Alfonso se debruçou sobre mim, ofegante, com seu cabelo fazendo cócegas no meu peito.
Alfonso: Meu Deus, não posso passar mais de um dia sem isso. Até as horas no trabalho
pareceram uma eternidade.
Percorri com os dedos as raízes úmidas de suor do seu cabelo.
Anahí: Também senti a sua falta.
Ele passou o rosto entre meus seios.
Alfonso: Quando estou longe de você, fico... Não fuja mais de mim, Anahí. Não consigo ficar
sem você. - Ele me puxou para que eu ficasse de pé na frente dele, mantendo o pau dentro de
mim até que meus saltos tocassem o piso de madeira. - Vamos lá pra casa agora.
Anahí: Não posso ir embora sem Christian.
Alfonso :Então vamos levá—lo junto. Shh... Antes que você diga qualquer coisa, seja o que for
que ele pretende conseguir nesta festa, eu posso providenciar. Ficar aqui não ajuda ninguém.
Anahí: Ele pode estar se divertindo.
Alfonso: Não quero você aqui. - De repente ele pareceu distante, com um tom de voz
controlado demais.
Anahí: Você tem ideia do quanto me deixa chateada falando uma coisa dessas? - Chorei
baixinho, com o peito queimando de dor. - O que tem de errado comigo? Por que não posso
chegar perto da sua família?
Alfonso: Meu anjo, não. - Ele me abraçou, acariciando minhas costas para que eu me
acalmasse. - Não tem nada de errado com você. É esta casa. Eu não... eu é que não posso ficar
aqui. Você quer saber com que eu sonho? É com esta casa.
Anahí: Ah... - Senti um nó no estômago de preocupação e de surpresa. - Desculpe. Eu não sabia.
Alguma coisa na minha voz fez com que ele desse um beijo na minha testa.
Alfonso: Fui grosseiro demais com você hoje. Desculpe. Fico agressivo e irritado quando estou
aqui, mas isso não é motivo.
Agarrei seu rosto com as duas mãos e olhei bem para os olhos dele, conseguindo um vislumbre
dos sentimentos turbulentos que Alfonso estava tão acostumado a esconder.
Anahí: Nunca se desculpe por ser você mesmo quando está comigo. É isso que eu quero. Quero
ser seu porto seguro, Alfonso.
Alfonso: Isso você já é. Você nem imagina quanto, mas vou arrumar um jeito de explicar. - Ele
grudou sua testa contra a minha. - Vamos pra casa. Comprei umas coisinhas pra você.
Anahí: Ah, é? Adoro presentes. Principalmente quando vinham do meu namorado
assumidamente nada romântico.
Com cuidado, ele começou a sair de dentro de mim. Fiquei até assustada ao perceber como
estava molhada, dando-me conta do quanto ele havia gozado. Os últimos centímetros
escorregaram com força para fora, respingando sêmen na parte interna das minhas coxas. Logo
depois, duas audaciosas gotinhas caíram sobre o piso de madeira por entre minhas pernas
abertas.
Alfonso: Merda, - ele rosnou. - Isso é bom demais. Já estou ficando duro de novo.
Olhei para sua demonstração desavergonhada de virilidade e senti um calor subir pelo corpo.
Anahí: Você não vai aguentar depois de tudo aquilo.
Alfonso:Claro que vou. - Pegando meu sexo com a mão em concha, ele me deixou toda
meladinha, apertando os grandes lábios e massageando a parte interna com os dedos. Senti
uma euforia se espalhar dentro de mim como o calor de um gole de uma bebida fina, um senso
de contentamento que provinha simplesmente do fato de Alfonso gostar de desfrutar de mim e
do meu corpo.- Viro um animal quando estou com você, - ele murmurou. - Quero te deixar
marcada. Quero possuir você de tal forma que não exista mais nenhuma distância entre nós.
Meus quadris começaram a se mover em pequenos círculos. Suas palavras e seu toque
reacenderam o desejo que ele havia tornado ainda mais intenso com a força de seu pau. Eu
queria gozar de novo, não queria ter que esperar até chegarmos à cama dele. Eu também virava
uma criatura sexual ao lado de Alfonso, tão fisicamente em sintonia com ele e com tanta
certeza de que ele jamais ia ferir meu corpo que me senti... livre.
Tomei seu pulso entre os dedos e guiei lentamente sua mão pelo meu quadril até chegar à
minha bunda. Mordendo seu queixo, reuni a coragem que ele me inspirava e murmurei:
Anahí: Me toque aqui. Me marque bem aqui.
Ele ficou paralisado, com o peito arfando em movimentos acelerados.
Alfonso: Eu não.... - Ele pôs mais força na voz. - Eu não faço anal, Anahí.
Olhando em seus olhos, vi a presença de algo obscuro e volátil. Algo muito doloroso.
De todas as coisas que poderíamos ter em comum...
A paixão bruta da luxúria se acalmou até chegar à familiaridade amena do amor. Com o coração
sangrando, confessei:
Anahí: Eu também não. Pelo menos voluntariamente.
Alfonso: Então... por quê? - A perplexidade de seu tom de voz me comoveu.
Eu o abracei, pressionando o rosto contra o dele e ouvindo a batida quase desesperada de seu
coração.
Anahí: Porque acredito que seu toque pode me fazer esquecer o de Jonathan.
Alfonso:Ah, Anahí. - Ele deitou o rosto sobre a parte de cima da minha cabeça.
Eu o apertei ainda mais forte.
Anahí: Com você eu me sinto segura.
Ficamos abraçados por um bom tempo. Ouvi sua pulsação se acalmar e sua respiração ficar
mais lenta. Inspirei profundamente, deliciando-me com a mistura do cheiro dele com o da
nossa luxúria furiosa e do sexo ainda mais intenso.
Quando a ponta do dedo médio dele deslizou suavemente até as pregas do meu ânus, eu me
afastei e olhei para ele.
Anahí: Alfonso?
Alfonso: Por que eu? - ele perguntou baixinho, com seus lindos olhos parecendo confusos e
tempestuosos. - Você sabe que tenho traumas, Anahí. Você viu o que... naquela noite em que
me acordou. Você viu, porra. Como pode entregar seu corpo pra mim desse jeito?
Anahí: Confio no meu coração e no que ele está me dizendo. - Desfiz com os dedos a ruga entre
suas sobrancelhas. - E você é capaz de devolver meu corpo pra mim, Alfonso . Acho que
ninguém mais além de você pode fazer isso.
Ele fechou os olhos e encostou sua testa suada na minha.
Alfonso: Você tem uma palavra de segurança, Anahí?
Surpresa, mais uma vez eu me afastei para examinar seu rosto. Alguns membros da minha
terapia de grupo já tinham falado sobre relações de dominação/submissão. Certas pessoas
precisam estar totalmente no controle durante o sexo. Já outras preferiam o oposto, e só a
submissão e a humilhação eram capazes de saciar sua necessidade de sentir dor para poder ter
prazer. Para os praticantes dessa modalidade de sexo, a palavra de segurança era um jeito bem
claro de dizer chega. Mas eu não entendi por que isso poderia ter alguma relevância
para mim e Alfonso.
Anahí: Você tem?
Alfonso: Não preciso disso. - O movimento suave do seu dedo foi perdendo intensidade. Ele
repetiu a pergunta. - Você tem uma palavra de segurança?
Anahí: Não, nunca precisei. Fazer papai-e-mamãe, ficar de quatro, brincar com o vibrador... meu
repertório se resume a isso, basicamente.
Seu rosto perdeu um pouco da seriedade que ostentava até então.
Alfonso: Graças a Deus. Caso contrário eu poderia ficar maluco.
E a ponta do seu dedo ainda estava me massageando ali atrás, despertando um desejo
perverso. Gideon provocava aquilo em mim, fazendo-me esquecer de tudo o que havia
acontecido antes. Eu não tinha gatilhos negativos com ele, nem medos e hesitações. E queria
retribuir tudo isso com o corpo que ele havia libertado dos eventos do passado.
O relógio perto da porta começou a badalar a hora.
Anahí: Alfonso, sumimos faz um tempão. Daqui a pouco vão vir atrás de nós.
Ele tirou um pouco da pressão do dedo, tocando-me bem de leve.
Alfonso: E você está preocupada com isso?
Meus quadris se arquearam ao toque. Já estava ficando com tesão de novo, só de pensar no
que estava por vir.
Anahí: Não me preocupo com mais nada quando você está me tocando.
Sua mão livre subiu até meus cabelos e os agarrou pela raiz, mantendo minha cabeça imóvel.
Alfonso: Você já gostou de fazer anal? Mesmo sem querer?
Anahí: Nunca.
Alfonso: E ainda assim confia em mim a ponto de me pedir isso. - Ele beijou minha testa
enquanto lambuzava meu traseiro com seu sêmen.Eu me agarrei em sua cintura.
Anahí: Se não quiser, não precisa...
Alfonso: Quero, sim. - Sua voz ganhou um tom perversamente agressivo. - Se você está a fim de
alguma coisa, sou eu quem tem que fazer. Sou eu o responsável por satisfazer todas as suas
necessidades, Anahí. Custe o que custar.
Anahí: Obrigada, Alfonso. - Meus quadris se mexiam sem parar enquanto ele continuava a me
lubrificar. - Eu também quero ser o que você precisa.
Alfonso: Eu já disse do que preciso, Anahí... controle. - Ele roçou seus lábios contra os meus. -
Você está me pedindo para fazê-la revisitar lugares dolorosos, e eu vou, se é isso que você
quer. Mas precisamos tomar muito cuidado.
Anahí: Eu sei.
Alfonso: A confiança é uma coisa difícil de conquistar, tanto pra você como pra mim. Se acabar,
corremos o risco de perder tudo. Pense em uma palavra que você associe ao poder. Sua palavra
de segurança, meu anjo. Escolha uma.
A pressão da ponta do dedo dele foi se tornando mais insistente. Eu gemi: - Always.
Alfonso: Humm... Gostei. Bem apropriado. - A ponta de sua língua percorreu minha boca,
tocando- me apenas de leve antes de se retrair. Seu dedo circulava meu ânus de novo e de
novo, empurrando o sêmen para aquele orifício apertado, que se abria pedindo mais, enquanto
ele soltava um gemido.
Quando ele o pressionou de novo, fiz força para fora e seu dedo escorregou para dentro de
mim. A sensação da penetração foi surpreendentemente intensa.
Assim como antes, minhas pernas cederam ao peso do corpo, deixando-me toda mole.
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