinal.

-Você está bem? -Quando me dei conta do que acontecia ao meu redor pude ver Harry parado em minha frente. Ele me estendeu a mão com uma xícara de chocolate quente e chegou mais perto de mim, tirando seu casaco e o colocando em cima de minhas pernas arrepiadas. Eu senti extremo alívio naquela hora, mas me preocupei mais em responder sinceramente meu amigo com pontos de interrogação em volta daquela cabeça cabeluda.

Eu tentei dizer um simples “Sim”, mas hesitei, então apenas balancei minha cabeça negativamente, engolindo em seco e me sentindo como se eu fosse desabar ali mesmo.

-Hey! -Harry me abraçou de lado, tentando esquentar meus braços enquanto me acolhia em seu peito. -Fala comigo…

Novamente tentei dizer alguma coisa que fosse plausível, mas quando abri minha boca nada além de ar saiu dela.

-Tudo bem. Não precisa falar nada.

Eu fiquei parada ali entre os braços quentes de um cara que tentava me reconfortar apenas balançando meu corpo lentamente até que eu estivesse pronta para me pronunciar. Até ele começar a falar novamente, eu só podia me sentir como uma grande merda. Eu não sentia vontade de me mover, nem de me comunicar, muito menos de pensar, mas isso não impedia minha cabeça de processar várias mensagens destrutivas criadas pelo meu ego machucado.

Eu estava paralisada pela minha própria dor. Uma dor desconhecida. Eu mal a sentia, mas o pouco que eu podia ver crescer em meu peito era o bastante pra que eu quisesse sumir.

-Vamos lá pra dentro. Eu te levo pra casa se quiser. -Styles falou sereno ao pé do meu ouvido enquanto eu fechava meus olhos o máximo que podia. Antes mesmo de eu poder responder ele me pegou em seu colo, me deixando surpresa porém indiferente. De repente a sensação letárgica de quando eu me teletransportava surgiu, e quando ela passou pude me ver ainda no colo de Harry, mas em um cômodo diferente.

Era um quarto claro e classudo, mas apenas uma luminária de vidro estava acessa ao lado da cama grande e arrumada com vários travesseiros felpudos. Harry andou comigo até ela e me deixou lá, me cobrindo com colchas brancas e quentes. E eu o deixava fazer isso por mim porque eu não sabia como negar sendo que aquilo era o que mais me confortava no momento.

Depois de me arrumar naquele lugar desconhecido, Harry se sentou ao meu lado por cima dos cobertores, e ajeitou meu cabelo que estava jogado por todo o travesseiro. E eu devo admitir que aquilo foi impressionante.

Esperei que ele dissesse algo sobre o que estava acontecendo, mas ele só fez me encarar sério e piscar pra mim, o que era no mínimo chato. Mesmo que eu não estivesse em condições de reclamar. Já que ele não se pronunciava resolvi que era hora de agradecer pelo “mimo” antes que eu pegasse no sono ou que ele sumisse dali.

-Você é um ótimo amigo, Harry Estiloso. -disse e pude ver seu rosto se iluminar.

-Não se acostuma, não. Eu geralmente não sei demonstrar muito bem minhas emoções. Nem lidar com amigos. Eu sou uma alma…

-Livre? -ri. -Uma alma… solitária? -chutei.

-Admita que você vem me observando secretamente desde que nasci! -ele estava com uma expressão surpresa, então achei que eu tivesse realmente acertado minhas suposições, o que era na verdade bem triste, já que pelo visto Harry também se sentia como eu as vezes, ou sempre.

-Nossa ligação é incrível, não? As vezes penso se você também sente esse vazio filho da puta que nem eu.

-Você está certa. -ele disse sério enquanto eu sorria.

-Sobre nossa ligação? Ah! Eu soube assim que…

-Não! -ele me cortou e hesitou antes de continuar. -Sobre o vazio.

-Ah. -sibilei, de cabeça baixa, temendo que eu tivesse tocado num assunto ruim demais pra Harry, talvez tão ruim quanto pra mim.

-Eu olho pras pessoas imaginando se elas se sentem como eu. Essa grande massa negra que vive dentro de mim, correndo em minhas veias. É a mesma merda só que em dias diferentes.

Observei Styles se levantar e tentar sem sucesso ficar quieto. Sua boca estava fechada mas os olhos arregalados denunciavam sua vontade de gritar.

-Sempre aquela mesma vontade de me jogar de uma sacada, ou dar um tiro na minha própria cabeça, mas sei que não vai adiantar em nada. PORRA! Eu não posso morrer… Eu não quero morrer. Na verdade eu quero viver pra sempre, só que não aqui. Não nessa vida! Não assim!

Ele socou a parede com força fazendo os quadros pendurados ali tremerem, e eu fiquei assustada. Só não tão assustada quanto quando Niall abriu a porta do quarto do nada, todo afobado e com dificuldade pra nos dizer o que estava acontecendo.

-Gente, o… -pausou para tomar fôlego. -O Zayn… Ele tá.

-Tá o que, cara? -Harry disse impaciente andando até o amigo, e eu o acompanhei, curiosa demais pra saber o que Zayn havia aprontado daquela vez.

-Ele tá no hospital!

-No hospital? Por quê? -Harry perguntou confuso e chocado ao mesmo tempo, quase pegando Niall pelos braços e o sacudindo para obter respostas.

-Eu não sei direito. Eles ligaram agora pouco por que nosso número tá nos registros e eles ligam pros familiares ou pessoas que…

-Eu sei, Niall. Calma. Vamos lá agora! -Harry disse antes de desaparecer e me deixar com Niall naquele quarto escuro.

Seguimos em direção ao andar de baixo até encontrarmos um bando de semi adultos vestidos e preocupados andando de um lado pro outro.

-A gente vai no meu carro que é maior e se eu encontrar a Perrie lá, já vou avisando que vou arrancar aquela peruca feia dela! -Louis praticamente gritava na cozinha enquanto preparava um sanduíche e parecia bêbado demais pra dirigir.

-Eu dirijo. -Liam falou como se lesse meus pensamentos, e depois disso todos o seguiram até a BMW estacionada do lado de fora da casa.

Hayley estava quieta no banco da frente. Louis tinha dormido no colo de Niall e Harry me deixava encostar a cabeça em seu ombro. Era uma situação totalmente estranha na qual eu tentava me importar com Zayn naquele estado desconhecido porém perigoso, mas ao mesmo tempo minha atenção lutava para se focar em meu corpo incapaz de sentir a mesma dor que o resto das pessoas naquele carro.

-Vamos! -Liam falou assim que chegamos no hospital em que Zayn aparentemente estava. E saímos correndo em direção a recepção, onde uma moça gordinha e loira atendeu Liam, que era o único capaz de lidar com aquilo com sabedoria e calma.

Eu e Harry nos sentamos num sofá junto aos outros, e as 3:30 da manhã nós tentávamos nos manter acordados para apoiar Zayn no que quer que fosse que estivesse acontecendo com ele.


Notas Finais


Deixe seu amém pro Zayn sair do hospital e pra rolar uns bejo(n disse de quem) no próximo cap.


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