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História Toy 》 KaiSoo - Kiss Me


Escrita por: whyminseokii

Notas do Autor


Isso mesmo.
Voltei..
Apenas não me matem.
Boa leitura.

Capítulo 14 - Kiss Me


Kai Pov

Eu não achei que aquela informação iria me afetar tanto, eu não achei que saber que KyungSoo sofreu um acidente grave iria me fazer chorar, pelo menos não daquela maneira tão desesperada.

Sentia uma agonia dentro de mim, talvez uma certa culpa. Mas culpa pelo o que?  Não era como se eu tivesse lá naquele momento que ocorreu algum acidente, e também não era como se eu pudesse impedir isso.

Minhas mãos estavam totalmente trêmula e eu nem percebi que meu celular agora se encontrava no chão, meu coração palpitava tão forte que parecia que iria sair se meu peito a qualquer momento, mas não era uma sensação boa.

Passei a palma de minha mão sobre meus olhos e sequei as lágrimas que escorriam por ali, não adiantou muito, afinal em seguida vieram mais lágrimas. Por que Soo estava me afetando dessa maneira? Eu sabia que não estava assim somente porque de um acidente, por de trás disso havia muitas coisas enterradas. Porém eu tinha medo de descobri-las por inteiro.

Me levantei rapidamente e corri em direção ao hospital geral, não sabia ao certo o caminho, mas seguia as instruções das placas que tinham ali.

Minhas pernas já se encontravam um tanto bambas, sentia que iria cair a qualquer momento, mas toda a situação e preocupação com Soo me fortaleceram.

Depois de uma longa corrida, olho para o edifício grande a minha frente, os barulhos de sirene agora estavam bem mais alto. Era um som agonizante de ouvir, nunca gostei de estar em lugares do tipo, talvez por medo, não sei explicar direito.

Saber que a cada dia vidas são encerradas aqui, já é algo assustador. Saber que a vida de Soo podia ser encerrada aqui era pior ainda. Pensei em ligar para KyungLee, mas acho que por agora não era o melhor a se fazer.

Adentro o local rapidamente observando de canto algumas das pessoas que estavam ali na sala de espera, uns choravam, outros nem davam bola para o que estava acontecendo. Procurava por algum médico para perguntar sobre Soo, logo avisto um de longe e corro até ele.

— Senhor? Você pode me dizer onde está do KyungSoo? Ele chegou aqui a poucos minutos, creio eu. — Eu ainda estava desesperado, porém já não chorava mais. Mas era nítido que a qualquer momento a torneira de meus olhos iriam se abrir.

— Hum, deixa eu ver aqui. — O médico que aparentava ter em tornos dos cinquenta anos olhavam algumas das fichas em sua mão. — Do KyungSoo, acidente de carro, é ele está no quarto 330, porém você não pode vê - lo agora.

A suavidade com que ele falava estava me irritando, era como se não houvesse ocorrido nada demais e como se conviver em meio a esse movimento todo, ter sangue nas luvas e escutar esses choros consequentemente não significasse nada.

— Mas por que não? Então me diz ao menos como ele está. — Sentia minha visão ficar falha por conta das lágrimas que estavam escapando.

— Ele está sendo supervisionado agora e terá que fazer duas terapias, o carro bateu forte contra o crânio dele e qualquer descuido pode ser fatal. — O senhor disse dando de ombros e eu me segurei para não voar em cima dele. — Creio que você não quer que aconteça nada com seu.. — Ele não sabia o que falar. — Enfim, espere aqui que logo trago mais notícias.

Iria fazer uma última pergunta, porém nem isso ele esperou, simplesmente deu à volta e sumiu de minha vida, provavelmente esperavam por ele lá dentro, então era melhor eu não insistir.

Me sentei em um dos bancos que havia naquela imensa sala e apoiei minha cabeça sobre minhas mãos, sentia uma dor imensa em minha cabeça, mas uma pior ainda em meu coração. Se à dias atrás alguém me disse que eu choraria por KyungSoo claramente eu iria debochar, mas aqui estou eu, numa sala de espera preocupado com ele, preocupado em perder ele.

Eu sabia muito bem que aquele "logo trago notícias" iria demorar muito, ainda estava cedo, porém o cansaço estava sobre minha costas como se eu tivesse levado um longo dia. Solto um suspiro pesado e fecho meus olhos.

(...)

— Senhor JongIn? — Era uma voz feminina, a mesma com que falei no telefone.

— Sim? — Disse levantando meu rosto e esperando sua resposta. — Eu já posso ver o Soo?

O sol já estava se pondo, sendo assim as luzes foram ligadas para iluminar, o dia passou tão rápido e junto a ele nenhuma notícia sobre o estado de Kyung.

 — Sinto muito mas ainda não. Ele teve uma recaída, e bem, se fosse você iria para casa, creio que ele não irá acordar ainda hoje. — Ela tinha uma certa tristeza em seu olhar, diferente daquele médico que me atendeu recentemente.

— Como assim? Não! Eu irei ficar aqui esperando. — Meu tom de voz estava um pouco alterado e algumas pessoas ao redor olhavam em minha direção.

— Calma, vai ficar tudo bem. Já que irá ficar por aqui, assim que tiver novas informações eu lhe digo.

 Apenas assenti e fiquei andando de um lado para o outro, aquela situação toda estava me deixando inquieto.

— Hey! — Senti alguém me cutucar, então me virei para ver quem era. Notei uma senhora a minha frente, tinha em torno dos sessenta anos.

— Oi. — Disse sorrindo fraco analisando ela.

— Ele vai ficar bem. — Ela sorria tão animada que parecia querer contagiar.

— Huh? — Perguntei confuso.

— Seu namorado, ele vai ficar bem. — A senhora disse com o mesmo sorriso no rosto.

— E-ele não é meu namorado e eu realmente espero que ele fique bem. — Disse sorrindo, sentia minhas bochechas esquentarem, então coloquei minhas mãos ali.

— Tem certeza? Você parece tão preocupado com ele, não é qualquer um que fica o dia inteiro no hospital e você não ficaria com vergonha se isso não fosse uma possibilidade. — Ela parecia ser bem experimente em tudo o que falava e por incrível que pareça, parecia ter uma certa razão. Menos sobre a possibilidade.

— Tenho sim, não sei nem se realmente somos amigos. — Falei calmo e passei minhas mãos sobre meu cabelo.

— Bem, eu acho que você está errado e logo irá perceber isso. — Ela disse e então deu as costas, sumindo de minha vista junto a uma garota mais nova que si, provavelmente sua neta ou filha.

Por que as pessoas tem a mania de ir embora antes de eu responder?  Aish!

As coisas que ela disse ficaram fixadas em minha mente, talvez ela tivesse razão, não creio que depois da noite que eu e Soo tivemos não somos nem ao menos amigos, mas também sei que não éramos algo além disso.

A noite já estava sobre o céu, a lua estava iluminando os lados escuros da cidade, parecia até que era um belo dia. Mas só parecia mesmo.

A vista daquela janela era maravilhosa, fazia até com que meus pensamentos ficassem mais calmos. As estrelas transmitiam uma tranquilidade ao meu coração, mas só de lembrar que do lado de dentro se encontrava Soo em uma cama totalmente desacordado, parecia com que as estrelas sumissem e não existisse constelações.

— Olha, eu vou abrir uma exceção para você. Muitos aqui não ficam nem metade do dia e você está aqui desde cedo. Só não deixe com que saibam disso. — A enfermeira de mais cedo veio até mim, levei um pequeno susto então apoiei minhas mãos na janela.

— Obrigado, de verdade. — Abracei ela rapidamente porém me afastei depois.

— Vem comigo. — Ela disse meio tímida.

A seguia naquele imenso corredor que parecia não ter fim, mordia meu lábio por nervosismo, tinha uma mania imensa de fazer isso, então meus lábios viviam com cortes sobre eles.

Quando a moça abriu uma porta meu olhar se arregalou ao ver Kyung sobre aquela cama com diversos aparelhos ligado à si. Havia uma faixa ao redor de sua cabeça e ele dormia calmamente como se não tivesse ocorrido nada.

— Ele tomou alguns sedativos, havia alguns indícios de droga no organismo dele por isso teve uma recaída, com o impacto da cabeça dele sobre o carro causou alguns danos por ali, mas já foi 80% tratado, agora é só esperar ele acordar e fazer exames finais. Vou deixar vocês a sós. — Ela disse sorrindo e foi embora.

Caminhei até aonde ele estava e segurei em suas mãos, havia alguns cortes por seu rosto, e sua pele estava um pouco gelada.

Estava mais calmo vendo que a situação não estava tão ruim como antes, pelo menos parecia. Meu dedo indicador em um ato próprio foram até os lábios deles tocando brevemente. O perfume dele tomava conta daquele quarto que provavelmente tinha cheiro de remédios e sangue.

— O que você tá fazendo? — Notei uma voz pouco rouca ecoar sobre meus ouvidos. Me afastei rapidamente e coloquei minhas mãos sobre meu bolso. Kyung se mexia devagar sobre a cama, soltando um grunhido em seguida.

— N-nada.. Melhor você não fazer muito esforço. — Disse calmo e olhando para a parede.

— Você podia me ajudar a sentar, ou trazer um remédio. Minha cabeça está explodindo. — As pequenas mãos dele estavam em sua cabeça e seu rosto mantinha uma expressão de dor.

— Você já tomou remédios, isso tudo foi por conta do impacto de sua cabeça bateu, agora você vai ter que esperar os efeitos surtirem. — Disse calmo, ao contrário do que realmente estava.

— Pelo visto vai demorar bastante. — Ele revirou os olhos e se ajeitou na cama.

O barulho da máquina que media seus batimentos ecoava naquele silêncio que começou a se instalou entre nós dois, não era um silêncio bom. Precisava acabar com aquilo, já que estava me incomodando.

— Hum, como você foi atropelado? — Digo num tom baixinho. — Provavelmente estava distraído mexendo no seu celular. — Solto uma risada tentando mudar aquele clima tenso.

— Na verdade eu nem estava mexendo do meu celular, eu estava andando normal a rua estava vazia, foi então que um carro veio na minha direção do nada e me atropelou. Não me lembro direito, mas eu diria que foi de propósito.

— Como assim de propósito? — Me aproximei dele novamente e mantive nossos olhares conectados.

— Bem, olha. A rua estava vazia, o semáforo estava para que pudesse atravessar e do nada surge um carro em alta velocidade, ele nem ao menos parou para ajudar. — Ele disse dando de ombros em seguida soltou um gemido de dor.

— Talvez ele estivesse com medo de ser preso. — Meu coração estava palpitando rápido, mas eu estava ignorando isso.

— De qualquer maneira o estrago já foi feito. Só quero ir para minha casa. Esse hospital é uma droga. — Soo dizia sem interesse.

— Acho que amanhã você já pode ir, caso não tenha nenhuma recaída de novo. — Meu celular vibrava em meu bolso, então peguei para ver quem seria, achei que era Lee ou até mesmo Sehun, mas era aquele número cujo não queria ver nem pintando de ouro.

Número Desconhecido: Diga para KyungSoo que da próxima ele não escapa.

Número Desconhecido: Foi uma pena não ter livrado o mundo de uma pessoa igual ele.

Arregalei meus olhos, então tinha sido esse estranho que atropelou Soo?  Sentia uma raiva percorrer por meu sangue. Se ele queria se vingar de algo, teria ser comigo e não com eles, afinal se ele quisesse algum envolvimento com os outros mandaria mensagens à eles e não para mim.

— Você está me ouvindo? — Kyung me chacoalhou.

— Hã? — Disse perdido, não havia escutado nada do que ele disse.

— Você ficou pálido de repente. O que houve? — Ele segurava minha mão firme e eu não queria desfazer isso. Mas que droga, afinal por que eu estava tão focado nele, quando aquele estranho estava ameaçando?

— Nha, nada não.. Acho melhor você descansar. — Falei dando de ombros, estava um tanto nervoso por dentro, mas não queria preocupar ele com isso.

— Eu não quero descansar.. — Ele passou seu dedo polegar sobre minha mão. — Lembra o que você estava fazendo quando eu acordei?

Franzi meu cenho por conta do que ele disse, a única coisa que eu fazia era tocar os lábios deles.

— Uh, sim.. Eu acho. — Disse meio confuso.

— Você pode fazer de novo, mas invés de seus dedos, use sua boca.



Notas Finais


NÃO ME MATEM POR TER TERMINADO AQUI, amanhã eu volto (se Deus quiser) e continuo isso.

Queria agradecer pelos 100 favs de verdade, eu achei que não chegaria nem na metade disso. Amo todos vocês.

Kisses 💙


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