História Tormenta de Amor - Consequências

Conseqüências ------------- MG ∞ TR ----------------------------

Ao ouvir a risada de Tom e de uma garota, Mérope empalideceu ainda mais, esperava que seu irmão permanecesse calado.

Morfino fez uma expressão voraz, se ela não o amava, também não ficaria com ninguém, muito menos com o trouxa nojento! Irritado ele sibilou.

Servolo congelou e fez cara de nojo.

Lá fora a voz clara e cristalina de Cecília ecoava pelo vale:

- Meu Deus, que monstruosidade! Será que seu pai não podia mandar remover esse casebre, Tom?

- Não é nosso. - a voz do rapaz soou alta - Tudo do outro lado do vale nos pertence, mas essa casa pertence a um velho pobretão chamado Gaunt e aos filhos dele. O rapaz é bem maluco, você devia ouvir as histórias que contam dele na cidade...

A garota riu. Morfino fez menção de levantar.

- Fique sentado. - Servolo avisou.

La de fora veio a voz da garota:

- Tom, será que me enganei ou alguém pregou uma cobra naquela porta?

- Santo Deus, você tem razão! Deve ter sido o filho, eu não disse que ele não era bom da cabeça? Não olhe, Cecília, querida.

 Mérope sentiu seu coração parar de bater ao ouvir ele chamar outra pessoa de querida.

- Querida - murmurou Morfino olhando para a irmã - Chamou a moça de querida. Ele não ia mesmo querer você.

Mérope ficou quase transparente, como se não houvesse mais sangue em seu corpo.

- Que foi, Morfino? - Servolo perguntou rispidamente - Que foi que você disse, Morfino?

- Ela gosta de olhar o trouxa. - sua expressão era cruel e vingativa, quando olhou para a garota, que estava terrivelmente pálida e aterrorizada - Sempre no jardim quando ele passa, espiando pela cerca, não é? E a noite passada...

Mérope implorava, balançando a cabeça, para que seu irmão não contasse seu segredo, mas ele queria magoar a garota, da mesma forma que ela o machucou quando não correspondeu ao amor dele.

- ... Pendurada na janela esperando ele voltar para casa, não é?

- Pendurada na janela para olhar um trouxa? - disse Gaunt em voz baixa, a garota se desesperou ainda mais.

Os três pareciam ter esquecido do homem do Ministério, que não entendia nada do que eles falavam, pois usavam a língua das cobras para conversar.

- É verdade? - caminhou até a garota apavorada e encolhida no chão - Minha filha, uma pura descendente de Salazar Slytherin, suspirando por um trouxa nojento de veias imundas?

A garota, sabendo que estava perdida, apenas balançava a cabeça negando, incapaz de falar. Ela ia morrer.

- Mas eu peguei ele, pai! - Disse Morfino gargalhando - Peguei quando passou por aqui e ele não ficou nada bonito torcendo de dor...

- Sua bruxinha aborta nojenta, sua traidorazinha do sangue! - Urrou Servolo para a garota, apertando o pescoço dela contra a parede.

- "Relaxo" - gritou o homem do Ministério, lançando Gaunt para longe da garota, que tentava respirar. Morfino pegou a faca suja de sangue e foi em direção ao homem do Ministério, lançando maldições e azarações com a varinha.

O homem do Ministério saiu correndo da casa.

Lá fora, podia se ouvir os gritos da garota, que estava sendo tortura. Sem piedade, Servolo lançava maldições e azarações na garota, xingando-a, dizendo que tiraria a sujeira de dentro dela.

Passou alguns minutos, para Mérope, foram horas, dias, semanas ou mesmo séculos, pois nunca sentiu tanta dor. Logo os aurores apareceram, com vários feitiços, prenderam seu pai e irmãos, lendo-os para Askaban, a prisão bruxa, situada em uma ilha inacessível e cheia de dementadores.

Ela sobreviveu.