A música continuava a tocar na pista daquela peculiar casa noturna, localizada em um canto qualquer de Tóquio, cujo tema da festa era “Baile de Máscaras Veneziano de Halloween”. Resumindo: todo mundo usando características máscaras venezianas, mas com as típicas roupas góticas de balada gótica de sempre.
“It's too late,
It's too late...
Too late for apologies (...)”
Continuava a cantar Pete Steele através do seu eterno “Tipo O Negativo”, enquanto aquelas almas com anseios diversos continuavam a dançar seu desengonçado, porém ao mesmo tempo organizado “Baile de Máscaras”, incluindo o massoterapeuta Daiki Aomine.
Vestido com um elegante sobretudo preto remetendo a época vitoriana, terno de alfaiataria completo junto com sapatos no mesmo estilo e cor, somados a máscara preta de meio-rosto, realçando os traços fortes do rosto, a pele com o tom mais escuro e os cabelos azuis. Chamava a atenção de mulheres e homens, curiosos para mergulhar na profundidade do seu azul, entretanto seus olhos eram somente para o rapaz loiro com os olhos mais ambares que já viu, vestido todo de branco, que dançava com ele.
O homem loiro tinha um gostoso perfume cítrico, lábios bem desenhados pela genética, nem muito grossos ou finos e aqueles olhos hipnotizantes, enquanto a música continuava a tocar.
Desejo, vontade imediata de beijá-lo. Desejo concedido.
Gosto de vinho suave era a boca dele, acompanhava os movimentos que o rapaz loiro fazia com a língua: ora dentro de sua boca, ora dentro da boca dele. Era como se as línguas fizessem uma dança à parte onde o que importava era o prazer. O desejo não cabia mais naquele local, as excitações de ambos denunciavam o querer da consumação carnal. Era hora de deixar o local.
Saíram dali rumo a casa do loiro, localizada a poucos minutos da casa noturna. Ao chegar no local, mais um beijo arrebatador e uma apresentação:
— Ryouta Kise, muito prazer.
— Daiki Aomine, o prazer é todo... nosso.
Entretanto, como se fosse uma ilusão, Kise esvaneceu-se diante dos olhos de Aomine, virando uma névoa quente e...
— Onde eu estou? O que aconteceu? Só me lembro de ter ido para uma balada, bebido bastante e...
— Ter dado PT no meio da pista, onde uma boa alma chamou a ambulância e o senhor está aqui, em um quarto de hospital, tomando o soro que lhe apliquei. Sente-se melhor, Senhor Aomine?
O massoterapeuta ficou espantado com o auxiliar de enfermagem ser igual ao garoto loiro dos seus sonhos:
— Sim. — respondeu um espantado Daiki.
— Muito prazer, Ryouta Kise.
Aomine desmaiou de novo.
“(...) Na sombra da luz de um sol negro
Estátua frígida parada, azul de gelada e dormente
Onde estão os gigantes do gelo que
Eu implorei proteção?
Eu estou congelando (...)”
(Too Late: Frozen – Type O Negative)
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