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História Tormento - Descobrindo a verdade - Parte I


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Volteeeeei (correndo, mas voltei)
Mas voltei também com algumas novidades! Eu acredito que peguei o embalo novamente dessa Fic, ao qual tive que parar por motivos de força maior. Mas acredito que até o final de Outubro ou início de Novembro a gente consiga finalizar essa Fic aqui!
Agora sobre uma possível outra Fic, que já estão me perguntando. Recebi uma dica de colocar uma Fic em outra plataforma e resolvi topar. Então a próxima talvez coloque aqui e em outra!
E já temos sim um projeto para a próxima, assim como a capa e assim como o título! Mas eu vou divulgar mais pra frente!

Então, irei avisando vocês pouco a pouco!
Enquanto isso vão lendo essa aqui ahahaha
Beijooo
=**

Capítulo 56 - Descobrindo a verdade - Parte I


A entrevista não demorou para ter ido ao ar e logo tornou-se o assunto mais comentado da semana. Outras emissora iniciaram suas ideias a respeito do caso e inclusive a polícia voltou a dar mais importância ao assunto. Ellen e Sarah se tornaram estrelas e foram afastadas do exército até o caso ser concluído, pois estavam sendo investigadas, assim como Larry. As pessoas o culparam por todo o ocorrido, ele foi procurado por empresas de televisão, deu algumas entrevistas rápidas na rua e logo desapareceu, sob conselho de seus advogados.

A vida lá fora parece começar a correr bem, havia uma esperança do fim do vilarejo do terror, que causara tanto tormento as integrantes do grupo, mas jamais voltariam aos dias de glória, antes todo o acontecimento. Lauren havia se afastado das garotas, retraindo-se a sua casa até o dia em que uma enfermeira foi a sua casa para tirar seus pontos.

- Olá, eu sou Natally, enfermeira do hospital Grandvick e fui enviada para a retirada dos pontos de Lauren – disse a moça a mãe da cantora.

- Ah, claro, ele me informou. Me acompanhe – a senhora acompanhou a enfermeira até o quarto da garota.

Lauren, muito diferente de Camila, estava enfurnada em seu computador pesquisando sobre o México e tentando descobrir mais sobre a quadrilha que executava estrangeiros. Haviam relatos de outras pessoas que haviam conseguido fugir e essas pessoas eram quem a cantora iniciava um contato.

- Com licença, Lolo – sua mãe entrou no quarto.

- Sim?

- Essa é a enfermeira do doutor Grandvick, veio tirar seus pontos.

- Ah – a garota virou-se e olhou-a desconfiada – Fica aqui, mãe?

- Claro.

A enfermeira colocou uma pequena maleta ao lado, em cima da cama de Lauren, pediu que a cantora deitasse, ergueu parte da blusa da garota e apalpou ao redor do ferimento. Estava avermelhado, porém não indicava inflamação na região. A enfermeira tinha uma mão leve, retirou os fios presos a sua pele e com cuidado limpou toda a região. Lauren observou atentamente, e percebeu que a cicatriz não ficaria tão horrenda como acreditou inicialmente. Um olhar discreto para o computador e a enfermeira voltou a fitar sua paciente.

- Ainda está presa ao ocorrido, não é mesmo? – perguntou interessada.

- Como assim?

- Acompanhei o caso pela televisão. Investigando por conta própria?

- Sim, só dessa forma posso entender mais o que aconteceu comigo – apontou para a cicatriz em seu abdômen.

- Concordo – disse a enfermeira guardando o material em uma pequena maleta clara – Fiz o mesmo há alguns anos. Essa sensação de impotência nos faz querer solucionar casos que não merecem nossa atenção.

- Como assim?

- O mal está feito, Lauren. Nada te devolverá os dias que passou lá, nem tirará as más lembranças.

- Eu não quero solucionar e nem devolução dos meus dias. Eu quero aqueles homens atrás das grades.

- Eu quase morri tentando pegar o desgraçado que matou minha irmã. Ele está solto porque a polícia foi incompetente o suficiente para liberá-lo após alguns dias de pena, porque o mesmo tinha pago uma boa quantia em dinheiro pela liberdade. Claro que essa não foi a justificativa que nos deram, isso havia sido o que um policial revoltado com o ocorrido nos contou. Não pude fazer mais nada para vingar a morte da minha irmã, a não ser... perdoar.

- Perdoar? Você quer que eu perdoe aqueles desgraçados?

- O peso da raiva e da vingança são muito grandes e não é justo perder seus dias com isso, querida – preparou-se para ir – Entendo sua ira, entendo ainda mais a sua angústia. Mas a busca por vingança, a busca por solução, não trará sua vida de volta. O perdão pelo contrário, alivia o peso em suas costas e...

- Escuta, enfermeira – ergueu a mão impedindo-a de continuar – Eu não quero vingança e jamais perdoarei o que me aconteceu. Meu intuito é um só, que outras pessoas não passem pelo que eu passei e eu não aceito a incompetência da polícia, eu aceito a solução do caso e o impedimento que outros sejam mortos. Respeito tua crença, seja lá qual possa ser, mas o que acontece aqui está longe de ser solucionado por um simples perdão.

A enfermeira permaneceu observando-a por alguns segundos, antes de sorrir docemente e despedir-se da jovem. Lauren viu a porta fechar-se com a saída da moça e sentou ainda surpresa com as palavras da mulher. Sabia que perdoar poderia livrá-la de outras coisas, mas jamais evitaria o que diariamente ocorria naquela região e sua pesquisa havia um fundamento muito maior que mera vingança.

Não era disso que se tratava, mas era isso que a maioria das pessoas queriam acreditar. Naquela manhã recebera uma ligação de Ellen, que informava sua chegada no período da tarde juntamente com Gabriel e Sarah. Gabriel havia conseguido uma licença para ajudar as mulheres no caso, enquanto Lauren somente pensava em uma maneira de resolver o quanto antes aquele caso.

Camila por outro lado não queria lembrar dos acontecimentos no México. Até mesmo comida mexicana, ao qual tinha um certo carinho havia desaparecido. Não queria nem mesmo ouvir a língua de lá, queria apenas apagar aqueles momentos e continuar vivendo tranquilamente. Estava de licença por hora do grupo, as garotas apresentavam-se sozinhas e aos poucos shows iam sendo cancelados ou adiados, pois não havia mais interesse no trio que permanecera. Todos avistavam ali que o fortalecimento do grupo se dava quando as cinco estavam juntas, a falta de uma destruía todo o resto.

Já era tarde quando a campainha de sua casa tocou e sua mãe anunciava a visita de Normani. Lauren surpreendeu-se com a visita, desligou rapidamente o computador e jogou seu celular para longe, a fim de ocultar suas pesquisas quase doentias sobre o vilarejo mal assombrado, como gostavam de chamar aquele ninho de cobras onde caíra. Correu para o corredor e encontrou a garota já no topo da escada aproximando-se com uma expressão desapontada.

- O que houve? – Lauren perguntou surpresa.

- Precisamos conversar.

Foi tudo o que dissera, suficiente para que um frio em seu ventre se formasse. Lauren deu passagem para a colega e a mesma entrou em seu quarto, sentando-se cuidadosamente em sua cama e olhando-a profundamente, como se procurasse as respostas para suas dúvidas através dos claros olhos de Lauren.

- Quando pretendem voltar?

- Como?

- Quando vocês pretendem voltar a cantar com a gente?

- Eu não sei... aconteceu alguma coisa?

- Escuta Lolo, nós respeitamos a dor de vocês e jamais imaginaríamos o que passaram naquele lugar, mas pelo amor de Deus, o grupo está acabando e nós não conseguimos mais segurar a barra até que se sintam bem para voltarem a trabalhar.

- Mani...

- Eu não quero parecer insensível, você sabe que jamais seria a minha intenção – lágrimas invadiram o rosto da garota e um soluço baixo comoveu a colega – Ninguém nesse grupo canta como vocês duas cantam... ninguém nesse grupo é tão capaz quanto vocês. Precisamos de vocês. Caramba, a quantidade de fãs individuais é muito grande e vocês duas têm a maioria.

- Me desculpe, Mani – Lauren comentou entristecida – Mas eu não posso voltar ainda... eu...

- Por favor, Lauren, o que você quer mais?

- Eu quero que peguem essas pessoas – rebateu com ignorância – Eu quero justiça e que essa matança acabe, Normani.

- Matança?

- Eles matam diariamente qualquer ser humano de fora do país que pisar naquele chão maldito. Pessoas são mortas, diariamente e eu sinceramente não consigo dormir desde que voltei, porque sonho com pessoas desconhecidas sendo mortas diariamente. Porque converso com sobreviventes que têm pavor de dormir a noite porque acreditam que esses homens as encontrarão e elas estarão mortas no dia seguinte. Eu não consigo dormir... eu não consigo relaxar e não é trauma, não é depressão, não é incompetência, eu simplesmente não consigo me desprender disso tudo, Normani. Eu preciso destruir aquele acampamento, eu preciso que cada um deles esteja pagando pelos crimes que cometeram.

Normani entreabriu os lábios como se fosse dizer algo e saiu apressada de seu quarto, desaparecendo pelo corredor. Ninguém entenderia, então não adiantaria nada contar qualquer coisa. O telefone tocou e Lauren acreditava ser Ellen, pois já era dada a hora de sua chegada. No visor os números 55 anunciavam a ligação brasileira e atendeu com alegria.

- Precisamos conversar – era a segunda vez que Lauren ouvia aquela frase e já lhe causava asco – Larry é o responsável pelo seu sequestro – disse Ellen sem delongas.

- Como é?

- Isso que você ouviu, Larry é o responsável. Eu já cheguei, estou em um táxi a caminho de sua casa e conversaremos.



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