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História Tormento - A surpresa manhã


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Vamos lá ao imenso pedido de desculpas pela demora absurda que nunca me ocorreu antes.
Há alguns meses atrás recebi uma proposta de um trabalho extra e quem me segue sabe a mudança na vida que estou passando atualmente e qualquer extra pra mim é MUITO válido, sem dúvida alguma. O trabalho acabou se estendendo mais do que eu esperava e dando mais trabalho do que eu esperava e o dinheiro cobria. Acabou que valeu e não valeu a pena, apesar de ter visto a finalização maravilhosa.
Bom, isso me afastou inicialmente, logo em seguida o que me afastou foi o fato de estar praticamente casando e pra isso tive aquela complicação toda de procurar casa pra alugar sem toda aquela complicação e chatice de imobiliária, acabar tendo que comprar os móveis todo do zero também. Mas hoje será minha primeira noite na casa nova com a pessoa mais especial do mundo.
Então hoje, de cabeça mais leve e suave, eu consegui escrever um capítulo novo e postar em um dia, que eu sei ser atípico, mas precisava desse momento novamente com vocês. Espero que esteja voltando com tudo e até as coisas regularizarem novamente, vou postando sempre que possível e de preferência sem o protocolo de dias fixos, mas sempre que der, postar. Mesmo que sejam 5 capítulos na semana.
Obrigada pela compreensão de todas vocês e vamos voltar a rotina de Fics!

=*****

Capítulo 53 - A surpresa manhã


Camila abriu os olhos sonolenta, enquanto o sol entrava pela pequena fresta da janela, fechada por segurança. Piscou ainda desnorteada, suas mãos seguiram ao seu corpo, percebendo-o nu. Não havia sido um sonho, pensou ela abrindo os olhos ainda mais e virando o rosto para o outro lado, percebendo as costas nuas de Lauren ainda adormecida. Na altura da cintura envolvida por uma faixa devido aos pontos que ainda cicatrizavam. Percebeu um pequeno ponto de sangue, talvez pelo esforço da noite anterior, mas nada que pudesse alertar uma hemorragia grave ou que devessem se preocupar. Sorriu, um sorriso sincero como há muito não dera, um ar puro que lhe invadia os pulmões e a fazia lacrimejar de emoção. Virou-se de barriga para cima olhando atentamente para o teto enquanto os momentos da noite anterior desfilavam frente aos seus olhos.

Sorria radiante, como quem tanto esperava por uma boa notícia e agora tinha uma. Olhou para o lado, o relógio apontava sete da manhã. Era cedo, bem cedo, mas diante tudo o que havia acontecido, acostumaram acordar junto ao sol. Embora este estivesse por trás das pesadas cortinas de seu quarto. Olhou novamente em direção a Lauren e essa movia-se sonolenta, esticando os braços para frente, evitando mover demais o abdômen. Com cuidado e um pouco de esforço, a garota virou-se procurando por Camila e encontrou-a olhando-a com amor. Sorriu para ela, seus olhos brilhavam feito os de uma criança que acabara de receber o brinquedo tão esperado.

- Bom dia - Camila disse docemente virando-se em sua direção e tocando seu rosto com doçura.

- Bom dia, Cam - Lauren respondeu sentindo-se completa - Eu nem acredito.

- No que?

- Que estou aqui na sua cama…

Lauren levantou o lençol vendo seu próprio corpo completamente nu e voltou os olhos para a latina com um sorriso radiante nos lábios.

- Que eu estou… assim… na sua cama.

- Ainda bem que está assim - riu Camila - Eu amei a noite com você, Lolo.

- Eu… eu confesso que estou surpresa - Lauren disse sentando-se enquanto cobria os seios com o lençol.

- Surpresa? - Camila repetiu o gesto da colega, sentando-se na cama e cobrindo seu corpo com o mesmo lençol - Surpresa com o que?

- Com você… Você nunca… nunca esteve com uma garota antes, esteve?

- Não… somente com você… enquanto estivemos lá… - disse insegura percebendo o rosto de Lauren empalidecer - Desculpe, Lolo… eu…

- Eu ainda não sei o que fazer para lidar com tudo o que aconteceu. Eu tenho esse bloqueio em minha cabeça, eu não consigo…

- Desculpe, Lolo, sério. Eu entendo o quanto seja difícil para você tudo o que…

Foram interrompidas por suaves batidas na porta, Camila olhou nervosa para a porta, mas a pessoa que batia sequer teve intenção de abrí-la. Lauren encolheu-se pra debaixo do pano fingindo dormir.

- Sim? - Camila esboçou preocupada.

Caso fosse um de seus pais, o que faria? Como explicaria a razão de estar nua na cama ao lado da amiga? Não havia nenhuma maneira lógica de deixar claro aquela situação sem comprometer as duas.

- Filha? A Lauren já acordou?

- Vai acordar agora, né? - riu Camila.

- Diz que a Clara está como uma louca atrás dela, liga pra dar um alô.

- Certo!

- Outra coisa, eu estou saindo para resolver umas coisas com seu pai, vou levar a Sofia comigo. Tem um segurança enviado pela polícia na porta de casa, só pra não se assustar.

- Que ótimo.

- Achei estranho, mas depois de tudo achei maravilhoso. Deixei o café da manhã na mesa da cozinha, pelo amor de Deus, desçam pra comer alguma coisa.

- Certo, mãe.

- Vocês estão bem?

- Sim, dormi melhor com a Lolo aqui!

- Imaginei que dormiria. Bom dia, querida. Qualquer coisa me liga no celular.

- Tudo bem.

Lauren afastou o lençol e olhou sorrateiramente para Camila que sorriu aliviada. Ambas saltaram da cama e correram para suas roupas, vestiram de qualquer jeito e desceram as escadas enquanto ouviam o carro afastar-se da casa. Pela janela avistaram o segurança atento a rua e acenando para a família que deixava a casa. Apressaram-se para a cozinha e lá estava o que mais desejavam naquele instante. Comida.

- Eu estou morrendo de fome.

- Acho que não lembro a última vez que comi de verdade - riu Lauren.

- Você pior, porque estava no hospital. Aquela comida ruim - Camila comentou agarrando um pedaço de pão.

- Até que não era ruim. Aliás, qualquer coisa depois de tudo aquilo vai ser maravilhosa.

As duas abocanharam pãe e ovos, deixaram as frutas para depois, tomara goladas de suco de laranja e enfim estavam no sofá da sala mordendo uma maçã doce. O conforto e estar ali era quase como se ganhassem na mega de uma noite pra outra. Estavam salvas e confortáveis novamente e acima de qualquer coisa que pudessem esperar, agora estavam juntas.

Sem esperar o telefone tocou e Camila apressou-se em atender.

- Camila?

- Jess?

- Isso, querida. Eu estou ligando para te fazer uma perguntinha. Praticamente todas as redes de TV estão tentando uma entrevista ao vivo com você e a Lauren. Até agora consegui driblar eles, conseguiram entender o que passavam e o tempo que precisavam, mas agora está ficando cada vez mais impossível pular essa parte, tendo em vista a fama de vocês.

- O que sugere?

- Eu sugiro que vão pra pelo menos uma. Os fãs precisam de notícias, precisam de um parecer. Assim como o restante do mundo. Estão começando a cogitar um golpe de marketing o que passaram.

- Acho que por nós não aceitarmos uma entrevista é que comprova o que ocorreu, não?

- Quem me dera fosse assim, meu anjo. Mas infelizmente precisamos nos expor mesmo e explicar todos os acontecimentos.

Camila olhou para Lauren com uma expressão pensativa. Tinha que respirar fundo para responder o que tinha que responder. Antes da pessoa privada, Camila tinha uma pessoa pública por trás e tinha que dar ao menos um parecer sobre tudo o que estava acontecendo. A parceira a encarava surpresa, queria saber por curiosidade o que estava acontecendo, mas aguardava pacientemente até que a mesma explicasse o que se passava.

- Tudo bem, Jess… pode contar comigo.

- Ótimo, meu bem. Eu sinto muito por estar aqui te pedindo isso. Sei o quanto não desejava que isso viesse a público dessa forma, mas infelizmente temos todo um protocolo a seguir.

- Eu entendo. Meu contrato também entende.

- Sinto muito mesmo, Camila. Eu vou ligar para a Lauren e explicar o que…

- Não precisa, eu vou conversar com ela e você pode ligar pra cá daqui a alguns minutos.

- Ela está com você?

- Sim, está.

- Ótimo, explica pra ela, meu amor e eu volto a ligar.

- Certo.

- Até mais.

Camila desligou o telefone, passou a mão suavemente sobre seus olhos e de repente se viu na obrigação de pensar em todos os mínimos detalhes a respeito de tudo o que aconteceu no México. Lauren permanecia em silêncio pacientemente esperando que a garota informasse o que a deixava em um nervosismo tão grande.

- Era a Jess… - disse ela pensativa.

- Isso eu percebi.

- Ela quer que a gente dê um ao vivo para alguma emissora de TV.

- Uma entrevista?

- Isso.

- Sério?

- Sério.

- Eu não acredito.

- Lolo, eu sei o quanto tudo o que aconteceu ainda mexe muito com você. Mas nós assinamos um contrato com a banda e querendo ou não, temos que seguir.

- Eu sei disso tudo… só que…

- O que foi?

- Escuta… as pessoas não estão nem aí pra gente? É só seguir uma porcaria de protocolo, contrato e seja lá o que for? Não interessa se estamos ou não bem para fazer qualquer coisa, o que interessa são somente negócios?

- Olha, eu sei que você está assim pelo que o Larry fez com a gente, mas…

- Não, Camila. Não é só pelo Larry não. Todos são assim. Se bobear até as meninas são assim. Até hoje você quer fazer uma coisa diferente naquela porcaria de grupo e não faz porque infelizmente temos um protocolo a seguir.

- Lolo…

- Eu quase morri, caramba - Lauren levantou-se da cadeira e andou de um lado para o outro - Eu quase morri e a porcaria do contrato que eu assinei há tempos atrás vale mais que a merda da minha vida.

- Isso não é verdade…

- Não é? Certeza?

- Que culpa eu tenho de tudo o que acontece?

- Como é?

- Você realmente acha que eu aceitei isso porque é de minha vontade?

- Você topou?

- Eu topei e eu vou pra entrevista que eles me arranjarem. E não por causa de protocolo ou contrato, mas porque tem muita gente mundo a fora que é fã da banda e quer saber. A gente não pega no celular, mal faz live ou qualquer coisa do gênero. Elas estão aí achando que estamos mortas e que tudo não passa de uma farsa. Se você não usa as redes sociais, até sósia estão achando que foi implantado. Eu me importo com essas pessoas, eu me importo porque foram graças a essas pessoas que estamos aqui hoje.

- Graças a essas pessoas que eu tomei um tiro.

- Ah, pelo amor de Deus, você realmente vai culpá-las? Me poupe. Eu queria muito aquela Lauren que esteve na minha cama a noite. Porque a que estou vendo a minha frente, parece realmente uma sósia.



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