1. Spirit Fanfics >
  2. Together, They Destroy Our Lives >
  3. Intervention

História Together, They Destroy Our Lives - Intervention


Escrita por: SweetMadness99

Capítulo 10 - Intervention


 

POV Narrador

Severus foi muito prestativo à Charlie ao fazer com que Mary Elizabeth ingerisse uma poção que a faria dormir até seu núcleo mágico se restabelecer. Isso deu ao Weasley, tempo o suficiente para assinar todos os papéis para se tornar diretor da colônia em Liverpool, e fazer toda a mudança da casa. Como as diferenças eram poucos, Charles basicamente conseguia aparatar com os objetos exatamente no lugar em que iriam ficar, o que provocou um leve desgaste mágico e quase nenhum físico. Depois de deixar tudo em perfeita ordem, o ruivo foi ao mercado e comprou tudo o que sua mãe precisaria para aquele almoço.

As crianças já estavam em Hogwarts, e a apresentação de Dolores Umbridge não foi exatamente inteligente. Se fossemos analisar pelo olhar Lucius, a mulher é "Verdadeiro desacato à política e a etiqueta bruxa, um trol de tutu cor-de-rosa em uma noite de black/white." ou fora qualquer coisa do tipo que o rapaz ouvira de seu sogro. 

Depois de ser chutado da cozinha por sua mãe, Charlie subiu as escadas, indo até o quarto que ele e Marie dividiam. Encontrou a namorada sentada na cama, os olhos azuis levemente avermelhados pelas lágrimas finas que escorriam sem o consentimento da loira. Deixando a flor que trouxera para ela sobre o criado mudo, Charles se sentou ao seu lado, segurando as mãos delicadas. 

—Bom dia, meu amor.-Falou baixo, secando as lágrimas da mulher, antes de beijá-la com carinho.-Por que está triste?

—Papai está com raiva de mim...-Murmurou, se acomodando contra o peito de seu ômega.-Ele não diz, mas sei que está com raiva. Ele se sente traído... Traído porque não contei a ele sobre a dubiedade...

—Lucius nunca teria raiva de você.-Tentou, acarinhando os cachos brancos da namorada.-E você sabe disso. Ele ama você de uma forma quase assustadora. E se ele for malvado... Sempre pode brilhar esses lindos olhos azuis ao seu devotado padrinho lobisomem. O que acha?

A loira riu baixinho, sentindo parte do peso de seu coração se esvair. 

—Ele quer ver...

—O que, amor?

—Lucian...

Charlie deu um suspiro pesado, antes de se ajeitar melhor na cama, e fazer o mesmo com a moça em seu peito. Pegou a rosa azul que trouxera para ela, entregando-a em sua mão.

—Você sabe o que eu penso sobre ele.-Ela acenou positivamente.-Sabe que o amo também.-Ela repetiu o gesto, alisando as pétalas vibrantes com carinho.-E que me magoa o fato de se odiarem tanto.

—Não nos odiamos, Charles...-Ele arqueou a sobrancelha, num gesto tanto típico dela que a fez a sorrir.-Apenas... Pare com essa cara!-Implicou, abaixando a sobrancelha ruiva com o dedo, fazendo-o rir.-Leve-me a sério!

—Eu levo! Mas queria que parasse de mentir para si mesma. E sabe que seu pai tem o direito de conhecer todos os filhos que tem. Lucian é um deles.

—Espere até papai descobrir o nome que deu a Ele.

O ruivo apenas riu do lamento dela, antes de voltar a beijá-la com carinho. Se tinha algo de que Charlie não tinha medo, era do ego apavorante do sogro.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Lucius e Bella retornaram a Malfoy Manor, depois de uma conversa entre o patriarca e a filha. Conversa da qual Bellatrix não pôde participar. A magia de Lucius estava visivelmente magoada, ferida, e imaginou que a filha fosse o alvo do mau humor do ômega.

—Você não vai mesmo me contar o que está te torturando?

Questionou, enquanto terminava de retirar suas roupas, seguindo para a banheira, onde o loiro repousava. 

—Meu pai mentiu para mim e trancou a magia de nossa filha com magia negra. Nossa filha mentiu para mim, e não me contou sobre...

—Ela ser dúbia.-Lucius olhou descrente para a alfa.-Desde que voltei de Azkaban, Marie tem me contado... Tudo. O que escondeu de você, o que você escondeu de mim, o que tentou esconder dela. Agressões físicas, Lucius? Por Merlin, se eu soubesse disso...

—Teria colocado Azkaban a baixo, e iniciado uma caçada à Narcisa.

—Diga-me com todas as letras que não gostaria que eu fizesse isso.-Exigiu a morena, um sorriso travesso brincando nos lábios finos. Lucius se limitou a beijar a alfa com carinho, antes afundar na banheira e levá-la junto, apenas pelo prazer de vê-la aborrecida consigo.-Lucius!

—Detesto quando temos essas conversas monótonas.

—Isso significa que está disposto a escutar nossa filha?-Ele revirou os olhos.-Lucius! 

—Tudo bem. Estou disposto a ouvir mais sobre a traição de minha própria filha. Melhor agora?

—Só um aviso, meu querido ômega: Não a faça chorar.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

—Não acredito que decidiu isso sozinho...

Suspirou a alfa, mas olhava encantada para a casa, organizando uma coisa ou outra que o ômega esquecera. 

—Teve uma vez que eu coloquei o que eu queria acima de tudo o que você sentia. E você nunca me deixou.-Ela se voltou para ele, pronta para interromper.-Não, me escute, Mary.-Pediu, segurando-a pelos ombros com carinho, antes de acariciar o rosto de traços elegantes.-Eu te amo. E da ultima vez que nos sobrepomos um ao outro... Por Merlim! Eu quase a perdi. Eu jamais vou cometer o mesmo erro. Já chega, a mantive afastada da sua família todo esse tempo, segui o meu sonho. E consegui o que eu queria, agora é a sua vez. Perdemos um filho, Marie... Eu não quero que fique longe deles agora. Sua máscara de indiferença pode enganar até mesmo seu pai, mas não a mim. 

—Pensei que tivesse se esquecido...

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Romênia, 1992

Draco iria, pela primeira vez, visitar a irmã em sua casa na Romênia. E estava mais do que empolgado. Tinha tanto a contar a ela sobre o que vivera em seu primeiro ano em Hogwarts. Foi ao ministério cedo com seu pai naquele dia, e viu aquela tão estimada figura o esperando, de braços abertos. Braços para os quais ele correu sem exitar.

—Olá, meu Dragão.-A irmã murmurou apenas para si, como sempre fez.-Animado com a viagem?-O pequeno acenou freneticamente.-Aqui, me dê sua mochila. E se despeça do papai.

O pequeno agarrou a cintura do pai, eles já haviam se despedido em casa. Viu a irmã abraçar o patriarca com todas as forças.

—Divirtam-se, meus amores. 

—Virá para o Natal?

—Eu prometi a você, meu anjo. É claro que irei. Agora vá, ou seu irmão vai me enlouquecer.

Os irmãos riram, e Lucius assistiu os filhos sumirem com a chave de portal.

Se Marie tivesse se descuidado por um segundo, a primeira coisa que seu irmão teria feito era correr em direção à colônia. Mas ela não permitiu.

—Draco, fizemos um trato. 

—Não posso chegar perto dos dragões...-O menino repetiu o que havia prometido á irmã.-Mas...

—Sabe que esse olhar só funciona com o papai. Eu o ensinei isso, não tente usar contra mim.

—Tá bom... Eu posso brincar no jardim?

—Enquanto eu faço o almoço sim. Mas não saia dos limites, tudo bem?

—Claro, mana. Vou ser bonzinho.

O pequeno loiro passou a brincar nos jardins de sua irmã, tentando identificar todas as ervas e flores que ali estavam dispostas, e suas funções mágicas. 

E os dias se seguiram assim. Naquele enfadonho em questão, era véspera de Natal. Charlie foi acordado com beijos, assim como o pequeno Draco. Tomaram um delicioso café da manhã, ouvindo, mais uma vez, algo história que Draco contava.

—Eu queria não ter que fingir ser mau. Queria ser amigo do irmão do Charlie.

—Sei disso, amor. Mas é pelo papai.

Charlie bagunçou os cabelos loiros do cunhado e beijou docemente a namorada, antes de seguir para a colônia, junto de outros domadores. Em algum ponto daquela divertida preparação do almoço, Draco foi buscar mais ervas para a irmã, e foi quando um dragão mediano aterrissou no jardim. E o menino ficou maravilhado.

—Mary! Olha! Dragão!

A ultima palavra fez a magia da loira percorrer todas as veias, e ela correu. Mas estava do outro lado da casa, e o dragão a três metros de seu irmão.

Charlie correu em direção a sua casa. Oito dragões haviam fugido, e seguido na direção da aldeia. Uma explosão de uma magia incomum, e o ruivo travou. Todos os dragões que lá estavam, os fugitivos, simplesmente caíram mortos.

O coração do ruivo quase saia pela boca quando chegou em casa. Encontrou a namorada agarrada ao irmão caçula, enquanto recitava um feitiço para criar a chave de um portal.

—Marie! Por Morgana, vocês estão bem? Eu não sei o que aconteceu! Eu...

—Vá pra casa.-A loira ignorou o ruivo, dando a ordem ao irmão.-Diga ao papai que iremos jantar em Malfoy Manor, eu já sigo você. 

O pequeno obedeceu sem pestanejar, e Marie suspirou, antes de se levantar do chão, seguindo para as escadas.

—Pare de me ignorar, Mary Elizabeth!-Ela parou antes de subir o primeiro degrau, se voltando para o ruivo.-Olha, algo simplesmente matou oito dragões lá fora, e se isso afetar...-O ruivo parou por um instante, vendo o olhar gelado da namorada.-Foi você?

—Você vai me deixar explicar ou vai surtar comigo?

A verdade é que sem perceber, Charles conseguiu ser extremamente cruel com sua alfa, sem notar a palidez que a afligiu, ou as veias negras que se espalharam por seu corpo. O ruivo só parou de falar quando ela segurou seu rosto, e ele pôde ver os olhos laranjas da alfa.

—Nunca mais tente me fazer escolher entre minha família e seus lagartos super desenvolvidos. Mataria tudo e todos que atentassem contra eles. E você sabe disso melhor do que ninguém.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Aquela foi, de longe, a maior briga que tiveram. Charles esteve tão próximo de perder sua alfa que a mera lembrança o deixava apavorado.

—Você sempre soube que eu jamais poderia esquecer. 

—Não queria que isso o atormentasse...

O ruivo se acomodou por sobre a namorada, beijando-a com carinho.

—Estamos falando muito, com roupas em excesso. Onde está a parte de inaugurar todos os cantos da casa?

—Em baixo do meu vestido.

♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡

Que Dolores Umbridge era uma mulher asquerosa e medíocre, Marie tinha certeza. Mas bastou a carta de Rony, sobre as detenções dadas a Harry, Draco e os gêmeos para que uma veela devidamente furiosa e elegantemente vestida surgisse pela lareira de Severus Snape, e fosse com passos assustadoramente rígidos até um dos pátios esternos de Hogwarts, o novo decreto do ministro em mãos e os olhos laranjas brilhando. 

Draco sentiu a magia da irmã reverberar pelas paredes do castelo muito antes dela, simplesmente, interromper a aula de seu padrinho, onde a inconveniente estava interferindo.

—Umbridge.-A voz da irmã saiu perfeitamente suave, e o loiro quis rir da inocência da sapa velha. Não sabia como a irmã descobrira sobre o tipo de detenção da mulher, mas deveria agradecer a quem tinha delatado. Os próximos dias seriam divertidos, e sua irmã a faria chorar como um bebê.-Venha até a minha sala. Imediatamente.

Em um gesto imperioso, típico de Severus, a loira se retirou do aposento, sendo seguida velozmente pela sapa cor de rosa. Uma nova intervenção seria feita em Hogwarts. E Umbridge iria se arrepender de tudo o que fizesse... Amargamente. Isso ele sabia que sua irmã iria garantir. 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...