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História Together, They Destroy Our Lives - A Little Love


Escrita por: SweetMadness99

Capítulo 6 - A Little Love


POV Narrador

—Crucio

A voz de Bellatrix ressoou pelo hall de entrada de Malfoy Manor. E o grito animal de Narcisa veio logo a seguir. Marie ficou paralisada, enquanto observava a cena que se desenrolava em sua casa. Fenrir amparou a afiliada com todo o carinho que era característico do lobisomem, beijando o topo da cabeça da moça.

—Tudo bem, Minha Lua. 

Não estava. Grayback sabia disso, e sabia também que Marie havia visto o fio de magia verde que ainda resplandecia na varinha caída de Narcisa. Mas, mesmo assim, Fenrir cumpriu seu papel, apertando sua menina nos braços, confortando-a. Marie sorriu quando o lobisomem rosnou mais do que ameaçador para Tom Riddle.

—Marie, por que não me disse que viria?-Saindo do aconchego do peito do padrinho onde estava praticamente escondida, Marie voltou os olhos impassivelmente azuis para o Lord das Trevas. A aparência reptiliana havia sido substituída pela antiga aparência humana, que Mary Elizabeth conhecia em todos os traços.-Seu feitiço...

—Deixe-a em paz, Riddle.

O lobo tornou a rosnar, mantendo a menina longe do outro. Imperativamente, Tom levou a mão à varinha, mas a mão delicada de Mary Elizabeth em seu pescoço, com o anel fervente tocando sua pele o impediu.

—Nunca mais ouse fazer isso, Riddle.-A voz de desprezo da loira magoou o outro bruxo, embora Tom tenha mantido a máscara de indiferença.-Vim conversar, mas isso não significa que tolerarei provocações ou suas infantilidades dentro desta casa.-Todos os comensais presentes pararam de assistir a tortura de Narcisa Black Malfoy, para olhar a interação entre a princesinha do Lord das Trevas e o próprio.-Largue essa varinha, Tom.

Todos sentiram como a magia ancestral de Malfoy Manor praticamente gemeu satisfeita, se concentrando em torno da primogênita da família Malfoy. Riddle era conhecido por sua astúcia, não coragem. E foi isso que o fez largar a varinha.

—Nesse caso... Lady Malfoy, venha tomar chá comigo no escritório.

—No jardim de inverno. E ninguém pode se aproximar.

—Nem meus comensais, ou seus guarda-costas lobisomens?

—Eu disse ninguém.-A loira sorriu para o padrinho Lobisomem.-Mas é claro que se algum dos seus animais de estimação resolver ser engraçadinho, meu padrinho não deixará passar. 

E com a ameaça nada discreta da garota, os dois se foram para o jardim de inverno.

********

Lucius sempre foi um homem rigoroso com seus horários. E após tantos anos, se levantar exatamente às 5:00 da manhã era natural para o loiro. Sob a água quente, o ômega se deixou pensar em sua filha. E seu coração se apertou por um momento. Mas as mãos finas que repousaram sobre seu abdômen e o corpo com curvas sinuosas que se colou às suas costas, assim como cheiro delicioso de panquecas que invadiu o ambiente o fez sorrir, tranquilo. Agora  Malfoy sabia que as duas mulheres de sua vida estavam seguras, ao seu alcance.

—Está tão tenso. O que foi?

A voz rouca e doce de sua alfa o fez estremecer. Lucius sentia falta daquela mulher.

—Estava preocupado com vocês. Mas o que houve ontem a noite que a deixou tão feliz?

"Feliz" era um eufemismo. A magia de Bellatrix praticamente vibrava pelo ambiente, acolhedora e animada. A risada da mulher arrepiou a pele excessivamente branca do homem, e a fez sorrir mais. Lucius era tão vulnerável... Deliciosamente vulnerável.

—Eu a fiz pagar uma parcela de tudo o que merece ontem.-O loiro se virou para a mulher, ainda dentro dos braços da mesma, começando a lavar seus cabelos longos, enquanto a olha inquisidoramente.-Ela tentou matar nossa menina outra vez! Não pude me controlar. Ela estava dizendo atrocidades da minha filha!

—E como a mãe loucamente ciumenta e alfa que é a torturou?

—Pare de usar isso como desculpara para me obrigar a ser a racional quando se trata dos nossos filhos. 

Lucius suspirou. Não devia ficar provocando Bella. Sua mente ainda estava um tanto instável, a poção ainda estava terminando de curá-la.

—Desculpe, Bella.-Pediu o loiro, enterrando o nariz manhosamente no pescoço da mulher.-De verdade, me desculpe. Mas vocês duas estarem arriscando tudo desse jeito, sem me deixar ajudar...

—Luke, chega.-A morena acariciou o rosto aristocrático, selando seu lábios aos do maior.-É sua vez de descansar, meu amor. Deixe-nos fazer o trabalho. E torça pra Draco não resolver que eu também mereço descanso e se meta ainda mais nessa guerra. Aliás, nossa filha teve um conversa muito intensa com Voldemort na noite passada.

—Intensa quanto?

—Ao ponto de que ele decidiu repentinamente sumir de Malfoy Manor e com nossas marcas também.

O loiro imediatamente olhou pra o braço esquerdo. Não havia nada ali. Bellatrix sorriu, antes de beijar o ômega e sair do chuveiro, recolocando seu pijama e descendo até a cozinha. Lucius ainda demorou mais um pouco, antes de vestir uma calça de moletom e uma camiseta pretas, descendo descalço mesmo. O loiro foi direto para os braços da filha, a abraçando com carinho. 

—Viu papai, como prometi. Voltei antes de você acordar. 

—Vocês duas ainda vão me matar.-Replicou o ômega.-Querida, não acredito que fez panquecas com recheio de abóbora e ricota!

—É a sua favorita, até onde me lembro... Vamos papai, sente-se. A sua está pronta.

Draco logo chegou para se juntar à família, também dizendo para sua mãe sentar enquanto ajudava a irmã e sua muito criativa mesa de café da manhã. Depois de terminar tudo, Marie serviu dois pratos com capricho, seguindo para as escadas. Bill abriu a porta segundos depois da loira passar, e teve tempo de analisar sua figura, e o sorriso extremamente doce com que entrou no quarto de Charles.

O domador de dragões estava estirado na cama, devidamente revoltado e indecentemente delicioso. A calça de moletom negra, mal colocada nos quadris do ruivo, o deixavam mais exposto do que seria comum. Marie deixou os pratos na escrivaninha, indo se sentar sobre as coxas do namorado, ajeitando a calça de pijama que ele usava. Ela se inclinou sobre ele, os cabelos brancos encostando suavemente na pele sardenta do ruivo o fazia se arrepiar, especialmente quando combinado ao cheiro da alfa. Os lábios foram selados com calma e cuidado. Charlie permitiu que sua mão pousasse sobre a cintura da loira, enquanto a dela estava em seu rosto, tocando com cuidado.

—Adivinha o que eu fiz pra você?

—Está tentando comprar meu perdão, Lady Malfoy?-O rapaz abriu os olhos esverdeados, fixando-os na loira.-Lucius pode ter um par de coisas a falar sobre chantagear parceiros ômegas...

—Ah, querido...-Ela voltou a se inclinar, e a casta de cabelos loiros o fez arrepiar novamente.-Quem você acha que me ensinou a arte de manipular?

Os dois riram, e Marie se deixou cair deitada ao lado do ômega, apreciando a mão que passou a fazer cafuné.

—Mas, falando sério...-O ômega se apoiou no cotovelo, olhando nos orbes azuis da namorada.-O que você fez pra mim?

A loira gargalhou.

—Se deixando manipular por uma serpente? O que Molly diria sobre isso?

—Que tenho uma companheira muito convincente?

Uma nova rodada de gargalhadas, antes dos pratos flutuarem até a cama, e os dois comerem, conversando animadamente.

—Recebi uma carta agora há pouco.-Falou o ruivo, atraindo uma atenção mais especial da menor, ao ouvir o tom submisso dele.-O diretor da colônia... Eles vão abrir outra em Liverpool...-O ruivo estava sumamente entretido em olhar para as próprias mãos.-E me convidaram a ser o diretor dessa nova colônia.-Sem ver que a loira queria falar, ele continuou.-Bom, eu receberia melhor, a maior casa da colônia seria nossa, eu poderia montar o escritório dentro da própria casa, já que ficaria só com o trabalho burocrático...

—Charles!-Ela o interrompeu, ganhando os olhos esverdeados do companheiro.-Amor, você não quer voltar para a Inglaterra.-Relembrou a loira.-E você gosta dos dragões, não do trabalho tedioso que "recebe melhor". Por Morgana! Não vou aceitar nenhum tipo de proposta que vai fazê-lo infeliz. Se quer morar na Romênia é onde vamos ficar. Já temos uma vida lá, Charlie. Por que ter que começar de novo se não vale a pena?

O ruivo arregalou os olhos, vendo a sinceridade no rosto da namorada. Mas havia algo que o incomodava. E ele sabia que não era o único.

—Você precisa da sua família, Mary Elizabeth. Não, me deixe terminar.-Ele pediu, quando ela fez menção de interrompê-lo.-Eu amo você, mais do que tudo. E sei que sou amado da mesma forma... Mas eu sei o quanto os ama, e o quanto significam pra você... E eu também sinto falta da minha família.

—Charlie, do que você está com medo? Você disse que me ama e sabe que é recíproco. Do que está com medo?

—Bill...

O sussurro foi quase inexistente, mas o suficiente para que a compreensão tomasse o rosto da loira, que trouxe o ômega para o aconchego de seus braços.

—Não seja bobo, meu amor. Não queria voltar para a Inglaterra porque pensa que seu irmão ainda gosta de mim?-Charlie acenou positivamente, entretido em acariciar as costas da mulher.-E mesmo se ele gostasse, acho que quem me pediu em casamento foi Charles e não Bill Weasley.

 O ruivo deu um sorriso aliviado, se escondendo mais no aconchego da mais nova.

–Chegaram os resultados de St. Muggles?

–Não querido, ainda não. Anda, vamos fazer uma xícara imensa de chocolate quente e ficar no quarto o dia todo.

–Faz muito tempo que não fazemos isso...

–Eu sei. É por isso que vamos fazer, agora. 



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