Anahí: Estou. - Eu sorri.
A porta se abriu, e eu fui a primeira a ser conduzida para dentro. Fiz questão de abrir um
enorme sorriso ao entrar... um sorriso que se congelou no meu rosto ao ver o homem que
estava diante de mim logo na entrada da sala.
Minha parada repentina bloqueou a passagem, e Aaron acabou trombando nas minhas costas,
arremessando-me para a frente aos tropeções. O Moreno Perigoso me apanhou pela
cintura, tirando meus pés do chão e me obrigando a me amparar em seu peito. O ar foi
arrancado de dentro de mim com o impacto, assim como o restante de bom senso que eu
ainda possuía. Mesmo com as diversas camadas de tecido que havia entre nós, pude sentir
que seus bíceps endureceram como pedra sob o contato das minhas mãos, e que sua barriga
contra a minha era uma massa compacta de músculos. Quando ele respirou perto de mim,
meus mamilos endureceram, estimulados pela expansão do peito dele.
Ah, não. Eu só poderia estar sob uma maldição. Uma rápida sequência de imagens passou
pela minha mente, mostrando as mil e uma maneiras como eu poderia tropeçar, cair,
escorregar ou me esborrachar na frente daquele deus do sexo ao longo dos próximos dias,
semanas ou até meses.
XXX: Olá de novo. - Ele murmurou, e a vibração de sua voz fez meu corpo todo se
enrijecer. - É sempre um prazer topar com você, Anahí!
Fiquei vermelha de vergonha e de desejo, incapaz de tomar a atitude de me afastar, apesar
da presença de outras duas pessoas na sala. O fato de a atenção dele estar toda voltada para
mim também não ajudava, seu corpo firme irradiava uma impressão irresistível de um desejo
poderoso.
Aaron: Senhor Herrera. - disse ele cordialmente atrás de mim. - Desculpe a entrada meio
abrupta!
Sr.Herrera: Não precisa se desculpar. Foi uma entrada memorável. - Disse ele me fitando com
seus belo par de olhos verdes.
Cambaleei sobre os saltos quando Sr. Herrera me pôs de volta no chão, com os joelhos
trêmulos
em virtude do intenso contato corporal. Ele estava mais uma vez de preto, com uma camisa e
uma gravata em um tom claro de cinza. Como sempre, estava lindo de morrer, pensei comigo
mesma...
Como deve ser ter essa aparência? Com certeza, em todo lugar por onde passava ele causava
uma comoção.
Chegando até mim, Aaron me amparou e me ajudou a retomar o equilíbrio com toda a
gentileza.
O olhar do Sr. Herrera se concentrou na mão de Aaron no meu cotovelo até que ele me
soltasse.
Aaron: Muito bem. Vamos lá, então. - Aaron retomou sua postura. - Esta é minha assistente,
Anahí Portilla.
Sr. Herrera: Nós já nos conhecemos. - Então ele puxou uma cadeira ali perto. - Anahí.
Olhei para Aaron em busca de orientação, ainda tentando me recuperar dos momentos em
que havia ficado a milímetros daquele supercondutor sexual escondido sob um terno
Fioravanti.
Sr.Herrera se aproximou em silêncio e ordenou: - Sente-se, Anahí.
Aaron acenou com a cabeça, mas eu já estava me soltando sobre a cadeira ao comando de
Herrera. Meu corpo obedeceu instintivamente antes que minha mente compreendesse a
situação e fizesse alguma objeção.
Fiz de tudo para passar despercebida a hora seguinte, durante a qual Aaron foi duramente
questionado por Herrera e as diretoras da Kingsman, duas morenas bonitas, vestidas com
terninhos elegantes. A de lilás fazia questão de chamar a atenção de Herrera o tempo todo,
enquanto a de terninho creme se concentrava no meu chefe. Todos pareciam bastante
impressionados com a capacidade de Aaron de explicar como o trabalho da agência , e seu
modo de trabalhar com o cliente agregaria valor à marca.
O fato de Aaron permanecer tão tranquilo sob pressão me deixou admirada , ainda mais sob
uma pressão exercida por Herrera, que comandava o andamento da reunião sem fazer o
menor esforço.
Herrera: Muito bom, senhor Díaz. - Herrera elogiou casualmente quando as conversas se
encerraram. - Estou ansioso para ver sua resposta à solicitação de proposta quando for a hora.
O que levaria você a se sentir tentada a experimentar a Kingsman, Anahí?
Com o susto, comecei a piscar sem parar.
Anahí: Como?
A intensidade de seus olhos era avassaladora. Senti que toda a sua atenção estava voltada
para mim, o que só me fez admirar ainda mais a tranquilidade de Aaron, que foi obrigado a
argumentar sob o peso daquele olhar por uma hora.
A cadeira de Herrera estava voltada para mim, fazendo com que ele me olhasse bem de
frente.
Seu braço direito repousava sobre a superfície lisa da mesa, com seus longos e elegantes
dedos tamborilando sobre o tampo do móvel. Dei uma olhada furtiva em seu pulso por baixo
do paletó e, por alguma estranha razão, a visão daquela pequena parcela de pele dourada
coberta de pelos escuros fez meu clitóris implorar por atenção. Ele era tão... másculo.
Ele refez a pergunta.
Herrera: Qual dos conceitos sugeridos por Aaron você prefere?.
Anahí: Acho que são todos brilhantes. - Respondi rapidamente tentando afastar aqueles
pensamentos. Seu lindo rosto permaneceu impassível enquanto continuava a falar.
Herrea: Posso mandar todo mundo sair da sala para ter uma opinião sincera, se é isso que
você quer.
Meus dedos se enrodilhavam pelas extremidades dos apoios de braço da minha cadeira.
Anahí: Acabei de dar uma opinião sincera, Senhor Herrera, mas, se faz questão de saber, acho
que luxúria lasciva a um preço acessível terá mais apelo entre o público em geral. Mas não sei
se...
Herrera: Eu concordo. - Então ele se levantou e abotoou o paletó. - Aí está seu ponto de
partida, Senhor Díaz. Retomamos o assunto na semana que vem! - Falou dando por
terminada aquela reunião.
Fiquei ali sentada por um momento, aturdida com o rumo que as coisas haviam tomado.
Então olhei para Aaron, que parecia oscilar entre o espanto e o encantamento.
Eu me levantei e fui a primeira a tomar o caminho da porta. Minha atenção estava toda
voltada para Herrera, posicionado atrás de mim. A maneira como ele se movia, com uma
elegância natural e uma economia de gestos absurda, era um atrativo excepcional. Eu não
conseguia imaginá-lo na cama como outra coisa além de dominante e agressivo, deixando
qualquer mulher louca de desejo de fazer tudo o que ele mandasse.
Herrera não saiu de perto de mim até chegarmos aos elevadores. Ele e Aaron conversaram
brevemente sobre os últimos eventos esportivos, mas, ao que parece, eu estava concentrada
demais no efeito que ele causava sobre mim para me preocupar com conversas sem
importância. Quando o elevador chegou, soltei um suspiro de alívio ao embarcar sozinha com
Aaron.
Herrera: Só um momento, Anahí. - Ele disse suavemente, puxando me de volta pelo
cotovelo. - Daqui a pouco ela desce, ele informou para Aaron quando a porta do elevador se
fechou diante de seu rosto atônito.
Herrera não disse nada enquanto o elevador ainda estava por perto; depois acionou
novamente o botão e em seguida perguntou.
Herrera: Você está dormindo com alguém? - .A pergunta foi feita de maneira tão casual que
eu demorei um pouco para registrar o que ele havia dito, Inspirei profundamente.
Anahi: Por que está me perguntando isso? - Perguntei incrédula.
Vi no seu olhar a mesma coisa que havia notado da primeira vez em que nos encontramos
uma energia absurda e um controle absoluto sobre mim. O que me fez dar um passo para trás
involuntariamente. De novo. Pelo menos dessa vez eu não caí; já era alguma coisa.
Herrera: Porque eu quero comer você, Anahí. Então preciso saber se existe alguém
atrapalhando meus planos. - Disse simples.
A compressão súbita que senti entre minhas coxas me obrigou a procurar apoio na parede
para manter o equilíbrio. Ele chegou mais perto e me escorou, mas eu o mantive à distância
com uma das mãos.
Anahí: Talvez eu não esteja interessada, senhor Herrera. - Menti.
Um esboço de sorriso transpareceu em seus lábios e fez o que parecia impossível, deixou o
ainda mais bonito. Minha nossa...
A campainha assinalando a aproximação do elevador me causou um sobressalto, de tão tensa
que eu estava. Eu nunca tinha me sentido tão excitada na minha vida. Nunca tinha me
sentido tão implacavelmente atraída por outro ser humano. Nunca tinha me sentido tão
ofendida por alguém que me atraía.
Entrei no elevador e me virei para olha-lo, Então ele sorriu.
Herrera: Até a próxima, Anahí!
As portas se fecharam e eu desmoronei sobre o corrimão de bronze, tentando me recompor.
Mal havia me endireitado novamente quando a porta se abriu e eu vi Aaron andando de um
lado para o outro no hall de entrada do nosso andar.
Aaron: Meu Deus, Anahí. - Ele murmurou, interrompendo se de repente. - O que foi aquilo?
Anahí: Não faço a menor ideia. - fui logo dizendo, louca para compartilhar a conversa confusa
e ultrajante que havia tido com Herrera, mas sabendo que meu chefe não era a pessoa mais
indicada para isso. - Mas que diferença faz? Você já sabe que a conta é nossa! - Exclamei
tentando sair daquele conversa.
Ele abriu um sorriso.
Aaron: Acho que é mesmo. - Respondeu-me agora sorrindo.
Anahí: Como diz meu amigo, você devia comemorar. Quer que eu faça uma reserva em um
restaurante para você e a Ana? - Ele pareceu gostar da idéia, então um minuto depois me
respondeu.
Aaron: Por que não? No Pure Food and Wine às sete, se conseguir. Se não der certo, nos
surpreenda.
Mal havíamos voltado ao escritório de Aaron quando ele foi interceptado pelos executivos
Michael Waters, CEO e presidente, além de Maite Perroni e Dulce Maria, a diretora executiva
e a vice-presidente do conselho, respectivamente.
Passei pelos quatro com a maior discrição possível e me recolhi à minha mesa.
Liguei para o Pure Food and Wine e implorei por uma mesa para dois. Depois de infinitas
súplicas, a hostess enfim cedeu.
Deixei uma mensagem no correio de voz de Aaron: - Hoje é mesmo seu dia de sorte. Seu
jantar está confirmado para as sete. Divirta-se!.
Depois disso fui embora, ansiosa para chegar logo em casa.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.