Anahí: Fiquei.
Seu sorriso era o de alguém ao mesmo tempo perverso e deliciado, e me fez perder o fôlego.
Alfonso: Quero sentir minha porra aqui dentro quando enfiar o dedo em você. Quero que você
sinta a minha porra aqui dentro, pra lembrar como eu estava quando gozei, dos ruídos que fiz.
E, quando pensar nisso, você vai querer fazer de novo e de novo e de novo. - Seus dedos
produziam ondas dentro de mim, o descaramento de suas palavras me deixava à beira do
orgasmo. - Vou dizer tudo o que quero que você faça para me dar prazer, Anahí, e você vai fazer
tudinho... se me obedecer, vamos fazer sexo explosivo, selvagem, sem restrições. Você sabe
disso, não é? Já está sentindo como as coisas vão ser entre nós.
Anahí: Sim, - eu sussurrei, agarrando meus seios para aplacar a fúria dos mamilos
endurecidos. - Alfonso, por favor.
Alfonso: Shh... Pode deixar comigo. - Ele começou a esfregar meu clitóris com o dedão, em
movimentos circulares. - Olhe bem nos meus olhos quando gozar pra mim. - Eu estava prestes
a explodir, e a tensão só aumentava enquanto ele massageava meu clitóris e enfiava os dedos
em mim em um ritmo constante, sem a menor pressa- Goza pra mim, Anahí, - ele ordenou. -
Agora!
Cheguei ao orgasmo com um grito abafado, agarrando as bordas do sofá até meus dedos
ficarem sem cor, remexendo os quadris nas mãos dele, esquecendo completamente qualquer
vergonha ou timidez. Meus olhos estavam grudados nos dele, incapazes de se desviar,
hipnotizados pelo triunfo masculino que brilhava em seus olhos. Naquele momento, ele
tinha total poder sobre mim. Eu faria tudo o que ele quisesse. E ele sabia disso.
Um prazer avassalador tomava conta de mim. Com o sangue pulsando nas minhas orelhas,
ouvi sua voz rouca dizer alguma coisa, mas não consegui identificar as palavras quando ele
apoiou uma das minhas pernas no encosto do sofá e cobriu meu sexo com a boca.
Anahí: Não... - Eu empurrei sua cabeça com as mãos. - Eu não aguento.
Eu estava inchada demais, sensível demais. Mas, quando sua língua tocou meu clitóris e
começou a passear por ele, a vontade voltou com toda a força. Com mais intensidade do que
antes. Ele percorreu tudo, me provocando, me tentando com a promessa de outro orgasmo
que eu sabia que não conseguiria ter tão cedo.
Foi quando sua língua entrou em mim, e eu tive que morder os lábios para não gritar. Gozei
pela segunda vez, e meu corpo se sacudiu violentamente, com os músculos mais tenros se
enrijecendo desesperadamente ao toque da língua. O urro que ele soltou reverberou através de
mim. Não tive forças para afastá-lo quando ele voltou ao meu clitóris e o chupou
suavemente... incansavelmente... até eu gemer de novo, sussurrando seu nome.
Eu estava me sentindo toda mole quando Gideon endireitou minha perna, e ainda não tinha
recuperado o fôlego quando ele começou a beijar minha barriga e meus seios. Ele lambeu
meus mamilos e me enlaçou com seus braços. Permaneci imóvel e submissa ao seu toque
enquanto ele beijava minha boca com uma violência controlada, ferindo meus lábios e
denunciando seu estado de excitação extrema.
Então ele fechou meu robe e ficou de pé, olhando para mim de cima a baixo.
Anahí: Alfonso...?
Alfonso: Às sete horas, Anahí.- Ele se abaixou e tocou meu tornozelo, acariciando com os
dedos a tornozeleira que eu havia posto já pensando no evento. - E não tire isto aqui. Quero
comer você com nada além disto.
Anahí: Oi, pai. Encontrei você! - Ajustei melhor a posição do telefone e puxei um banquinho
ao lado do bar. - Eu estava com saudade. - Durante os quatro anos anteriores, moramos
perto o bastante para que eu o visse toda semana. Agora que eu tinha mudado, a casa dele
em Oceanside ficava do outro lado do país. - Tudo bem?
Ele abaixou o volume da televisão.
Enrique: Melhor agora que você ligou. Como foi a primeira semana de trabalho?
Fiz um relatório completo de segunda até sexta, deixando de fora apenas as partes
referentes a Alfonso.
Anahí: Adorei meu chefe, Aarón, - concluí. - E o ambiente da agência é bem
animado, até meio maluco. Adoro levantar para ir trabalhar, fico até triste quando chega a
hora de ir embora.
Enrique: Tomara que continue assim. Mas você precisa saber a hora de relaxar também. Sair,
fazer coisas de jovem, se divertir. Só não precisa se divertir demais.
Anahí: Pois é, eu exagerei um pouco ontem à noite. Fui pra balada com Christian e acordei
com uma tremenda ressaca.
Enrique: Porra, nem me fale uma coisa dessas, - ele resmungou. - Umas noites atrás acordei
suando frio, imaginando você em Nova York. Consegui me acalmar dizendo pra mim mesmo
que você é inteligente demais pra fazer bobagem, que tem dois pais com as regras básicas de
segurança inscritas no DNA.
Anahí: Isso é verdade. - concordei, dando risada. - Por falar nisso... vou começar a treinar krav
maga.
Enrique: Sério mesmo? - Ele parou um pouco para pensar. - Lá na corporação tem um cara
que é craque nisso. Acho que vou experimentar também, assim podemos comparar nosso
progresso quando eu for visitar você.
Anahí: Você vai vir a Nova York? - Não consegui esconder a empolgação. - Ah, pai, eu adoraria
se você viesse. Por mais que sinta falta do México, Manhattan é o máximo. Acho que
você vai adorar.
Enrique: Eu ia gostar de qualquer lugar do mundo em que você estivesse. - Meu pai esperou
um pouco antes de perguntar: - Como vai sua mãe?.
Anahí: Bem... como sempre. Bonita, charmosa e obsessiva, compulsiva.
Meu peito começou a doer, obrigando-me a massageá-lo. Parecia que meu pai ainda era
apaixonado por ela. Ele nunca se casou. Essa foi uma das razões por que nunca contei a ele o
que aconteceu comigo. Como policial, faria questão de abrir inquérito, e o escândalo teria
destruído minha mãe. Também imaginei que ele fosse perder o respeito por ela ou até
mesmo culpá-la pelo que aconteceu, apesar de não ter sido culpa dela. Assim que descobriu
o que o enteado dela vinha fazendo comigo, ela deixou o marido, com quem vivia muito
bem, e pediu o divórcio.
Continuei falando e acenei para Christian quando ele entrou com uma sacola pequena da
Tiffany.
Anahí: Passamos o dia no spa hoje. Foi uma boa forma de encerrar a semana.
Notei que sua voz se tornou um pouco mais leve quando ele disse,
Enrique: Fico feliz que vocês estejam passando algum tempo juntas. Quais são seus planos
para o restante do fim de semana?.
Evitei tocar no assunto do evento de caridade, pois sabia que essa história de tapete
vermelho e jantares a preços exorbitantes só ia enfatizar a diferença entre os estilos de vida
dos meus pais.
Anahí: Cary e eu vamos sair pra jantar, e amanhã quero ficar em casa. Dormir até tarde, passar
o dia de pijama, talvez ver um filme e pedir alguma coisa pra comer. Vegetar um pouco antes
de mais uma semana de trabalho.
Enrique: Pra mim, parece o paraíso. Eu aviso quando for tirar folga de novo.
Dei uma olhada no relógio e vi que já passava das seis.
Anahí: Preciso ir me arrumar agora. Tome cuidado no trabalho, hein? Eu também me
preocupo com você.
Enrique: Vou tomar. Tchau, amo você filha.
Aquela despedida tão familiar fez com que eu sentisse uma pontada de saudade que fez
minha garganta doer.
Anahí: Ah, espera! Vou comprar outro celular. Mando o número novo pra você assim que
tiver.
Enrique: De novo? Pensei que você tinha comprado um novo quando se mudou.
Anahí: É uma longa e cansativa história.
Enrique: Humm... Mas não fique sem celular. É uma coisa importante pra sua segurança, não
serve só pra jogar Angry Birds.
Anahí: Eu já parei com esse jogo! - Caí na risada e senti um calor se espalhar pelo meu corpo
quando ouvi que ele também estava rindo. - Ligo de novo daqui a alguns dias. Comporte-se.
Enrique: Essa fala é minha.
Desligamos. Fiquei alguns minutos curtindo o silêncio, sentindo que meu mundo estava
entrando nos eixos, uma sensação que nunca durava muito. Apeguei-me a esse sentimento
enquanto ele durou; depois Cary ligou o som no quarto, tocando Hinder, e isso me pôs de
novo em movimento.
Corri até o quarto para me preparar para uma noite com Alfonso.
Anahí: Com colar ou sem colar? - perguntei para Christian quando ele apareceu no meu
quarto, lindo de morrer. Com seu smoking novinho, ele parecia ao mesmo tempo um
cavalheiro e um aventureiro, e estava seguro de que atrairia muita atenção.
Christian: Humm. - Ele inclinou a cabeça e analisou meu visual. - Me deixe ver de novo.
Levantei a gargantilha de ouro até o pescoço. O vestido que minha mãe havia mandado era
de um vermelho bem vivo, e parecia ter sido desenhado para ser usado por uma deusa grega.
Era de alto, com mangas até o cotovelo que caia , justo até o quadril e com uma abertura que
começava no alto da coxa. Nas costas não havia nada . Em outras palavras, minhas costas
estavam nuas desde a base da coluna.
Christian: Esqueça o colar - ele disse. - Eu estava pensando em brincos de ouro com
pingentes, mas agora acho melhor argolas de diamantes. As maiores que você tiver.
Anahí: Quê? Sério? - Enruguei a testa diante do nosso reflexo no espelho, atenta a seus
movimentos enquanto ele ia até o porta joias e começava a procurar algo lá dentro.
Christian: Estas aqui. - Ele levou os brincos até mim, as argolas de mais de cinco centímetros
que minha mãe me deu quando fiz dezoito anos. - Confie em mim, Anahí. Experimente!
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