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História Tormento - Novo Plano


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Sarah e Ellen estão meio perdidas nessa missão... será que vão conseguir sair com vida dessa?

kkkkkkkkkkkkkkk
quem nem propaganda de TV agora!!! No final desse capítulo vai ter um desabafozinho! Quem quiser ler, sinta-se a vontade, mas não tem relação com este Capítulo, podem pular se quiser!

Boa leitura =***

Capítulo 23 - Novo Plano


As coisas estavam piorando a cada minuto. Após o confronto, Sarah levou as mulheres para dentro da floresta em direção ao acampamento. Queria ter certeza do que encontrariam. De longe podiam sentir o calor, o fogo por sorte não havia se espalhado, não sabiam como, mas controlou-se por conta própria, pois não havia ninguém ali para que o fizesse. Ellen seguiu silenciosamente, tomando a frente, empunhando uma arma enquanto Sarah parecia cuidar da segurança das duas garotas.

De certa forma, aquela situação incomodou Lauren. Não via mais como uma ajuda naquela missão, mas como um empecilho até para que as duas militares concluíssem a missão de maneira mais rápida e mais segura. Tinham que inverter aqueles papéis e se continuassem ali, teriam que agir de forma diferente.

Estava limpo, sinalizou Ellen seguindo adiante. Era praticamente um cenário de guerra. O acampamento estava completamente destruído. A casa de barro, feita a mão, tinha o tom escuro de queimado, mas apesar da falta do teto, suas paredes ainda estavam de pé e naquela direção Sarah optou por seguir. Com cuidado entrou no barracão.

- Ai meu Deus - Camila levou as mãos a boca ao ver mais a frente o corpo de um homem.

Ele não estava queimado como esperavam pelo tamanho da suposta explosão, mas tinha cravado em seu peito um enorme galho de árvore, que entrou por um lado, deixando-se passar por trás. Provavelmente alguma coisa que se destruiu ou voou por conta da força do ar. Nesse instante Lauren abraçou a amiga e caminhou ao seu lado seguindo Ellen que olhava em volta.

De dentro da cabana, Sarah saiu com duas armas potentes nas mãos e o olhar extremamente furioso. Ela encarou Ellen como se as duas conversassem normalmente sem a necessidade de palavras.

- Eu quero uma dessas armas, Sarah - Lauren prontificou-se.

Sarah a olhou surpresa. Esperava de tudo das garotas, esperava revolta, um pouco de ira e uma vontade incontrolável de se envolverem ainda mais naquele plano. Mas então preferir ter uma arma nas mãos. Lembrou-se que a garota tinha uma quando as encontrou dentro da mata e sabia que ela seria consciente para usá-la.

- Do que está falando, Lauren?

- De que não quero mais atrapalhar vocês duas e com uma arma na mão tenho certeza que ao menos poderemos nos defender.

- Acho melhor não…

- Sarah, por favor. Eu também quero uma arma - Camila apressou-se em dizer.

- O que vocês duas querem, não me interessa, eu estou pensando pelo…

- Eu tinha uma arma nas mãos quando você nos encontrou e tenho certeza que lembra disso. Eu preciso de uma arma até mesmo para sentir-me segura e sei que acredita nisso também.

- Escute…

- Não, Sarah, deixe eu terminar - Lauren interrompeu - Eu insisti para estarmos aqui, eu sei disso. Sinto que errei, pois vendo a preocupação de vocês duas em nos deixar seguras, prejudica até mesmo a evolução do plano que tem em mente. Eu preciso - respirou fundo fechando e abrindo os olhos novamente - Eu preciso que confie em nós, Sarah. Preciso que nos veja como parte da equipe, até conseguirmos acabar com todos eles, mas eu preciso que me veja como parte de uma equipe e não como uma dupla de garotas indefesas que foram mimadas querendo estar aqui e que só vão atrapalhar. Por favor, Sarah.

Sarah encarou-a curiosa. Sabia que a insistência viria diante uma resposta negativa e não queria prolongar mais aquela conversa. Tinha uma enorme quantidade de armas nas mãos naquele momento. O peso na mochila, que anteriormente se tratava de água e alimentos, agora se reduzia a armas que foram recolhidas durante o confronto. Tinham armas suficientes para um bom grupo de ataque, mas só seria ela e Ellen. A participação das garotas como equipe seria de extrema importância, mas se ela eram capazes de serem parte de uma equipe e não a decepção dela, era algo que só saberia ao testá-las.

Camila parecia ao mesmo tempo uma garota frágil e assustada, mas tem demonstrado uma coragem incomum quando pressionada a fazer algo onde não tem costume. Naquele instante, Sarah encarou o chão procurando em seu íntimo uma resposta que pudesse dar as duas. Seu instinto confiava nas garotas e acreditava que elas seriam de grande ajuda. Ao mesmo tempo sentia-se culpada caso algo acontecesse, de ter exposto as garotas ao perigo.

- Lauren…

- Se fizermos algo de errado, eu mesma te devolvo essa arma, Sarah. Eu mesmo me responsabilizo por nossos erros e volto ao meu posto de protegida incapaz.

Ellen encarou Sarah com seriedade. Há alguns anos se viu naquela situação de praticamente gritar para Sarah que era capaz de fazer tudo aquilo que havia sido paga para fazer. Sabia que tinha total capacidade para se tornar quem se tornou e a mulher era praticamente cega e cabeça dura. O olhar foi inquisidor e a esposa imediatamente entendeu. Sorriu derrotada e com alguns passos a frente, seguiu em direção as garotas que a olhavam com os olhos amedrontados e levemente incomodados.

- Lauren… eu sei que posso confiar em vocês duas. Se não fossem fortes, não estariam vivas até agora. Você planejou, fugiu e escondeu-se de forma brilhante.

Sarah estendeu a arma a sua frente, entregando-a a garota, que a pegou com as mãos ainda trêmulas. Não sabia como negociar com aquela mulher, mas saber que a convencera fora algo fora do que esperava. Sorriu radiante, queria abraçá-la, mas não sabia até onde a permissão de toque iria. A comandante deu alguns passos para o lado e estendeu a arma seguinte a Camila, que pegou silenciosamente.

- O plano vai ser o seguinte.

Com um longo graveto, Sarah desenhou o que parecia um mapa, onde nele inseriu o que parecia o acampamento onde possivelmente estavam a maioria daqueles homens.

- Eu vou até próximo este acampamento e me permitirei ser capturada - Sarah disse.

- Como é? - Ellen interferiu - Isso não estava nos planos.

- Eu disse que uma de nós serviria de isca.

- Mas não você - retrucou - Você é a melhor que temos aqui, Sarah. Se algo acontecer com você, nós três estaremos correndo sérios riscos de vida. Será que não entende?

- Justamente por ser a melhor, amor - Sarah disse tentando tranquilizá-la, mas era quase impossível - Eu vou conseguir escapar, tenho certeza disso. Eles querem as duas, então se eu disser que sei onde estão e planejarmos tudo certinho, dará certo. Preste atenção em meu plano.

Ellen parecia não estar mais disposta a ouvir, mas Sarah estava bastante confiante no plano que havia traçado e ouvir seria o mínimo que podiam fazer naquele momento.

- Fale, Sarah - pediu Camila.

- Precisamos primeira montar um acampamento nosso. Precisamos dormir bem, descansar e estarmos preparadas para o grande abate.

- Não tem como termos um acampamento seguro. Eles estão caminhando por todos os lados.

- Os animais conseguem dormir, Lauren - disse Sarah sorrindo - Mesmo sabendo que lá fora existem predadores bastante ruins. Ellen e eu podemos revezar na questão de vigília.

- Eu ainda tenho o cordão. Podemos circular áreas próximas, para que possam nos alertar da chegada de algum deles.

- Ótimo, seria uma excelente ideia para esta noite. Quanto ao plano para amanhã. Eu vou tentar atrair o máximo de pessoas possíveis até uma área que possamos pegá-los sozinhos. Não temos a menor condição de invadir aquele acampamento maior, é de um tamanho fora do comum.

- E o que faremos?

- Eu seria a isca - disse Sarah orgulhosa - Vou até o acampamento, uma área isolada onde apenas os seguranças estejam e atrair um deles para onde vocês estão.

- E o que faríamos?

- O que puderem para matá-lo.

Claro que Lauren queria aquilo desde o início quando decidiu permanecer onde estavam, acompanhar as militares e firmes continuarem em busca de todos aqueles que contribuíram para estarem naquela situação bastante complicada. Porém, ver a realidade e perceber que estava cada vez mais perto de executar uma ação que tanto tivera passado em sua mente, lhe fazia o coração acelerar inquieto e a boca secar. Lauren olhou para Camila com uma expressão nervosa e recebeu na amiga um retorno confortante. A garota sorriu docemente em resposta, confortando seu coração com tamanha inocência e pureza.

O plano de Sarah era quase suicida. Aqueles homens tinham uma organização surpreendente em grupo. Onde um iria, outro sempre por perto e enquanto todos estavam atentos para qualquer situação. Diferente do que todos haviam se mostrado, o que houve com Luciano, ou Hugo, não havia interesse em saber seu nome verdadeiro. Caminharam durante todo o dia, até que a noite caiu cuidadosamente. Não podiam correr, isso arriscaria chamar a atenção de alguém mais a frente e todo o cuidado com relação a conversas e ruídos se tornavam obsessão. Sarah olhava para trás com uma expressão visivelmente furiosa quando alguma delas pisava em falso, caia, tropeçava.

Em determinado momento, a comandante parou e olhou em volta. Ao longe a noite dava seus primeiros sinais de chegada, a estrela maior brilhava insistentemente e a lua já acendia de maneira tão bela que seus corações se enchiam. O cheiro da noite naquele lugar era outra coisa que chamava atenção. Era um ar úmido e limpo, trazia um misto de cheiros que lhe dava até mesmo um reconforto. Ellen tirou da mochila um fio de nylon e entregou para Sarah, que logo verificou quanto dele tinha e o que podia fazer.

- Vamos passar a noite aqui hoje. Acordaremos antes do amanhecer, para não chamar atenção - ela olhou para o fio sorrindo - Vou passar esse fio a uns 6 metros daqui, assim ouviremos quando alguém passar e já estaremos preparadas.

- E onde dormiremos? Seis metros é muito pouco, logo nos encontrarão - Lauren comentou receosa.

- Não se preocupe, prepararemos um pequeno abrigo de folhagens, ao qual podemos deixar para trás - disse Sarah rapidamente.

- Acho melhor montarmos a barraca, Sarah - Ellen comentou pensativa.

- Seria muito difícil desmontarmos e montarmos a todo instante. Temos que pensar em algo rápido e prático.

- Então precisamos de uma estrutura melhor. Talvez a lona sob as folhagens - disse por fim - Assim como eles, nós precisamos de um abrigo, algum lugar para voltarmos. Não temos mais alimentos, não temos mais água. Além de tudo isso, precisamos de comida e água, caso contrário erraremos e seremos mortas mais fácil que matando uma formiga no chão.

A discussão das duas era algo corriqueiro. Sarah e Ellen eram bastante criativas e objetivas. As vezes uma tinha um plano que visivelmente poderia dar errado, mas era apoiado pela outra que imediatamente surgia com um plano B. O que era muito bom, já que trabalhavam juntas. A líder, não somente no cargo ou na postura, era sem dúvida alguma Sarah. A imponência e a preocupação dela, a ordem e o cuidado eram características muito importantes para a segurança das quatro, incluindo ela. O mais curioso era a presença de Lauren e Camila, que mais pareciam um retrato de Sarah e Ellen.

- Concordo com Ellen - Lauren colocou - Precisamos de um lugar para voltar, andar sem destino é desesperador. Nós já estamos cansadas de caminhar sem destino, estamos cansadas de pisar em solo inseguro.

- Isso vai acabar logo, Lauren.

A verdade é que a situação agora tornava-se confusa. O plano foi alterado, a situação foi alterada. Lauren e Camila agora desejavam suas camas, suas famílias e seus amigos. Ambas desejavam que tudo aquilo acabasse e o caminho de casa era mais atraente, que o caminho que seguiam. Como diriam isso a essa altura do campeonato? Como diriam que agora queriam desistir?


Notas Finais


E cadê o desabaaaaafo? Aqui!!

Gostaria de destacar aqui uma coisinha que tenho de característica em minhas histórias. Todas, sejam as postadas aqui, sejam as que escrevo e guardo para mim. Eu não gosto de traição e isso é uma coisa que carrego em meus relacionamentos e nunca fez parte de mim trair. Pode vir alguma dizer que é puro papinho, mas no fundo é puta! Não, realmente não gosto, não sei trair, capaz de dizer o que vou fazer, antes mesmo de sair de casa. Trair envolve muita idiotice, vc mentir pra pessoa que tá do seu lado o tempo todo, vc criar uma situação para que caiba a traição e vc enganar a si próprio. Não concordo e não gosto!

Mas pra que to falando isso né? Então, tava vendo a novela ontem hahaha não que seja noveleira, mas quando tem alguma personagem engraçada, to lá sentada. E eu gostei dessa novela das 21h, mas ontem me irritei! A coisa mais normal do mundo é trair agora. Só tem traições, em todos os setores daquela novela. É na parte engraçada, na parte séria, na parte dramática, na parte romance. Todas as alas da novela, agora deu pra rolar traição! Então se é modinha ou não, to revoltada e me recuso a rolar traição nessa história ou em qualquer uma que escreverei a frente! To amando que algumas pessoas me acompanham há tempos, e posso dizer que logo logo vão fazer 3 anos que estou aqui e algumas leitoras me acompanham há 3 anos, estamos quase com uma relação com vocês!

Se acabarem traindo, sejam honestas, conversem, contem, vejam a razão disso ter acontecido. Mas ninguém pode trair por vingança, ninguém pode namorar alguém por pena, ninguém pode se manter com alguém pelo medo de ficar só. Existem mil motivos... mas a única pessoa que vão estar traindo, são vocês mesmas!

Adoro vocês, continuem aqui comigo, espero que gostem do capítulo (ainda que eu ache que está vazio) e até terça meus amores, com uma reviravoltazinha!


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