Alfonso: Anahí, - ele suspirou, cheio de tesão e carinho nos olhos, depois agarrou minha
garganta, roçando meu queixo com os polegares. - Você está me deixando perturbado.
Sabia disso? Está fazendo de propósito?
Enfiei a mão dentro da cueca dele e o agarrei por inteiro, oferecendo os lábios para serem
beijados. Foi o que ele fez, atacando minha boca com uma ferocidade que me deixou sem
fôlego.
Alfonso: Quero você agora, - ele gemeu.
Ajoelhei no piso acarpetado, abaixando sua calça para obter a margem de manobra da qual
precisava.
Ele expirou com força.
Alfonso: Anahí, o que você está...
Meus lábios o envolveram em todo o diâmetro. Ele agarrou a beirada da mesa, fazendo suas
juntas ficarem pálidas com o esforço. Eu o segurei com as duas mãos e abocanhei a cabeça do
pau dele, chupando bem de leve. A maciez de sua pele e seu cheiro irresistível me fizeram
gemer. Senti uma onda de excitação percorrer seu corpo e ouvi um som áspero ressoar em
seu peito.
Alfonso pôs a mão no meu queixo.
Alfonso: Lambe.
Excitada por aquela voz de comando, percorri com a língua toda a extensão, e estremeci de
tesão quando ele emitiu um jorro quente de líquido pré-ejaculatório. Agarrei a base do seu
membro com uma das mãos, abri bem a boca e comecei a fazer movimentos ritmados, à
espera do que viria.
Queria ter mais tempo, para fazer aquele momento durar mais. Deixá-lo louco...
Ele soltou um gemido temperado pela mais doce agonia.
Alfonso: Essa sua boca. Continua chupando. Assim... Com força, até bem lá no fundo.
Fiquei com tanto tesão por dar prazer a ele que me contorci inteira. Suas mãos se enterraram
nos meus cabelos presos, puxando-os pela raiz. Eu adorava o modo como ele começava as
coisas suavemente e depois ia ficando mais bruto à medida que o desejo que sentia por mim
o fazia perder a cabeça.
Essa leve pontada de dor me deixou ainda mais ávida e sedenta. Minha cabeça subia e descia
sobre ele, masturbando-o com uma das mãos enquanto chupava e lambia a parte de cima
do seu pau. Percorri com a língua as veias grossas daquele pau, virando a cabeça para
encontrar e contemplar cada uma delas.
Ele foi ficando cada vez mais duro e mais grosso. Meus joelhos estavam doendo, mas isso não
importava; meus olhos estavam grudados em Alfonso, que jogava a cabeça para trás e tentava
não perder o fôlego.
Alfonso: Anahí, você chupa tão gostoso. - Ele segurou minha cabeça, levantou-se e assumiu o
controle. Começou a mexer os quadris. A foder minha boca. Estava em tamanho estado de
excitação que a única coisa que importava era chegar ao orgasmo.
Essa ideia me deixou enlouquecida, imaginei na minha cabeça como deveríamos estar
quando vistos por outra pessoa: Alfonso, com toda a sua sofisticação cosmopolita, diante da
mesa da qual comandava seu império, enfiando seu pau enorme na minha boca faminta.
Apertei ainda mais seus quadris, mexendo os lábios e a língua freneticamente, desesperada
para fazê-lo chegar ao clímax. Suas bolas eram grandes e pesadas, uma demonstração
audaciosa de sua virilidade. Eu as peguei na mão, acariciando-as suavemente, sentindo seu
saco encolher e enrijecer.
Alfonso: Ah, Anahí. - Seu tom de voz era rouco e gutural. Ele puxou com mais força meus
cabelos. - Você vai me fazer gozar.
O primeiro jato de sêmen foi tão grosso que tive de fazer força para engolir. Perdido em seu
prazer, Alfonso continuava atacando com força minha garganta, e seu pau preenchia todos os
espaços da minha boca. Meus olhos se encheram de lágrimas e senti meus pulmões em
chamas, mas ainda assim cerrei os punhos e extraí dele tudo o que podia. Seu corpo
estremeceu quando arranquei a última gota. Seus gemidos e murmúrios foram o som mais
gratificante que já ouvi na vida.
Eu o lambi até que estivesse limpo, maravilhada com o fato de não ter murchado
imediatamente após um orgasmo tão explosivo. Ele ainda era capaz de me comer
intensamente, e estava mais do que disposto a isso, eu tinha certeza. Mas não tínhamos mais
tempo, e eu não me incomodaria de parar por ali. Era o que eu queria fazer para ele. Para nós.
Para mim, na verdade, porque precisava saber se era capaz de desfrutar de um ato sexual de
caráter altruísta, em que eu não fosse o centro das atenções.
Anahí: Preciso ir, - murmurei, levantando-me e beijando sua boca. - Espero que o restante do
seu dia seja sensacional, e seu jantar de negócios também.
Afastei-me para sair, mas ele me agarrou pelo pulso, de olho no relógio do mostrador do seu
telefone. Foi quando percebi que minha fotografia estava lá, ao alcance de seus olhos o dia
todo.
Alfonso: Anahí... Droga. Espere um pouco.
Franzi a testa ao ouvir seu tom de voz, que parecia carregado de ansiedade. Frustração.
Ele logo se recompôs, vestindo a cueca e ajustando a camisa para poder fechar a calça. Era
uma cena bonita de ver, Alfonso se arrumando, restaurando a fachada que exibia ao mundo,
enquanto eu sabia que era a única que tinha acesso ao homem por trás dela.
Alfonso me puxou para perto e beijou minha testa. Suas mãos passaram pelos meus cabelos
e ele soltou minha fivela.
Alfonso: Eu não fiz nada pra você.
Anahí: Não precisa. - Eu adorava sentir suas mãos na minha cabeça. - Foi maravilhoso assim
mesmo.
Ele estava concentrado demais arrumando meu cabelo, com as bochechas vermelhas depois
do orgasmo.
Alfonso: Sei que você precisa empatar o placar, - ele argumentou de uma forma um tanto
grosseira. - Não posso deixar você ir embora se sentindo usada por mim.
Fiquei emocionada com essa demonstração de consideração, apesar de um tanto bruta. Ele
me ouvia. Importava-se comigo.
Envolvi seu rosto com minhas mãos.
Anahí: Você me usou, sim, mas com minha permissão, e foi uma delícia. Eu queria fazer isso
pra você, Alfonso. Lembra? Eu avisei. Queria que você tivesse algo para se lembrar de mim.
Ele arregalou os olhos, alarmado.
Alfonso: Por que preciso de lembranças se tenho você? Anahí, se você está falando sobre a
foto...
Anahí: Fique quietinho aí e aproveite o momento. - Não tínhamos tempo suficiente para
conversar sobre aquilo, e eu também não estava a fim. - Mesmo se tivéssemos uma hora, eu
não ia querer que você me fizesse gozar. Não estou disputando quem faz o outro gozar mais
vezes, campeão. E, sendo bem sincera, você é o primeiro cara para quem eu posso dizer isso
tranquilamente. Agora preciso ir. E você também tem um compromisso.
Eu me afastei de novo para sair, mas ele me agarrou mais uma vez.
A voz de Scott ressoou pelo alto falante.
Scoot: Com licença, senhor Herrera. O pessoal da reunião das três horas já chegou.
Anahí: Está tudo bem, Alfonso, - garanti. - Você vai passar lá em casa hoje à noite, certo?
Alfonso: Isso eu posso garantir.
Fiquei na ponta dos pés e beijei sua bochecha.
Anahí: Mais tarde conversamos.
Depois do trabalho, desci até o térreo de escada para me sentir menos culpada por faltar à
academia, mas me arrependi amargamente ao chegar ao saguão. A falta de sono da noite
anterior estava cobrando seu preço. Considerei pegar o metrô em vez de ir andando para casa
quando vi o Bentley de Alfonso parado na calçada. Quando o motorista desceu do carro e me
cumprimentou pelo nome, levei um susto e parei de repente no meio da calçada, surpresa.
XXX: O senhor Herrera me pediu para levá-la para casa, - ele informou, muito bem
educado com seu terno preto e quepe de chofer. Era um senhor de certa idade, com cabelos
ruivos já um tanto grisalhos, olhos azuis de um tom claro e o jeito de falar de uma pessoa
bem instruída.
Pelo tanto que minhas pernas doíam, aquela oferta era mais que bem-vinda.
Anahí: Obrigada... Desculpe, esqueci seu nome.
XXX: Angus, senhorita Portilla.
Como pude esquecer? Era um nome superlegal, que me fez abrir um sorriso.
Anahí: Obrigada, Angus.
Ele bateu no quepe com os dedos.
Angus: O prazer é todo meu.
Quando me acomodei no banco traseiro depois de ele abrir a porta para mim, pude ver de
relance a pistola que carregava em um coldre de ombro sob o paletó. Pelo jeito Angus, assim
como Clancy, era guarda-costas além de motorista.
O carro se pôs em movimento, e eu logo perguntei:
Anahí: Faz muito tempo que você trabalha para o senhor Herrera, Angus?.
Angus: Já faz oito anos.
Anahí: É um bom tempo.
Angus: Eu o conheço desde muito antes, - ele se dispôs a falar, olhando-me pelo
retrovisor. - Eu o levava para a escola quando era menino. Quando ficou mais velho, ele me
tirou do senhor Vidal.
Mais uma vez, tentei imaginar Alfonso quando criança. Ele já devia ser bonito e carismático
naquela época.
Será que ele havia tido experiências sexuais normais na adolescência? Não é possível que
a mulherada não se jogasse em cima dele desde então. Considerando a criatura inatamente
sexual que ele era, eu só conseguia imaginá-lo como um adolescente dos mais tarados.
Revirei minha bolsa, encontrei as chaves e me inclinei para deixá-las no assento do
passageiro.
Anahí: Você pode entregar isso a Alfonso? Ele vai passar lá em casa depois do compromisso
que tem à noite e, dependendo da hora, posso não ouvir se ele bater.
Angus: Claro.
Paul abriu a porta para mim quando chegamos e cumprimentou Angus pelo nome, o que me
lembrou que Alfonso era dono do prédio. Acenei para os dois, avisei a portaria que ele iria ao
meu apartamento mais tarde e subi. O susto que Christian tomou ao abrir a porta para mim
me fez rir.
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