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História To Sir With Love - Happy Birthday Clara Fernandes


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Oii Clarinas fiéis.
Estou aqui novamente com mais um capítulo pra vcs.
Obrigada a todas pelos comentários e favoritos, já estamos com mais de 80 favs. e vcs não fazem ideia de como isso me deixa feliz. Vcs são meu combustível para não abandonar.
Vamos à leitura!
Enjoy!

Capítulo 17 - Happy Birthday Clara Fernandes


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - Happy Birthday Clara Fernandes

Clara passou batom nos lábios e prendeu os cabelos num coque elegante. Olhou-se no espelho, observando o ângulo do rosto e maquiou-se lindamente. Colocou o vestido branco e arrumou as alças do vestido. Ajeitou o busto, remexendo os ombros e puxou as alças do sutiã, olhando-se no espelho do guarda-roupa que a refletia por inteiro.

Clara ficava muito bem de branco, o contraste entre sua pele bronzeada e seus olhos e longos cabelos castanhos, nos seus agora 18 anos, já era uma mulher em toda sua exuberância de formas, era realmente muito gostosa mesmo, era de deixar qualquer um enlouquecido por ela. Mais ainda não conhecia o amor e o sexo, isso já estava deixando nervosa. Clara precisava fazer amor com alguém que ela gostasse e não fazer por fazer, só pra deixar de ser virgem.

Com esses pensamentos ela acabou de se arrumar. Colocou as sandálias também brancas de salto  alto combinando com seu vestido. Rodopiou diante do espelho, desfilou para si própria feito uma modelo, estava parecendo uma princesa de contos de fadas de tão linda. - riu com esses pensamentos.

Depois relaxou os braços desanimada. Para que esta mega festa, se ela não tinha ninguém para comemorar com ela? Não tinha coragem de se assumir e nem se declarar para sua professora. Ficar se sufocando só a estava fazendo ela se sentir mais mal. Seus pensamentos só tinha uma direção e objetivo: Marina e cama. Cama e sexo! Tesão, muito tesão! Vontade de se dar por inteira. De trocar carícias, de ter os lábios pintados com aquele vermelho de Marina por todo seu corpo!

Achava-se linda, mas parecia praticamente uma zumbi. Não tinha coragem pra nada. Não era corajosa como Vanessa que partia pra cima sem medo de levar um não pela cara. Sabia que o mundo em sua volta estava se agitando, vibrando, fervendo, e com ela nada. Nada acontecia de bom. Apenas sabia sonhar, sonhar com ela. Estava na hora de viver!

Teria que tomar coragem de assumir sua sexualidade, de sair de dentro do armário onde estava trancada sem coragem de pegar a chave. Se não mudasse sua vida poderia perder seu amor para outra. E não era isso que queria.

Clara ouviu algumas batidas na porta e logo Ivan apareceu na porta do quarto chamando-a:

- Clarinha está todo mundo te esperando, vamos descer ou não?

Ela voltou-se para o irmão e fez cara feia quando viu a gravata borboleta.

- Não gosto dessa gravata Ivan. Fica parecendo um boneco.

- Foi mamãe que comprou. Eu gosto dessa maninha. E eu me visto para mim.

Clara já não se surpreendia com as coisas que Ivan falava, com certeza seria um gênio quando crescesse. Muito precoce! Meu irmãozinho sabe mais que eu. Ele parecia penetrá-la com os olhos e ler seus pensamentos. Depois percorreu com malícia seu corpo e aprovou:

- Dá gosto de ter uma irmã tão bonita assim. Eu sou muito sortudo! Você sem dúvida será a mais bonita da festa.

- Você é muito espertinho garoto, você vai acabar dominando o mundo. Eu tenho que ser mais bonita, pois sou a aniversariante esqueceu disso? Vamos descer que estão nos esperando.

Clara pegou Ivan pela mão e desceram a escada do palacete onde Chica já os esperavam.

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Os convidados espalhavam-se pelo sala de recepções, aglomerava-se nos jardins e por todas as dependências da casa de dona Lourdes a avó de Clara.

No saguão, Clara recebiam os que iam chegando com simpatia e sorrisos de boa acolhida. Sr Ramiro conversava com amigos, e Chica e dona Lourdes preocupavam-se com o serviço de buffet, observando se tudo transcorreria bem. A avenida em frente ao palacete estava lotada. Clara nunca pudera imaginar que sua avó tivesse convidado tanta gente.

Como dona Lourdes prometera, a festa estava realmente maravilhosa. Clara já estava cansada de tantas apresentações, pois não conhecia metade dos convidados. Esquivando-se com jeito, deu uma escapada até a terraço e sentou-se numa cadeira. Não aguentava mais abraços e apertos de mão, e além de tudo, não conseguia sentir-se animada embora agradecesse a intenção de seus pais e sua avó em agradá-la.

Nada a entusiasmava, em tudo faltava alguma coisa. Alguma coisa que fez seu coração saltar pela boca, quando seus olhos divisaram que chegava. Seu corpo todo se arrepiou. Clara não estava acreditando no que via, deveria está sonhando acordada como nos seus devaneios noturno.

Seria possível?Não estaria sonhando? Estaria enganada? Não, não estava! Era ela tinha certeza agora: Marina Meirelles.

Acompanhada por um elegante cavalheiro que a conduzia pelo braço, através do jardim até a porta principal. Um criado recolheu o sobretudo do acompanhante de Marina e casaco dela, e os dois entraram na casa sem vê-la. Clara sentiu que tremia dos pés à cabeça e seu coração disparava cada vez mais. Encolhera-se na cadeira e ficara em silêncio tentando normalizar sua respiração, quando percebeu um grupo de moças separadas dela por um canteiro de plantas.  Elas comentaram a chegada da professora gostosa. Clara surgiu por detrás dos gerânios quando ouviu Vanessa ironizar:

- Ela veio acompanhada para disfarçar. Esse cara não me engana, deve ser gay também. Quero ver quando eu me aproximar com meu charme, ela não vai resistir. Fiquem de olho.

Clara sentiu o sangue ferver de ciúmes com os comentários sarcásticos de Vanessa a respeito de Marina.

- Não vai respeitar a casa da minha avó? Se pretende criar situações embaraçosas, faça o favor de retirar-se Vanessa! Não vou tolerar abusos aqui.

Flavinha saltou da cadeira e aproximou-se de Clara, enquanto Vanessa ficou sem graça e sem saber o que dizer.

- Calma Clara Vanessa fala mais do que a boca. É da boca pra fora. Ela não vai fazer nada, não está doida ainda. Ou está? 

- Não vou fazer nada Flavinha, estava brincando. Nunca fui puta sei muito bem como devo me comportar numa festa de família que não tenha  só lésbicas. Disfarço bem arranjo até namorado.

Clara mais calma limitou-se a dizer:

- Acho bom mesmo.

- Você convidou Silvia? - perguntou Flavinha.

- Convidei. Verônica e Cadu também.

- Por que será que eles ainda não chegaram?

- Ora Flavinha, quanta ingenuidade! - intrometeu-se Vanessa. - O que você acha Clara ?

Clara deu de ombros. Vanessa riu.

- Até parece que vocês não perceberam o golpe.

- Golpe? - indignou-se Clara preocupada.

- É. Estão fazendo charme, suspense para serem os últimos a chegar. Quem chega por último é sempre mais notado.

- Acho que você só fala asneira. Pelo amor de Deus, que imaginação mais pobre! É muito chato você falar assim das pessoas. Você deveria ter vergonha de demonstrar tão acintosamente o que você é. Não é pelo fato de a gente entender que somos obrigadas a engolir sua maluquices. Clara é uma moça tão educada não fica bem pra ela ouvir essas palhaçadas.

Vanessa mediu Flavinha com desdém e em seguida olhou para Clara com ar de cumplicidade. Clara encarou Vanessa esperando que  se ela atrevesse a qualquer insinuação sobre ela. Vanessa desviou o olhar.e para surpresa de todos demonstrou tristeza:

- Tem razão Flavinha, às vezes eu me excedo. Acho que é revolta, tanto faço pra disfarçar o que sou que só falta sair gritando: sou lésbica, chega cansei de disfarçar! Vou embora aqui não é ambiente para mim. Vim porque apesar de estranho eu gosto de você. E sei quando perdi uma parada. Vou embora, desculpe Clara sua festa está linda.

Clara segurou-a pelo braço, Flavinha pediu para ela ficar também arrependida de ter sido muito dura com amiga que nem imagina o amor que sente por ela. Mais um dia quem sabe ela notasse isso.

- Sou muito sincera, não consigo me policiar.

- Fique solta, livre mande tudo às favas Vanessa. Procure divertir-se acho que todas nós melhoraríamos de ânimo se fossemos beber alguma coisa. Isso aqui é uma festa!

Flavinha apontou para o jardim e avisou, enquanto as outras exclamavam satisfeitas:

- Vejam eles chegaram finalmente, Cadu, Verônica, Silvia e Gisele e toda turma do colégio.

Clara que até esse momento mal conseguiu disfarçar que estava muito nervosa com a presença de Marina está na casa de sua avó, sorriu satisfeita quando viu Cadu que parou diante dela extasiado como se tivesse um choque emocional.

- Você está deslumbrante, Clara.

Ela pegou-o pelo braço depois de cumprimentar os outros  e conduziu-o para dentro da casa. Cadu estava surpreso com a jovem que sempre o tratava de maneira esquiva e agora o apresentava para seus parentes como seu namorado.

A turma do colégio os olhava sem compreender, e Verônica tremia os lábios de ciúmes fazendo força para não chorar. Estava triste e decepcionada com a atitude de Clara, que em dado momento, acercou-se dela cochichando, num tom de desculpa que a deixou confusa:

- Me empresta o Cadu por uns instantes, depois explico tudo. Não é nada do que você está pensando, juro. Confie em mim.

Silvia aproximou-se de Clara e cochichou no seu ouvido:

- Puxa Clara! Está difícil de falar com você hoje. Quero cumprimentá-la. Posso dar-lhe os parabéns e o meu presente?

Clara pegou o pacote que ela lhe deu e agradeceu. Verônica olhou para as duas e sorriu. Clara não se importou com o que estava pensando, piscou como se confirmasse que o Cadu era só para disfarçar para sua família.

Clara evitou olhar para onde Marina estava. Pois sabia que ela a estava a devorando com o olhar e estava pegando fogo por causa disso. Sabia entretanto que não demoraria muito e ela viria cumprimentá-la, tocaria sua mão e a abraçaria. Tal pensamento a inquietava. Cadu seguia tentando compreender as atitudes descontroladas daquela moça por quem estava apaixonado. 

De súbito como que revoltado, resolveu-se e a puxou-a, decidido, para o meio do salão para dançar. Clara ia se desvencilhar dele, indignada com seu gesto, mas viu que Marina também levantou para dançar com seu suposto noivo. E estava sorrindo parecia envolvida por ele. Quem poderia suspeitar que aquela exuberante mulher com todo seu charme e sua beleza fosse também lésbica?Ela disfarçava muito bem ou seriam mesmo boatos maldosos?

Cadu que até aquele momento não proferira uma só palavra, parou de repente notando seus olhares para a professora e disse-lhe com certo ar de raiva e indignação:

- Sei que você não está com um pingo de vontade de dançar comigo, mas se precisar de mim para alguma coisa estarei no terraço. Aliás ainda não te entreguei seu presente, espero que me dê oportunidade. Ficarei te esperando.

Clara não lhe respondeu. Vendo que Marina ainda continuava dançando, Clara juntou o corpo ao do rapaz e sorriu maliciosamente:

- Está zangado? O que foi que eu fiz? Pisei no seu pé? Por isso não quer mais dançar comigo? Ou prefere procurar Verônica?

- Não seja ingênua Clara! Você está brincando com fogo.

A voz de Cadu soou trêmula e Clara sentiu-se sórdida por ter usado aquele ardil que visava tão somente exibir-se para Marina e fazê-la sentir ciúmes achando que Cadu eram mesmo seu namorado. Que estava apaixonada por ele. E nisso encostou o rosto no rosto dele. Cadu tremia. Clara disfarçadamente tentava divisar a professora. Cadu murmurava coisas ao seu ouvido que ela não estava entendendo. Seu pensamento estava voltado para a mulher que a tanto a perturbava, que às vezes passava perto dela e a encarava descaradamente.

O ritmo da música pareceu novo de repente, mas era. Clara estava nervosa e nem notou que estava tocando outra música agora. Cadu deu uma paradinha e sorriu:

- O que é isso? Pisei no seu pé Cadu?

- Acho que você não notou que a música mudou?

- Oh! Desculpa Cadu. Estava distraída e nem sei mais o que estamos dançando.- prestou atenção e aproximou-se mais dele e riu: - Puxa! É samba. É que você falando no meu ouvido eu me distraio.

Cadu emocionou-se com a mentirosa desculpa e exclamou corajosamente:

- Eu não direi mais nada a não ser que a amo Clara.

Clara continuou calada. As palavras pareceram-lhe vazia sem significado; incomodaram até. Não era Marina que estava lhe falando essas palavras tão esperadas por qualquer pessoa. Ficou pensativa. Não teve coragem de responder-lhe nada. Não o amava.

De súbito a orquestra começou a tocar a música de aniversário e todos correram para abraçá-la. Formaram uma roda com ela no centro. - fechavam o círculo, afastavam-se, depois apertavam-na, numa algazarra festiva.

Clara rodopiava aos empurrões, sentindo-se espremida por todos. Alguém fez com que ela virasse uma taça de champanhe uma só vez. O círculo fechou; Clara riu, tentou escapar, tornaram se a afastar e apertá-la de novo no centro. Os cabelos revoltos cobriam-lhe os olhos, tirou-os com a mão e o sorriso paralisou em seu rosto quando seus olhos se encontraram com o olhar de Marina, muito junto dela, sorrindo, sendo levada pelo grupo de amigos.

Estavam  frente a frente uma da outra, olhos nos olhos, sorriso imóveis numa expressão de puro tesão no rosto e o coração aos pulos. Mas Marina não perdia nunca sua confiança, mesmo quando Clara, disfarçando uma risada de alegria, se voltou de costas para ela num rodopio. Ela debruçou-se por trás a abraçando pelas costa e disse amavelmente em seu ouvido numa voz rouca cheia de intenções sussurrando:

- Você está magnífica Clara! Feliz aniversário Clara! Podemos conversar?

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Comentem o que estão achando.
Próximo capítulo tem mais um pouco de interação Clarina.
Até o próximo!
Bjo.Bjo.Bjo.


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