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História Titanium - The Boy With The Torn In His Side


Escrita por: SageStyles

Notas do Autor


oiiiiiiiiii porraaaaaaa! qria dizer que comecei a usar letras de músicas pros títulos e to deixando algumas partes em certos pontos dos capitulos pq elas complementam a história.. Dai agr vou começar a deixar links das musicas q eu uso p vcs verem a tradução se quiserem…

Capítulo 23 - The Boy With The Torn In His Side


Fanfic / Fanfiction Titanium - The Boy With The Torn In His Side

The boy with the thorn in his side

Behind the hatred there lies a murderous desire for love

 

Zayn PDV

 

Eu nem me lembrava da ultima vez que vi minha mãe. Nem imaginei que seus cabelos agora pudessem estar ruivos e longos, muito menos que minhas irmãs estivessem juntas na Itália com minha tia. Era esquisita a sensação de estar naquela casa novamente, quase que como se eu na verdade nunca tivesse morado lá.

Eu me sentei numa das cercas de pedra ao lado da escadaria de entrada depois de tocar a campainha, tirei meus óculos de sol e esperei que alguém me atendesse. A vontade que eu tinha era de tacar minha mala caríssima no chão, cavar um buraco no quintal, e me enterrar lá, mas já que isso não era possível me contentei em respirar o ar puro dali, e tirar meus fones de ouvido que “gritavam” uma música do The Smiths antes que minha mãe os tirasse e falasse “Você vai ficar surdo!”, pela 10982374873127301 vez na vida. Pensei na possibilidade de todas as mães participarem de um grupo que as pagava para falar aos filhos que eles ficariam surdos -mesmo ouvindo músicas no volume mínimo-.

 

~

 

-Você está malhando? -Mamãe questionou brevemente e bebeu seu café antes de lançar as próximas perguntas. -Seu cabelo está estranho. Você ainda toma as vitaminas que eu te dei? AH! E aquele suéter que mandei entregarem pra você? Serviu?

-Mãe! Calma. Para de ser precoce. Eu vim aqui justamente pra não ser incomodado. E você já começa com essa falação?

Minha cabeça doía bastante mas eu tentava disfarçar minha dor bebendo um grande copo de água gelada a cada meio segundo. Minha mãe nem ficou brava por eu ter sido grosso, já que ela sempre tivera uma paciência enorme e um senso de “foda-se” gigantesco. Eu encostei minha cabeça na parede atrás da mesa de jantar e fechei os olhos, mas toda vez que minhas pálpebras se juntavam era como se fogos de artifício estourassem bem na minha cara. Talvez não tenha sido uma boa ideia ter fugido do hospital.

Mas agora que minha impulsividade já havia me levado até ali, o bom mesmo seria dormir até morrer, e fingir que nada do que tinha acontecido, de fato, aconteceu.

 

-Arrumei sua cama lá em cima. Eu te espero pra jantar ou… -Tricia perguntou calma quando me viu desfazer minhas malas no quarto de hóspedes. Ela queria que eu dormisse em meu antigo quarto pensando que eu teria saudades de morar lá, mas ela estava enganada. Eu nem mesmo sabia o porquê de ela estar sendo tão doce comigo depois das diversas patadas que eu dei.

-Eu vou ficar por um bom tempo aqui, mãe. Depois eu janto com você. -Falei já saindo do quarto com minha mala bagunçada em mãos, me direcionando pra sei lá onde no andar de cima.

Virei a esquerda num corredor apertado e cheio de luminárias, antes de perceber que só havia uma porta aberta ali, mas que mostrava um banheiro. Fiquei meio confuso pensando que tivessem feito obras na casa durante os 2 anos que morei fora, mas quando abri a segunda porta e vi um quarto de garota, me toquei de que eu havia entrado no corredor errado. E então recuei pro outro lado, dando de cara com minha mãe.

-Onde você tava indo? -ela disse, e me olhou de um jeito estranho antes de levar um cesto cheio de roupas pro quarto de garota, que eu não me lembrava de quem era.

Ignorei sua pergunta e andei em frente até uma porta azul cheia de adesivos de bandas, e supus ser o que eu procurava. E quando encontrei meus móveis antigos nos exatos mesmos lugares que os deixei quando saí de casa, senti como se tivesse 17 anos novamente.

Não adiantou nada ter me feito de durão dizendo que eu não me comoveria ao ver minhas coisas antigas, e depois ir correndo até minha escrivaninha toda manchada de tintas.

Era bizarro sentar naquela cadeira como se eu estivesse prestes a desenhar umas bobagens. Eu até tive vontade de abrir as gavetas e procurar alguns lápis, mas lembrei que joguei todos fora porque todos me diziam que desenhar era pra idiotas, e que eu devia virar homem logo.

Foi realmente triste pensar que eu sempre fora tão sensível a críticas, porém, não me deixei desfrutar mais daquelas lembranças. Logo eu já deitei minha cabeça no travesseiro macio que minha mãe colocara pra mim, e só pude pensar que eu não queria ter nascido, antes de embarcar num sono profundo.




 

Kris PDV


 

How can they look into my eyes

And still they don't believe me?

 

Eu e Louis estávamos bem no meio de uma discussão sobre as Kardashian´s quando Harry chegou gritando na sala de estar.

-QUEM É QUE ESTÁ ANIMADO PRA IR NA MONTANHA RUSSA? -Ele balançou um saquinho plástico com coisas brancas dentro e eu logo entendi o motivo de seu sorriso malandro.

-Você é o único que não consegue se divertir sem drogas, Styles. Vê se cresce! -Lou disse entediado ao meu lado no sofá, quase matando Harry mentalmente.

-Você devia aprender a usufruir dos melhores lados da vida louca, Boo Bear… -agora o cara sem camisa e provavelmente bêbado passava a mão nos cabelos do “amigo”, que logo virou pra trás lançando um tapa no ar. Harry ria da situação e voltava a beber sua cerveja, indo pra sala de jogos onde Niall jogava videogame.

-Como você aguenta essa porra? -Lou perguntou indignado se referindo à Styles, e assim que me levantei pra subir e trocar de roupa, respondi sem pensar muito.

-É que a gente não tem uma tensão super sexual e problemas mal resolvidos impedindo nossa amizade…

Me arrependi de cada palavra que minha boca descontrolada havia dito, arregalando meus olhos o máximo que pude quando meu corpo já se preparava para desaparecer. A vergonha alheia era real. E eu tinha acabado de ter a certeza de que eu não sabia ser discreta.

Não tive nem tempo de ver a reação de Louis, porque numa fração de segundos eu já me encontrava em meu quarto todo bagunçado pela senhora Hayley Kiyoko. Graças a Deus ela não estava lá pra me ver brotar do chão e ficar cheia de perguntas que nem eu mesma saberia responder.

Tratei logo de vestir uma roupa quentinha e umas botas bonitas. Passei uma leve camada de rímel e fui até a biblioteca enquanto o resto das pestes se arrumavam para sair. Lá naquele cômodo abençoado por aquecedores e cheiros deliciosos de café e livros, pude respirar fundo enquanto tentava ler um capítulo de “A divina comédia”. Eu até consegui me concentrar na três primeiras páginas, mas de repente um barulho infernal começou a surgir do teto. Era o mesmo som que eu já ouvira muitas vezes antes, como se tivessem fazendo obra ou sei lá. Fechei o livro bem quando o barulho parou, e fui preparar uma xícara de chocolate quente na máquina de cafés.

Era muito esquisita a sensação que eu estava tendo enquanto eu dissolvia o cubo de açúcar no leite. Estava quente no quarto mas meu pescoço se arrepiou do nada. Tentei ignorar aquilo e voltei pro sofá de couro repleto de livros espalhados por mim. E quase que instantaneamente o barulho desconhecido voltou a me atormentar.

Era isso...Eu ia descobrir o que estava acontecendo naquela porra de qualquer jeito.

Deixei meu livro na escrivaninha e pisei fundo até o terceiro andar, determinada a entender o que se passava naquele quarto trancado há décadas. Acho que nunca subi as escadas tão rápido quanto naquele dia, com medo de o barulho cessar e eu não ter a oportunidade de “investigá-lo”.

Passei pelo quarto de Liz onde ela se encontrava deitada no tapete com uma máscara verde na cara, e eu quase ri daquilo, não fosse pelo fato de que eu caminhava determinada pelo corredor mais escuro da casa.

Só havia uma porta ao lado de uma escultura abstrata comprada em Paris, e ela estava trancada como sempre. O barulho porém continuava, dessa vez mais alto que minutos atrás.

Me aproximei cuidadosamente a maçaneta da porta que parecia pronta pra explodir, e tratei de girá-la logo antes que alguém me impedisse ou eu cagasse nas calças.

E era óbvio que a porta estava trancada, mas pelo menos a minha tentativa de abri-la fez com que o que estava lá dentro parasse de fazer barulhos.

-Hey! Tem alguém aí? -perguntei inocente demais pro meu gosto. Estava claro que tinha alguém lá, só não tinha certeza de quem era.

Não tive nenhuma resposta. Ou talvez o silêncio tenha sido a resposta.

Eu fiquei parada ali igual uma idiota por pelo menos uns 2 minutos, decidindo se era ou não uma boa ideia me teletransportar pra dentro daquele quarto misterioso. E então fiquei invisível só pra prevenir, e um segundo depois eu me encontrava do outro lado da porta.

Meu choque foi muito grande quando descobri um lugar mal iluminado e com um aspecto de filme de terror. Havia uma cama cheia de manchas de sangue e o cheiro de comida podre invadia minhas narinas assim que olhei pra minha direita onde eu podia ver uma espécie de cozinha particular, cheia de moscas e latas de alguma bebida que nunca vi na vida.

Tudo que tinha ali dentro não explicava o fato de que eu escutava barulhos estrondosos diversas vez vindo de lá.

Vi uma porta de madeira toda descascada e com marcas de unhas aberta ao lado da janela coberta por uma fita adesiva vermelha. Ela mostrava um banheiro sujo e com ladrilhos que pareciam cheios de musgos e poeira. A situação naquele lugar era decadente, e eu não tinha ideia do que acontecia ali dentro, nem entendi porque havia um quarto daqueles na minha casa.

Minha cabeça não conseguia processar nada direito. Nada fazia sentido algum! Era como se a morte habitasse naquele local, e eu não sabia por onde começar a procurar por respostas.

Chutei um monte folhas de papel rasgadas pelo meu caminho até que eu chegasse perto de uma cômoda coberta por poeira. Abri todas as quatro gavetas com dificuldade e fiquei decepcionada ao não encontrar nada dentro delas além de mais poeira e mais folhas de papel. Era tão peculiar que eu nem conseguia imaginar quem poderia dormir ali sem surtar ou sei lá.

Aquilo era demais pra minha pequena mente lerda.

-Se você é um fantasma, por favor, gostaria de pedir pra que o Senhor ou Senhora pare de fazer barulhos. Eles me deixam bastante irritada. Adeus! -falei em tom de brincadeira porém séria, suspirando ao ver que ficar ali não adiantaria nada. Andei de volta até a entrada do quarto e antes que eu pudesse sumir dali, ouvi um “Não!” quase que sussurrado em meu ouvido. Era oficial… Eu estava ficando louca, ou aquele quarto era habitado por um fantasma chato pra caralho.

-Então vou mandar destruírem seu pequeno covil! Tem comida ali que está quase virando humana de tão podre. -falei por último, sem me importar muito com quem estava ali comigo.

Não obtive resposta.

Quase ri comigo mesma, mas me dei conta de que o que estava acontecendo não era normal, e pensei em sair dali na mesma hora, por mais que algo em mim tivesse vontade de ficar.

-Tchauzinho, Senhor Fantasma.


 

~

 

-Eu tava te procurando, porra. -Harry me abordou assim que descia as escadas até o primeiro andar. Ele vestia uma camisa meio pornográfica debaixo de sua jaqueta, e seus cabelos estavam presos numa espécie de coque, bem engraçado na minha opinião. -Eu não consigo fechar essa merda de jeito nenhum!

Harry olhou pra baixo e apontou pro seu zíper semi aberto. Soltei uma risada curta antes de me aproximar daquela região, pensando se era mesmo uma boa ideia chegar tão perto do general de Styles, bem ali no meio da sala de estar.

-É sério isso? Por que não trocou de calça? -perguntei como se fosse óbvio e Harry bufou.

-Mas eu quero essa! Se não vai me ajudar eu vou pedir pra Hayley… Talvez ela decepe meu “companheiro” no processo, mas pelo menos…

-Cala a sua boca, Hazza! Você é mais dramático que eu às vezes. -Sorri e puxei o tal zíper com força pra cima, mas ele nem se mexia. Eu fiquei uns bons dois minutos o forçando para cima e pra baixo na esperança que ele finalmente escondesse a cueca vermelha de Harry, e bem quando eu quase desisti, ele se fechou.

-Puta merda! Eu nem preciso mais ir na academia depois disso.- reclamei e respirei fundo, abanando meu rosto e tentando não transpirar.

-Vocês estão mesmo fazendo isso aqui no meio da sala? -ouvi uma voz com um sotaque diferente soar em meus ouvidos, e quando olhei atrás de Harry, vi Niall com uma cara de nojo e vergonha nos encarando com sua touca amarela nas mãos.

-Não… Eu só tava…-corri pra me explicar e tive minha frase atropelada pela de Styles no caminho.

-Me ajudando a fechar o…

-Zíper!

-Zíper. -dissemos juntos com veemência. Mas Niall não parecia engolir aquilo.

-Tá bem então… -Nini falou devagar e se afastou de nós rapidamente, constrangido.

-Viu só o que você me faz passar, Styles! Seu pornô! -bati no ombro de Harry que parecia se divertir com aquilo, mas eu estava morrendo de medo de que Niall espalhasse por aí que eu estava batendo uma pro Harry em plenas 5 da tarde.

-Odeio atrapalhar a briga de vocês, mas tem uma mulher com trezentos quilos de peito na piscina querendo falar com você, Kris… - Liam estava visivelmente atordoado pelos peitos de Lana, mas nem demorei mais tempo ali com ele e Harry. Fui direto na espreguiçadeira cheia de óleo corporal em que a amiga de minha mãe tomava sol, como sempre. Eu nunca entendi o desejo dela de usar nossa piscina quando a dela era três vezes melhor, mas fiquei quieta quanto a isso, e perguntei logo o que ela queria de mim.

-Matt estava entediado então sugeri que ele desse uma voltinha com você e seus amigos...Tudo bem? Sei que ele pode ser meio… -Alana direcionou seu rosto maquiado pro gramado ao lado da piscina, onde seu filho Matthew estava convencido de que matar os peixes de dentro da fonte plana era uma boa idéia. -Estranho.... Mas aposto que depois de umas horas juntos vocês vão se dar bem.

O “não” estava dançando na ponta de minha língua, mas eu sabia que se recusasse o pedido de Lana, ela começaria com suas histórias dramáticas sobre ela ser portadora de uma doença maluca que a deixava sem sono, e eu preferia aguentar um tempo com aquele garoto infernal que ouvir um monólogo tedioso.



 

~


 

Levar uma criança de 9 anos num brinquedo medonho chamado Corte Súbito não estava nos meus planos. Ver um casal de pessoas esquisitas com chapéus brilhantes dividindo um algodão doce na fila para o Túnel do Amor, também não. Mas sabe como é... As piores coisas acontecem com as melhores pessoas.

Após passar 10 minutos, no mínimo, observando Matt tentar tirar uma espécie de “boneca zumbi” de dentro duma caixa preta, antes que uma lâmina – com certeza feita de plástico...Né?!- cortasse o pescoço dela fora, fui designada a conseguir um Pokémon de pelúcia para o pirralho.

Uma bolinha. Nenhuma garrafa. Duas bolinhas. Nenhuma garrafa. Três bolinhas...

-Anda logo, porra! Essa é a última bola! – Matthew praticamente me batia enquanto a fila atrás de nós só aumentava.

-Olha, não é tão fácil quanto parece! As bolinhas são muito leves, então fisicamente não tem como elas atingirem velocidade e força o bastante para acertar as garrafas nessa distância!

-Não quero saber dessas suas bobeiras! Eu quero meu Pokémon. A-G-O-R-A!

-Eu não sei bem se vou conseguir!

-Se você não me der meu bicho, vou contar pra mamãe que você fugiu da sua festa de aniversário, pra ficar abraçando a cintura do Chad White na banheira!

-Matt! – Gritei com ele tampando sua boca. O fato de ter umas vinte pessoas me encarando não amigavelmente me deixou constrangida, então disse ao cara da barraca que não iria tentar outra vez, e saí de lá com o Matthew lambendo minha mão. O fuzilei com raiva quando o sentei num banco vermelho.

-Você tá maluco? Não pode ficar falando sobre essas coisas na rua! E além do mais, quem disse que eu fiquei agarrando o Chad… pela cintura? -O BERRO QUE EU DEI...Como ele tinha me visto naquelas circunstâncias? Eu estava fodida.

-Eu vi!

-Argh!

Coloquei uma mão na testa enquanto a outra apoiava em meu quadril. Bom, ele viu com seus próprios olhos então... Minhas desculpas acabaram. Ele não mente nunca, por algum motivo, é a pessoa mais sincera que conheço. E se minha mãe soubesse que meus lábios tocaram os(não disse o que) de seu ex namorado-modelo-maravilhoso, eu estaria degolada e jogada numa rua qualquer.

Perdi 50 libras em meio a um suborno. Me arrependi profundamente de ter me prestado aquele papel de babá.

 

Harry estava na fila da montanha russa há mais de 1 hora com Hayley, e de longe eu podia vê-los brigando.

Abandonei Liam e Louis porque eles não aguentaram dois minutos na presença de Matt. Lou até o comparou com o próprio Diabo, e eu achei isso terrível, porém, não pude discordar. Aquela criança era a pessoa mais arrogante e esnobe que eu já conhecera depois de Liz.


 

2 horas depois

-Ah não Matt! Eu tô mesmo passando mal! Por que não vamos num brinquedo mais calmo tipo... Tipo... Num carrossel.? -apontei pro brinquedo atrás de nós que girava sem parar numa velocidade ridiculamente lenta. -Péssima ideia. Que tal comprarmos refrigerante irmos até aquele lago com uma ponte? – Apontei pra um lugar lindo e cheio de flores que ficava um pouco depois da saída do parque.

-Não! Lago é coisa de bixa! Eu quero ir à montanha-russa de novo!- Ele bateu os pés com um semblante furioso, que o fizera parecer com “Dani, o pestinha!”, e me deixou com vontade de arrancar seus lisos e loiros cabelos ali mesmo.

-Olha, tudo bem. Vamos fazer um acordo. Você fica quietinho e vai comigo até lá, e depois eu te levo em todos os brinquedos que quiser! Fechado?

-Posso aceitar sua proposta! Mas só se você me der um celular novo.

-Fine! – Balancei a cabeça e o guiei até a saída do parque, achando peculiar a forma como ele falou.

Tentei não esbarrar nas pessoas o máximo que pude, mas é claro que isso foi inevitável. A mão suada de Matt estava presa na minha e eu andava normalmente até o local de destino, na esperança de que eu logo chegasse aquele lugarzinho florido e até meio “mágico”.

Eu imaginava quantas coisas poderiam ter acontecido ali, quantos casais já se sentaram naquele banco branco e se beijaram, e quantas vezes uma pessoa como eu desejou ir até lá. Mas brevemente o sorriso em meu rosto desapareceu quando me dei conta de que aquele lugar não existia. Meu motorista sempre passava pela rua de trás quando me levava à escola, e só o que tinha naquela área era grama. Mas agora tinha um lago, dois bancos, flores por todo lado, uma cascata, uma pequena ponte, e uma placa velha que fui incapaz de ler pela sujeira que a cobria. Então não entendi como aquilo tudo foi parar ali em menos de 1 mês.

 

Estávamos prestes a passar pelo portão quando um cara gordo e alto nos barrou. Ele usava uma camiseta sem mangas toda suja por graxa e... Sangue (?).

-Não pode sair! – Sua voz grave me assustou por um momento. Momento esse que achei nojento pelo fato de vê-lo mastigando um ramo de trigo – ou pelo menos achava que era um.

-Mas p-por que?

- Antes das seis da tarde ninguém sai, ninguém entra. Apenas aqui o povo se lembra!

-O quê? Como assim? Se lembra do quê? – Fechei meu punho já temendo ser arrastada pelos seguranças até minha casa. Vi que Matt segurava o riso, talvez pela forma “rimada” do cara falar.

-Do lado de fora a pessoa se esquece, no lado de dentro é onde tudo acontece! –Parei, suspirei, olhei pra esquerda. Tudo parecia normal. Mas aquele gordo com certeza não parecia.

-Então quer dizer que o senhor não vai nos deixar sair antes das seis? – Fui correspondida com aceno de cabeça. –Tudo bem, e o que vai acontecer se eu sair? Você vai chamar os seguranças, é? Não me importa! Se isso acontecer eu ficarei grata já que não aguento mais ficar aqui!

-Calma, menina...

-Olha só! Mas o que temos por aqui? – Um homem “diferente” surgiu ao meu lado misteriosamente. Ele usava uma maquiagem mais clara que sua pele, uma calça roxa brilhante acompanhada de uma cartola e um terno vermelho. Argh, ele se vestia como algum ator de Moulin Rouge. Mas isso devia ser apenas a forma dele dizer “Sou eu que mando nessa porra toda, então me visto como quiser!”.

-A garota se exaltou, quer sair de qualquer jeito. Não respeita as regras, será que algo deve ser feito?

-Sim, Fredward! Iremos resolver.- ele consentiu de um jeito falso, e voltou a me encarar com aquele sorriso amarelo. -Sou Jackiere. Qual é seu nome, bela jovem? – Ele dirigiu a mim, e secamente respondi “ Kris. Mas pra você é Kristen.”.

O cosplay de “Willy Wonka” a minha frente pareceu congelar. Seu olhar fixo em mim. Uma tentativa sombria de sorriso. Um passo à frente.

-Oh… Kristen!? Lindo nome, para uma linda moça. Creio que está acompanhada por mais alguém além deste pequeno pimpolho, não é? – Abracei Matthew de lado, sentindo-o “rosnar” em protesto.

-Sim, meus amigos estão por aí! Agora, se me der licença... Desejamos ir até lá fora, mas o “Fredward” não nos deixa! Posso saber o porquê?

-Sim, minha querida. Mas deixemos isso para outro encontro. Agora, por que você e seu amiguinho não vão até a cabana em que temos o circo? Daqui a pouco começa o “Grande Show!”. – Jackiere me virou de costas e me forçou a andar até mais à frente.

-Ah, mas... – Perdi a fala quando me virei e não tinha ninguém ali. Nem o gordo-açougueiro-mecânico-rimador. Nem o cosplay do Michael Jackson-Willy Wonka. Só um pequeno e assustado Matthew ao meu lado.


Notas Finais


Sdds de uns anos atras qnd podia botar link no meio das historias e de qnd a gnt criava os looks no polyvore p geral ver como q as personagens se vestiam..mas como n da mais, fica p imaginação meixmo. Se vcs quiserem eu crio uma coleção no we heart it com fotos de sl..tudo q eu achar q mostra o jeito q eu vejo as coisas da fic...mas se n quiserem tmbm fodac deixem seu amém e orem bastante pq a kristen vai sifudê manero nos próximos capitulos...
bejao galero


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