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História Titanium - You don't know me


Escrita por: SageStyles

Notas do Autor


Oin galero eu demorei bacarai mas trouxe esse cap q na vdd eh bem curto. Mas rlx q se tiver mais de 2 comentarios nesse cap eu posto o outro em menos de 1 mes akskskkxkxkxmxmxkxc n é pressão n, viu? &/&//&&:&::: ou talvez seja akskakKznnxcc bejo 818-:!,&&/

Capítulo 21 - You don't know me


Fanfic / Fanfiction Titanium - You don't know me

 

Eram quase 5 da manhã quando uma mulher alta e cheia de olheiras apareceu na sala de espera onde eu e mais cinco pessoas esperávamos pra ter notícias de Zayn.
-Você acha que ela vai deixar a gente entrar? -Niall me cutucou e perguntou olhando pra loira vestida de branco que se aproximava de nós, e eu dei de ombros.
-Olá! -a médica sorriu e eu vi em seu crachá que ela se chama Kate. Imediatamente todos se acertaram nas cadeiras à espera que Kate nos dissesse o que houve com nosso amigo.
-Creio que vocês estejam com várias perguntas em mente. -nós nos entreolhamos e eu podia sentir a respiração de Harry em meu ombro ao que ele apoiava a cabeça em mim. -Eu também estou. - Ela fez uma pequena pausa e olhou sua prancheta antes de continuar. -Zayn chegou desmaiado e com hemorragia nasal, mas já se encontra consciente e fora de qualquer risco maior. Em seu exame de sangue encontrei uma grande quantidade de benzoilmetilecgonina… ou como conhecemos melhor, cocaína. O que é particularmente estranho porque o casal que o trouxe disse que ele não aparentava estar drogado nos trinta minutos que passaram com o Senhor Malik.
-Cocaína? -Louis disse mais para si mesmo que para os outros, e eu não pude deixar de pensar o mesmo. Eu nem sabia o que dizer.
-Mas ele não usa drogas! E eu já cheirei mais cocaína que Londres inteira e nunca fui parar no hospital por isso… - Harry disse inoportunamente, e eu quase ri, mas me lembrei da situação em que nos encontrávamos e pensei que não seria adequado.
-Senhor… - a médica questionou.
-Styles.
-Senhor Styles, o uso de drogas pesadas por via nasal causa efeitos colaterais diversos dependendo do quadro de cada um. Estarei fazendo pesquisas mais profundas sobre o caso de Zayn, e entrarei em contato com ele após conseguir respostas. Por enquanto fica-se entendido de que ele passou por um simples abuso de drogas, para ser mais clara.
-E é só isso? -Harry ousou perguntar, e enquanto a médica falava sobre detalhes que não prestei atenção, fomos agraciados pela presença de Perrie, que brotou num dos corredores que nos separavam dos doentes. Ela parecia cansada e sua maquiagem borrada fazia um belo par com sua expressão desolada. Eu até quase acreditei que ela nutria sentimentos reais por Zayn.
-Oh! Não. Baphomet está entre nós. -Louis reclamou ao que escondia a cabeça entre suas pernas e fingia chorar, sendo acompanhado pelos xingamentos mentais dos outros amigos. Eu só conseguia pensar no que Perrie poderia ter feito de tão ruim que pudesse tê-los feito odiá-la.
-Eu vou pegar um café, vocês querem? -Liam disse enquanto se espreguiçava na nossa frente, me dando a visão de seu quadril descoberto pela blusa esticada. Ele até me parecia meigo debaixo daquela luz branca.
-Eu quero um cappuccino e um pão. -Niall disse antes de se deitar no colo de Louis.
-Eu quero um chocolate quente. -Louis falou e eu apenas bocejei, dizendo mentalmente que eu estava bem.
Harry havia passado todas àquelas horas mexendo em seu celular como se fosse a coisa mais importante da vida, já eu, me contentei em assistir o canal infantil que passava na TV quase sem som dali. Eu meio que gostava de não fazer nada pelo menos uma vez na semana.
Às vezes algumas perguntas vinham a minha cabeça e eu fingia ter total interesse em respondê-las, pra que os sons de telefones e do ar condicionado não me fizessem querer morrer (mais que eu já queria).
-Eu acho uma puta sacanagem a gente não poder nem ver o canal rural. -Hayley falou depois que chegou à sala com um saco de batatas nas mãos.
-Eu prefiro o de venda de joias. As mãos daquelas mulheres são tão bonitas que dá vontade de chorar. -Niall completou. Louis concordou com a cabeça e eu ri.
-Isso me lembra de quando minha mão ficou presa naquela lata de cheddar no supermercado… - Niall disse com um olhar duvidoso, comendo as batatas que roubara de Hayley., e depois disso fingi prestar atenção nas histórias dele até Harry se movimentar pela primeira vez ao meu lado.
-Quer sair numa aventura comigo? -Harry sussurrou com uma voz animada, como se nós não estivéssemos dentro de um hospital. Bufei e o encarei meio curiosa, pensando em que tipo de aventura Harry Styles queria vivenciar naquela hora, naquele lugar.
-Só se você pagar uma pizza pra mim. Não disse onde, nem quando.
-Eu topo. -ele sorriu. O vi olhar pros lados rapidamente de modo que seus cabelos balançavam de um jeito bonito, e sorri, tendo minha mão puxada pelo cara de olheiras profundas e cheiro de cigarro a minha frente. Minha bunda já se sentia mais aliviada quando atravessamos o corredor em que antes tínhamos visto Perrie, mas não pude deixar de temer o que aconteceria se fossemos pegos correndo pelo hospital.
Uma enfermeira de feições latinas andava até nós e eu quase me escondi atrás de um vaso de plantas, mas assim que nossos corpos atingiram uma proximidade assustadora, vi Harry sorrir e dizer “Boa noite, Carla”, e logo suspirei.
-Carla foi minha enfermeira quando eu me machuquei numa batida de carro ano passado. Ela cuidou MUITO BEM de mim. -ele deu ênfase em algumas palavras sugerindo que ele havia comido a mulher, e eu arqueei minhas sobrancelhas, muito pouco surpresa, aliás.
-Onde exatamente a gente tá indo? -eu questionei já aflita por tanto andar debaixo daquelas luzes claras demais da conta.
-Você não quer ver o Zayn?
-Sim, mas…
-Então vamos ver o Zayn. -Harry disse veementemente.
-Mas ele está no quarto de emergência e lá é cheio de médicos. Não vão nos deixar entrar. -eu rebati.
-Kris… Kris… Kris. Minha pequena e… - ele me parou de frente pra uma janela. -Estúpida Kris.
-Obrigada.
-Você gosta de fingir ser humana ou simplesmente esquece que tem poderes? -ele questionou, me deixando intrigada, porém pensativa. Logo olhei pra trás e não vi mais a presença de Harry, mas tive certeza que ele estava ali quando escutei um “Vamos” ao pé de meu ouvido, então logo tratei de me “invisibilizar” e acompanhar Styles, que me segurava pela mão e me guiava pelo lugar, que eu achava estranho que ele conhecesse tão bem.
Eu fazia um esforço danado pra não esbarrar em nada e não fazer nenhum barulho, para que ninguém ao meu redor suspeitasse que houvesse uma garota invisível prestes a invadir o quarto de um paciente por ali. Harry obviamente não se importava, e continuava a me levar para Deus sabe onde.
Chegamos até um dos blocos em que as enfermeiras trabalhavam, e esperei que Harry me dissesse o que fazer. “Ele tá no quarto 314”, foi o que ouvi em minha cabeça depois de ver um livreto se mexer “sozinho” em cima de uma mesa. Não pude deixar de me lembrar das vezes em que descobri traições e segredos na época em que eu achava legal andar pela escola no modo invisível.
Nem precisamos andar tanto até que eu pudesse ver um cartão prateado com o número 314 colado numa porta fechada, e minhas mãos já começavam a suar antes mesmo de Harry me dizer o que fazer a partir dali. Eu me sentia ansiosa sem nenhum motivo aparente, e quase tive um infarto quando ouvi um barulho de algo sendo derrubado do outro lado da parede, onde aparentemente Zayn estava.
“Vamos entrar. Você sabe como atravessar paredes, não?”, Harry perguntou. “É óbvio que sei. Tive vários treinamentos por seres mágicos nesses anos que passei sem saber minhas origens” respondi irônica. Harry bufou antes de me mandar esperar ali. E de repente eu já não ouvia mais seus pensamentos, então fiquei naquele corredor branco e gelado a espera que ele voltasse, e de algum modo, me salvasse.
 


Hayley PDV
Puta que pariu. PUTA QUE PARIU. Niall Horan era definitivamente uma das razões pelas quais sou lésbica. Como ele tinha coragem de me dizer ter pegado 5 garotas numa só noite, sendo que ele não lavava o cabelo, cheirava a gasolina e queijo, e usava meias com estampas de animais? Não! Eu não podia acreditar naquilo.
Eu até fingi conversar com minha mãe no celular pra não ter que escutar suas histórias mirabolantes, mas era só eu levantar a cabeça e encarar o nada, que ele já vinha enfiando a cara na minha zona de conforto.
-... Aí a gente saiu e no outro dia ela tava beijando o meu primo Clayton na fazenda do meu avô! Dá pra acreditar? -Niall riu com sarcasmo e eu fingi prestar atenção nele. Mas na verdade eu pouco me fodia se ele tinha sido traído ou não.  -E o Clayton tem peitos. Não peitos tipo os seus. Mas peitos de homem. Peitos de um homem gordo. O que era ainda mais estranho, já que o Clayton nem era gordo. Mas foi ótimo isso ter acontecido, porque a vadia da Rilley engravidou e agora o Clayton tem que gastar todo o dinheiro que ganha na padaria com aqueles gêmeos feios que eles têm.
-Sabe o que é realmente ótimo, Niall? -meu coração já começava a pular antes mesmo de eu completar minha frase, e o rosto pálido e esquisito daquele loiro azedo já estava me deixando enjoada. -Que nós já estejamos num hospital, caso eu resolva cortar a sua cara todinha até seu nariz ficar igual ao teu cú!
Niall estava chocado, e havia até parado de mastigar aquelas batatas horríveis. Eu estava prestes a rir da cara dele quando percebi todos na sala, inclusive enfermeiras e médicos, me encarando com aquelas expressões de surpresa. Tentei manter a calma e não mandar todo mundo ir pra casa do caralho. Até ajeitei minha jaqueta e sentei reta naquela cadeira dura pra fingir que eu não sabia o que estava acontecendo. Com o passar do tempo todos voltaram às suas rotinas idiotas, e eu sabia que os garotos estavam impressionados com meu “autocontrole”, até porque Louis me lançava uns olhares desconfiados de vez em quando, como se achasse que a qualquer momento eu fosse tirar uma arma da minha bolsa e matar todos ali. Pfff, até parece.
 
                                 "I see you down on your knees, but you don't know me
                                                            You don't know me at all”


Eu acho que era a única ali a ter achado estranho que Harry e Kris sumiram de repente, sem nem dizer pra onde iam, pois ninguém mais parecia ligar para o fato de que os dois mal se conheciam e já ficavam de segredos por aí. Tipo mais cedo, quando os vi no quarto deitados juntos falando sobre alguma coisa homossexual. Era impressionante que Kris estivesse sendo tão aberta com aqueles meninos assim de primeira, já que ela sempre fora meio seletiva em relação a pessoas em geral.
-Você também tá achando isso meio estranho? -uma voz sonolenta e carregada de sotaque inglês surgiu ao meu lado, e quando me virei, vi Louis com seus cabelos longos e desgrenhados me fitando com seu par de olhos incríveis.
-Isso o quê? O Zayn estar aqui ou…
-Não! Kristen e Harry. -assimilei aquela frase e consenti, arqueando minhas sobrancelhas e achando estranho que Louis estivesse pensando a mesma coisa que eu. Tentei fingir despreocupação. Eu não queria que ele soubesse que na verdade eu me importava sim com aquele ocorrido.
-Eu percebi que eles deram uma fugidinha. Mas tanto faz. Devem estar se pegando por ai. Fiquei sabendo que seu namorado tem esse costume.
-Namorado é o caralho! Nem amigo ele é meu. Eu só estou... – ele pareceu pensar em uma mentira esfarrapada, mas nada que ele me dissesse seria levado em consideração, uma vez que eu já tinha sacado o que tava acontecendo há muito tempo. – Estou preocupado com a Kris nas mãos dele. Harry é um filho da puta drogado, isso sim. Não ficaria surpreso se amanhã encontrássemos ele e Kris jogados na rua cheios de metanfetamina.
-Cara, relaxa. Eu só dei um palpite. A Kris nem é tão influenciável assim. Meu deus! –eu estava com as mãos em cima de meu peito, me sentindo desconfortável com o que Louis falara pra mim. Talvez o ódio dele por Harry fosse realmente irreparável, mas não custava tentar ajudar.
-Por que essa raiva toda? Ele é tão gente boa, e cozinha muito bem, pelo que ouvi falar. –Louis revirou os olhos e fingiu estar entediado, mas eu sabia que no fundo ele concordava comigo. –E também... Eu vi como você olha pra ele. Tem tipo um fogo. Desejo. Sei lá.
-Pode crer que tem um fogo. Mas é um fogo mortal, não o que você está pensando.
-Então você nunca reparou naqueles lindos olhos verdes e sorriso encantador? Porque, cara... Eu sou gay, mas Harry é o tipo de cara que eu me apaixonaria se eu fosse “hétero”. Não só eu como qualquer uma...
-Para! –ele me cortou. Eu fiquei meio confusa, mas nem ponderei. Ele parecia bastante incomodado com aquilo então achei melhor ficar calada. – Dá pra gente falar de qualquer coisa que não seja Harry Styles? –ele falou alto. Alto demais. Tão alto que fez com que os dois caras sentados perto de nós nos olhassem. Era claro que eles sabiam alguma coisa. Eu via na cara de Liam que ele se preocupava com o amigo, mas talvez fosse melhor eu não me intrometer naquele assunto. Drama não é muito a minha praia.
 


Liam PDV
Aquela estava sendo com certeza a pior noite da minha vida. Não! A segunda. Ou terceira. Mas ficar plantado naquela sala fria com aqueles caras irritantes, tendo que comer comidas industrializadas, e ouvindo Niall falar sem parar enquanto eu esperava noticias do meu amigo desaparecido e internado, não era nada legal. Eu tentava esquentar minhas mãos no meu copo com café quando ouvi a voz de Louis ecoar pelo hospital.
– Dá pra gente falar de qualquer coisa que não seja Harry Styles?
E então eu de repente me vi numa memória bem distante e esquisita, sentado em minha escrivaninha ouvindo algumas músicas, tentando não pensar no que eu tinha acabado de presenciar naquele dia.
 
         Flashback
   Um mês atrás

 
Estava tão escuro naquela noite que eu mal podia ver meu carro estacionado numa parte proibida do estacionamento da faculdade. Lana estava me acompanhando até ele enquanto falava sobre o jantar que ela daria para mim, quando finalmente fosse me apresentar ao seu pai, mas mal ela sabia que eu não queria isso.
Eu gostava de Lana. Era ela doce e inteligente, e tinha o dom de me fazer rir sempre que eu estava chateado com alguma coisa, mas ela era tão perfeita que me deixava entediado. A pior parte é que eu nem sabia como dar o fora nela, pois eu temia que ela fosse chorar sem parar ou algo do tipo. Por enquanto era legal ter ela ao meu lado todos os dias durante as aulas de Direito, e nos almoços, e fins de semana com a galera. Mas eu sabia que algum dia isso teria que acabar, só não sabia como.
-Então... Onde vamos jantar? – ela perguntou sorridente, enlaçando seu braço no meu e andando com pequenos pulinhos até meu carro.
-Que tal a gente adiar esse jantar pra amanhã? –sorri para não parecer rude, e notei aquele sorrisão desaparecer de seu rosto extremamente belo. Ela provavelmente estava me matando em sua cabeça, mas eu não ligava. –Eu estou com umas redações atrasadas e preciso fazer o jantar porque Harry me disse que não está em casa. E você sabe que aqueles homens não sabem nem como abrir uma lata de milho.
-Tudo bem, Liam. –ele riu já conformada com a situação.
Lana me beijou no rosto e se distanciou. –Boa noite. E não esquece que nesse sábado temos o jantar com meu pai. –ela soltou a bomba. E quando eu estava pronto para dar alguma desculpa pra não ter que conhecer o tal pai, uma amiga a gritou do outro lado do gramado, e Lana saiu correndo, me mandando um beijo no ar, e só tive tempo de ver seu vestido azul balançar no ar antes de ela sumir da minha vista.
É. Era isso. Mais uma noite em que eu teria que deixar meu celular no modo avião pra fingir que estava dormindo e não ter que conversar com Lana, o que era cansativo, juntamente com ter que fingir estar interessado em fazer sexo com ela. Não que eu pudesse reclamar disso, mas novamente, Lana era perfeita demais pro meu gosto.
~
Deixei a Mercedes na garagem e comecei a pensar no que eu faria pra comer, enquanto eu procurava as chaves antes de desistir delas e me teletransportar pra sala de entrada.
Foi instantâneo o pensamento que eu tive quando olhei em direção ao outro lado do sofá.
“Puta merda.”
Louis estava sentado em cima do nosso piano, quase sem sua camisa do Beatles que eu o dera de presente, e com Harry de pé sendo agarrado por suas pernas.
Permaneci imóvel pelos próximos cinco segundos antes de Lou notar minha presença e se afastar de Harry. Mesmo que isso não mudasse o fato de que eu tinha visto aquilo.
-Eu só… - Louis começou, andando até mim com receio, mas não o deixei completar a frase porque eu imediatamente me teletransportei pro meu quarto.
Eu parei ali mesmo no meu tapete central de pele de boi. Estava tudo tão quieto que eu podia ouvir meu próprio coração bater e minha respiração lutar para se estabilizar. Não havia muito que pensar, ou fazer, eu simplesmente preferia não me envolver naquele assunto. Coloquei meus fones de ouvido e logo tratei de ouvir qualquer coisa, tentando me focar no meu dever de Direito Penal que eu tinha apenas três dias pra terminar. Era o que eu fazia pra me isolar do mundo quando eu não me sentia a vontade para lidar com os problemas que me cercavam.
Mas essa técnica de isolamento nem funcionou por tanto tempo, porque logo quando eu finalmente conseguia terminar as primeiras questões, senti um vento frio tocar minhas costas. Então olhei pra trás, e me deparei com um Harry Styles constrangido me encarando.
-Liam eu... –vi sua boca se mexer, mas não escutei o som de sua voz, então abaixei os fones pra tentar saber o que ele queria comigo. –Aquilo que você viu lá embaixo não... Não era o que parecia. Eu não... –Eu podia vê-lo se embolar nas palavras, procurando resposta pra algo que não tinha como ser explicado.
-Harry! Por favor, não perca seu tempo tentando se explicar. –Deixei meu caderno em cima da mesa e fui ao seu encontro. Ele parecia com vergonha de mim e estalava os dedos sem parar, e eu tinha pena dele, mas não sabia bem a razão.
-Eu devo admitir que essa não foi a primeira vez que vi você e Louis juntos. –eu estava calmo, falando com certo cuidado pra não assustar aquele garoto tão desprotegido e surpreso ali em meu quarto, mas acho que nada que eu pudesse fazer o aliviaria da vergonha de ter sido flagrado aos beijos com seu melhor amigo.
-Você... O quê? – Harry agora se preparava para sentar em meu sofá cheio de livros, onde ele se conteve em apenas me olhar ansioso, como quando você se decepciona com algo. Talvez ele tenha se sentido burro por não ter sabido esconder aquele “caso” tão bem quanto achara. Eu por outro lado não me incomodava em ser sincero com ele. Ter amigos gays era uma coisa irrelevante pra mim, e eu não deixaria de falar com Harry e Lou só porque eles se pegam às vezes. Até porque eu não tenho nada a ver com o que eles fazem da vida.
-Teve aquele dia na fazenda do avô do Zayn, que vocês ficaram no mesmo quarto juntos, e todo mundo achou estranho vocês terem trancado a porta.
-Eu só estava com medo de algum bicho entrar ou sei lá... – Harry achava mesmo que suas desculpas me fariam acreditar que ele e Lou não estavam juntos, mas de qualquer jeito, eu já sabia de tudo.
-E um dia eu cheguei mais cedo da aula e vi vocês dois dormindo juntos no sofá. – Eu continuava com o tom de voz sereno que eu sempre lutava para manter sempre que tivesse que ajudar alguém, e me aproximei aos poucos de Harry até que eu estivesse sentado ao seu lado em meio a meus livros. Ele abraçava suas pernas com vergonha de mim, e desviava o olhar do meu, como se eu fosse realmente o julgar por algo tão simples.
-Você não precisa se envergonhar disso, Hazza. Todos merecem a chance de amar alguém, independente do sexo. Você sabe disso, senão não estaria há tanto tempo investindo no Louis.
-MAS NÃO ESTOU INVESTINDO EM NADA! –ele se levantou bruscamente e eu não entendi o motivo de sua mudança de comportamento. –Eu vim aqui só pra dizer que você não pode contar o que viu a ninguém! Entendeu? NINGUÉM! – ele gritou apontando seu dedo no meu rosto e tentando controlar sua respiração pesada que indicava nervosismo.
-Harry!
-Eu não preciso explicar nada pra ninguém porque aquilo não aconteceu, tá legal? Eu e Louis nunca ficamos nem nada. Nós não existimos como nada além de amigos. OK? –ele praticamente me forçava a colocar aquilo na minha cabeça, e eu só fiquei o olhando até ele parar de falar e desaparecer dali. E então eu estava sozinho novamente, a não ser pelo rosto triste de Louis do outro lado da porta semiaberta, e então eu soube que ele estivera ali o tempo todo.
-Lou! 


Notas Finais


Deixem seu amém p saber qq akon teceu dpps


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