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História Together, They Destroy Our Lives - Little


Escrita por: SweetMadness99

Capítulo 4 - Little


POV Narrador

Charlie Weasley estava parecendo um fantasma. Nisso, todos da Ordem da Fênix concordavam. O rapaz comia muito pouco, e bebia pouca água. Ficava calado o tempo todo e passava as tardes no que um dia fora um lindo jardim de inverno, obra de Walburga Black. Naquela tarde em específico, duas semanas após o término das aulas em Hogwarts, Harry havia chego há dois dias, Percy Weasley arrumou uma bandeja com chá e biscoitos, o jardim de inverno de Grimmauld Place. Encontrou o irmão no mesmo lugar e posição de sempre. Depositou a bandeja em uma mesa de chá que havia ali, atraindo o olhar do mais velho.

–Charlie... Eu queria te perguntar uma coisa... Mas não quero chateá-lo.

–Você sabe que pode me perguntar qualquer coisa, Percy. Especialmente quando tem relação com sua magia ômega.

–Ter um Alfa... Como é?

–Tudo depende de quem for seu alfa, Percy. Marie não é parametro de comparação. Ela é uma Alfa que possui o carinho e a dedicação que todo ômega tem por seu alfa e os filhotes. Inclusive, ela é adorada por quase todos os lobos da matilha de Fenrir Grayback. Embora... Os Malfoy tem uma filosofia de relações entre alfa e ômega extremamente interessante.-O ruivo mais velho suspirou, antes de pegar um dos biscoitos na bandeja.-Por que está tão preocupado com isso? Por acaso já descobriu o seu enlace de Magia?

–Você sabia, não é? 

–Os Malfoy tem uma magia complementar interessante. Pode se combinar com muitos Ômegas. Mas os alfas Malfoy tem certa preferência pelos Weasley.

–Você acha que as coisas vão voltar ao normal? Sabe... Depois que Aquele que não se deve Nomear cair...

–Marie, Draco, Lucius... Todos eles vão pra Azkaban. O Ministério, em sua maioria, quer que a fortuna dos Malfoy seja apreendida. Não faz ideia dos tesouros que são guardados nos cofres de Gringots. 

–Mas Lucius Malfoy foi um dos maiores membros da Ordem na Primeira Guerra.

O irmão mais novo estava espantado. Tanto Severus quando Lucius foram de suma importância para a primeira queda de Voldemort. E voltavam a ser agora.

–E você acredita que Alvo Dumbledore vai intervir a favor da família Malfoy?-O mais novo se calou, ele sabia essa resposta. E ela não era nada agradável.-Ninguém iria intervir a favor deles, Percy. Porque ninguém conhece o que havia por trás do Lucius Malfoy que se tornou comensal da morte. Ninguém se importa. O que interessa é a fortuna e que o nome dos Malfoy vá para a lama. Lucius é, até hoje, uma das personalidades bruxas mais influentes no mundo mágico e trouxa. Nós não vamos tê-los de volta. Nem mesmo se Harry Intervir, o que é praticamente impossível.

Os dois irmãos ficaram em silêncio. Cada qual com seus pensamentos. Percy sabia disso, que seu alfa, por seu sobrenome, estava condenado a ser exilado do restante do mundo bruxo. Estavam em silêncio absoluto,quando ouviram uma agitação na casa. Mas nenhum dos dois tinha ânimo para se mexer. Isso durou só até quando Percy ouviu uma voz hostil soar pela mansão, o ruivo se levantou e praticamente correu pra dentro, mas Charlie permaneceu exatamente onde estava. Uma magia mais do que conhecida envolveu o ambiente. Draco Mafoy estava na Mansão Black.  

Marie e Draco estavam na sala, em um canto afastado. Em meio à comemoração da Ordem, sequer foram notados. Claramente isso não durou muito tempo, e quando isso ocorreu, Potter foi imediatamente grosseiro. O ódio que guardava da mais velha dos herdeiros Malfoy praticamente rugia em seu peito. A magia de Draco expandiu, na intensão de proteger a irmã de qualquer hostilidade mágica vinda do "Eleito", mas a onda de poder fez com que todos na sala se silenciassem. O que quebrou o momento de choque foi a entrada desastrada de Percy, que ficou congelado no lugar quando encontrou os gelados olhos cinzentos de Draco Malfoy. Marie suspirou pesadamente, antes de passar pelo irmão, indo abraçar o terceiro filho dos Weasley. O rapaz corou fortemente, mas retribuiu o carinho.

–Cuide deles por mim.

Ela murmurou, antes de sair tranquilamente da sala, seguindo para o Jardim de inverno. Nem mesmo Draco entendeu a atitude da irmã, aliás, desde que saíram de Malfoy Manor, o rapaz estava completamente perdido. Quando a presença da loira deixou a sala o terceiro mais velho dos Weasley reparou em mais seis pessoas. De quatro delas ele lembrava do rosto: Lillian e James Potter. Fraco e Alice Longbotton. Os outros dois não lhe eram familiares, mas aparentemente fizeram parte da Ordem da Fênix Original.

Charlie continuou sentado em seu banco. O ruivo decidira que não valia a pena. Não queria ter que olhar para o mais jovem dos Malfoy. Ver os cabelos brancos, os olhos gelados, o sorriso oculto... Não, o ruivo já estava  infeliz demais sem ter uma lembrança tão viva da namorada. Fechou os olhos com força, tentando se manter firme, não podia mais chorar. Mas o toque frio e delicado em seu rosto rompeu suas barreiras e sua força de vontade de parecer forte.

–Eu não desisti de você, Charlie. Por favor, pare de desistir de si mesmo. Meu coração dói por vê-lo assim.-Ela sussurrou, antes de inclinar, beijando a testa do rapaz.-Eu vou acabar com essa guerra, antes que ela venha bater mais na nossa porta.

Prometeu, sugerindo afastar-se do mais velho.

–Espera.-Pediu, sem abrir os olhos, segurando a mão da alfa, mantendo o leve roçar dos dedos longos e finos em sua bochecha.-Sua magia... Por favor, Marie...

A loira sabia que era um jogo, um charme de seu ômega, mas não pôde resistir. Suspirou pesadamente antes de sentar ao lado do rapaz, que repousou a cabeça no colo da amada. Lentamente, Marie libertou sua magia, envolvendo a do Ômega, que rejeitava a dela, magoada.

–Tudo bem, meu amor. Eu estou aqui agora.- Ela murmurou baixinho, acariciando os cabelos alaranjados.-Por favor, não fique triste... Eu tenho algo a lhe contar.

O ruivo imediatamente abriu os olhos verdes, mirando-os nos da namorada, preocupado.

–O que houve?

–Há algum meses eu parei com a minhas poções contraceptivas... Severus me disse que elas demoram pra sair do organismo, e que talvez levassem dois ou três anos para que eu estivesse apta a ter uma criança. Bem... Meu ciclo está atrasado há quase duas semanas... Fui ao St. Munggles hoje de manhã...

A magia do Ômega imediatamente se manifestou, protetora em torno de sua alfa. E a loira sorriu, se sentindo acolhida.

–Um bebê? Teremos um bebê?

–Eu ainda não sei, meu amor. Ao menos, não agora. Mas sim, teremos um bebê. Principalmente depois que tudo isso acabar.

O ruivo voltou o rosto para o colo da namorada, se deliciando com o cheiro dela.

–Fique...-Murmurou o ruivo, sua magia enroscando, seduzindo, a da namorada.-Durma comigo. Me sinto inseguro sem você.

–Eu não posso. Tenho coisas à resolver. Meu pai virá com Severus na hora do jantar.

Mais uma vez, Charlie deixou o conforto e a segurança do corpo da namorada, agora para olhá-la indignado.

–Você vai ficar sozinha lá?

–Você sabe que não, Fenrir vai estar lá. Não tenho o que temer. Malfoy Manor é a minha casa. Ela protege a minha família. E eu não tenho medo de Tom Marvolo Riddle.

–Eu sei que não! Você foi parar na Sonserina por erro de cartório.-Implicou o ruivo, apertando mais a menor em seus braços.-Mas eu tenho.  

A loira suspirou, sem coragem alguma de sair dos braços do ômega. 

–Vamos, meu amor... Se me deixar ir agora, mais cedo estaremos juntos. 

Prometeu, tentando se soltar, sem realmente se esforçar para isso.

–Por favor, Marie... Eu preciso de você. 

Aquela sempre seria a gota que garantia a vitória á Charlie. Quando o bruxo e sua magia imploravam por sua alfa, Mary Elizabeth Malfoy se derretia por seu ômega. Mais um suspiro deixou a moça, que acomodou melhor o namorado em seu corpo. O ruivo sabia que havia ganho a discussão. A magia da namorada o havia envolvido, e ele sentiu que ela estava disposta a acatar seu pedido. Apesar de tantos terem calafrios apenas ao ouvir o soar das letras do imponente sobrenome, os Malfoy eram fáceis de manipular no fim de tudo. O casal, em algum momento, recebeu a visita de Molly, que sorriu para a manha do filho. É claro que a matriarca Weasley conhecia aquela moça. Marie Malfoy foi uma das crianças mais doces que tivera o prazer de conhecer. Também a melhor amiga de seus dois filhos mais velhos. E uma irmã protetora para Percy.

–Vamos jantar, meus amores?-Convidou a matriarca, acarinhado os cabelos do filho e o rosto da moça.-E você está tão linda, Marie.

A loira corou, e Charlie riu da reação da namorada.

–Ela é realmente linda.

Concordou, mas não estava nenhum pouco a fim de sair do colo da loira.

–Charlie, pare de fazer manha e traga sua companheira para jantar. 

–Eu vou ser papai.-Falou o ruivo, escondendo o rosto no pescoço da namorada.-Nós temos quase certeza que Marie está grávida...

Os olhos da matriarca brilharam, e Marie soltou um riso baixo.

–Na verdade, meu corpo está alterado porque eu parei com as poções, mas não estou enjoada nem nada. E as grávidas da minha família sempre sofrem na gravidez.

–As mulheres da sua família nunca são membros legítimos da família Malfoy. Seus ômega tem gestações tranquilas.-Relembrou o ruivo.-Até seu cheiro está diferente. Tem um quê de canela.

A loira apenas revirou os olhos, e alertou a Matriarca que Lucius e Severus logo estariam ali. Sorrindo tranquilamente, a senhora Weasley deixou o casal, para que pudessem curtir a novidade da provável gravidez sozinhos. Depois de alguma relutância, Marie e Charlei retornaram para o interior da Sede, se deparando com Lucius e Severus sentados à mesa, junto de James Potter, Sirius Black e Remo Lupin. Seria a cena do século. Se não fosse o olhar mortal que Charlie recebeu do loiro mais velho. Mas bastou um sorriso doce de Marie para que os dois sonserinos se derretessem. Reunidos à mesa, passaram a apreciar o delicioso jantar feito por Molly. E Charlie queria rir, ao ver que sua mãe acertara em cheio, a família Malfoy tinha uma seríssima queda por massas. 

*********

Uma coisa que todos sabem sobre os Weasley, é que eles dormem fácil. Uma coisa que Mary Elizabeth sabia sobre Charles Weasley, é que ele é muito empenhado em lutar contra o sono. Foi custoso à loira fazer o rapaz dormir. Mais caro ainda, foi se levantar da cama, tomar banho e se trocar, sem fazer som algum. Charlie tinha um sono inicial extremamente leve. Mas foi ao chegar à ante-sala que tudo ficou mais difícil. Lucius estava ali. Um pouco encolhido em si mesmo pelo frio. Mas o loiro nunca perdera a mania de dormir de camisetas finas.

–Papai, vá para a cama.-A voz da loira soou baixinho, enquanto ela se aproximava do patriarca da família. Na sala ao lado, os três marotos, Harry, Lillian, Nymphadora, Molly, Hermione e Bill pararam a conversa, apenas para olhar através da porta. E a respiração ficou suspensa quando Lucius colocou as mãos pálidas nos ombros da filha, em um claro gesto de impedimento.-Papai, por favor...

–Não, Marie. Pode até enganar seu ômega bobinho, mas não a mim! Eu sou seu pai.-O homem deu um suspiro profundo, antes de puxar a filha para si, prendendo-a em seus braços.-E é por isso que eu sei que nada do que eu disser vai obrigá-la a desistir dessa ideia maluca... Essa guerra não é sua, minha filha.

–E nem sua.-A moça se separou do pai, acarinhando o rosto cansado.-Essa guerra é dos perdidos. Apenas deles. Mas eu não vou permitir que a minha família se fira outra vez. A morte de Abraxas foi um peso a menos em seus ombros. A de Voldemort levará o que resta. Ah, e nós vamos precisar do grande diplomata inteiro pela amanhã. 

Lucius voltou a prender a filha firmemente contra seu corpo

–Por favor, não se machuque.

–Meu padrinho lobisomem vai estar lá, lembra disso? Ninguém pode me machucar enquanto Fenrir estiver do meu lado. Eu volto antes de você acordar. Eu prometo. Posso fazer ovos mexidos se não for teimoso com relação às poções hoje. E papai.-Os loiros se separaram.-Se eu piscar meus olhos a Severus, ele vai me contar se aprontar alguma coisa.

A loira, por fim, beijou a testa do pai e saiu pela porta, segundos antes de um Snape aparentemente tranquilo adentrar a ante-sala. Mas Lucius o conhecia bem demais.

–Você praticamente está mandando minha sobrinha se matar.

–Você deveria confiar mais em Fenrir. Ele salvou a vida delamais vezes que nós dois juntos.

Enquanto os outros tentavam se recuperar da cena, Marie passava pelos portões de Malfoy Manor, sua casa. Ao longe, a loira viu os filhotes da matilha de Fenrir correrem em sua direção. Extremamente sonolentos, mas absolutamente adoráveis. Depois de se ajoelhar e beijar cada um dos pequenos, mandando-os para a cama, ela finalmente passou pelas imensas portas de mogno. Seu anel fervendo, sua magia.

–Crucio!



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