1. Spirit Fanfics >
  2. Together, They Destroy Our Lives >
  3. Marie

História Together, They Destroy Our Lives - Marie


Escrita por: SweetMadness99

Notas do Autor


Sim, terminei o capítulo com uma maldição, e vou fazer um Flashback^^
Ainda vão ter dois capítulos contando a história do Charlie e da Marie. Eu só não sei quando...^-^

Capítulo 5 - Marie


POV Narrador

Fenrir - 1979

Fenrir e Logan Grayback eram filhos de Augustos e Angelique. Os alfas da matilha. A pedido do pai, Fenrir acompanhou o irmão até Malfoy Manor naquela noite. É claro que havia uma razão pessoal na obediência do mais novo. Abraxas Malfoy fora o responsável pela morte de sua Lua. E Fenrir sabia que o velho Malfoy possuía uma neta, que era a paixão do mesmo. O plano do lobo era simples: destroçar a pirralha, deixando sobrar apenas seu rosto metido. Fazer com que Abraxas se arrependesse até os ossos.

Ao chegar na tão famigerada Mansão Malfoy, ao contrário de Logan, Fenrir se deixou admirar a estrutura sombria. E, ao passarem pela imensa porta de carvalho, o mais jovem também passou a admirar o hall de entrada, e seus olhos pousaram em uma pequena menina loira, de uns seis ou sete anos, que vinha sorrindo de forma doce até os irmãos. Logan ignorou a garotinha e seguiu diretamente para a sala de reunião, mas Fenrir não resistiu, ele se ajoelhou no chão, e esperou aquele ser pequeno se aproximar, parecendo entusiasmada.

-Boa noite.-A vozinha melodiosa e fina pela idade soou no hall, e Fenrir sorriu.-Eu sou Mary Elizabeth. É um prazer, senhor...

-Fenrir.-Respondeu o lobo, segurando a pequena mão, beijando a mesma, o que fez a menininha à sua frente corar.-O que uma mocinha tão bonita faz fora da cama? Não deveria estar dormindo?

Ela ficou ainda mais corada, e o lobo achou aquilo simplesmente adorável. Nada do que era esperado de uma criança puro-sangue filha de algum comensal da morte presente na reunião.

-Eu... Vim acompanhar o papai na reunião... E nem todos sabem onde é a sala... Então eu...

-Tem medo de dormir sozinha, Mary?-Perguntou o lobo, ao sentir o cheiro do sentimento na pequena, que ficou ainda mais vermelha.-Vamos, pequena, todo mundo tem medo de alguma coisa. Eu também gosto da cama dos meus pais.

A menininha acabou rindo, e se sentiu a vontade para abraçar o lobisomem, que a pegou no colo. Aquele era o primeiro amigo de seu pai, além de Severus (mas ele era seu tio), que gostava dela de verdade. Talvez ele também se tornasse amigo dela, como Tom. Por mais que a pequena não gostasse dos discursos do Lord das Trevas, tinha um apreço imenso pelo mestiço.

-Você vai pra reunião também?

-Eu ia. Mas eu acabei de encontrar uma companhia muito mais agradável. Meu irmão é quem veio pra reunião, na verdade.

-Logan não gosta de mim...-A pequena falou baixinho.-Na verdade... Nenhum deles gosta.

-Isso é, simplesmente, impossível.-Replicou o mais velho, se sentando no beiral de uma das imensas janelas, abrindo a mesma, vendo os olhos da pequena brilharem ao ver o céu. Era noite de lua crescente.-Gosta das estrelas?

-Sim! Elas são lindas... Papai gosta delas. Eu queria poder pegar uma pra ele...

-Seu pai tem uma pequena lua em casa, princesa. Ele não precisa de uma mera estrela.-O lobo respondeu, enquanto a menininha se aconchegava em seu colo.-Uma linda Lua.

Ele mexeu nos cabelos loiros. Os dois passaram a conversar sobre astronomia, e Fenrir buscava explicar tudo o que sabia, e mostrar algumas constelações.

-Aquela lá é a do meu irmão.-Falou a pequena, apontando para o céu.-A Constelação de Draco.

-Quem escolheu o nome dele?

-Papai me deixou escolher... Mamãe contou que estava grávida, e eu disse que ele ia ser grande e forte, como um dragão. A mamãe não gostou.

-Sua mãe é uma boba.

Logo, Fenrir estava entretendo sua acompanhante com histórias mirabolantes da matilha, e a pequena estava toda contente. Aparentemente, os pais dela não tinham uma aversão gritante a lobisomens. Ou talvez fosse um traço da personalidade da pequena. Ele estava tão distraído contando alguma travessura e encantado com a menina que coçava os olhinhos sonolentos em seu colo, que perdeu a figura de Lucius Malfoy descendo as escadas, desesperados, atrás de sua filha.

-Marie? Pelas saias de Morgana! Marie, querida. Onde você está? Mary Elizabeth!

O lobo saiu do beiral, se virando para o homem loira, praticamente da sua idade, que respirou tão aliviado ao ver a filha segura que Fenrir quase teve pena dele. Mas... Aquele é Lucius Malfoy... Então...

-Aqui, papai.-A pequena chamou sonolenta. Lucius pediu licença ao lobo, e abraçou a filha contra seu peito, ainda ofegando da corrida.-Esse é o Fenrir, ele é meu amigo. Fenrir, esse é meu papai, Lucius.

O loiro estendeu a mão amigavelmente ao lobisomem, que o cumprimentou.

-Obrigado por cuidar da minha bebê.-Agradeceu o loiro, com o nariz enterrado nos cachos dourados da filha, e Fenrir não pode deixar de se perguntar se os cabelos dela ficariam brancos, como o dos Malfoy mais velhos.-Você deveria estar dormindo, meu amor. Mas não está nem de pijama ainda.

-Mamãe não subiu as escadas comigo...-Murmurou a pequena, com o rosto escondido no pescoço do pai.-Você disse pra não subir as escadas sozinha.

-Tudo bem. Então agora nós dois vamos subir.-O loiro voltou a olhar o lobisomem.-Obrigado, de verdade. Detesto deixá-la sozinha quando...

-Eu entendo.-Falou o lobo, antes de beijar a testa da menina, em despedida.-Até mais, senhorita Malfoy, foi um imenso prazer conhecê-la.

-Até mais, senhor Grayback. O prazer foi todo meu.

O lobo ainda pode ver o sorriso orgulhoso e divertido de Lucius para os modos impecáveis de sua filha. 

Durante os anos seguintes, a participação do Lobisomem na vida da criança foi tão grande, que o próprio acabou por se tornar o padrinho da pequena herdeira dos Malfoy, que foi adotada pelo lobo, e toda a sua matilha.

Lucius 

1973

Lucius Malfoy era um homem frio. Não era chegado a sorrisos, risadas, piadas ou qualquer coisa de gênero semelhante. Mas um dia, as coisas mudaram completamente. Sua Herdeira viera ao mundo.

27 de Abril de 1972, Lucius passaram um nervoso descomunal naquele dia. Mas sua recompensa viera a um ano, e ainda lhe rendia excelentes frutos. A bebê em seu colo era um presente. E mimado como um bom herdeiro Malfoy, e dependente como um ômega nato, Lucius havia se apegado à menina como se fosse o tesouro mais valioso que tinha. E, ao ver do rapaz, realmente era. Lucius foi pai na casa dos 25, uma excelente idade, na cabeça do mesmo. Já havia iniciado sua carreira diplomática, e ficava a manhã inteira no Ministérios. Mas a partir da uma da tarde, ele era única e exclusivamente da garotinha que o tinha na palma da mão. No momento, o herdeiro dos Malfoy estava sentado em sua cama de casal, onde brincava com a filha, que engatinhava, e virava de barriga pra cima. Ou então se apoiava nas mãos do pai, para ficar em pé.

-Vamos, meu anjo. Você consegue.-Estimulava o loiro, quando ela tentava ficar de pé. Mas Marie sempre caia no peito do pai, e gargalhava, como se tivesse feito a melhor travessura de sua vida. E era acompanhada pelo pai.-Ah, vamos amor. Pare de rir e tente de novo.-Pedia o loiro, sendo olhava com adoração pelos olhos gritantemente azuis da filha. Herança dos Black.-Vamos, Marie.

E tudo se iniciava outra vez.

1975

Que o inverno de 75 foi rigoroso, Lucius sabia. Haviam dias tão frios que sua perna se negava a se mover. Nesses dias terríveis, o Herdeiro dos Malfoy sofria nas mãos de sua herdeira. Uma Marie de 3 aninhos o obrigava a tomar todas as poções, e ficar imerso na água quente, para que sua dor melhorasse. Lucius dizia a todos que o tratamento era tolice, mas nunca disse isso à sua bebê. A mulher que mais se dedicava em cuidar dele desde que sua mãe, Mary Malfoy, havia morrido. O loiro não podia deixar de pensar se sua mãe adoraria a neta tanto quando ele a adorava. Não gostara da ideia de colocar o mesmo nome. Ele queria apenas Anna Elizabeth, mas seu pai insistiu tanto que Narcisa concordou em mudar para Mary Elizabeth.

No momento, estava acomodado em sua cama, sentado com as costas apoiadas na cabeceira. Marie estava sentada de frente para si, vigiando enquanto o pai tomava a terceira poção do dia. Lucius queria rir, aparentemente, nem sempre ele era o adulto daquela relação. 

-Pronto, tomei tudinho.-Falou, colocando o cálice no criado mudo. A filha subiu em seu colo e colocou a mãozinha na testa do pai, sorrindo em seguida.-Hey, o que está fazendo, ma Belle?

-Vendo se você está dodói.-O tom de obviedade da menina fez o mais velho rir.-Papai! Não é engraçado.-O loiro parou de rir, diante do bico magoado de sua herdeira. Ironicamente, até mesmo os erros de fala de sua filha eram um charme, ao menos para ele. Lucius estava pagando parte de seus pecados com sua herdeira, e sabia disso. Mas ele adorava sua pequena penitencia.-Papai... Por que não vai ao médico?

-Porque o papai não precisa, meu anjo.-Explicou, a ajeitando em seu colo, antes de deitar na cama, com a pequena enroscada em seu peito.-O papai vai ficar bem, não preocupe sua cabecinha com isso. É coisa de adultos.

-Por que a mamãe não se preocupa?

E ali estava, a sinceridade infantil que sua filha esbanjava. Luciu ouviu a porta abrir, e a risada irônica de seu melhor amigo, em quem atirou um travesseiro.

-A sua mãe não precisa se preocupar com seu papai teimoso.-Falou o mais jovem e requisitado pocionista.-Ele tem você para se preocupar com ele. Já pensou se ele tivesse duas de você?

-Mas ele não pode ter duas de mim, tio sev.-O moreno pegou a menina no colo, a erguendo e ocasionando uma rodada de gargalhadas da sobrinha.-Tio Sev!

O moreno a colocou na cama e iniciou uma cessão de cocegas na sobrinha, que gargalhava mais. Apenas quando faltou ar para a pequena é que ele parou,a abraçando com todo o carinho. Marie voltou para o peito do pai, que a envolveu na magia ômega, e enquanto conversavam, a pequena caiu no sono.

-Lucius, estou preocupado com Marie.-Severus ganhara a total de atenção de Lucius, com aquela simples frase.-Ontem a noite ela reclamou de dores nas costelas. Dei uma poção do sono pra ela e fiz alguns exames...

-Severus, pare com suspenses! Você sabe que eu os odeio, especialmente quando tem relação com minha princesinha!

-Ela está doente. Acredito que seja alguma pneumonia. Mas eu não me lembro dela tossir... Aliás, sequer me lembro de resfriados recentes. Estou fazendo a poção para resolver isso, mas significa que estamos errando em algum ponto, precisamos ficar mais atentos. 

-Prometo que vou ter mais atenção com isso. Obrigado por tomar conta dela.

-Ela é tão minha filha quanto sua. Agora, siga o exemplo da sua filha e durma um pouco.

Poucas coisas ruim Lucius lembrava do Inverno de 75. Mas as lembranças ruins que permaneciam, o fizeram querer se bater alguns anos depois.

1980

Decididamente, Tom Riddle estava completamente louco. E tudo o que Lucius, Fenrir e Severus queriam era mantê-lo longe de Marie, já com quase oito anos de idade, e Draco, que mal tinha seis meses.

Aquela era só mais uma tarde de outono. Ou deveria ser. Mas Marie estava na cama. E se recusara a se levantar. O que era mais do que um problema. Sempre que a pequena loira sabia que Fenrir Grayback viria visitá-la, praticamente virava a comandante da casa, e pedia aos elfos que fizessem biscoitos. Ela adorava as caretas que o lobisomem fazia ao comer os doces dos elfos. E era por isso que Lucius estava quase arrancando os cabelos de preocupação. Na verdade, se fosse ser realista, sua filha estava estranha haviam algumas semanas, mas nunca havia se enfiado sob as cobertas, e se recusara a ver qualquer um, e o incluíra na lista.

Quando Fenrir chegou, sentiu um arrepio ao sentir que todo o ar sombrio da casa parecia ainda mais carregado. Claro, o raio de sol daquele inferno não estava o esperando. O lobo ficou visivelmente chateado, adorava ser recebido por aquele sorriso perfeito da garotinha. Depois de ser colocado à par da situação por um Severus preocupado, o lobo simplesmente subiu ao terceiro andar, até o quarto da garotinha. Bateu na porta, mas não teve resposta. Adentrou o aposento, vendo que Marie tinha um sono perturbado. O lobo se ajoelhou ao lado da cama, mexendo nos cabelos loiros. A menininha tossia vez ou outra, mas o alerta de perigo do lobo despertou quando o resultado das tosses se verteu em sangue. Ele aproximou o nariz do rosto da menina e sentiu o cheiro de arsênico. Mais rápido que sua própria consciência, o lobo a ergueu nos braços e correu até o laboratório de Severus, onde os dois sonserinos conversavam.

-Severus! Por favor, diga que tem antídotos nesse lugar.

Ele a deitou na cama que havia no canto do quarto, buscando ouvir o coração da pequena, que batia fracamente. Mas quando se aproximou mais, sentiu um cheiro que o fez rosnar, irado.

-Antídoto? Pra que?-A compreensão fez o pocionista ficar quase transparente, antes de correr até seu armário.-Que veneno?

-Arsênico.-O bruxo travou.-Ande logo! Inferno, como não viu isso antes! Iam matar nossa princesinha sob o seu nariz!

Lucius, que estivera quieto, agora estava realmente pálido, indignado, irritado e culpado. Severus pegou o antídoto mais forte que tinha, e fez a sobrinha beber com todo o cuidado. Depois que a respiração dela melhorou, Fenrir deu a menina no colo do pai, e saiu da mansão irritado, os olhos de um dourado vivo. Ah, mas ele ia pagar muito caro. E isso o lobo ia garantir.

1983

1° de Setembro de 1983. E Lucius tinha decidido que não queria soltar a mão da filha. Draco também parecia empenhado em se agarrar à cintura da irmã. 

-Vamos, Dray. A mana precisa ir.-A pequena tentava explicar ao irmão caçula, que apenas negava veemente e escondia o rosto no colo da mais velha.-Papai! Me ajude. Não posso levar o Draco. Ele não é uma coruja, nem um sapo, nem um gato... Dragões não bichinhos de estimação.

Lucius riu da lógica da filha. O loiro convenceu o filho a soltar a irmã, enquanto convencia a si mesmo de que Severus estaria lá, e que isso seria o suficiente para mantê-la a salvo. O loiro já havia se despedido da filha em casa, mas não pôde resistir em beijar os cabelos cacheados e brancos da menina.

-Eu te amo, não esqueça disso.

Suplicou a menina, abraçando a cintura do pai, tentando absorver o conforto da magia de Lucius.

-Você não me deixaria esquecer.-Respondeu, acarinhando os cachos da menina.-Draco e eu também te amamos muito. E vamos contar os dias para o feriado de Ação de Graças. Agora vá, meu amor. Ou o Trem vai partir.

A menina sorriu docemente pro pai, antes de seguir o fluxo de alunos para o Expresso Hogwarts. Depois que o trem partiu, Lucius o imitou, se preparando para os dias longe de sua amada herdeira. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...