1. Spirit Fanfics >
  2. To Sir With Love >
  3. Família Fernades

História To Sir With Love - Família Fernades


Escrita por: RoMillsSwan

Notas do Autor


Olá, amorinhos!
Esse capítulo será só com Clara e a família dela apenas para o curso da história.
Aproveito essas notas para mais uma vez agradecer à todas pelos comentários e elogios, vocês são meu combustível.
Vocês são uns amores mesmo!
Enjoy!

Capítulo 7 - Família Fernades


Fanfic / Fanfiction To Sir With Love - Família Fernades

Estava acontecendo o que temera aclarar-se definitivamente em sua vida. A disposição de sua natureza. A noção final do que era: Lésbica. E que estava mais do que interessada em sua professora.

Ramiro parou o carro e Clara desceu ligeira para abrir o portão. Enquanto ele colocou o carro na garagem, ela fechou o portão. Depois seguiu para o terraço, onde uma senhora de cabelos negros e curtos aparecera. Beijou-a no rosto e foi logo perguntando:

- O almoço já está pronto mamãe? Estou morrendo de fome.

- Só estávamos à espera de vocês. Vá tomar banho e trocar de roupa, que a mesa está arrumada.

- Onde está o Ivan?

- Não sei, chamei e ele não apareceu.

- Mas eu sei, mamãe já sei onde ele está a senhora vai ver. Tenho certeza que está no meu quarto mexendo nas minhas gavetas, e destruindo minhas coisas. Eu acabo com a raça dele dessa vez! - gritou, enquanto corria para dentro da casa e subia as escadas, chamando pelo nome do irmão:

- Ivan onde você está seu pestinha?

No fundo do corredor, uma cabeça loira apareceu em frente à porta do banheiro e depois sumiu rapidamente, batendo a outra porta do quarto de Clara.

Clara avançou e tentou abri-la. Ivan fazia força pelo lado de dentro enquanto ela gritava, advertindo:

- Se abrir eu não vou fazer nada! Abra Ivan, eu prometo, preciso entrar no meu quarto.

- Promete que não vai me bater mana? Eu não estava fazendo nada, eu juro!

- Prometo, mas abra logo, senão arrombo a porta s será pior para você!

- Jura pela alma da mamãe?

  Enraivecida  Clara empurrou a porta com mais força, porém seria inútil, pois Ivan fechara a porta à chave. Ela então promete conformada louca para entrar no quarto para verificar a bagunça feita pelo seu irmão mais novo.

- Juro pela alma da mamãe!

Ele abriu a porta e jogou-se ligeiro embaixo da cama de Clara para se esconder.

Clara entrou a procura dele. Um cheiro forte de seu perfume predileto entrou-lhe pelas narinas. Correu para a cômoda e deparou-se com o estrago. Batom, pó-de-arroz, ruge, perfumes, tudo derramado numa sujeira danada. Até o sabonete entrara na dança. Clara se segurou e mordeu os lábios, cerrou os punhos, ficou vermelha de raiva. Ajoelhou-se no chão e olhou embaixo de sua cama. Perguntou nervosa, se esticando para alcançá-lo:

- O que você estava fazendo seu pestinha? O que você fez Ivan?

  A voz chorosa e trêmula demonstrava toda sua raiva e nervosismo.

- Estava só brincando maninha! 

- Oh! Você é um monstrinho, se eu lhe ponho as mãos em cima, você vai ver!

Clara enfiou metade do corpo embaixo da cama, Ivan escorregou mais para o fundo, tentando escapar das mãos que o estavam alcançando.

- Cla  você jurou pela alma da mamãe. - gritava Ivan espremendo-se contra a parede, enquanto ela avançava.

Uns braços fortes puxaram-na pelas pernas, agarrando-a e pondo-a de pé. Ela olhou para o rosto do pai zangado.

- Vocês dois, parem de brigar e venham almoçar que a comida vai esfriar. Ivan saia daí...

- Pai o senhor promete não me bater? Não me põe de castigo?

- Não prometo nada. - respondeu energicamente. Olhou para o estrago que o caçula fez no quarto da filha.

- Me obedeça Ivan, não vou insistir, não queira que eu mesmo o tire de baixo da cama!

- É por isso que ele apronta comigo pai! Ninguém bate nele e eu nem posso me defender trancando o meu quarto. Um dia é limpeza, outro é porque mamãe quer  verificar as roupas que precisam ser lavadas. Eu prefiro fazer a faxina no meu quarto do que encontrar esse pestinha mais uma vez aqui.  Isso é um desaforo, será que vocês não vêem que eu tenho razão? Qualquer hora, esse monstrinho põe fogo na casa! Eu já sou uma moça e preciso de privacidade com minhas coisas!

- Ora maninha, eu não sou tão mal assim! Eu só estava brincando um pouco.

- Cale-se, Ivan obedeça seu pai e saia daí! - vociferou sr. Ramiro.

- Ele é um demônio, papai! Não suporto isso mais! - berrou Clara, batendo o pé e saindo do quarto furiosa, enquanto Ivan continuava a pedir ao pai chorando que jurasse que não bateria nele.

Sr. Ramiro correu para a porta e perscrutou o corredor. Viu Clara descer as escadas e seguir para a copa para almoçar. Então voltou e disse baixinho:

- Sai daí, seu malandrinho não vou fazer nada. Venha almoçar.

Ivan saiu de pressa e sorriu. Ramiro arregalou os olhos e apontou para o rosto dele e sorriu.

- Vá lavar a cara seu palhaço! Você merecia mesmo uma surra.

Ivan estava com o rosto todo borrado de batom, ruge e outros cosméticos. Apenas os olhos azuis reluziam em meio aquela máscara colorida. Ivan correu para fora do quarto e trancou-se no banheiro para lavar o rosto. Sr. Ramiro desceu e foi para a copa onde estavam sua esposa e filha à espera deles. Ele olhou para as duas e comentou, com a testa franzida, expressão carregada.

- Chica, quase não reconheci nosso filho. Você precisa tomar mais cuidado com ele. Clara tem razão, o menino está se tornando impossível. Viu o estrago que ele fez com as pinturas da nossa filha? É um absurdo! Não é possível continuar assim.

- E é você quem diz? E por que não lhe deu umas palmadas?

- Isso compete a você. Passo o dia todo fora trabalhando. Ele deveria obedecê-la mais. Será que é preciso trancar as portas? Ou bater nele? Será que é preciso chegar a esse ponto? Será Chica que você não está descuidando com educação do nosso filho? Desse jeito quando ele crescer ele irá dá na nossa cara!

- Descuidando? Fique em casa o tempo todo correndo atrás dele gritando, cuidando e tomando conta do que ele faz! É impossível! Não sei como Rosa aguenta! Não tem quem cuide dele. É um verdadeiro capetinha!

- Que horror! Que expressão!

- Ele enlouquece qualquer um! Você precisa impor-se. Ele precisa respeitar alguém, porque educação, ensinamentos não o que oriente esse menino. Estou cansada de ameaçar e de pedir. O pior é que ele promete diz que vai para e depois faz tudo de novo. Eu não aguento mais!

-Será possível que é tudo isso?

- O senhor não viu papai o que ele fez com minhas coisas? É preciso mais? O senhor deveria dá uma surra nele para ele aprender quem  é que manda!

Se. Ramiro não gostou da agressividade de Clara.

- Bater? Como se fosse um animal? Nem num animal se bate! Eu vou ter uma conversa séria com ele.

- Como das outras vezes Ramiro? Pensa que vai adiantar? Eu desisto! Pra mim, ele pode colocar fogo na casa! Seu filho é um explosivo! Um capetinha!

- Nosso filho Chica!

Os dois gritavam. Clara tentou acalmá-los. Rosa entrou com as vasilhas de comida e intrometeu-se.

- Pois sim, seu Ramiro, aquele menino não se doma nunca. A coitada da dona Chica fica que nem uma louca! Eu já cansei de levar sustos. Outro dia ele desapareceu, nós ficamos feito doidas procurando. Já estávamos quase  telefonando para a polícia. Quando a campainha tocou. Era a vizinha avisando que ele estava em cima do muro no fundo do quintal.

Os três estavam ouvindo a Rosa contar as traquinagens de Ivan, e concordaram que suas bagunças estavam passando do limites. Ivan desceu as escadas sem fazer ruído. Senhor Ramiro olhou sério para ele e perguntou, agarrando-o pelo braço:

- Você escorregou pelo corrimão?

- O senhor está me machucando pai!

- Responda o que eu perguntei, sem mentir.

 Os olhinhos dele encheram-se de lágrimas e respondeu que sim.

- Então suba outra vez e desça direto, como um menino educado. Vá.

Ivan coçou a bochecha vermelha e puxou os lábios polpudos que ardiam, tanto os esfregara para tirar as pinturas da cara.

Dona Chica chamou-o e pôs a mão na testa dele.

- Será que está com febre? Está tão vermelho!

- Sim mamãe das minhas pinturas. Vá ver o estrago que ele fez no meu quarto.

- Você ainda vai apanhar feio feito o Buby quando fez xixi dentro de casa.

- Credo Chica estamos almoçando!

- Ora papai o senhor deveria é chamar a atenção do Ivan e não da mamãe.

- Depois do almoço eu vou ter uma conversa muito séria com esse menino!

 O almoço prosseguiu sem mais comentários. Rosa passou por perto, cara amarrada, como, se tivesse visto o diabo. Dona Chica intrigada, quis saber o que acontecera. Rosa olhou para Ivan e estendeu a toalha branca suja de batom e outras pinturas diversas.

- É quase impossível tirar essa sujeira das toalhas!

Clara olhou para mãe em desacato. Dona Chica apertara os dentes com raiva, enquanto sr. Ramiro fingia não prestar atenção na conversa. Ivan escorregou da cadeira e tentou justificar-se.

- A água estava muito fria.

-Eu e você vamos ter uma conversinha mais tarde, e não pensa que vai escapar, dessa vez!

- Pode deixar, Chica, quem vai resolver tudo sou. Deixe comigo!

Ivan olhou para a mãe, depois para Clara, finalmente espichou um olhar amedontrado para Rosa. Nunca vira o pai com uma expressão tão dura! Olhou para o chão. Buby abanou o rabo e latiu. Era o único amigo dele ali naquela sala, mas o que poderia fazer por ele?

- Coma Ivan!

 Ivan remexeu no prato com o garfo. Perdera o apetite. Estava com medo da cara brava do pai. E se ele prometesse comportar-se?

- Papai, eu prometo...

- Você não promete nada Ivan. E coma, antes que a comida esfrie.

 Ivan tornou a relancear o olhar, como a pedir socorro para a irmã e mãe. As duas estavam em silêncio, mas pareciam apreensivas.

- Vocês não tem pena de mim?

  Ninguém respondeu. À tardinha Clara iniciou a aula de piano. A professora chegara, como sempre, reclamando dos transportes coletivos da cidade e do trânsito caótico do Leblon. Dona Chica colocou Ivan no quintal para que a professora pudesse dar aula sem interrupções.

Clara contra a vontade, martelava noturnos de Chopin e com cara de enfado, ela achava todas as melodias escolhidas pela professora de fúnebres e cansativas. As únicas aulas que Clara gostava no momento era de História Geral de uma certa professora gostosa. Estava torcendo que o outro dia chegasse para poder encarar aqueles lindos olhos e aquele batom vermelho naquela boca apetitosa!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Então por hoje foi isso espero que tenham gostado. Não teve interação Clarina, apenas um pouco da família de Clara com Ivan e suas bagunças. rs
Próximo capítulo será com aulas de História Geral.
Aproveitem e comentem bastante!
Bjo, bjo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...