~~Castiel~~
Estou na porta da casa de Sky, esperando ela para irmos ao baile.
Toco a campainha novamente e ela abre.
- Desculpa, minha avó saiu e eu só fui lembrar disso agora, por isso não abri a porta antes.
Escutei o que ela disse, mas estou ocupado demais reparando no quão maravilhosa ela está!
- Castiel? - Sky estalou os dedos em minha cara.
- Er... Oi?
- Está em Marte, é? - riu.
- Estou no paraíso, isso sim!
Quando percebi a burrice que falei, corei.
Mas ela realmente estava linda!
Com um vestido longo preto, com um tipo de "rasgo" da coxa esquerda, decote não muito grande, batom vermelho, cabelo solto e salto preto.
Seu vestido valorizava suas perfeitas curvas, e seu batom destacava sua magnífica boca.
Ela estava... Estava... Achei a palavra!
Ela estava deslumbrante, perfeita!
- Está deslumbrante! - falei.
- Conhece esses tipos de palavras? - brincou.
- Talvez seja tempo demais com o Lysandre... - ela riu.
- Obrigada. - sorriu.
Ela colocou a cabeça para dentro de casa e depois voltou.
- Eu pedi para você vir às 19h30! - falou e riu.
- Fiquei ansioso!
- Desculpado! - sorri. - O baile começa às 20h, são 19h... Entra. Vamos tomar um vinho.
Entrei e ela pediu para eu me sentar no sofá, assim fiz.
Dois minutos depois, Sky volta com uma garrafa de vinho e duas taças.
Sky se senta ao meu lado e enche nossas taças. Me entrega minha taça e brinda.
- À nossa noite? - perguntou.
- À nossa noite! - falei.
Brindamos e tomamos um gole.
- Conseguiu pegar o mesmo voo que eu? - Sky perguntou.
- Sim, eu consegui. - sorriu. - Pena que vou ficar apenas dois meses.
- Vou ter que me despedir de todos lá. Vou sentir muita falta de Dominik, Mike, Kentin... Eu nem falei muito com Kentin quando me mudei para Sweet Amoris e agora vou me separar. Devo ser uma péssima amiga! E, por mais que não pareça, vou sentir até falta do Jack. Por mais que ele tenha me magoado.
- Calma! Você vai voltar para visitar sua avó, não é?
- Sim.
- Então... Daí a gente dá umas saídas juntos. - ela sorriu.
- Estou me preocupando atoa, não é? - riu de si mesma.
- É! - sorri.
Enchi nossas taças e olhei para Sky.
- Você está muito linda!
- Já falou isso! - riu.
- É para não esquecer!
- Você também está lindo... - sorri.
- São 19h45, vamos?
- Sim.
Sky coloca as taças na pia e guarda o resto do vinho. Pega sua bolsa e engancha seu braço no meu.
- Vamos com o carro da minha avó? Moto e vestido longo não fazem um belo casal! - brincou.
- Vamos. - sorri.
~~Sky~~
Quando entramos, duas meninas vieram pegar nossos votos para o rei e a rainha do baile.
Votei em Michelly e Mike, claro.
Castiel votou em Michelly e Danilo, amigo dele.
Castiel colocou sua mão em minha cintura e me guiou para dentro.
Estava tocando Lean On, várias pessoas dançando e outras bebendo. É claro que, em como toda festa, eu, Sky Collins, fui ao bar.
- Olá, Kentin! - ele estava servindo as bebidas.
- Oi, Sky! O que vai querer?
- O que me recomenda?
- Preparo um copo especial de Whisky para você, só para começar!
- Beleza! - sorri.
- E você, Castiel? - Kentin perguntou o encarando.
- Nada.
- Nada? - perguntei.
- Nada. - ri. - Qual é? Amanhã vou acordar cedo... Temos que ir para os Estados Unidos.
Estados Unidos...
Não sei se quero ir.
- Ei... Vou estar lá! - falou percebendo a minha preocupação.
- Apenas por dois, ou por menos, meses!
Kentin me serviu o copo, tomei o conteúdo tudo em uma só golada.
Castiel me olhou indignado, mas depois ignorou.
Fomos para a pista, dançamos e bebemos.
Olhei para meu celular, já eram 2h37 da manhã.
- Castiel, meu voo sai às 8h. - falei para ele.
- Porra! O meu também! Que horas são?
- 2h37.
- Vamos embora.
Fui até Mike e Michelly que estavam dançando juntos.
- Hey! Já vou...
- Amiga... - Michelly pulou em meu colo. - Vou sentir tanto sua falta! - começou a chorar.
- Eu também...
Soltei Michelly e fui até Mike.
- Faríamos um ótimo casal, pena que cada um vai para seu lado. - sorri
- Até algum dia.
Nós abraçamos.
Fui até a turma da Rosalya.
- Tchau, Rosa!
- Foi legal te ter por uns meses. - sorriu, mas logo chorou.
- Tchau, Armin!
- Tchau, Sky! - me abraçou.
- Tchau, Lys! - o abracei.
- Castiel vai sentir muito sua falta, tenta não perder contato com ele! - sussurrou bem baixinho.
- Pode deixar.
Me despedi do resto do pessoal e fui até Dominik.
- Já vou... - comecei a chorar.
- Te amo! - chorou também.
- Te amo mais!
Fomos até a parte de fora da festa.
- Amanhã eu vou na sua casa para te levar ao aeroporto.
- Combinado, às 8h eu já tenho que estar lá.
- Passo às 7h para tomar café! - brincou.
Entrei no carro junto com Castiel e fomos até a casa do mesmo.
Descemos do carro e levei ele até a porta.
- Tchau... - falei.
- Vou sentir sua falta! - me abraçou.
- Calma, amanhã ainda estaremos no mesmo avião. - sorriu.
- Quer entrar?
- Não... Já vou para casa.
- Até amanhã. - sorri.
Fui para minha casa e guardei o carro.
Entro e vejo minha avó no sofá.
- Vovó, acorda. Vamos para cama. - a chamei. - Vovó? - ela não me respondia. - Vovó! - corri até ela.
Tentei medir sua pulsação, nenhum sinal.
Ela não se mexia, não respirava e não falava nada.
- Não me deixe!
Liguei para a ambulância, cinco minutos depois ela chegou.
Um enfermeiro pediu umas informações e perguntou se eu era a única familiar presente. Respondi tudo e entrei na ambulância com ela.
Eu já estava entrando em desespero, não sabia o que fazer.
Liguei para Dominik.
- Alô? Sky?
- Dominik, a vovó... Ela...
- Onde você está?
- A caminho do hospital.
- Estou indo aí!
Chegamos no hospital, desci da ambulância e quando estavam tirando minha avó, o carro de Dominik aparece, revelando um Dominik pálido, com boca roxa e assustado.
- Você tá bem? - perguntou.
- A pergunta é: VOCÊ está bem?
- O que aconteceu com ela? - Castiel pergunta saindo do carro de Dominik.
- Eu não sei... Quando cheguei em casa, ela estava no sofá, chamei ela...
Expliquei toda a história e resolvi ligar para meu pai.
- Sky?
- Pai, não sei se vou poder ir amanhã...
- Como assim? Por que?
- A vovó... E-eu cheguei em casa e ela não estava respirando... Estou no hospital agora, ela não acorda, não se mexe, não respira... - eu já chorava desesperada.
- Calma, filha... Vai me mantendo informado de tudo, amanhã te ligo antes do seu voo.
- Okay, pai. - desliguei.
Fui até Dominik e o abracei.
- Ela morreu. - falei e chorei ainda mais.
- Calma, Sky...
- Vamos entrar, sua avó já entrou. - Castiel avisou.
Entramos para dentro do hospital e fui até à recepção.
- Pois não? - uma mulher loira perguntou.
- Quero saber da minha avó, aquela senhora que acabou de entrar.
- Ah, sim... Preciso de uns dados.
Respondi tudo que ela pediu, depois o médico que estava responsável por ela me chamou.
- Senhorita Collins?
- Eu mesma.
- Quer ver sua avó?
- Ela está bem?
- Vamos... Responderei no quarto.
Segui o médico até o quarto que minha avó estava.
- Então... - ele começou. - Sua avó está coberta por este lençol.
- Isso significa que...
- Sim. Sinto Muito.
- Me deixe sozinha por favor...
Então o médico saiu e eu me aproximei.
Então é isso...
Minha avó morreu.
- Por que todos me deixam?
Comecei a chorar e me aproximei de sua cama.
- Primeiro o Felippe... Agora você? Vó, sem você não sou nada!
Tirei o lençol de seu rosto.
- Eu... Eu te amo.
Ela estava pálida, com a boca roxa e os cabelos bagunçados.
- V-vó...
Tirei o lençol de seu corpo num puxar.
Percebi que tinha uma elevação barriga, me aproximei e toquei o local.
Levantei sua blusa e vi que era um curativo carregado de sangue.
Saio do quarto e procuro o médico.
- Desculpa, mas nem perguntei seu nome. - falei.
- Beto Cipher.
- Senhor Chiper, gostaria de saber o motivo daquele curativo na barriga dela.
- Curativo?
- Sim.
- Não fui eu que a vesti com as roupas do hospital, apenas os enfermeiros, então não fiquei sabendo de nada. Mostre-me por favor.
Voltamos até o quarto dela e mostrei o curativo para ele.
- Saia por favor. Quero ver isto.
Fiz o que ele me pediu e fiquei esperando ele voltar.
Uns 15 minutos depois, ele volta.
- Siga-me, por favor.
Fomos até o quarto de minha avó, lavamos as mãos e colocamos luvas. Tive que prender meu cabelo e colocar máscara para entrar.
Chegamos perto do machucado, que já nem estava mais com o curativo.
- Então... O que é? - perguntei.
- O fim da vida de sua avó não foi por causa natural, mas por uma infecção que alguém causou nela.
- C-como assim?
- Fizeram um corte na cintura de sua avó com algo sujo e infeccionou estranhamente rápido. Resumindo grosseiramente: mataram sua avó.
- COMO?
MATARAM MINHA AVÓ?
Saí do quarto correndo e fui para fora do hospital.
Castiel veio atrás de mim. Percebeu que estava chorando e me abraçou.
- Calma. - falou.
- Mataram a minha avó.
- C-como?
- A machucaram com algo sujo e infeccionou.
- E-eu n-não sei o que te falar agora.
- Não precisa falar nada... Só me abraça forte.
Castiel me apertou e deu um beijo em minha cabeça.
- E o velório? - Castiel perguntou.
- Não vou estar aqui. Será amanhã, umas 19h30.
- Então não vai mudar a data da sua viagem?
- Não. - olhei para baixo. - Agora nem tenho mais motivos para voltar aqui.
- Tem, sim. Você tem que me visitar! - sorriu.
Seu sorriso me fez sorrir junto.
Eu estava muito triste e com muita raiva pela minha avó, mas estar com o Castiel faz todos os sentimentos ruins virarem bons.
- Você me faz tão bem, ao mesmo tempo tão mal. - sorri.
- Você só me faz bem. - falou.
[...]
Dominik me deixou em casa, porém não consegui entrar. Então estava parada em frente à minha porta e Dominik e Castiel me olhando do carro.
- Sky, quer dormir em casa hoje? - Castiel perguntou.
- E-eu... Quero. Não vou conseguir entrar em casa.
Dominik saiu do carro e entrou na minha casa, minutos depois voltou com as minhas malas.
- Era só as malas que você vai levar?
- Isso.
Entramos no carro e fomos para casa de Castiel.
- Obrigada, Dominik. Amanhã você pega a gente?
- Sim, pequena.
Dei um beijo em seu rosto e entrei na casa de Castiel, junto com o mesmo.
- Vou pedir uma pizza. - falou fechando a porta. - Coloca as malas no meu quarto.
- Hey... Você não trabalhava como motoboy? - perguntei e ri.
- Fui mandado embora quando me pegaram fumando escondido.
- Parabéns. - rimos.
Coloquei as malas no quarto de Castiel e fui para sala. Me sentei no sofá e esperei ele.
- Já pedi a pizza. - sorri. - Quer beber algo?
- Estou com uma vontade louca de beber uma vodca.
- É para já.
Castiel foi para a cozinha é voltou com minha vodca em mãos.
- Agora sim! - riu.
Peguei a bebida de sua mão tomei um gole grande daquela.
- Cede? - perguntou rindo e ri junto.
Uns minutos depois a pizza chegou.
Castiel pegou a pizza e trouxe na sala.
[...]
Terminamos com duas garrafas de vodca e com a pizza.
Fui para o banheiro, tomei um banho e escovei meus dentes.
Coloquei meu pijama, que no caso era apenas um short minúsculo e uma regata pequena, e fui até Castiel.
- Onde vou dormir?
- A minha cama é de casal, se importa em dormirmos juntos?
- Não... Eu já vou me deitar.
- Depois eu vou, boa noite.
- Boa noite.
Me deitei na cama de Castiel e fiquei pensando sobre coisas aleatórias. Tempo depois, Castiel se deita junto.
- Acordada ainda? Disse que ia dormir faz mais de uma hora.
- Passou tudo isso?
- Sim.
- Acho que me afundei muito nos meus pensamentos. - ele riu.
Castiel ficou por cima de mim. Olhei ele sem entender nada.
- Sky, não vou te pedir para tentar namorar comigo, mas quero te pedir para me dar uma noite. Só te peço isso.
Arregalei os olhos, meu coração palpitou e minhas mãos começaram a suar.
Castiel me beijou intensamente e me coloco por cima de si.
Continuamos nosso beijo, mesmo quando ele começou a tirar minha regata.
Ele estava apenas de bermuda, então tirei a mesma...
[...]
Acordo com o despertador de Castiel, o desligo e levanto.
Castiel ainda estava dormindo, então eu me visto, faço minha higiene matinal e vou para a cozinha.
Começo a preparar um café, mas os flashes da noite anterior me invadem e eu fico parada com um sorriso bobo no rosto.
Logo sinto uma mão passando pelo meu quadril até se fechar em minha barriga.
- Obrigado. - Castiel sussurra.
Me viro e o beijo.
- Eu que agradeço. - Castiel sorri.
- Está passando café?
- Sim. Prefere mais escuro ou mais fraco?
- Escuro, mas se quiser mais fraco...
- Não esquenta, prefiro escuro também. - sorrio.
Tomamos nosso café e fomos nos trocar.
Coloquei um short jeans e uma blusa roxa. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto, passo perfume, maquiagem para disfarçar a cara de zumbi e um tênis.
Castiel coloca uma calça jeans e uma camiseta vermelha, penteia seu cabelo e passa perfume. Coloca um tênis e leva suas malas até a sala.
Fomos para a sala e ficamos no sofá abraçados, esperando Dominik.
- Eu amei cada detalhe de ontem. - Castel falou.
- Eu também. - sorri.
- Sky, você... - Castiel foi cortado pela campainha. - Deve ser o Dominik.
Abrimos a porta e Dominik entra.
- Vamos rápido, eu me atrasei e agora a gente tem pouco tempo.
Pegamos as malas e colocamos no carro de Dominik. Entramos e fomos ao aeroporto.
Fizemos tudo que tínhamos que fazer, então nosso voo é chamado.
- Te amo, Dominik! - falei o abraçando.
- Te amo mais, pequena! - me apertou.
Meus olhos se encheram de lágrimas, mas segurei o choro.
Dominik e Castiel se despediram, então nós fomos para o portão de embarque.
- Calma, você vai voltar. - Castiel falou e eu respirei fundo.
Castiel pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos.
Entramos no avião e nos sentamos em nosso lugar. O meu era ao lado da janela e o dele ao meu lado.
- Tô cansado.
- Não fez porra nenhuma desde manhã.
- Você me cansou e eu não descansei o bastante. - riu.
- Dorme. - revirei os olhos.
Castiel encostou no meu ombro, entrelaçou nossa mão e fechou os olhos.
O avião começou a decolar.
Adeus, França!
Continua...
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