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História Toda Sua - AyA - Palavras erradas


Escrita por: nattinatasha

Notas do Autor


Meus queridos leitores(as) essa história não é da minha autoria, e sim da autora Sylvia Day, eu apenas adaptei ... Espero que gostem, muitos beijos e uma boa leitura.

Capítulo 40 - Palavras erradas



Depois de um instante de silêncio, ele disse: 
Alfonso: Adoro ver você comer. - Olhei para ele. 
Anahí: O que você quer dizer com isso?
Alfonso: Você come com gosto. E seus gemidinhos me deixam com tesão.
Acertei o ombro dele com o meu. 
Anahí: Pelo que você me falou antes, está sempre com tesão.
Alfonso: Culpa sua. - ele sorriu, o que me fez sorrir também.
Alfonso comeu com ainda mais disposição que eu e nem se preocupou em examinar a conta 
astronômica.
Antes de sairmos, ele pôs seu paletó sobre meus ombros e disse: 
Alfonso: Vamos à sua academia amanhã.
Eu o encarei. 
Anahí: A sua é melhor.
Alfonso: Claro que é. Mas posso ir aonde você quiser.
Anahí: De preferência um lugar que não tenha instrutores prestativos chamados William? - 
perguntei num tom inocente.
Ele me olhou com uma expressão de surpresa e um leve sorriso sarcástico. 
Alfonso: Cuidado, meu anjo. Se continuar tirando sarro da minha possessividade, vai ter 
retaliação.
Dessa vez, ele não ameaçou me bater. Alfonso teria percebido que misturar dor com sexo era 
uma questão delicadíssima para mim? Algo que me transportava para um estado mental do 
qual eu queria distância?
No caminho de volta, aninhei-me junto a ele no banco traseiro do Bentley, com as pernas 
apoiadas sobre suas coxas e a cabeça sobre seu ombro. Fiquei pensando na maneira como a 
violência de Jonathan havia afetado minha vida minha vida sexual em particular.
Quantos desses fantasmas Alfonso e eu conseguiríamos exorcizar? Pelo arsenal de apetrechos 
que havia na gaveta de seu quarto de hotel, estava claro que ele era muito mais experiente e 
ousado que eu em termos sexuais. E o prazer que extraí de sua ferocidade na nossa transa no 
sofá era uma prova de que ele podia fazer coisas comigo que ninguém mais seria capaz.
Anahí: Confio em você. - sussurrei.
Ele me envolveu com força em seu abraço. E, com os lábios encostados nos meus cabelos, 
murmurou.
Alfonso: Nós fazemos bem um pro outro, Anahí. - Foi com essas palavras na minha mente que 
adormeci em seus braços mais tarde naquela noite. - Não faça isso... Não. Não faça isso... Por 
favor.
Os gritos de Alfonso me fizeram pular da cama, com o coração disparado. Tive que me esforçar 
para recobrar o fôlego, observando com os olhos arregalados o homem que se contorcia ao 
meu lado.
Ele rosnava com um animal feroz, com as mãos fechadas, chutando sem parar. Eu me afastei, 
com medo de que ele me acertasse acidentalmente enquanto dormia.
Alfonso: Saia de perto de mim!, ele disse, ofegante.
Anahí: Alfonso! Acorde.
Alfonso: Saia... saia...  - Ele arqueou os quadris e soltou um gemido de dor. Ficou nessa posição, 
com os dentes cerrados e as costas arqueadas como se a cama abaixo de si estivesse em 
chamas. Então desabou, fazendo o colchão ceder sob seu peso.
Anahí: Alfonso.  - Tateei em busca do abajur do criado mudo, com a garganta queimando. Não 
conseguia chegar até ele. Tive que me livrar das cobertas emaranhadas para chegar mais 
perto. 
Ele gemia agoniado, contorcia-se com tanta violência que a cama inteira tremia.
Alcancei o abajur e o quarto se iluminou. Eu me virei para ele...
E o encontrei se masturbando com uma violência atordoante.
A mão que segurava seu membro estava pálida de tanto fazer força, e se movia para cima e 
para baixo de maneira brutal. Seu lindo rosto estava deformado pela dor e pelo martírio.
Temendo pela sua segurança, sacudi seus ombros com as duas mãos. 
Anahí: Alfonso, pelo amor de Deus. Acorde!.
Meu grito interrompeu o pesadelo. Seus olhos se abriram e ele se sentou, olhando 
freneticamente ao redor.
Alfonso: Quê? - ele perguntou sem fôlego, com o peito ofegante. Seu rosto estava todo 
vermelho, principalmente as bochechas e os lábios. - O que foi?
Anahí: Minha nossa. - Passei as mãos pelos cabelos e levantei, vestindo o robe preto que 
havia deixado no pé da cama.O que se passava na cabeça dele? Que espécie de impulso 
sexual era capaz de produzir sonhos tão violentos? - Você estava tendo um pesadelo, - disse 
com a voz trêmula. - Quase me matou de susto.
Alfonso: Anahí! - Ele olhou para baixo e, ao notar sua ereção, ficou ainda mais vermelho, 
dessa vez de vergonha.
Eu o observava à distância, de perto da janela, fechando o robe com um puxão. 
Anahí: Você estava sonhando com o quê?
Ele sacudiu a cabeça e abaixou-a, humilhado. Eu nunca o havia visto em uma posição tão 
vulnerável. Era como se outra pessoa estivesse ocupando seu corpo. 
Alfonso: Não sei.
Anahí: Mentira. Tem alguma coisa aí, corroendo você por dentro. O que é?
Ele se recompôs visivelmente quando sua mente conseguiu espantar de vez o sono. 
Alfonso:Foi só um sonho, Anahí. Todo mundo sonha.
Olhei bem para ele, magoada por estar sendo tratada daquela maneira, como se fosse uma 
imbecil. 
Anahí: Não me venha com essa.
Ele corrigiu a postura e cobriu as pernas com o lençol. 
Alfonso: Por que você está brava?
Anahí: Porque você está mentindo.
Ele inspirou profundamente; depois soltou o ar numa bufada. 
Alfonso: Desculpe por ter acordado você.
Apertei o espaço entre meus olhos, sentindo uma forte pontada de dor de cabeça se 
espalhar. Meus olhos ardiam de vontade de chorar por ele, de chorar por causa do martírio 
que ele estava enfrentando. De chorar por nós, porque, caso ele não se abrisse, nossa relação 
não teria futuro.
Anahí: Vou perguntar de novo, Alfonso: com o que você estava sonhando?
Alfonso: Não lembro.  - Ele passou as mãos pelos cabelos e pôs as pernas para fora da cama. -
 Estou com um negócio na cabeça que está atrapalhando meu sono. Vou trabalhar um pouco 
no escritório. Volte pra cama e durma mais um pouco.
Anahí: Essa pergunta tinha mais de uma resposta certa, Alfonso. ‘Vamos conversar sobre isso 
amanhã’ seria uma delas. ‘Vamos deixar pra falar disso no fim de semana’ seria outra. Até um 
‘Não estou pronto para conversar sobre isso’ seria aceitável. Mas você tem a cara de pau de 
fingir que não sabe do que estou falando e de me tratar como uma imbecil.
Alfonso: Meu anjo...
Anahí: Nem comece.  - Pus as mãos na cintura. - Você acha que foi fácil contar a você sobre 
meu passado? Acha que foi tranquilo me abrir daquele jeito e pôr tanta sujeira pra fora? Teria 
sido mais fácil abrir mão de você e namorar alguém menos famoso. Corri esse risco porque 
quero ficar com você. Um dia, quem sabe, você queira fazer o mesmo.
Saí do quarto.
Alfonso: Anahí! Que droga, Anahí, volte aqui. Qual é a sua?
Comecei a andar mais depressa. Sabia o que ele estava sentindo: o nó no estômago que se 
espalhava como um câncer, a raiva incontrolável e a necessidade de ficar a sós para tentar 
arrumar forças para empurrar as lembranças ruins de volta para o canto escuro de onde 
saíram.
Isso não era desculpa para mentir ou fingir que não estava acontecendo nada.
Peguei a bolsa na cadeira em que havia deixado antes de sair para jantar, fui embora às 
pressas pela porta da frente e logo entrei no elevador. A porta ainda estava se fechando 
quando o vi chegar à sala. Sua nudez o impediria de ir atrás de mim, e o olhar em seu rosto 
me impedia de ficar ali. Ele estava usando sua máscara de novo, a expressão impassível que 
mantinha o resto do mundo à distância.
Tremendo, segurei-me no apoio de bronze para não cair. Estava dividida entre minha 
preocupação com ele, que me induzia a ficar, e meu conhecimento adquirido a duras penas 
de que não seria capaz de conviver com o modo como ele lidava com seus traumas. O 
caminho da superação para mim foi o das verdades dolorosas, e não o das negações e 
mentiras.
Limpei as lágrimas e, ao passar pelo terceiro andar, respirei fundo e tentei me recompor 
antes de a porta se abrir e eu chegar ao saguão do edifício.
O porteiro chamou um táxi para mim demonstrando um profissionalismo exemplar, como se 
eu estivesse vestida para ir ao trabalho, e não descalça e usando apenas um robe de seda. Eu 
o agradeci com toda a sinceridade.
Senti tamanha gratidão pelo taxista por ter me levado bem depressa para casa que lhe dei 
uma bela gorjeta e nem me importei com os olhares furtivos do porteiro e do rapaz da 
recepção. Não me importei nem com o olhar da loira escultural que saiu do elevador quando 
eu entrei pelo menos não até sentir o cheiro do perfume de Christian e me dar conta de que 
a camiseta que ela estava usando era dele.
Ela lançou um olhar irônico para a minha quase nudez. 
Christian: Bonito robe.
Anahí: Bonita camiseta.
Ela foi embora com um sorrisinho no rosto.
Quando cheguei ao meu andar, encontrei Christian parado na porta de entrada, vestindo 
apenas um robe também.
Ele endireitou a postura e abriu os braços para mim. 
Christian: Vem cá, gata.
Fui bem depressa até ele e ganhei um abraço apertado com cheiro de perfume de mulher e 
sexo selvagem. 
Anahí: Quem é aquela menina que acabou de sair daqui?
Christian: Outra modelo. Não esquente a cabeça com ela. -  Ele me levou para dentro e 
trancou a porta. - Cross ligou. Disse que você estava vindo pra casa e que suas chaves estavam 
com ele. Queria que eu estivesse acordado pra receber você. Não sei se faz diferença, mas 
ele parecia estar muito chateado e ansioso. Quer conversar a respeito?
Deixei minha bolsa no balcão e entrei na cozinha. 
Anahí: Ele teve outro pesadelo. Um ainda pior. Quando perguntei sobre o que tinha sido, ele 
mentiu, depois começou a agir como se a maluca fosse eu.
Christian: Ah, o comportamento clássico.
O telefone começou a tocar. Tirei o fone da base e desliguei a campainha, e Christian fez o 
mesmo com o do balcão. Depois tirei o celular da bolsa, ignorei os alertas de ligações 
perdidas e mandei uma mensagem para Alfonso:
 "Estou em casa. Espero que consiga voltar a dormir."
Desliguei o telefone e joguei de volta na bolsa; depois fui até a geladeira e peguei uma 
garrafa de água. 
Anahí: O problema mesmo é que contei todos os meus podres pra ele esta noite.
Christian fez uma expressão de surpresa. 
Christian: Então você conseguiu. Como ele reagiu?
Anahí: Melhor do que eu esperava. É melhor Jonathan torcer pra eles nunca se cruzarem. -
Terminei de beber a água. - E Alfonso concordou em fazer terapia de casal, como sugeriu. 
Pensei que estivéssemos progredindo. Talvez até estivéssemos, mas aí voltamos lá pra trás.
Christian: Mas você parece estar bem. - Ele se inclinou sobre o balcão. - Não está chorando. 
Parece tranquila. Preciso me preocupar com alguma coisa?
Esfreguei a barriga em uma tentativa de espantar o friozinho instalado ali. 
Anahí: Não, vou ficar bem. É que... eu queria que as coisas dessem certo entre nós dois. 
Quero muito ficar com ele, mas mentir sobre coisas assim tão sérias é uma coisa que não 
consigo aceitar.
Minha nossa. Eu não conseguia nem imaginar a possibilidade de que não pudéssemos 
superar essa dificuldade. Já estava toda ansiosa. A necessidade de ficar com Alfonso fazia 
meu sangue ferver.
Christian: Você é osso duro de roer, gata. Estou orgulhoso. - Ele veio até mim, pegou-me pelo 
braço e apagou a luz da cozinha. - Agora vamos dormir e começar um novo dia quando 
amanhecer.
Anahí: Pensei que as coisas estivessem indo bem com Diego.
Ele abriu um sorriso lindo. 
Christian: Querida, acho que estou apaixonado.
Anahí: Por quem? - Encostei o rosto em seu ombro. - Pelo Diego ou pela loira?
Christian: Por Diego, bobinha. A loira foi só pelo exercício.
Eu tinha muita coisa a dizer a respeito, mas não era hora de examinar a tendência de Christian 
a sabotar a própria felicidade. E manter o foco na sua boa relação com Diego talvez fosse a 
melhor abordagem nesse caso. 
Anahí: Então você finalmente se apaixonou por um cara legal. A gente deveria sair pra 
comemorar.
Christian:  Ei, essa fala é minha.
 



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