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História Together - Chapter one


Escrita por: gabbz_

Notas do Autor


SEJAM BEM-VINDOS A "TOGETHER"!
Desejo uma ótima leitura e espero que gostem! 💜

Capítulo 1 - Chapter one


1998. Atlanta, Estados Unidos.

Justin Bieber P.O.V: 

Ela era nova na escola, usava dois laços cor de rosa em cada lado do seu cabelo claro. Agarrada às pernas de sua mãe observava tudo ao seu redor com certo receio. Inicialmente tentei uma aproximação, lhe ofereci o lugar vago no banco em que estava, em troca recebi apenas uma análise completa. Seus olhos encararam os meus, as minhas pernas vacilaram e eu mal sabia o que estava acontecendo.

Dei meia volta e retornei para o meu grupo de amigos, éramos um trio e a minha frustração era perceptível, eu a queria perto de nós, queria ser seu amigo, mas ela não me deixava ao menos esperançoso quanto a isso. É muito cedo e eu não fazia ideia do quão dificil devia ser entrar num colégio novo, no meio do ano, quando a maioria dos grupos estão formados.

Ela poderia ao menos retribuir o meu cumprimento.

Nos dias seguintes não quis parecer insistente, na mesma proporção em que não queria ter que ouvir piadas dos meus amigos sobre estar apaixonado pela garota, a média de idade de todos nós era dos oito aos dez anos, o que sabíamos sobre paixão? Eu só queria ser seu amigo, não queria vê-la sozinha, queria tornar a sua ida a escola agradável.

[...] 

2017. Atlanta, Estados Unidos.

Deitada em meu colo, acaricio seus cabelos e sinto o perfume suave que eles emanavam, Emma está concentrada na comédia romântica que escolhemos para assistir, já eu, tenho toda a minha atenção depositada nos traços delicados do seu rosto. Ela preenchia boa parte dos meus pensamentos além de ser responsável por bagunçá-los.

- Quais as chances de não estar prestando atenção no filme? - perguntou ainda sem tirar os olhos da televisão.

- Como sabe o que estou fazendo se ao menos está olhando para o meu rosto? - agora ela me encarava com sua típica testa franzida.

- Sou sensitiva. - foi inevitável não gargalhar.

Segurei o seu braço e a fiz sentar-se a minha frente, meus braços envolviam sua cintura e meu queixo repousava em seu ombro.

- Andrew está me esperando. - ela dizia enquanto verificava algo em seu celular.

A reação era instantânea ao ouvir o nome, meus olhos queimavam em irritação. Não era ciúmes, eu só tinha certeza de que ele não era o cara certo para Emma, eles eram totalmente opostos e eu não sou adepto ao lema "os opostos se atraem".

- Achei que suas divergências com Andrew tinham sido deixadas para trás.

- Temos divergências?

- Se não tem, precisa consultar um oftalmologista já que todas as vezes que falo sobre ele seus olhos reviram em completo tédio.

- Emma. - suspirei.

Foram incontáveis às vezes em que Andrew teria sido o responsável pelo início de nossas discussões, até que resolvi não deixá-lo enfraquecer o que tenho com Emma, talvez fosse esse o seu objetivo e eu não costumo dar o gosto da vitória aos que não merecessem tê-la.

Pude vê-la deixar escapar um suspiro pesado antes de colocar sua bolsa no ombro e passar feito um foguete pela porta do apartamento. Recolhi as chaves sob a mesa e a segui em passos curtos até encontrá-la parada em frente ao elevador.

Nosso percurso foi silencioso, digo extremamente silencioso já que desde que saímos de casa, o único barulho no espaço em que estávamos foram dos alertas das mensagens que chegavam em seu celular, provavelmente de Andrew.

Vez ou outra, sorrateiramente, encarava seu rosto fixo a pontos quaisquer que via através da janela do carro, eu realmente odiava quando isso acontecia.

- Se pudesse me contar o motivo dessa expressão emburrada. - arrisquei a cortar o silêncio entre nós. - O que falei?

Seus olhos encaravam os meus e a todo o custo tentei não deixar um riso escapar, era como estar vendo a Emma emburrada da sexta série, como quando suas canetas coloridas simplesmente desapareciam.

- Boa noite, Justin.

As portas estavam travadas e no momento em que tentou sair e não conseguiu seus olhos soltaram lazers sob mim, apoiei um dos braços sob o outro e arqueei as sobrancelhas.

- Saber lidar com suas repentinas birras é tarefa de alguém muito paciente. - puxei o seu corpo para perto do meu e o envolvi num abraço apertado. - Não tenho problemas com o amor da sua vida. - debochei. - Só me garanta que não teremos que cruzar o mesmo caminho com frequência.

- Não posso considerar o que está fazendo uma birra também? - questionou.

- Já forço simpatia por Andrew sempre que nos encontramos, o que mais quer de mim?

- Quero que o conheça, não peço para serem amigos... - lhe interrompi.

- Isso nunca aconteceria!

- Só não quero que continue a tirar conclusões precipitadas sobre alguém que mal conhece, como pode desenvolver antipatia por um desconhecido?

- Sabe o que eu sou?! - ela franziu as sobrancelhas. - Sensitivo, exatamente como você.

[...]

Estava exausto! Os meus ombros pareciam ter sustentado toneladas por horas e o meu despertador contribuía para que as marteladas em minha cabeça ganhassem ainda mais intensidade. Com certo custo, me levantei e fiz parar o barulho irritante. No banheiro, faço minhas higienes e saio com uma toalha amarrada na cintura, a minha roupa estava separada desde a noite anterior, assim como todas as outras coisas que precisaria.

Encho um copo descartável com a maior quantidade de café possível e saio dali com as chaves e a carteira em uma das mãos.

- Diga-me que não deixei ninguém esperando. - supliquei à Susan que sorria enquanto verificava algo em seu computador.

- Amber Baker, primeira consulta. - revirei os olhos irritado, eu realmente odiava atrasos e odiava ainda mais quando eles eram meus. - Está esperando faz quinze minutos.

Ainda na recepção, arremesso com precisão o copo descartável na lixeira e em passos apressados corro até a minha sala enquanto tento deixar a minha sufocante gravata um pouco mais confortável, acabo por tirá-la e ergo às mangas da camisa.

- Desculpe por fazê-la esperar, me acompanhe. - era uma adolescente, me parecia realmente ansiosa a julgar pelos pés inquietos que batiam freneticamente no chão. - Então, Amber, o que me conta!?

- Minha mãe acha necessário um acompanhamento psicológico já que estamos sempre mudando de cidade. - eu conseguia notar a frustração em sua fala. - Acha que posso estar ficando louca!

- Sabe que um psicólogo não trata somente de transtornos psicológicos?! - ela parecia tão entediada. - Podemos transformar nossos encontros semanais em momentos de boas conversas.

- Não sou tão solitária assim! - ela agora tinha um meio sorriso no rosto.

- Não me recordo de ter dito algo parecido. - ela continuava a me encarar. - Garanto que nossas conversas não serão tediosas e que ao fim do nosso trabalho irá sentir falta de me visitar. - às vezes a minha pouca modéstia funcionava.

- Não era exatamente essa a imagem que eu tinha de um psicólogo.

- O que esperava encontrar?

- Um estranho evasivo para quem eu teria que contar boa parte da minha vida.

- Prometo tentar contrariar a sua imaginação e não ser tão evasivo, ok?! - ergui a minha mão em cumprimento e sorri ao ser retribuído.

[...]

Eu nunca fui bom em controlar as minhas emoções, muito menos em escondê-las, qualquer um que me visse agora notaria a minha indisposição em ir para qualquer lugar que fosse. Estava fazendo aquilo por Emma, mesmo contra a minha vontade resolvi aceitar o seu pedido.

A casa estava cheia e boa parte das pessoas era desconhecida para mim. Ryan acenou num canto da sala e ergueu sua taça com bebida até a metade.

- Me deve cem dólares. - ele piscou para Cassie que revirou seus olhos antes de me cumprimentar.

- Apostaram cem dólares na minha presença?

- Ela acreditou que não viria.

- Estou aqui por Emma!

Ignorei todos os olhares desconfiados direcionados a mim e depositei toda a minha atenção na bebida gelada em meu copo. Emma caminhava em minha direção, seu olhar transmitia o alerta que sempre me mandava quando Andrew estava por perto: "Seja gentil!".

- Fico feliz por estar aqui! - o sorriso mal cabia em seu rosto.

- Foi o que pediu. - dei de ombros e a abracei tornando o momento o mais demorado e provocativo possível.

- Bieber, como vai?! - Andrew ergueu sua mão em cumprimento quando ainda estávamos abraçados.

- Não pode ficar melhor. - retribui o cumprimento.

A mesa exageradamente grande aos poucos ia sendo ocupada pelos convidados. Aguardei até que todoa estivessem em seus devidos lugares para que eu me juntasse a Ryan e Cassie.

- Bem... - Andrew tossiu e colocou-se de pé tendo a atenção de todos ali. - Esconder o real motivo desse jantar talvez tenha sido a tarefa mais difícil e complicada dos últimos tempos para mim.

Emma parecia extasiada a cada palavra dita por Andrew, eu conseguia prevê o que poderia acontecer nos próximos minutos.

- Emma Davies, aceita casar comigo?

Ainda que tudo aquilo fosse esperado, foi inevitável conter a aceleração dos meus batimentos cardíacos, tão inevitável quanto deixar uma lágrima escorrer ao ouvir sua resposta.

- Sim, eu aceito! 


Notas Finais


O que acharam?! Sintam-se à vontade em mandar suas opiniões, sugestões ou críticas construtivas, gosto de interagir com os leitores. BEIJOS! 😘


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