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História To Sir With Love - Prazeres e outras coisas


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Olá amorinhos!
Estou de volta com mais um capítulo pra vcs.
Obrigada pelos comentários e os favs.
Espero que gostem, aviso esse capitulo contém muito drama quem não gosta não leia.
Boa leitura!

Capítulo 28 - Prazeres e outras coisas


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - Prazeres e outras coisas

Clara atravessou a rua e entrou no colégio, a primeira aula seria dela, de Marina e seu coração parecia que queria pular pela boca, seu nervos voltou a ficar em polvorosa, sua calma de antes tinha se esvanecido por completo.

Logo ela entrou....

Vestia uma bata branca soltinha e uma bermuda preta, estava linda aos olhos de Clara. Marina olhou para todos  e logo seus olhos ligeiros passaram por Clara sem se fixarem, temerosos de não conseguirem depois se livrar do fascínio que o olhar de Clara emitia, mexendo com todo seu corpo deixando-o em brasa.

As duas temiam-se, as duas estavam nervosas, arredias, evitando uma o olhar da outra e não conseguirem disfarçar o amor que as duas sentiam. Os lábios de Marina estiraram-se trêmulos, vacilaram, e o nome dela saiu rápido durante a chamada de presença. Rápida e tentando encará-la com indiferença, como se não tivesse sido ela quem estremecera e gozara em seus braços, Clara respondeu a  chamada.

- Presente.

No mesmo instante, Vanessa bateu de leve em seu ombro, Clara recostou-se na carteira para ouvi-la.

- Você não acha que a professora está mudada??

Clara fez gesto vago de quem não percebia em que poderia estar diferente.

- Dona Marina está mais sensível, embrutecida, deliciosamente irritada e nervosa, mais humana, menos calculista e mestra. Não está aqui somente para dar aula, carrega problemas, nota-se. Antigamente, via-se nela uma enciclopédia, parecia não ter pensamentos que não fossem pontos de história, e nada mais. Não está simulando. Vê-se claramente o que ela é. Lésbica! Parece que se libertou dos medos e está sendo ela mesma. Está apaixonada, perdidamente apaixonada, capaz de uma loucura. Dona  Marina caiu da pose de mulher invulnerável, está desmoronando, é só dá um assopro e ela cairá de quatro aos pés de alguém.

- Aos seus pés Vanessa? - perguntou, Clara açoitada pelo ciúme e pela cegueira do amor.

Vanessa soltou uma risadinha fina e irritante.

Marina levantou-se, aproximou-se das duas, e perguntou enérgica:

- Do que a senhorita está rindo?

Vanessa ficou vermelha de vergonha, pela mentira descarada que estava inventando a Clara. Abaixou a cabeça e não conseguiu enfrentá-la. Marina olhou para Clara. Havia uma expressão estranha em seu rosto, a qual Clara não conseguiu decifrar.

- Qual foi a piadinha? Não podem esperar o intervalo? Saia da sala.

Clara ficou atônita. Parecia pregada na carteira. Não conseguia levantar-se. De repente, sentiu como que uma labareda de ódio subir pela garganta, espalhar-se pelo seu rosto, chamejar pelos olhos e, sem proferir palavra, depois de encarar dona Marina até que ela desviu o olhar entontecido e assustado, levantou-se e saiu.

Clara ouviu a voz de Silvia, irritada, defendendo-a:

- Por que a senhora não pergunta quem é que estava falando? Não era Clara, era Vanessa , Clara limitava-se a ouvir. Há gente covarde nessa sala.

- E intrometida também. Não vou mandá-la sair, Silvia, mas vai ser suspensa dessa vez e não quero ouvir mais conversas durante a minha aula.

A voz de Marina estava irritada e forte. Clara caminhou pelo corredor tentando segurar o choro. Por que não pegara os livros? Iria embora, não voltaria nunca mais para o colégio, Marina nunca mais a veria. Depois do que fizeram? Como podia tratá-la assim? Foi até o banheiro. Sentou-se perto da pia. Estava sofrendo horrivelmente, as lágrimas agora caíam abundantemente pela face morena. Não fizera nada! Quem falava era aquela ruiva filha da puta e não ela.  Marina agora estava com raiva dela. Não tinha culpa de nada! Estava com medo de que acusasse, que a culpasse de tê-la tirado seu cabaço. Queria livrar-se dela por certo. O que fazer? Morrer? Que dor dilacerante no peito. Como pudera ser tão má depois de demostrado tanto amor? Ou estaria nervosa porque a estava evitando? Ela tentara se aproximar, afinal era ela quem estava evitando sempre. Marina a chamou e ela virou as costas para ela. Era ela quem a estava esquivando-se sempre, provocando, querendo demonstrar que não sentia nada, que não amava. Tudo por ciúme. Por que? Por infantilidade mesmo.

Clara de repente lembrou de algo e enfiou a mão no bolso e sentiu o vidro de remédios. Num gesto instintivo, apertou-o entre os dedos. Tirou a mão do bolso e lentamente foi estirando os dedos. Olhou demoradamente para as pílulas.

Uma sensação forte agitou-a. Uma sensação perigosa que parecia transformá-la num outro ser. Olhou para a pia, aproximou-se, abriu a torneira, olhou paro o vidro e girou a tampa. A água corria, fazendo barulho nos canos. Clara olhou ao redor, tornou a olhar para as pílulas, inclinou o vidro. Pela boca estreita, algumas pílulas caíram para a palma da outra mão, que permanecera à espera dos remédios. Colocou umas pílulas na boca e engoliu com um pouco de água.

Clara ficou estática, vítima de uma obsessão. Os olhos lampejavam, os lábios tremiam ressecados e lívidos, as mãos tremiam numa agitação incontrolável. Os nervos faciais contraíram-se. Toda ela vibrava como se sofresse tiques nervosos, retesando os músculos, retesando os nervos e repuxando o canto da boca e dos olhos. 

De repente ouviu batidas na porta era Flavinha que veia a mando de Marina chamá-la;

- Clara, as aulas terminaram, vamos.

Clara levou a mão á boca, o braço moveu-se lento, a mão foi subindo outra vez, o vidro aproximando-se novamente da boca trêmula. Ela olhou assustada para porta e engoliu mais algumas pílulas e escondeu o vidro, e secou as lágrimas que banhava seu rosto, num gesto rápido que Flavinha não notou nada de estranho na amiga.

Pegou os livros, que Flavinha trouxera para ela, e saíram. Clara despediu-se da amiga na esquina e adiantou-se pela avenida como se não soubesse que rumo seguir, e começou a andar sem rumo certo. Passou pelo ponto de ônibus e continuou caminhando, com medo da reação que poderia manifestar-se a qualquer momento. Por que tomara tantas pílulas? Queria morrer. Estourar o cérebro, arrebentar o coração, desaparecer da face da terra. Ela era fraca. Não tinha forças para lutar contra um sentimento tão avassalador e sufocante.

Nunca pensara que fosse destruir-se assim, sempre se julgara invencível, dura, capaz de enfrentar qualquer coisa, e estava derrotada porque Marina a desprezara. Traíra-a com uma filha da puta, boçal, repugnante e irritante ruiva. Marina era uma louca, pervertida, corruptora de menor, tarada que andava com todas as alunas para satisfazer suas taras sexuais e seus desejos animalescos. Queria vê-la morta, por trás das grades e sem emprego, e rir dela.

As idéias embaralhando-se, os pensamentos confundiam-se, os olhos anuviando-se, parecendo flutuar em vertigens que ameaçavam derrubá-la. Teria que ser forte ou cairia no chão em frente ao portão do colégio. E todos veriam a que ponto ela chegou.  Clara atravessou a rua larga correndo. Um carro buzinou quase a atropelando, e ela correu para outra calçada, foi instintivo. Olhou para trás e viu o Audi se aproximando, e viu-a. Automaticamente parou. Marina saltou do Audi, acercou-se olhando para os lados, com medo que a surpreendessem.

Quis afastar-se, quando Marina chegou mais perto e agarrou-a pelo braço, puxou-a com brutalidade, nervosa e aturdida:

- Venha Clarinha! - falou quase gritando.

Quase arrastou-a para o carro, empurrou-a para dentro, deu a volta e entrou no carro. Antes de arrancar dali, percebeu que algo anormal naquele olhar vidrado que parecia sumir, escondido sob as pálpebras que se estendiam por cima, pesadas e mortiças.

- O que você tem? Faz tanto mal assim o meu desespero?

Clara trincou os dentes e parecia fazer força para continuar de olhos abertos, olhando para ela. Curiosa e preocupada, pôs o carro em movimento finalmente saindo dali de perto do colégio onde pudessem correr o risco de virem elas juntas.

- O que há com você Clara? Você está estranha. Está sentindo mal? 

Clara não respondeu. Continuava com aquele olhar estranho, amortecido mas brilhante, lânguida, amolecida, num relaxamento esquisito, caindo para o lado dela como se estivesse desfalecendo de sono ou como estivesse despertando de uma vertigem.

Marina as mão trêmulas de Clara tornando-se mais coradas, os lábios, que notara tão lívidos, tomando uma cor mais acentuada, o olhar esgazeando-se feito os de uma louca a premeditar algo terrível. De súbito Clara arrastou-se no banco com uma expressão diabólica, remexendo-se sensualmente e, num tom completamente novo, provocante, rouco, falou excitada, numa inflexão quase histérica:

- Me fode! Vamos pra lá depressa, depressa eu quero te dá agora Marina!

Marina olhou-a aturdida, desconhecendo-a e desconfiou daquele olhar, daqueles modos, da cor dos lábios dela, do tremor das mãos. Parecia que estava sofrendo uma pertubação mental.

- Vou levá-la para sua casa, mas antes quero conversar com você. Não quero que seus pais desconfiem ou que comecem a implicar com você por aparecer tarde em casa, por isso preste atenção ao que vou dizer...

- Eu não quero ouvir nada Marina. Não quero conselho seu!

Clara interrompeu-a ao mesmo tempo que estendia a mão e enterrava as unhas no braço dela.

- Clara! O que há com você? Você bebeu? Fumou alguma maconha?

- Não precisa preocupar-se com o que acontece em casa, sei muito bem conduzir as coisas, não sou nenhuma criança. Não tenha medo, não vou contar pra ninguém o que você fez, não vou implicá-la, se é isso que teme. Aliás, você até que me fez favor. Não é chato ser uma simples menininha virgem? Não é muito mais interessante e bacana ter sido descabaçada de um modo tão original e diferente, incomum, antinatural, como atacada por uma louca? Você. Por você! Já tem bastante prática. Quantas deflorou? Não tem medo de ser presa? De mim, não precisa.

- Cale-se, você está falando muita asneira. Não tenho medo de nada e faria tudo de novo. Que se dane perder o emprego. Você vale á pena tudo isso. Você não quer entender que eu também estou desnorteada, nervosa, louca mesmo, louca, isto só pode ser uma loucura de amor que tomou conta de mim.

- Que sempre toma conta de você. Você não presta. Anda com todas alunas. Deve ter um vibrador de cada tamanho diferente para meter nelas, sua desgraçada. Eu sei que saiu com ela, que me traiu com ela, que a levou lá em Angra.

Clara convulsionou-se em desesperado choro, estremecendo inteira. As lágrimas saltavam de seus olhos e as mãos irriquietas faziam gestos desencontrados. Marina tentou acalma-la. Clara gritou descontrolada. Marina pediu que se controlasse, os outros que passavam nos carros poderiam ouvir.

- E o que me interessa? Que todos saibam o que você me fez, o que faz com suas aluna, que me traiu com ela.

E Clara, num assomo de raiva, avançou para ela dando-lhe socos nos braços com punhos cerrados. Marina estacionou o carro e segurou-a pelos pulsos, chamando-a, nervosa, para que se acalmasse:

- Meu Deus, meu amor, com quem eu trairia você?

- Com Vanessa, ela me contou.

- Com Vanessa? Que absurdo! Que loucura! Quem lhe pôs semelhante besteira na cabeça? Como pode pensar uma coisas dessas que ando com todas as minhas alunas? Isso é mentira, minha menininha ciumenta.

- Não negue sua hipócrita! Você até me pôs para fora da sala, quando sabia muito bem que quem estava falando e rindo era  aquela cabelo de fogo da Vanessa. Ela estava falando de você, sabia?

-Meu amor você me exaspera, me faz perder a cabeça. Pus você para fora da sala porque estava desesperada, não iria conseguir dar aula em paz, queria falar com você, agarrar você, beijar você, dizer que a amo, que não paro de pensar em você, que estou louca mesmo, mas só de amor por você, entende? Tinha de me controlar, você estava me perturbando com seu olhar de desejo, achei conveniente mandá-la sair. E o que tive com Shirley e Vanessa são coisas do passado. Vanessa eu tive um relacionamento passageiro, que acabou.  Ela não aceita que perdeu, que me perdeu. Não aceita que eu não a amo e nunca  amei. O que eu tive com elas foi passageiro, com você eu sinto que será para sempre.Ela insiste em querer de volta mais isso pra mim, é coisa do passado, desde que eu botei os olhos em você. O que  eu tenho com você é imenso, é forte demais. Somos almas gêmeas. Eu vivia te procurando em todas as mulheres, mas agora eu achei você isso é o que importa. Eu preciso dá um basta nisso. Vanessa me paga.

E suspeitando de repente daquele estado estranho de Clara, aproximou-se para cheirar sua boca. Clara desviou o rosto ainda com raiva:

- Você andou bebendo? É isso? Bebeu?

- Não. O que pensa que sou? Me larga. Vamos embora. Me leva daqui agora, ande vamos embora. Me leva para sua casa que eu quero ser sua.

Marina estava atônita. Pôs o carro em movimento. Sentiu seu corpo todo se esquentar com aquelas palavras e sua calcinha molhar. Aquela menina a levaria à loucura literalmente. Mas era a loucura mais deliciosa que ela já provou na vida.

 

 

 


Notas Finais


Por hoje é isso Clarina!
Comentem bastante. Rs.
Bjo.Bjo.Bjo.


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