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História To Sir With Love - Descobertas


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Olá Clarinas!
Mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem!
Coloquei um POV da Marina para que vocês conheçam um pouco mais dessa maravilhosa e misteriosa professora.
Obrigada a todas pelos comentários.
Enjoy!

Capítulo 6 - Descobertas


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - Descobertas

Pov  Marina

      Algumas gotas de chuva ainda caiam do céu escuro, aquela manhã chuvosa de março começou assim. Iria voltar à escola depois de quase 3 meses de férias escolares. Iria pegar uma nova turma de último ano. Sou professora de História Geral, leciono na parte da manhã.

      Estava empolgada e ao mesmo tempo preocupada pois  não sabia quem eu iria dar aula esse ano, alguns alunos eu já conhecia mais sempre aparece alguém diferente na escola. É sempre bom conhecer novas pessoas e quem sabe conhecer alguém especial.

      Eu sou uma pessoa que vivo procurando minha alma gêmea ou o meu amor eterno, por isso todas as minhas amigas me dizem que eu sou uma predadora, conquistadora e  volúvel. Eu sonho em amar e ser amada como todo mundo. Sei que sou uma pessoa de muitos amores, mais  sei que ainda irei  encontrar a mulher que abalasse  com minhas estruturas  que fosse o verdadeiro amor da minha vida.

     Tirei a camisola e me apressei no banho e fiz minha higiene matinal. Parei em frente ao espelho enorme em meu quarto e desamarrei o nó do roupão que logo se abriu revelando o meu belo corpo que botava muitas meninas no chinelo.  Tenho 28 anos mais parece menos, por isso que muitas alunas se apaixonam por mim. Mais eu não posso mais me relacionar com minhas alunas. Vanessa foi a última. Ou então acabaria minha vida entre as grades.

    Depois de alguns minutos me olhando, resolvi colocar uma blusa branca  e uma calça social preta, com sapatos  saltos combinando, deixeis meus cabelos soltos e passei o meu inseparável batom vermelho.

    Vou para a garagem pego o meu carro e dou partida no mesmo saindo da mansão em Santa Teresa. Chego à  escola no Leblon  em cima da hora. Estaciono meu carro na parte reservada aos  professores e  saindo do mesmo. A aula  começaria as 7:00 horas então teria apenas 20 minutos para ir à secretaria  e fazer alguma matrícula de algum aluno novo o colégio estava sem secretária no momento e eu estava fazendo as duas funções no momento.

- Olá querida -  Sr. Benjamim o diretor me cumprimentou assim que pisei dentro da sala, o mesmo estava de saída para conversar com o pai de uma aluna nova.

- Bom dia Sr. Benjamin respondi  simplesmente.

- Está preparada para a nova turma Marina? Esse será o último ano  de sua turma e não será fácil!

- Eu já nasci pronta! – sorrimos.

   Logo depois que ele saiu da sala chegou a Shirley professora de matemática a gente já tivemos um rolo eu vivo querendo terminar mais ela sempre insiste para voltarmos como eu estou sozinha vou ficando com ela, mais eu não a amo.  Já tentei sair fora mais sempre acabamos voltando. Dizem que eu sou uma Don Juan de saias, que  sou uma mulher de muitos amores. Adoro o sabor da conquista! Mais  isso irá acabar quando  encontrar meu verdadeiro amor, tenho certeza disso. Mais até agora não apareceu nenhuma mulher que mexa com minhas estruturas. Até agora...   Quando Shirley tenta se aproximar querendo me beijar eu  me afasto  dando a desculpa de que estava na hora da minha  aula.

- Bom preciso ir, minha nova  turma me espera.- disse lendo em meu diário de classe.

   Entrei e já tinha alguns alunos me esperando sentados no  lugares o diretor Sr. Benjamin estava dando os avisos finais.  Todos me  olharam assim que entrei para avisar sobre o grêmio estudantil  recolhi os nomes dos alunos  para a confecção das carteiras dos alunos que iriam participar do Grêmio estudantil.

   Após as apresentações de todos os alunos eu pude perceber uma nova aluna. Eu tinha feito a matrícula dela na sexta-feira. Meu coração se acelerou quando ela me encarou com aqueles olhos negros e profundos. Acho que ela não simpatizou comigo. Algo nela me incomodava, talvez por ser muito segura de si, ela tinha algo nela de diferente, que me atraía. Eu não sei o que era, mas iria  descobrir, só se eu não me chamasse Marina Meirelles!!

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PV Clara

Após o término da aula Clara atravessou a rua. Ia pensando no que Vanessa falara a respeito de Marina, em como fora franca, sem medo, sem restrições. Identificara-a e não admitira que negasse, pois soubera bem escolher o momento propício para se manifestar e, indiretamente preveni-la ou afastá-la.

Subentendera, ou melhor, ouvira perfeitamente Vanessa declarar que qualquer insinuação no intuito de conquistar Marina seria tempo perdido, pois ela já lhe pertencia, embora a professora de matemática tivesse um relacionamento com ela.

Com que naturalidade e convencimento falara. Suspeitas ferviam na cabeça de Clara. Vanessa não falaria de tal modo e com tanta segurança se não pudesse confirmar, se não houvesse ocorrido alguma coisa mais íntima entre ela e a professora de História Geral.

Então ela não poupava nem as alunas! Nem por moral, respeito, por escrúpulos, no seu local de trabalho! Marina pegava todas então, era uma verdadeira caçadora tinha certeza!

Clara censurou-a cruelmente, pois havia julgado que jamais teria um olhar dela sem outro interesse que aquele que normalmente uma professora dispensa a uma aluna qualquer. Não porque se considerasse incapaz de alcança-la com seus objetivos, mas porque acima de tudo, a julgava digna e respeitável, e que estava livre das tentações carnais estabelecida dentro da integridade profissional.

De acordo com seus gostos e vontades, e sua personalidade era só aparência. Marina viria para ela com a mesma facilidade com que fora para Vanessa e Shirley. Só assim poderia explicar o modo como Vanessa tocara no assunto. Convencida de desprezo e decepção, achou que um dia de aula, havia sido o suficiente para desmascarar a índole pervertida de sua professora Marina.

Não seria mais uma que cairia na lábia de Marina. Ela não! Estava mesmo encantada, não sabia bem discernir o que lhe enchia o pensamento da presença dela. Não conseguia entender o significado da emoção de ouvi-la falar, de vê-la e ter pensado que a veria mais vezes, muitas outra vezes durante o ano  num incentivo que a levaria aos estudos com uma disposição nova e interesseira.

Seria uma motivação, mas Marina não a merecia. Era conquistadora e vulgar. Já saíra com Vanessa, a qual analisou uma boçal, pegajosa e sem  graça. Não era ciúme ou raiva pela descoberta de que jamais seria a única, se conseguisse entrar na vida de Marina. Ainda bem que sua reação fora quase masoquista, agressiva, de quem antipatizara, pois lastimaria eternamente se lhe tivesse lhe dado um sorriso ou algo mais que demonstrasse o que sentia.

Clara estava parada na calçada, olhando para esquina por onde o Mercedes dirigido pelo seu  pai surgiria. Havia marcado encontro ali, do outro lado da rua, em frente ao colégio, para que ele lhe desse uma carona para casa. Pouco depois, um Audi  passou e ela reconheceu no volante a professora de História. Disfarçadamente acompanhou com o olhar o carro, que distanciou pela avenida metendo-se entre outros veículos.

Vira-a por casualidade e ficou olhando para o carro, parado esperando o sinal mudar para o verde, e o Audi sumiu de vez ultrapassando um ônibus. O sol ardia a vista, e ela voltou para se deparar com o pai que buzinava e chamava-a para que se apressasse. Clara correu e entrou no carro, beijando o pai carinhosamente no rosto.

- E então minha filha? Como foi o primeiro dia de aula? Fez algumas amizade?

- Tudo igual pai.

- Que pouco entusiasmo Clara!

- Não é falta de entusiasmo, papai. As coisas que acontecem numa  sala de aula são quase sempre as mesmas. O professor cumprindo sua obrigação profissional, e o aluno o seu dever de estudar. Um ensinando para ganhar a vida e o outro aprendendo para  vencer na vida.

- Que filosofia! Pensei que tivesse algum ideal. Conversamos tantas vezes, e seus objetivos sempre me envaideceram.

- Claro que tenho objetivos pai. Não quero ser uma cabeça vazia, mas tudo é incerto nessa vida.

- Nada é incerto quando se tem um ideal. Talvez você não tenha delineado bem  seu objetivo.

- Eu precisaria ser uma astronauta!

- Por que astronauta?

Clara apenas sorriu e desviou o pensamento, que trouxera a imagem de Marina como uma estrela muito distante.

- Por nada não papai, foi só o primeiro dia. Alguns professores perguntaram pelo senhor. O professor Virgílio, coitado fiquei com pena dele! Quase armei uma confusão por causa dele.

Clara contou tudo o que se passara. Seu pai prosseguiu fazendo perguntas, querendo saber as impressões que ela tivera do colégio onde ele lecionara Biologia. Clara falou de todos. Omitiu Marina. Não conseguia mencioná-la. O nome da professora se tornava brasa queimando-lhe a língua. Pensou que engasgaria e ficaria vermelha se falasse nela, mas ao mesmo tempo estremecia, sentia satisfação quando ele perguntou:

- Quem é a professora de História Geral? Marina? Falei com ela outro dia, quando fui fazer sua matrícula.

- Um pouco antes do senhor chegar, ela passou num Audi.

- Ficou pensando no carro que me pediu! Já entendi! Sempre as insinuações pelo bendito carro!

- Não fiz insinuação nenhuma. Só disse que ela passou num Audi. Foi uma coincidência o fato de ter dito que eu queria um Audi de presente de aniversário. O senhor prometeu quando eu completasse dezoito anos. Não é?

-Nós ainda vamos discutir isso, com mais calma. Sua mãe tem razão em preocupa-se, com esse trânsito horroroso fica muito perigoso!

- Ah! Papai! Que perigoso que nada! Tantas amigas minhas tem carro! Lá no colégio quase todas saíram no seus carros. Só eu fico esperando sua carona!

- Vou pensar.

- Não pense, papai compre. O senhor compra?

- Vai difícil enfrentar dona Chica!

Clara passou o braço à volta do pescoço dele, subentendendo a promessa. Senhor Ramiro riu,atrapalhado pelos beijos que ela salpicava em seu rosto em agradecimento, e perguntou:

- Que tal a aula da Marina? Ela é muito enérgica, não é?

- Uma velha boba!

- Credo, Clara, o que é isso? Ela é jovem ainda! Marina deve está com 28 anos ou 29 anos.

- E não é velha? - murmurou Clara, arregalando os olhos e estirando os lábios para disfarçar o nervosismo.

- Então o que pensa de mim que tenho 56? Sou uma múmia saída de um sarcófago? - e inclinou-se para ver o rosto no espelho retrovisor do carro.

- O senhor é homem. Está bem conservado. Mulher é diferente.

- Acho que você não gostou dela. - comentou intrigado.

- Ela é antipática.

Estava mentindo descaradamente para o seu pai. Sentia necessidade de falar mal dela, de destruir qualquer boa imagem que o pai fizesse de Marina Meirelles.

- Estranho você falar assim, todos sempre a estimavam. Perguntou por mim?

- Não. Foi reticente.

- É o jeito dela. Talvez  Marina tenha mudado um pouco de quando ela começou a dar aulas. As pessoas mudam com o tempo. Sabe se ela casou com o professor Vinícius? Deve ter casado. Teve filhos? Ela estava noiva quando eu me aposentei e deixei o colégio.

Clara estava surpresa! Era uma novidade imensa que ele estava falando. Marina seria casada? Teria filhos? Foi noiva, o pai acabara de dizer ,estava perplexa! Não ouvira coisa alguma a respeito disso Vanessa não mencionara nada sobre isso. Ninguém mencionara um professor Vinícius. Entretanto, Marina estivera noiva. Noiva! Deveria ser para disfarçar para sociedade machista em que vivemos.

Ela? E por que não? Haveria algum engano? Seria mentira as conversas de Vanessa? Calunias? O pai interrompeu os seus pensamentos:

- O que está pensando? Ficou calada de repente.

- A professora  Marina era noiva?

Senhor Ramiro balançou a cabeça afirmativamente, com um som gutural.

- Não fiquei sabendo de nenhum professor Vinícius Freitas. Lecionava o que?

- Matemática.

-Quem leciona matemática é uma professora chamada Shirley.

- Essa não é do meu tempo. Não tinha nenhuma Shirley. Vinícius deve ter seguido carreira, estava estudando para arquiteto.

Ficaram em silêncio. Clara ia pensando em tudo o que ouvira a respeito de Marina. Tantos comentários sobre uma pessoa! E por que tanta preocupação com  a vida de Marina, se era casada, se era lésbica, se era "caso firme" da professora de matemática?!

Porque Marina, pensou, era alguém especial para ela. Aquele alguém que sabia que surgiria para povoar  todos os seus pensamentos e reconhecimento de si mesma, num objetivo único e inevitável.

Estava acontecendo o que tanto temera aclarar-se definitivamente em sua vida. A disposição de sua natureza. A noção  final do que era: Lésbica. E que estava mais do que interessada em sua professora.

 

 

 

   

 


Notas Finais


Então é isso!
Espero que tenham gostado do capítulo que foi um pouco maior.
Comentem sem moderação!
Até a próxima!
Bjo, bjo, bjo.


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