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História Tormento - Capitulo unico


Escrita por: Lara_Yuumura

Notas do Autor


Oiiee pessoinhas, tudo bem? depois de muitos séculos eu vou postar uma FIC \o/ Espero que vcs gostem e comentem por favor *----------* quero saber a opinião dessa galera maravilhosa. ENJOY

*OBS: A foto da capa nao fui eu qm fez os direitos pra essa pessoa :D

Capítulo 1 - Capitulo unico


Elsa. Todos os dias alguém me chama. Alguém que eu amo tanto, mas que eu temo e tremo só de ouvir sua voz. Dor, dói tanto que eu corro acuada só de pensar em estar de corpo presente perto dessa pessoa. Algo dentro de mim queima, meu suco gástrico faz rotatória em meu estômago. Eu quero tanto estar perto; porém eu não posso. Meu maior medo é quem eu mais amo. Outrora o mesmo sangue, mesma estirpe. Um único laço fraternal tão intenso que não pode ser explicado. Nada mudou, mas mudou. É estranho, confuso, essa é minha vida; presa em um castelo; enclausurada dentro de um quarto, e aprisionada dentro do meu coração. Uma vida de privação, fuga, tortura e angústias; posso estar exagerando, mas preciso expor meus sentimentos de alguma forma. Eu quero sair, alguém me tire dessa enxovia em que o destino me reservou. O calor bate todos os dias à minha porta. Entretanto, os raios solares se frustram com tanta barreira e vão embora sem concluir seu objetivo. Está frio, a única companhia é minha sombra, a mesma que me cobra, me assombra, me acusa de algo que não tenho noção. Ana, eu queria te odiar, poderia depositar em ti meu furor. Te mostrar o que é sofrer nesse lugar lúgubre; mas algo aqui dentro impede de cometer esse crime contigo. Situações não faltaram para colocar em prática meu ódio. Sai desse inferno e fui em busca do sol para o aniquilar. Me esgueirando como uma cobra sedenta te achei despreocupada, alegre, feliz. Seu sorriso me lembrou da infância, da união, do calor em que me era cedido. Meu coração se rasgou, e corri regressando para onde eu não deveria sair – onde um monstro como eu tem que permanecer perpetuamente. Conforme fui crescendo, minha mentalidade se tornou turva, como se uma fumaça estivesse me cobrindo. O dia em que nossos pais se despediram, eu já sabia que eles não voltariam. Eu senti, Ana. E também senti sua excitação depois de tanto tempo sem me ver, mas eu espiava você bem de longe. Eu sou furtiva; enganar, não sentir, não deixar saber, são minhas especialidades. Eu precisava me certificar que você estaria a salvo de mim. Eu desejei a morte milhares de vezes; eu só não cometi um ato covarde contra minha própria vida porque eu queria poder sentir o calor de um abraço, sentir que alguém me amava mesmo eu sendo uma atrocidade ambulante. Eu queria que você estivesse perto para me dar o último vestígio de amor, mesmo eu não merecendo. Sonhos, nada mais que sonhos; eu estou fadada a morrer sem poder sentir. Desculpe, Ana. Está frio, muito frio; meu campo de visão está escurecendo, minha respiração está descompassada. Sinto uma dor aguda que está me consumindo. Tem algo saindo de dentro de mim – e pelo incrível que parece não é gelo. Engraçado, todo esse tempo liberando gelo para tudo e para todos; no final eu sinto algo quente e caloroso saindo de mim. Acho que nem tudo está perdido. Será que eu tenho uma saída, Ana?

– Elsa... – a ruiva não conseguia conter as lágrimas que transbordavam de tristeza.

– Por que choras? O que está feito, não pode ser revertido. Um sorriso melancólico saiu da loira platinada como um veredicto.

Elsa tomou coragem para olhar sua irmã, tão perto e tão longe; um braço de distância. Depois de tanto tempo se escondendo, chegou o dia de encarar seu maior temor. Porém ninguém, poderia imaginar nesse desfecho infeliz. Uma rainha marcada com sangue; uma princesa desesperada com a cena que contemplou.

– Elsa, por quê?  – a ruiva ergueu uma das mãos tentando alcançar a loira, mas hesitou no meio do caminho.

– Porque, é melhor eu sofrer do que você! Não suportaria te ver sofrendo por minha causa.

Elsa tossiu de supetão, rapidamente tentou vedar o sangue com as mãos, mas o fluxo não parava. Seu olhar fitou os cristais de gelo pontiagudos que transpassavam seu abdómen.

– Elsa!! – Ana gritou de pavor. A rainha já não conseguia ouvir, suas forças tinham evaporado. Suas pernas vacilaram, dando mais impulso para os cristais adentrarem seu corpo frágil.

– Ana... – sua mão foi até o rosto lívido de sua querida irmã – eu não poderia deixar meu rancor te atacar; tantos anos segurando esse furor tempestuoso, que não consegui mantê-lo longe.

 Elsa fez uma pausa brusca procurando ar para seus pulmões. Enquanto isso Ana assistia a agonia de sua irmã sem poder fazer muita coisa; seu coração ardia de raiva. Um nó estava se formando em sua garganta. Seu coração estava sendo tomado pelo desespero, e nada e nem ninguém poderia amenizar seu estado de frenesi. – Eu te amei desde o dia em que nossa mãe anunciou seu nascimento; eu já não estava sozinha nesse mundo. Todos os dias que passamos juntas foi magnífico. As brincadeiras; as confidencias; os hematomas; éramos como unha e carne. Mas, hoje o que sobrou de nós? – Seu olhar era terno para sua irmã. Sua mão deslizou suavemente pelo rosto da loira morango, marcando-a com sangue, até cair bruscamente.

– Não, não

 

Fractais de neve explodiram dentro do quarto da Loira platinada, juntamente com um grito apavorante de arrepiar. Elsa arfava com desespero em busca de ar, seus belos olhos cerúleos vibravam de medo, suas mãos, mesmo tremulas, apertavam com força o lenço, na esperança de se manter no mundo físico. Seu coração parecia que iria sair pela boca e correr léguas.

 

–  N-nao aguento mais esse suplício em minha vida. Lagrimas penosas rolaram livres e soluços descontroláveis inundaram todo o seu ser.

 

Outro pesadelo terrível, mais um em menos de 3 dias. O pior de sair do pesadelo é encarar a dura realidade de uma vida infeliz enclausurada dentro de si mesma. Uma batida conhecida soou pelo quarto. Esse som foi como um balsamo em suas chagas mais profundas. A tensão em seu corpo se esvaiu, seus lábios esboçaram um leve sorriso. Realmente, nenhum mal dura para sempre.


Notas Finais


Comentem pliss *---------------* *O*


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