• Cat Noir •
Durante a minha saída, não parava de pensar nas coisas que que Marinette havia me dito. Fiquei impressionado com os ótimos conselhos que ela me deu e pensei também em como ela ainda não tinha nenhum namorado sendo uma boa pessoa, além de ser gentil e bondosa. Sem contar que ela também era bonita. Mas agora não era sobre Marinette e sim sobre Ladybug. Tinha que me encontrar com ela o mais rápido possível, se não, acho que eu surtaria. Precisava me desculpar com ela, pois como Marinette disse, eu não levei em conta os sentimentos de Ladybug, isso deve tê-la decepcionado muito.
Foi enquanto eu pensava nisso que ouvi uma voz que poderia ser reconhecida por qualquer um, até mesmo, um gato preto como eu.
- Cat Noir!
Virei meu rosto procurando por ela, e quando a encontrei, não pude conter um sorriso. Como era bom vê-la novamente.
- Ladybug?
Ela parou alguns centímetros à minha frente, com uma expressão séria.
- Precisamos conversar sobre... aquilo.
- Sim, é claro. - olhei para baixo, um tanto nervoso. - Bom, quem quer começar?
- Acho que pode ser você.
- Eu? Não, pode ser você.
- Eu insisto.
- Tem certeza disso? Talvez precise esclarecer as coisas logo.
- Digo o mesmo sobre você.
- Você é teimosa, viu? - e aquilo era um elogio. A teimosia de Ladybug era um dos motivos por eu ter me apaixonado por ela. Por mais que eu tentasse, sua teimosia era irresistível. - Certo, deixe eu começar...
- Espere. - disse Ladybug. - Eu falo primeiro, tudo bem?
- Como você quiser, My Lady.
Ela não parecia tão diferente de mim. Estava nervosa, com as mãos se movimentando sem parar, as pernas trocando o peso do corpo uma para a outra e os olhos percorrendo todos os cantos.
- Olhe, e-eu, me desculpe mesmo por aquela noite, eu não devia ter deixado você lá sem nenhuma resposta ou explicação. - finalmente, ela conseguira olhar em um ponto fixo, mostrando-se um pouco mais relaxada. - Me desculpe mesmo, e eu queria que você reconsiderasse...
- Pare com isso. Você não teve culpa de nada, eu que agi de forma imprudente. - disse eu. - Não me importei com o que você sentiria, e...
Ladybug levantou as mãos trêmulas.
- Não se culpe, é só o que te peço. Você não teve culpa de nada, e mais uma vez digo, queria que você reconsiderasse...
- Pelo contrário, Ladybug, a culpa é toda minha, a responsabilidade. Fui em que te beijei, e eu nem sabia se você queria ou não...!?
Então, quando me dei por mim, Ladybug estava com suas mãos envoltas em meu pescoço e seus lábios, colados nos meus. Ela realmente havia me pego de surpresa, da mesma forma que eu havia feito com ela. Ela se afastou de mim lentamente, ainda podia sentir a sua respiração.
- Era isso que eu queria que você reconsiderasse.
- Bem, agora estamos quites. - disse eu, sentindo meus lábios formigarem. - Mas eu ainda não entendi qual foi a conclusão dessa nossa conversa.
- Uau, você é lento mesmo, viu? - Ladybug faz uma cara feia. - Ainda não entendeu?
Resolvi provocá-la um pouco, como sempre.
- Hum, acho que não.
Ladybug me lançou um olhar mais parecido com "Você quer que eu te bata agora ou depois?" Sorri com esse pensamento.
Ela franziu a testa.
- Está rindo do quê? E você não me respondeu...
Dessa vez, fui eu que a interrompi. Coloquei o dedo indicador nos lábios de Ladybug, que ficou quieta no mesmo instante.
- Eu não sou um idiota. Com exceção de que eu me torno um idiota pela forma que eu a amo loucamente.
- Então o que está esperando?
- Para falar a verdade, você. - fiz um beicinho.
- E o que você quer afinal?
- My Lady, Bugboo... - tomei suas mãos nas minhas. Elas já não estavam mais trêmulas como antes. Olhei para ela carolosamente. - Gostaria de ser minha namorada?
Ladybug torceu o nariz.
- Até que demorou, sabia?
- O-O quê?! Eu sempre fiquei dando em cima de você, e agora você me vem com isso?
Ela começou a rir, tranquilizando um pouco a minha frustração.
- Eu estava brincando!
- Ha-ha, muito engraçado. Mas então: aceita ser minha namorada ou não?
- Isso serve de resposta?
Mais uma vez, nossos lábios estava selados. Coloquei minhas mãos em sua cintura, dando maior segurança ao beijo. Eu não conseguia distinguir o que eu estava sentindo naquele momento, talvez uma mistura de ânsia com tranquilidade, e meu corpo inteiro parecia querer se derreter. O que me fazia persistir da forma mais normal possível era pensar no fato de que finalmente, meu sonho fora realizado.
- Com certeza. - respondi, sorrindo.
My Lady encostou a cabeça em meu peito, e a abracei. Ficamos lá assim, abraçados, em silêncio, apenas sentindo o calor um do outro. Poderíamos ficar desse jeito por horas. Então, ela suspirou.
- Eu nunca senti isso antes. Acho que finalmente me dei conta de quem eu realmente gostava.
- Você me ama agora?
- Talvez eu não tenho percebido, mas acho que que eu sempre te amei, meu gatinho.
📝• Continua...
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