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História To Sir With Love - A Rival


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Olá Clarinas!
Mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem!
Desculpe-me pela demora. Estava viajando de férias e a internet lá estava péssima!
Obrigada pelos comentários isso me dá mais vontade de continuar e tentar fazer o melhor para vocês.
E vamos ao que interessa!
Boa leitura.

Capítulo 5 - A Rival


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - A Rival

Clara ficou calada, pensando que Flavinha tinha razão. Não acontecera o mesmo com ela em relação a Marina? Ela havia se apaixonado perdidamente pela professora!

Sem querer, Clara olhou para Cadu que, interpretando ser correspondido, deu alguns passos, dirigindo-se para onde ela estava. Imediatamente Clara levantou-se para evitar que ele se aproximasse dela, pedindo a Flavinha que a seguisse.

- Mas justo agora Clara, que ele vinha falar com você? Por que fez isso?

- Porque ele não me interessa Flavinha!

Seguida por Flavinha, Clara voltou para a sala de aula. Os outros viram a reação dela e começaram a gozar com a cara do Cadu. Quanto mais Cadu ficava com raiva e rebatia o que estavam fazendo, pedindo-lhes que parassem com a zoação,  mais os rapazes riam e tiravam sarro com ele.

- Porra falei para parar com isso! Não quero mais gozação comigo, seus babacas, não sou o professor Virgílio não, eu desço a porrada, seus putos!

- Epa! Epa! Epa! Sem ofensa pesada Cadu! - Reclamou um mais ofendido!

- Então vai para merda!

- Tá puto porque a gostosa não deu bola?

- Eu já disse para pararem com isso! Seus idiotas! - esbravejou Cadu enlouquecido, cerrando os punhos, avançando uns passos em direção ao outro metido a valentão.

- É mais fácil a Sílvia ganhar a gostosa! - Falou Laerte!

Caíram todos na gargalhada e puseram-se a chamar por Sílvia, que fingiu não ouvir. Cadu não se conteve e caiu em cima dele distribuindo socos e ponta-pés. Engalfinhados rolaram pelo chão. A briga tomou tal proporção que tiveram que chamar o segurança da escola para separar os dois.

Nesse meio tempo, Clara acompanhara Flavinha até o banheiro, a fim de que esta pudesse fumar escondido, pois era proibido fumar no colégio e não viram nada. Ao saírem do banheiro, cruzaram com os dois, em companhia do segurança e de um professor que os levaram para a diretoria.

Pelo aspecto de ambos, viram que a briga havia sido feia. Flavinha puxou Cadu pela manga  da camisa, mas ele se desvencilhou dela com grosseria. Ela então perguntou ao segurança:

- O que eles fizeram seu Manoel?

- Brigaram feito dois arruaceiros  acho que por causa de uma moça.

Flavinha ainda foi atrás do Laerte para saber ao certo se era verdade o que o segurança falara.

- Por que vocês brigaram? - Perguntou ao Laerte o grande causador da briga.

Laerte apenas sacudiu os ombros sem responder e olhou para Clara, que ficara parada, olhando-os sem muito interesse.

Flavinha voltou-se para ela , rindo com imenso prazer:

- Viu só? Brigaram por sua causa Clara! Pode ter certeza de que você vai passar a Verônica para trás!

- Quem é Verônica, e como vou passá-la para trás, em quê ? Me explique isso Flavinha?

- Verônica é a última que você notaria na sala de aula Clara. Ela é muito quieta. Nunca se manifesta. Sabe é apreciada pelos outros e já foi a rainha do baile várias vezes. A mais bonita do colégio até  agora, antes da sua chegada. É uma que senta perto do Cadu. Ela gosta dele. A professora Marina é quem escolhe, isso também porque ela é muito aplicada. Uma das primeiras da sala. Nunca tira menos do que nove e dez.

- Muito bem. Acontece que eu não pretendo ser rainha de coisa alguma, nem sequer entrei pro time da escola.

- Não importa. Em verdade o necessário é ser bonita e aluna do colégio. Antes de aparecer a Verônica eu já fui rainha.

- Tiveram gosto Flavinha você é bonita!

- Obrigada.

Clara estava sendo sincera. Não falara para agradá-la. Ficou curiosa para conhecer Verônica. Assim que chegaram ao pátio onde os alunos já se preparavam para voltar à sala. Flavinha mostrou-a. Era de fato uma moça charmosa e bonita. Clara não antipatizou com a moça; pelo contrário, sem saber o por quê sentiu pena dela.

No pátio, apareceu o diretor e, atrás dele, os dois rapazes que havia brigado. Um silêncio expectante se fez. O diretor como se para tomar fôlego, olhou para os estudantes e começou a falar:

- O ano começou brilhantemente! Desaforos para o professor Virgílio, bagunça e agora briga! Muito bem! Veremos se vai piorar! Não quero expulsar e nem suspender  ninguém no primeiro dia de aula. Mas já vou avisando não tolerarei mais isso aqui. Não vacilarei em expulsar os rebeldes se isso se repetir mais uma vez. Não serei benevolente como estou sendo hoje, portanto cuidado como se comportam daqui pra frente.

De soslaio, Clara olhou para Cadu e viu o modo como Verônica olhava para ele e entendeu a razão de sua tristeza. Estava mesmo apaixonada pelo rapaz. Seria bom se ele se interessasse  por ela também. Se pudesse contribuir de algum modo! E com essa preocupação, pensou o que ela estaria sentindo a seu respeito sabendo que Cadu brigara por sua causa. Era preciso certificá-la de que nunca se interessaria por ele. Não queria criar inimizade s com ela por esse motivo.

Uma voz tirou-a das preocupações, acompanhado o pensamento de uma certa professora gostosa que não sai mais de sua cabeça.

- Puxa! Imagine se pela demora, não se trata de uma professora! E que professora! Mataram a charada? Aposto que sei quem é! - falou outro mais afoito.

- Adivinhão! - respondeu outro. 

De repente começaram a ouvir um ruído de saltinhos de sapato que se aproximavam; E logo ela entrou na sala. Todos se puseram de pé ao mesmo tempo cumprimentando-a.

Ouviu-se um assobio de admiração e suspiros seguidos de cochichos. Os rapazes empolgados olhando a professora. 

Clara não via  a razão de tanto entusiasmo. Ao contrário, achou-a antipática, fria, altiva e extravagante. Orgulhosa e desinteressada. Nada pessoal nos seus atrativos. Uma beleza comum sem brilho próprio. Talvez porque se concentrasse em si mesma, preocupada com problemas particulares.

Seu sorriso de agradecimentos aos elogios dos alunos era vago e sem vida. Clara percebeu quando o olhar dela encontrou-a num breve conhecimento de sua presença. Sentiu que a antipatia foi mútua, recíproca, como gostaria de que tivesse sido o sentimento da professora Marina com ela de atração como ela sentira.

Vanessa inclinou-se por trás de Clara e cochichou-lhe:

- Não acha que ela é extravagante, antipática e boçal?

- Clara não teve tempo de responder a pergunta que inesperadamente Vanessa lhe fazia, pois a professora adiantou-se, erguendo o olhar para ela, e com a voz impertinente perguntou:

- Ei você, qual o seu nome?

- Clara.

- Não gosto de cochichos durante a minha aula!

- Sim, professora.

- Espero que preste atenção na aula e que não venha perturbar com outras conversinhas!

- Sim, senhora!

- E quando eu dirigir a você levante-se.

Clara levantou e encarou-a. Havia tanta indiferença na calma com que a enfrentou que a professora sentiu-se ridícula e mandou a sentar-se. Afastou-se em seguida, foi até o quadro, pegou um giz e começou a dar aula de matemática.

De súbito, a voz de Vanessa interrompeu-a:

- Com licença, professora Shirley preciso confessar que quem estava cochichando era eu e não a Clara. Não ficaria com a consciência tranquila se não falasse.

Ao contrário do que Clara julgou que a professora fosse ter como reação, esta apenas se limitou a prosseguir com a aula como se não tivesse sido interrompida. Vanessa tornou a debruçar-se aproximando o rosto do ouvido de Clara por trás.

- Essa idiota pensa que vai ficar com a Marina pro resto da vida!

O coração de Clara pulsou forte. E sentiu-se seu corpo congelar com tal afirmação de Vanessa. Analisou e deduziu: Antipatia intuitiva. Por isso não fora com os cornos dela. Talvez pelo mesmo motivo a professora Shirley a hostilizara.

- Elas tem um caso!

A afirmação de Vanessa pôs Clara em choque. Ficou completamente atônita com essa notícia reveladora. Não conseguia dizer uma só palavra ficou a ouvir. Vanessa continuou seus cochichos, sem que a professora Shirley sequer voltasse para lhe chamar a atenção. Percebendo que Clara estava intrigada, Vanessa explicou:

- Comigo ela não se mete. Morre de medo que eu dê com a língua nos dentes. Sabe que eu sei. Um dia eu boto a boca no mundo e escancaro para todos.

Clara não se conteve mais e perguntou baixinho o suficiente para que fosse ouvida somente por Vanessa:

- Como você sabe disso?

- Meu gaydar não me engana. A gente percebe. Tá na cara. Não adianta ela esconder. Não pense que eu falo assim com todo mundo Clara. Só com quem é da " família". A gente se reconhece, não adianta esconder quando a mulher é lésbica. Há um processo de identificação que não se pode negar. Logo vi que você também é! Não adianta fingir, dissimular, arranjar namorado pra disfarçar. Isso é tudo besteira. Um dia a casa caí!

- Será que você sabe mesmo o que está falando Van?

- Claro. Eu olho e sei quando estou diante de uma lésbica ou entendida. Percebo logo quando duas mulheres tem um caso, mesmo que tentem disfarçar. É uma coisa natural. Eu vi como modo que você olhava para Marina.

Clara ficou gelada com tal afirmação de Vanessa mas ficou calada. Não era uma acusação. Era simplesmente uma identificação. Não teve coragem para negar, nem fazer qualquer comentário desmentindo. Ficou em silêncio como se confirmasse. Clara estava perplexa com a franqueza de Vanessa, e pressentiu que teria em Shirley uma rival  forte pela frente se quisesse conquistar sua professora.

 

 


Notas Finais


Por essa Clara não esperava uma rival! Agora ela vai ter que correr atrás da professora gostosa se quiser conquistá-la. Quem não queria ter uma professora dessa? Rs.
Espero que tenham gostado do capítulo. Comentem sem moderação.
Até o próximo!
Bjo.bjo.


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